segunda-feira, 31 de outubro de 2011

QA80 / Outubro 2011 (II)














HALLOWEEN

Uma tradição anglo-saxónica, com forte tradição norte-americana – e crescente entusiasmo europeu – vai ter direito a noite alusiva através das mãos (e discos) do autor do tal blogue que dava um grande programa de Rádio.
Nas memórias de 80 poderia aqui e agora figurar o célebre “Thriller” de Michael Jackson, mas numa data que não é para ser levada a sério (a festa de Halloween), mais vale sorrir um pouco com o humor de um filme e o tema musical que lhe deu título.
No videoclip, as imagens de actores conhecidos: Bill Murray, Dan Aykroyd, Jeffrey Tambor, Peter Falk, etc.
O filme e o tema título da Banda Sonora foram um sucesso comercial de grande envergadura na altura. Na Rádio em Portugal ouviu-se muito este one-hit wonder de Ray Parker Jr.
Eram os eighties a chegarem a meio da sua viagem no tempo do século XX.

Ray Parker Jr. – “Ghostbusters” (1984)


sexta-feira, 28 de outubro de 2011

ARIC





















Tem hoje início o encontro nacional da associação de rádios de inspiração cristã, que comemora o vigésimo aniversário.
Os tópicos de temas em debate são interessantes (do livro a ser lançado não conheço nada).
Das rádios que pertencem à ARIC, das que conheço de ouvir até agora, nenhuma me pareceu interessante.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

L'Ariciumbala/Outubro 2011





















Terceira ponte bilingue luso-italiana no site L'Ariciumbala.
Desta vez os protagonistas são os O’queStrada, que ainda sob o efeito do álbum de estreia «Tasca Beat, O Sonho Português», tiveram em Setembro deste ano a chegada aos grandes palcos nacionais, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
Encontram-se na mesma órbita que uns Deolinda, por exemplo, mas o percurso tem sido diferente e a exposição radiofónica é menor.

Ver, ouvir e ler mais aqui:
http://www.lariciumbala.it

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Hoje no PORTO













Jorge Pereirinha Pires

De ouvido atento e com passado na Rádio

O jornalista e crítico de música Jorge Pereirinha Pires vai estar dia 18 de Outubro, na livraria Almedina do Arrábida Shopping, para falar sobre a importância do sentido da "Audição" nas nossas vidas. A sessão tem entrada livre e começa às 21h30.

Esta sessão está inserida no ciclo “Café dos Sentidos”, que resulta de uma parceria da Almedina e da Ideias Concertadas e pretende percorrer os sentidos – Audição, Olfacto, Paladar, Tacto, Visão e o 6.º Sentido – numa viagem de sessões pautadas pela novidade e originalidade.
Jorge Pereirinha Pires é conhecido sobretudo como jornalista, crítico musical e literário, escritor, tradutor e guionista.
Desde 1979 tem colaboração dispersa por diversos órgãos de informação nacionais – Match Magazine, Jornal de Letras, O Jornal, Blitz, revista LER, Sete, Semanário, El País, Expresso, Público – e alguns estrangeiros. Entre 1992 e 2000 foi colaborador assíduo do semanário Expresso, para o qual escreveu regularmente sobre música popular portuguesa, sociologia da cultura, crítica literária e análise dos novos «media» e da sociedade da informação. Manteve crónicas radiofónicas na Antena2, na Rádio Comercial, na Antena1 e na XFM, tendo integrado a equipa inicial deste último projecto. Em diversas circunstâncias, participou em debates ou intervenções públicas sobre a música popular portuguesa. Integrou diversos júris de concursos artísticos.

«Brava Dança» – trailer cinema (2007)
Um dos trabalhos mais notáveis de Jorge Pereirinha Pires, em co-realização com José Francisco Pinheiro.
Documentário sobre o grupo musical português Heróis do Mar:



Percurso académico e profissional de Jorge Pereirinha Pires.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

[intervalo TV]













Estreou no passado Sábado à noite na RTP1 o programa «Planeta Música».
Para além de um horário pouco "amigo da música" (a maior parte do público alvo deste tipo de emissão está fora de casa a essa hora), o novo espaço de divulgação sobre o que se vai compondo, tocando e cantando por cá tem uma dupla de apresentadores no mínimo sofrível.
Mónica Ferraz (cantora) e João Vieira (dos Ex-Wife) demonstraram na emissão inaugural toda a impreparação de que são portadores. Performance amadora e nervosa, com intervenções fora de tempo e entradas a despropósito.
O convidado Samuel Úria, por exemplo, mal começava a responder a uma pergunta, já estava a ser interrompido com um comentário em nome próprio da apresentadora.
O serviço público de Televisão continua a tratar com os pés uma área cultural nacional que não vive o melhor dos dias desde há muito tempo.
Que me lembre, nos últimos 30 anos só houve três momentos em que justamente a RTP tratou bem a música, isto é, com a delicadeza das mãos. E pelas mãos de pessoas habilitadas para isso. Três momentos que tiveram lugar num tempo em que não havia estações privadas de TV, nem canais por cabo. Todos ocorridos na década de 80.
Os programas semanais «Viva a Música», com Jaime Fernandes e Jorge Pego (entre outros), o «Passeio dos Alegres» de Júlio Isidro, onde aparecia um pouco de tudo misturado com muitas novidades. Foi lá que apareceu pela primeira vez em público, em Fevereiro de 1981, uma personalidade única chamada António Variações. Diga-se o que e disser, pense-se o que se pensar, Júlio Isidro era na altura o grande senhor da Televisão mais inovadora que se fazia em Portugal, a seguir de Carlos Cruz e a par de Carlos Pinto Coelho, Mário Zambujal e Herman José.
O terceiro e último exemplo, também nos anos 80, já no fim dessa década: o programa «Outras Músicas» de José Duarte na RTP2. Mestria, classe, conhecimento e distinção. Adjectivos comuns aos três exemplos.
No agora estreado «Planeta Música», só a crónica de Álvaro Costa é digna de admiração. Um comunicador nato, especialmente na Rádio, que apresenta um apontamento musical sobre momentos marcantes da história do universo Pop/Rock via YouTube. O resto é deplorável e nem os apresentadores - e muito menos os convidados - são os principais culpados.
O programa é gravado, mas tem ao menos o mérito de os artistas convidados não interpretarem em playback.
Um conteúdo deste fraco calibre só é admissível em canais privados, seja por cabo, seja em sinal aberto. A aberração é ser transmitido no serviço público de Televisão, onde o grau de exigência qualitativa deveria ser muito mais elevado.
Se é para fazer-se mal, ou fazer para dizer-se que se faz, melhor será não fazer.
Vinha aí um projecto chamado RTP-Música, com Jaime Fernandes aos comandos, mas foi abortado.
É "só" a crise?

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O que eles dizem (74):

Portugal não tem hipótese de sobrevivência. Portugal era o principal produtor de café, urânio, de ferro, e deixámos de ser tudo isso. Não temos nada. Somos um país mendigo, vivemos de dinheiro emprestado.

José Hermano Saraiva
In: «Notícias TV», 14 de Outubro 2011

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

VA9















São nove os anos que hoje passam sobre a primeira emissão do programa de Rádio «Vidro Azul», da autoria de Ricardo Mariano.
Começou por ser um espaço apenas disponível na RUC-Rádio Universidade de Coimbra, mas com o passar do tempo alcançou outras antenas: RADAR (Lisboa), RUM-Rádio Universidade Minho (Braga) e a francesa Euro Radio Nantes.
Também é um conteúdo regular na Internet em formato Podcast.
Parabéns ao seu autor de sempre e muita energia para continuar!

Emissão dos 9 anos (+ alinhamento)

«Vidro Azul» na «Rádio Crítica»:
Entrevista a Ricardo Mariano (18.Fevereiro.2006)
Do outro lado do Vidro (22.Outubro.2006)
Emissão especial dos 5 anos (15.Outubro.2007)
Emissão especial dos 6 anos (13.Outubro.2008)
A partilha (30.Outubro.2009)
Indie Songs Don’t Lie (20.Outubro.2010)

Blogue: http://radiovidroazul.blogspot.com
Podcast: http://www.vidroazul.libsyn.com

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O que eles dizem (73):

Os portugueses precisam muito de lições de optimismo, pois têm o hábito de cercar a mais forte ou bela obra com a sua incredulidade derrotista, criando-lhe um ambiente desfavorável, mesmo em face de resultados indiscutíveis.

Maria de Carvalho
In: «Diário de Lisboa», nº 3608, 26 de Novembro de 1932, página 6.

Hoje em BARCELOS
























A banda Birds Are Indie actua hoje, dia 14 de Outubro no Auditório da Biblioteca Municipal, em Barcelos, às 22 horas.

Joana Corker e Ricardo Jerónimo conheceram-se em Coimbra há 13 anos e apaixonaram-se. Decidiram em 2010 gravar o seu primeiro EP intitulado "Love Birds, Hate Pollen". Nesse mesmo ano surge um novo disco, "Life is Long", ambos editados pela Mimi Records. E assim nasceu o projecto Birds Are Indie.



quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Hoje em SINTRA













O vocalista dos britânicos Tindersticks [de Nottingham] é o nome forte do Festival Sintra Misty deste ano (em 2010 foi Mark Kozelek, ex-líder dos saudosos Redhouse Painters). O Festival Sintra Misty começa hoje, indo até ao próximo dia 23.
Mas este ano há mais nomes de grande interesse a fazerem parte do cartaz: John Grant e Jay-Jay Johanson (entre outros).
Dos nacionais (também entre outros), encontram-se The Legendary Tigerman, Sean Riley & The Slowriders e We Trust.
Nos anos 90, os Tindersticks conheceram um longo período de atenções especiais por parte de muita da Rádio que se fazia na altura em Portugal. Actualmente, uma das bandas do renovado catálogo da editora independente 4AD, encontra-se relegada para uma minoritária minoria, outrora imensa.




















http://www.sintra-misty.com

PAUL SIMON 70 anos















Em dia de aniversário, há canções de Paul Simon na Rádio. Na verdade, desde a década de 60 do século passado que a voz de Paul Simon e as suas composições, quer a solo, quer na celebérrima dupla efectuada com Art Garfunkel, nunca deixaram de nos acompanhar nas emissões de radiodifusão.
Hoje, setenta anos após o seu nascimento [Newark, 13 de Outubro de 1941], há reforço justo e atempado de Paul Simon na Rádio. Na TSF.

Simon & Garfunkel – “The Sound of Silence” (1964, ao vivo na TV sem playback):


sábado, 8 de outubro de 2011

Hoje em BRAGA / RUM 22 anos




















Sábado muito concorrido no Centro e Norte do país.
Festa de apresentação da grelha da RUC-Rádio Universidade de Coimbra, com as actuações de Eleanor Friedberger e Euros Childs; Festa de «Queridos Anos 80» no Porto e festa do 22º aniversário da RUM-Rádio Universidade do Minho em Braga. A escolha é difícil. Três destinos numa só noite. É escolher!
Parabéns à RUM. Um exemplo de Rádio Universitária, no éter para Braga e tudo à volta e para todo o planeta via Internet.



http://www.rum.pt

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

QA80 / Outubro 2011




















O autor do tal blogue que dava um grande programa de Rádio está de regresso às noites nostálgicas na cidade invicta.
Depois de uma breve pausa no Verão, Mister Tarzan Boy vai trocar discos da década de 80 do século XX num dos mais interessantes poisos nocturnos do Porto (ver imagem acima).
Os indefectíveis já sabem o que esperar.

Estas publicações alusivas às iniciativas nostálgicas do autor do blogue «Queridos Anos 80» têm sido baptizadas aqui na «Rádio Crítica» por «Rádio Nostalgia», num longo período em que a estação de Rádio com o mesmo nome esteve encerrada. No passado dia 22 de Setembro, a Rádio Nostalgia ressurgiu no éter com nova equipa e nova gerência. A seu tempo se falará aqui sobre isso.
Sendo assim, a partir de agora, a série «Rádio Nostalgia» na «Rádio Crítica» passará a chamar-se QA80, seguindo-se de imediato a esta denominação o mês correspondente, tal como já vinha sendo hábito desde há uns tempos para cá.
Muda a designação, mas o conteúdo mantém-se. E para ilustrar mais esta iniciativa do autor do blogue «Queridos Anos 80», eis um dos temas emblemáticos dos norte-americanos Pixies nos anos 80:

Pixies – “Where Is My Mind” (live/1988):



http://dear80s.blogspot.com

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A LUGAR COMUM e a RUC apresentam:

ELEANOR FRIEDBERGER (USA)
+
EUROS CHILDS (UK)


Sábado, 08 Outubro 2011 (21:45)
Museu Nacional de Machado de Castro COIMBRA

Por ocasião da apresentação da Grelha de Inverno 2011/2012, a Rádio Universidade de Coimbra e a Lugar Comum apresentam em concerto em Coimbra, no próximo dia 08 de Outubro de 2011, a norte-americana Eleanor Friedberger e o britânico Euros Childs.















Os Friedberger têm nos Fiery Furnaces a sua
empresa familiar. Fundada por Eleanor e pelo seu irmão Matthew, a banda norte-americana tem seguido um contínuo ritmo de produção, contabilizando a edição de nove álbuns em seis anos. “Last Summer”, o primeiro trabalho a solo de Eleanor Friedberger, não vem ditar o termo de tão profícua parceria, nem sequer comporta um significativo desvio do proposto até à data pelos Fiery Furnaces. Ainda assim, o simples facto de ter excluído de todo o processo o seu irmão Matthew, recorrendo à produção de Erik Broucek (DFA), denuncia uma necessidade de respirar de forma não assistida. “Last Summer” não é um tributo a Nova Iorque ou sequer um filme de Woody Allen. Não tem essa pretensão. Antes serve a urgência de Eleanor em se libertar das memórias que lhe estão associadas, num tal volume e detalhe que por vezes parecem não caber em cada verso. Esta assinatura, que a acompanha desde o primeiro álbum dos Fiery Furnaces, é hoje complementada por um evidente flirt com a década de 70, a mesma nostalgia que percorre o aclamado “Kaputt”, da autoria de Destroyer.



Data única em Portugal, o concerto da norte–americana permitirá um primeiro contacto com um álbum recém editado do outro lado do Atlântico, e já considerado pela esmagadora maioria da imprensa como uma das melhores surpresas do presente ano.


"[T]his is as straightforwardly evocative as abstract pop gets, with the hazy beauty and fractured narratives of a vintage Polaroid slide show." - Spin

"Eleanor Friedberger has one of the greatest voices in all of indie rock, and its front-and-center on songs that swing effortlessly from the gold-dusted funk of 'Roosevelt Island' to the click-clack pop of 'My Mistakes.'” – Alternative Press

"Weather-beaten piano, wry sax, and her bluesy vocal recall Laura Nyro, and Friedberger's New York is similarly personal." – Uncut

Eleanor Friedberger: http://www.eleanorfriedberger.com/


















Em 1991, contava apenas quinze anos de idade quando fundou os Gorky’s Zygotic Mynci, colectivo galês que convocava os nomes de Robert Wyatt ou Captain Beefheart como as suas principais referências e se mantinha fiel à interpretação no seu dialecto regional. Após a gravação em ‘92 do EP “Patio”, surgiu a aclamação da crítica, particularmente de John Peel, que de imediato, dando eco a uma crescente expectativa, convidou a banda a gravar nos estúdios da BBC. Seguiu-se “Bwyd Time”, o primeiro longa duração dos Gorky’s, o qual permitiu que outros projectos oriundos de Gales, como os Super Furry Animals, pudessem ocupar o merecido espaço na imprensa musical britânica. Vinte anos volvidos, tendo os Gorky’s encerrado actividade em 2003, persiste um enorme culto em torno da figura de Euros Childs. Desde 2006, editou seis álbuns de originais, alguns dos quais totalmente interpretados em galês, tendo também fundado o projecto Jonny, na companhia de Norman Blake dos Teenage Fanclub. Também não perdeu de vista uma certa esquizofrenia que habitava todos os trabalhos dos Gorky’s, a qual nos transportava pelo legado dos Beatles ou de Syd Barrett.




Pela primeira vez em Portugal, Euros Childs apresentar-se-à ao piano, num formato que seguramente privilegiará a palavra e possibilitará um retorno ao património musical dos Gorky’s Zygotic Mynci.

“An experimental, sensual collection of songs harking back to the days of the first Gorky's EPs.” – Mojo

“(…) varied pop beauty, both jubilant and affecting.” – Under The Radar

“A perfectly poised, richly textured set of light-footed psychedelic pop.” – Q Magazine

“(…) impeccably crafted idiosyncratic pop for ever-dwindling audiences.” – Drowned In Sound

Euros Childs: http://www.euroschilds.com/

Entradas:
Entrada geral: € 10,00
Sócios RUC/ Associados Lugar Comum: € 8,00

A reserva das entradas poderá ser efectuada através do endereço geral@lugarcomum.pt (com indicação do número de bilhetes pretendido, nome, BI e contacto).

Uma co-produção RUC - Rádio Universidade Coimbra / LUGAR COMUM - Associação de Promoção e Divulgação Cultural

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Memorabilia da Rádio




















Já se pode ouvir o indicativo do programa «Amigos de Alex»


Por mão e obra do sonoplasta Pedro Picoto (também autor da fotografia e do vídeo abaixo), o velho cartucho original que vemos na imagem voltou à vida.
Durante anos serviu de indicativo de abertura do programa «Amigos d’Alex» que Luís Pinheiro de Almeida e Luís Marinho realizaram na Rádio Renascença FM estereo e RFM.
O programa iniciou-se no dia 02 de Novembro de 1985 e terminou (já sem Luís Marinho) no dia 28 de Janeiro de 1995.



O encontro material da fita magnética encaixotada com o leitor de cartuchos também se reveste de carácter histórico. As cartucheiras são as mesmas que outrora pertenceram à Rádio Renascença.

Mais sobre o programa «Amigos d’Alex» no blogue «IÉ-IÉ» de Luís Pinheiro de Almeida aqui





terça-feira, 4 de outubro de 2011

Os 20 anos deste disco






























1991 - 2011

No passado dia 24 de Setembro celebraram-se os vinte anos da edição oficial de «Nevermind», dos norte-americanos Nirvana. O álbum emblemático da banda de Kurt Cobain, que fez explodir em massa nas camadas jovens das sociedades ocidentais um movimento que teve o nome de Grunge.
A data foi devidamente assinalada em Portugal através dos media tradicionais, incluindo a Rádio.
Houve Nirvana nos éteres nacionais durante esse dia de Sábado. Coisa rara!

Nirvana – "About a Girl" (MTV Unplugged /1994):
08 de Abril de 1994
O fim inesperado dos Nirvana

No dia seguinte de manhã (Sábado, 09 de Abril de 1994) encontrava-me a apresentar o magazine de informação «Registos» na RSS, dando destaque evidente à notícia da morte por suicídio de Kurt Cobain. Uma colega de então ouviu a música dos Nirvana passar mais vezes na estação do que na altura era normal (embora os Nirvana estivessem na berra e fossem assíduos na antena) e dirigiu-se pessoalmente ao estúdio de emissão. Ficou incrédula com a notícia. E se ela era fã! Comoção inevitável e um dia triste.

Nas imagens:
Capa do disco «Nevermind», editado no dia 24 de Setembro de 1991;
Spencer Elden: o bebé da capa 17 anos depois numa fotografia idêntica;
Capa da revista portuguesa BLITZ deste mês, com Kurt Cobain também dentro de uma piscina.
A capa de «Nevermind» foi eleita a melhor de sempre numa votação levada a cabo há anos pela revista norte-americana «Rolling Stone».





















O dono da dor


Kurt Cobain (que bem se pode conhecer como K.C. para os amigos) e os seus dois companheiros Krist Novoselic (guitarrista baixo) e Dave Grohl (baterista) tornaram-se durante algum tempo os portadores na Terra do testemunho da grande Dor.
Nirvana, assim se chamava o fenómeno saído duma Seattle claustrofóbica e desamada. Se bem que com os outros dois protagonistas, a estrela passava a ser Kurt Cobain, o vocalista, letrista, guitarrista e compositor de quase toda a música que Krist e Dave engrandeciam.
Porque é que se continua a falar em Nirvana?
O que vale um simples nome duma banda rock no imaginário de milhões de pessoas mundo fora?
Tudo ou quase tudo!
De tempo a tempo há um artista, seja de que área cultural ou estética que consegue abrir as cerradas fileiras dos uniformizados do rock com rajadas de melodia e loucura, de paz e conflito, de encanto e desencanto, silêncio e ruído. Um abrir de alas na turba silenciosa.
Nirvana era um abanar de estruturas, primeiro com certa timidez e muito no seio do metal, depois descaradamente nos territórios comerciais do rock e porque não da pop?
Era um conto de fadas que teria um final de film noir.

António Sérgio
In: «Nirvana Kurt Cobain», edição Assírio & Alvim (1995)

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A maratona do ano













«Álbum de Família»

Fim da sexta temporada e início da 7ª


No final da sexta temporada do programa «Álbum de Família», realizou-se outra maratona memorável.
Segunda-feira, 26 de Setembro, das 15:00 às 23:30 (teve repetição no Sábado passado).
Foram mais de sete horas de exibição, álbum a álbum (um tema por cada), em directo com apresentação e explicação por parte de vários dos profissionais da casa.
Os britânicos The Smiths venceram por larga votação a sexta temporada com o homónimo álbum de estreia, editado em Fevereiro de 1984.

Ver lista completa e resultado da votação aqui

Diga-se o que se disser e o que se quiser, mas os Smiths, em Inglaterra, foram os melhores depois dos Beatles.
Prova-o o carisma que a banda de Morrissey e Johnny Marr ainda conserva intacto, após os 24 anos da dissolução desta formação de Manchester.
Felizmente que na Rádio em Portugal continua a ouvir-se temas dos Smiths. Não com a frequência desejada, mas lá se vai ouvindo de vez em quando.

The Smiths – "This Charming Man" (1984):



A sétima temporada do programa «Álbum de Família» inicia-se esta quarta-feira, dia 05, com o álbum «Worst Case Scenario», dos belgas dEUS, editado em 1994.

«Álbum de Família» na RADAR
Realização e apresentação de Tiago Castro.
Quarta-feira (14:00); Domingo (12:00)