Fernando Correia de Oliveira já foi um homem da Rádio. Como jornalista esteve na equipa inaugural da primeira emissão de manhã na TSF, no dia 29 de Fevereiro de 1988. Antes trabalhou na Rádio Renascença, Rádio Comercial e RGT-Rádio Gest. Esteve como convidado no programa «Prova Oral» na Antena3 para falar sobre o livro «Portugal e o Tempo».
À semelhança do que havia feito de forma brilhante em finais de Setembro no Festival Cuca Monga, em Lisboa. Serviço público junto do público alvo maioritariamente jovem mas que é para todas as idades.
Divulgação das novas gerações da música portuguesa em dois palcos, desta vez num evento inédito ainda mais ambicioso.
Há 87 anos No dia 30 de Outubro de 1938 o mundo encontrava-se à beira da segunda guerra mundial e nesse dia o actor e realizador norte-americano realizou na Rádio aquela que talvez seja a sessão de Rádio mais conhecida de sempre, com a adptação radiofónica da obra «A Guerra Dos Mundos» de H.G. Wells, publicada em 1898.
A encenação através das ondas hertzianas foi de tal forma bem realizada que toda a gente que estava a escutar acreditou que era mesmo verdade que o planeta Terra estava a ser invadido por marcianos.
O Dia Mundial para a Herança Audiovisual / Dia Mundial do Património Audiovisual foi criado pela UNESCO e é celebrado desde 2008 para consciencializar sobre a importância dos arquivos de media e promover a recuperação de documentos audiovisuais.
A capacidade de manter vivos os arquivos sonoros das estações de Rádio é uma tarefa absolutamente impossível de concretizar. Principalmente todo o acervo existente anterior à era digital. Algum desse material pertencente à rádio pública, numa quantidade ínfima, foi - e tem estado a ser - digitalizado, mas a maior parte ficará para sempre desaparecida. São milhões de registos perdidos, muitos deles inegavelmente históricos.
O Grupo de Trabalho de Rádio e Meios Sonoros da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação (Sopcom) convida os investigadores a apresentarem propostas que promovam a reflexão crítica sobre o lugar do som na rádio e nos demais meios sonoros e, em particular, os desafios que se colocam às práticas sonoras face às inovações tecnológicas contemporâneas. Pretende-se um espaço de debate e troca de conhecimentos amplo e contextualizador que, com os olhos (e ouvidos) postos no futuro, não se furte ao lastro da história nem à urgência de cuidar da memória dos sons.
Dia 25 de Outubro de 1925, Rua do Carmo, em Lisboa
A verdadeira data de estreia aconteceu a 25 de outubro de 1925, quando Abílio Nunes dos Santos inaugurou a CT1AA – Estação Rádio de Lisboa, instalada num dos andares dos antigos Grandes Armazéns do Chiado, com equipamento vindo dos Estados Unidos, linhas diretas para os teatros Variedades e Maria Vitória e uma estrutura técnica inédita no país, para a primeira emissão regular de rádio portuguesa. Convidada especial nessa emissão foi a estrela Ercília Costa, chamada “Santa do Fado”, que encheu o estúdio. Foi ela que, anos depois, descobriria uma certa jovem fadista chamada Amália Rodrigues.
Suprema ironia que a Televisão que anunciou o triunfo da música com imagem em detrimento da música na Rádio anuncie o encerramento, enquanto a Rádio prossegue - pelo menos por enquanto! - sã e salva da extinção. Num Sábado ao meio-dia (hora local de Nova Iorque), no dia 1 de Agosto de 1981, a MTV emitiu o primeiro teledisco/videoclip, com a canção "Video Killed The Radio Star" dos Buggles. O sucesso foi imediato e em crescendo. Mais de 44 anos depois, este anúncio.
O Teatro é a Vida e a Rádio são as pessoas Ainda há gente da Rádio ligada a esta companhia de Teatro
SINOPSE:
"Lugar Comum" é mais do que teatro; é um retrato íntimo e vibrante da nossa própria comunidade. Subindo ao palco, não estão atores, mas sim vizinhos, amigos, e membros da comunidade – pessoas com histórias reais, que aceitaram o desafio de partilhar a sua vida, as suas memórias e os seus sonhos com o público. Este projeto de teatro transforma o quotidiano em arte, provando que a experiência humana mais autêntica reside nos detalhes. O nome "Lugar Comum", sugere à partida algo trivial, mas o que vemos é precisamente o oposto: a extraordinária singularidade de cada indivíduo. Histórias que nos unem através de uma construção colaborativa e emocionante, o espetáculo leva-nos numa viagem pelas vidas dos participantes. O coração desta experiência reside na conversa intemporal entre quem fomos, quem somos e quem desejamos ser. Durante o processo de criação, os participantes foram desafiados a criar um diálogo singular: escreveram cartas para os seus "eus" no futuro ou no passado, e, em seguida, responderam a uma série de perguntas que forçam a um olhar honesto sobre a sua própria trajetória. É um espelho onde a plateia se pode rever, encontrando nos "lugares comuns" dos outros, os ecos das suas próprias existências. Um encontro necessário. "Lugar Comum" é um convite a desmontar barreiras e a celebrar a força da partilha. Ao dar voz e palco a quem normalmente está na plateia, este espetáculo reforça os laços e lembra-nos da riqueza que reside na diversidade de experiências. Vive da coragem de se expor, de transformar a vida real em palco. Agradecemos aos atores-cidadãos pela sua generosidade e valentia. Este espetáculo é a prova de que a nossa história, a nossa vida comum, é o palco mais fascinante de todos. Este espetáculo nasce de um percurso de partilha e aprendizagem, desenvolvido no âmbito do projeto Comunidades em Ação. Durante vários meses, os participantes fizeram formação teatral, experimentando o palco como espaço de encontro, criação e descoberta. O resultado é esta apresentação, que não é apenas um espetáculo, mas o reflexo de um processo vivido em conjunto, onde cada voz encontrou o seu lugar e deu corpo a uma narrativa comum.
Ficha técnica e artística:
Encenação - Carina Silva e Rui Quintas
Interpretação - Ana Sofia Ribeiro, Carina Raposo, Diana Campos, Guilherme Filipe, Joana Augusto, João Neves, Raquel Nunes e Tiago Duarte
Assistência de Encenação - Catarina Santana Cenografia - João Pimenta Figurinos - Ana Pimpista Música Fast - Eddie Nelson Luminotecnia - João Oliveira Jr. Operação Técnica - Maria Inês Santos Design Gráfico - João Pimenta Fotografias e Vídeos - Cláudio Ferreira Produção Executiva - Catarina Santana
Espectáculo integrado no Projeto Comunidades em Ação 98ª produção da ArteViva – Companhia de Teatro do Barreiro
O filme teve boa aprovação do próprio Bruce Springsteen, que o tem promovido avidamente. O biografado é autor de imensas canções que falam de Rádio e continua a passar na Rádio há mais de meio-século.
É aproveitar a ocasião para ver o filme em sala de Cinema enquanto é tempo. Notícias recentes, nada surpreendentes, antes deveras preocupantes, dão conta do crescente encerramento de salas no país. Desde o início deste ano já fecharam 37 e mais 9 estão a caminho de serem extintas até ao fim do ano.
O galopante fecho de salas de Cinema em Portugal não é de agora, vem de há largos anos e o facto está ligado a vários factores, entre os quais a modificação dos hábitos de consumo. Os consumidores da Sétima Arte trocaram a ida à sala de Cinema por permanecer no sofá da sala de casa.
Para além disso, o próprio Cinema enquanto forma de Arte do Século XX encontra-se em franco declínio, muito por culpa da utilização desenfreada das novas tecnologias. Exagerado recurso a efeitos especiais digitais, que descredibilizam a indústria. Principalmente a partir de agora, com a exploração da Inteligência Artificial, estão unidas todas as condições para piorar o cenário.
Com antestreia no programa diário «A Ronda Da Noite» 5ª feira, entre as 23:00 e as 24:00 Antena2 5ª feira, 22 de Outubro 2025 Ouvir aqui
Talvez não por acaso este filme surge na mesma altura em que o álbum «Nebraska» é reeditado numa publicação discográfica revista e aumentada, não só com a remasterização do disco acústico original sem a mítica E Street Band como - principalmente - agora com a participação de toda a banda nas gravações electrificadas e amplificadas, cuja edição ficou de fora da discografia do Boss desde 1982.
Patrão da Comunicação Social em Portugal, jornalista acérrimo defensor da liberdade de imprensa, não chegou a ser também um homem da Rádio, mas quis ser. Como o próprio confessou publicamente, em tempos quis adquirir a TSF-Rádio Jornal. Declarações proferidas há alguns anos no extinto programa «Uma Questão de ADN», da jornalista Teresa Dias Mendes, justamente na TSF.
O negócio nunca chegou a concretizar-se mas o desejo do proprietário do grupo Impresa de juntar conteúdos áudio ao universo do Expresso e da SIC consumou-se em larga escala através do formato Podcast. O primeiro Podcast da Impresa foi no Expresso online, com um programa histórico oriundo do mundo da Rádio, «Íntima Fracção», de Francisco Amaral, onde permaneceu ao longo de vários anos. Entretanto a oferta em Podcast multiplicou-se grandemente nos média nacionais. O Expresso apresenta um conjunto com dezenas de propostas.
Há um ano a nova temporada começou com o fim de uma Rádio. O momento estava ensombrado pela tristeza inconsolável da perda de um magnífico projecto alternativo cuja ausência desde o dia 30 de Setembro do ano passado deixou um vazio por preencher. Impossível preencher. No início desta nova temporada o vazio deixado pelo encerramento da SBSR continua fundo, sem substituição concretizável. Em seu lugar está uma Correio Da Manhã Rádio que de Rádio tem muito pouco e de canal de Televisão tem som em excesso, não sendo nem uma coisa nem outra, resultando numa aberração auditiva. A Rádio fica sempre a perder quando se faz substituir pela TV. É suicidário. Não resulta.
Todas as temporadas na Rádio trazem surpresas agradáveis e desagradáveis, programas que começam e acabam, estações que encerram, outras que lhes sucedem. Profissionais que entram e saem, pessoas que morrem. Projectos de sucesso e fracasso, direcções que mudam, donos que entram e saem do negócio. Estruturas accionistas que se modificam. Há sempre perdas e ganhos em todos estes percursos, mas a linha que se evidencia é a constante degradação do meio. São mais as perdas que os ganhos. Está ser assim desde as últimas três décadas. A existência da Rádio não está em risco. Está é, como sempre esteve, ameaçada por inesperados e novos desafios em cada época.
Esta não será diferente. Encontraremos nela várias incidências, acontecimentos felizes e infelizes, percalços por ora ignorados, acontecimentos impossíveis de prever. Ninguém dispõe de uma lamparina mágica para esfregar e pedir os melhores desejos ao génio da lâmpada das mil e uma noites.