sexta-feira, 30 de junho de 2017

Boa Rádio à 6ª feira

















07:00/10:00 – SBSR - Manhã Autêntica
10:00/12:00 – TSF - Forum
10:00/13:00 – RUM - Elisabete Apresentação 
13:00/14:00 – TSF - A Playlist De 
13:00/16:00 – SBSR - Manuela Paraíso 
16:00/19:00 – Antena1 - Paulo Rocha 
19:00/20:00 – Antena3 - Prova Oral 
20:00/21:00 – Antena2 - Jazz a Dois 
20:00/22:00 – Antena3 - Bons Rapazes 
22:00/00:00 – Antena3 - Música Com Pés e Cabeça 
23:00/00:00 – Antena2  - Um Certo Olhar 
00:00/01:00 – TSF - Zona de Conforto 
01:00/02:00 – Antena1 - O Amor É 

quinta-feira, 29 de junho de 2017

SOS Vinil
















Há dias, num incessante zapping pelas rádios, deparei-me com uma canção que ouvira pela primeira vez no início dos anos 80. Nessa altura, por volta de 1981, a Rádio estava a passar muito aquela canção porque tinha sido reeditada. Fora primeiramente editada em 1975, quando o cantor tinha apenas 16 anos de idade e ninguém lhe ligou nenhuma. Seis anos mais tarde já toda a gente sabia quem era aquela voz e o sucesso da reedição levou a canção ao topo das tabelas de vendas. Meia dúzia de anos antes chegara apenas ao nº 100. 
É esta a história de “One Day in Your Live”, de Michael Jackson, que Miguel Esteves Cardoso contou na crónica diária «SOS Vinil» na Antena1, que é o apontamento diário sucedâneo de uma outra série intitulada «Se as canções falassem». 
Miguel Esteves Cardoso conta informalmente e de forma muito pessoal a sua visão sobre determinado tema. Se na primeira série o reportório restringiu-se ao cancioneiro norte-americano do século XX, em «SOS Vinil» as canções podem pertencer a qualquer tempo e vindas de qualquer origem. São canções que já passaram com regularidade na Rádio, que não passam na Rádio actual ou que nunca irão passar. Entre as escolhas de Miguel Esteves Cardoso encontram-se algumas pérolas da música popular, outras do Jazz cantado, da Pop, do Rock, outras ainda há muito esquecidas. 
A presença de Miguel Esteves Cardoso na Rádio pública não é uma novidade, embora o hiato tenha sido bastante grande. Lembro-me de o ouvir nos bons velhos tempos da Rádio Comercial muito antes da privatação, na década de 80, nos programas «W» (com João David Nunes) e «Trópico de Dança», quando a Rádio Comercial era a mais estimulante, entusiasmante e moderna estação em Portugal. 

Se as canções falassem 
(8 de Agosto 2014 - 18 de Novembro 2016) 
Ouvir aqui 

SOS Vinil 
(desde 21 de Novembro de 2016) 
2ª a 6ª feira 
Às 16:10 
Antena1 
Ouvir aqui 

quarta-feira, 28 de junho de 2017

Juntos por todos, mas não em todas










Espectáculo musical com 25 artistas portugueses, no antigo Pavilhão Atlântico no Parque das Nações, em Lisboa, com o objectivo de angariar fundos de ajuda para as vítimas do incêndio de Pedrógão Grande.
Foi anunciado que todas as rádios transmitiriam o evento, mas assim não foi.
A transmissão radiofónica iniciou-se pouco depois das 20:00 e o espectáculo propriamente dito cerca de uma hora depois. Na apresentação conjunta na Rádio estiveram António Macedo (Antena1), Carla Rocha (Rádio Renascença), Vasco Palmeirim (Rádio Comercial) e Nilton (RFM), com cerca de uma dezena de repórteres das respectivas estações espalhados pelo recinto.
A transmissão radiofónica em simultâneo a nível nacional aconteceu nas estações Antena1, RDP África, Rádio Comercial, M80, RFM, Rádio Renascença e Rádio Sim. Na região da grande Lisboa, a nível local, a transmissão foi assegurada pela Rádio Amália, Sesimbra FM, Ultra FM e Mega-Hits.
A nível nacional não transmitiram: Antena2, Antena3 e TSF: A nível local na grande Lisboa não transmitiram: RADAR, Oxigénio, Marginal, SBSR, Smooth FM, RDS, MFM, Meo Music, Vodafone FM, Rádio Baía, Íris FM e Popular FM.
Segundo se ouviu na emissão, o total de rádios que transmitiram em directo e em simultâneo o evento «Juntos por Todos» foi mais de uma centena.
Na Televisão, o evento foi transmitido apenas pelos canais generalistas RTP1, SIC e TVI. No cabo, nem uma (excepto pontualmente em reportagem).
O espectáculo e a transmissão encerraram pouco depois da uma da manhã. No final foi anunciado pela organização que o evento angariou mais de um milhão de euros.

terça-feira, 27 de junho de 2017

Hoje na Antena2
















Concerto de Homenagem a Guilhermina Suggia 

No dia em que se assinala a data de nascimento da violoncelista portuguesa Guilhermina Suggia, a Antena2 transmite um concerto de homenagem, a partir das 19:00, em directo do Museu de Arte Antiga em Lisboa. 
Guilhermina Suggia nasceu no Porto no dia 27 de Junho de 1885, na freguesia de São Nicolau. Há 132 anos. 
O concerto de homenagem estará a cargo do Suggia Piano Trio e tem entrada livre.
Coisas impossíveis de acontecer se não existisse em Portugal serviço público de radiodifusão.

Realização e Apresentação de André Cunha Leal
Mais informação aqui  

segunda-feira, 26 de junho de 2017

Os 50 anos deste disco






















O segundo álbum da curta carreira dos Buffalo Springfield, um colectivo norte-americano que existiu entre 1966 e 1968. 
O grupo, que contava na sua formação com o canadiano Neil Young, editou em Novembro de 1967 «Buffalo Springfield Again», para muitos considerado a obra-prima dos três álbuns de originais gravados pelos Buffalo Springfield. A pureza do género Country-Rock/Folk da América profunda, representando a tradição rural e mostrando paisagens típicas do continente norte-americano situado no norte dos Estados Unidos e no sul do Canadá. 
Para além de Neil Young, faziam parte dos Buffalo Springfield Stephen Stills e, entre outros, os já falecidos músicos Bruce Palmer e Dewey Martin. 
Terminado o grupo, Stephen Stills e Neil Young fariam depois parte do grande conjunto Crosby Still Nash and Young a partir de 1968. Houve uma reunião dos Buffalo Springfield para actuações ao vivo com os membros sobreviventes entre os anos 2010 e 2012, mas sem produzirem novo material. 
A música dos Buffalo Springfield está completamente arredada das rádios em Portugal. Há não muito tempo a RADAR dedicou um programa da série «Álbum de Família» ao primeiro álbum desta banda norte-americana, onde o transmitiu na íntegra, mas casos assim são, como sabemos, excepções muitíssimo raras. 
Um dos grandes temas dos Buffalo Springfield, que faz parte deste segundo álbum, é o tema “Expecting to Fly”, na voz de Neil Young. Esta canção foi gravada no dia seis de Maio de 1967: 

Buffalo Springfield – “Expecting to Fly” 


domingo, 25 de junho de 2017

Hoje em CASCAIS



sábado, 24 de junho de 2017

Boa Rádio ao Sábado

















06:00/07:00 Antena1 – O Povo Que Volta a Cantar
07:00/09:00 Antena2 – Sol Maior
09:00/10:00 Antena2 – Café Plaza
10:00/12:00 Antena1 – Hotel Babilónia
12:00/13:00 Antena3 – Coyote
13:00/14:00 RADAR – Radarzine
14:00/15:00 TSF – A Playlist De
14:00/15:30 Antena2 – O Tempo e a Música
15:30/16:00 Antena2 – Páginas de Português
16:00/18:00 Antena2 – A Força das Coisas
18:00/22:00 Antena2 – Mezza Voce
19:00/20:00 Antena3 – Matéria Prima
20:00/23:00 Antena3 – MQ3
23:00/01:00 RADAR – Planeta Pop
23:00/00:00 Antena2 – Argonauta 
00:00/01:00 Antena2 – A Fuga da Arte 
00:01/02:00 Antena2 – Reflector
02:00/03:00 Antena2 – Olhar a Lua
03:00/06:00 Antena2 – Dois ao Quadrado

terça-feira, 20 de junho de 2017

Gomes Amaro















Fotografia de Filipe Balreia 

O primado da Rádio é o som, o primado do som é a palavra e o primado da palavra é a emoção.
Foi emocionante escutar a entrevista de João Ricardo Pateiro a Gomes Amaro, antigo relatador de Futebol na Rádio. Por motivos de idade e geografia, nunca o ouvi relatar em directo. Mas, depois desta deliciosa conversa na noite da Rádio de há uma semana, fui procurar mais sons antigos e pedaços de relatos de Gomes Amaro para conhecer melhor e fiquei rendido. Gosto de ouvir relatos de Futebol pela Rádio, nunca pela TV. Tinha, como muitos outros, um velho hábito, que era o de desligar o som da TV e ouvir o desenrolar do encontro pela Rádio. Sempre que possível ainda hoje o faço, embora com a certeza de que o som ou a imagem vão aparecer algures um primeiro que o outro, por causa da transmissão em directo via satélite ter desfeito o simultâneo sincronizado. Um preço incontornável mercê da tecnologia digital, mas é pena. Um facto técnico que provocou a perda de ouvintes. Esse maravilhoso efeito sonoro em tempo real também se perdeu em pleno estádio. Quando o lance é relatado já é coisa do passado. 
O esplendor do relato sobre o relvado por Gomes Amaro introduziu inovações à pratica radiofónica portuguesa nos anos 70 e 80, na altura ainda muito agarrada a estilos clássicos, um tanto ou quanto monótonos e previsíveis. Gomes Amaro esteve, como se ouve na entrevista, três décadas no Brasil e, embora seja português, trouxe consigo para sempre o sotaque das terras de Vera Cruz, característica que ainda hoje mantém aos oitenta anos de idade. 
Mas trouxe também, adicionado à musicalidade própria do sotaque do país irmão, efeitos sonoros, novas palavras e termos, brilho e luz, calor tropical à Rádio, ainda mal saída do estertor da ditadura. 
Depois de há pouco tempo ter entrevistado outro homem da Rádio, Manuel Costa Monteiro, agora João Ricardo Pateiro resgatou do passado o já aposentado, mas muito lúcido, Gomes Amaro, que eu desconhecia, lamentando não ser mais velho ou ter vivido no Porto para o ter conhecido no seu tempo de relatador. 
Comecei a escutar relatos de Futebol na Rádio a partir do início dos anos 80, nas únicas rádios nacionais que existiam na altura, que eram a Antena1, a Rádio Renascença e a Rádio Comercial. As duas primeiras ouvi pouco, a Comercial de então ouvi muito e os nomes que ficaram na memória desses tempos foram Fernando Correia, Jorge Perestrelo, Abel Figueiredo, José Augusto Marques, Fernando Emílio e Manuel Costa Monteiro (Rádio Comercial); David Borges (Antena1); Ribeiro Cristóvão (Renascença). Mais tarde apareceram outros grandes relatadores, entre eles Paulo Sérgio e Carlos Daniel (TSF). Talvez em futuras emissões do programa «Entrelinhas» alguns destes nomes possam ser também entrevistados e trazer aos ouvintes, amantes de Futebol, um pouco da história desse exercício extraordinário que é narrar um encontro do desporto-rei, no que é também sempre uma muito interessante conversa sobre Rádio. 

Entrelinhas 
De João Ricardo Pateiro 
3ª feira (23:00/00:00) 
Ouvir aqui

No dia 27 de Maio passaram trinta anos sobre a noite mágica de Viena, em que o F.C. Porto se sagrou, pela primeira vez, campeão europeu de Futebol. Eis um extracto do relato de Gomes Amaro nessa noite de 1987 no Estádio do Prater em Viena: 


segunda-feira, 19 de junho de 2017

Elementos à Solta






















Nesta 11ª emissão destaque à última edição do festival de artes Elementos à Solta, que desde há 12 anos acontece na aldeia do xisto da Cerdeira, em plena Serra da Lousã, e que este ano teve como mote o tema Bichos, a partir da obra homónima de Miguel Torga. o Concerto Xisto Sonoro e as instalações Madalena (de Roalde) e Bichos (da Cerdeira), instalação para uma árvore, da autoria de Luís Antero, marcaram presença neste encontro artístico em contexto rural e podem ser escutados nesta emissão do Lugar Sonoro, para além da peça original Lousã Soundscape. 
o Concerto Xisto Sonoro, que decorreu na capela da aldeia, contou com a presença do guitarrista e mentor do projecto lousanense Analog Art Man. Nele, como o nome indica, podem escutar-se várias paisagens e marcos sonoros oriundos de algumas (tendo em conta a duração do concerto) das 27 aldeias que compõem a Rede das Aldeias do Xisto.  
Madalena (de Roalde) é uma escultura sonora para o conto Madalena, do livro de Miguel Torga, Bichos, e tem a particularidade de ser composta por gravações realizadas na aldeia de Roalde, freguesia de S. Martinho de Anta, terra natal do escritor, e pertencentes ao recente Sons da Montanha, Arquivo Sonoro de S. Martinho de Anta (a partir de Miguel Torga). já Lousã Soundscape é uma instalação sonora produzida com base em gravações sonoras de campo realizadas em algumas aldeias do xisto da Serra da Lousã e foi apresentada pela primeira vez nestes Elementos à Solta, na companhia de João J. Francisco. Desejo-vos uma boa escuta, a partir desse lugar sonoro que ocupam.   

Luís Antero
Ouvir aqui

domingo, 18 de junho de 2017

Última Edição

























O cheiro dos livros 
Sob um intenso Verão antecipado, encerra hoje a Feira do Livro de Lisboa, acompanhada diariamente pela Rádio Pública.
O apontamento diário «Última Edição» esteve, ao longo do evento, presente em diversos lançamentos, fazendo entrevistas a autores e editores, recolhendo depoimentos e impressões.
A «Última Edição» é, talvez, o mais antigo e persistente espaço diário da Rádio portuguesa dedicado à divulgação das mais recentes obras literárias. Trabalho notável, não fosse o seu realizador o mesmo autor dos mais belos dos programas diário e semanal da Rádio feita actualmente em Portugal, como já por mais de uma vez se disse aqui na «Rádio Crítica».
Pelo meio, ainda houve oportunidade de a «Última Edição» visitar a Feira do Livro de Madrid, onde este ano Portugal foi o país convidado.

Louro & Simões 
Das diversas páginas sonoras captadas pelo microfone da Rádio Pública reencontrei dois velhos amigos autores de Banda Desenhada, do tempo em que trabalhava num estúdio de imagem a par com a Rádio. Certo dia, há perto de vinte e sete anos, fizeram uma visita para me oferecerem o então mais recente álbum «A Herança dos Templários», publicado pelas Edições ASA, sob a batuta de Francisco Alba Linhares. Desta vez Luís Louro e António José Simões apresentaram-se na 87ª Feira do Livro de Lisboa no lançamento novo álbum de «Jim Del Monaco».
A Rádio a proporcionar este inesperado reencontro enquanto ouvinte. Coisas impossíveis de acontecer se não existisse Serviço Público de Radiodifusão. A Rádio é a vida e a vida são as pessoas.






















Última Edição
Antena2
Realização de Luís Caetano
2ª a 6ª feira
19:50; 23:50.
Ler, ver e ouvir mais aqui 
Ouvir actuais e antigas emissões aqui 

sábado, 17 de junho de 2017

Hoje na TSF






















Músico da Brigada Victor Jara e actual director do Conservatório de Música de Coimbra, Manuel Rocha é o convidado desta semana do espaço «A Playlist de» na Rádio Notícias.
Muitas e variadas escolhas percorreram a semana à hora de almoço e chegam esta tarde à antena da TSF numa edição reduzida.
Entre os temas escolhidos por Manuel Rocha está a canção "El Derecho de Vivir En Paz" do compositor chileno Victor Jara, cujo nome serviu de baptismo ao agrupamento do qual faz parte há quarenta anos. Uma digna homenagem ao trovador chileno, barbaramente abatido num estádio de Futebol em Santiago, após o golpe de estado militar de 1973.



A Playlist de Manuel Rocha
TSF-Rádio Notícias
Sábado (versão compacto) 14:00/15:00
Ouvir aqui

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Boas canções novas que não passam na Rádio


Aldous Harding – “Blend



Hayes McCullan – “Fast Old Train



Mark Eitzel – “An Answer



Nadia Reid – “Some Are Lucky


quinta-feira, 15 de junho de 2017

Os 30 anos deste disco






















Há 30 anos, no dia 15 de Junho de 1987, a editora independente britânica 4AD lançava uma colectânea para assinalar o sétimo ano de vida.
Repleta de inéditos, a compilação «Lonely Is An Eyesore»  é acima de tudo uma colectânea dos principais nomes do catálogo de então da casa sediada em Alma Road, Londres.
Ainda faziam parte dos principais artistas a santíssima trindade primordial da 4AD: Dead Can Dance, Cocteau Twins e This Mortal Coil. Todos com temas inéditos.
Três décadas depois, todos os temas e artistas do alinhamento deste disco encontram-se há muito arredados da Rádio portuguesa. E mesmo quando esta edição comemorativa dos sete anos da 4AD foi publicada não passou muito pelos éteres nacionais.
Um dos pontos mais marcantes de «Lonely Is An Eyesore» é o tema "Crushed" dos escoceses Cocteau Twins, principalmente porque esta canção marcou o fim do período mais fascinante da banda.


quarta-feira, 14 de junho de 2017

Estudos da Rádio em Portugal

































Editado pela Universidade Católica Portuguesa e da autoria do investigador Rogério Santos, foi lançado na Feira do Livro em Lisboa no passado Sábado à tarde. 


Sinopse:


A par da análise teórica em comunicação e media e da investigação nas tecnologias da gravação sonora e nos inquéritos de audiências, o livro examina as áreas de produção radiofónica (Lisboa, Santarém, Guarda), programas como Página 1, folhetim Simplesmente Maria e produtores independentes (Parodiantes de Lisboa e Espaço 3P). Um capítulo enfatiza as biografias profissionais e outro relaciona os prémios anuais da rádio (patrocinados pela Casa da Imprensa) com a evolução política do país nas décadas de 1960 e 1970. O livro reserva ainda espaço a escritores da rádio (José do Nascimento, Álvaro de Andrade e José Matos Maia), radialistas que procuraram pensar a história do meio, e dirigentes da rádio que elaboraram pensamento sobre práticas e estéticas (Fernando Curado Ribeiro e José Manuel Serra Formigal).

338 páginas. 
Amostra aqui

domingo, 11 de junho de 2017

Corrida Contra o Destino





















Vanishing Point 

Kowalski é um homem de meia-idade que teve várias profissões. Depois de ter estado na guerra do Vietname, foi agente policial e corredor profissional de carros e motociclos. Kowalski ganha agora a vida a entregar automóveis entre vários pontos dos Estados Unidos da América. Numa sexta-feira à noite recebe mais um serviço. Tem de entregar em tempo recorde um modelo do mítico Dodge Challenger RT, de 1970, fazendo em quinze horas a ligação por estrada entre Denver, no Colorado, e San Francisco, na Califórnia. Qualquer paragem desnecessária abortaria a hora de entrega. Kowalski força o desafio. Então, a fim de cumprir com o combinado, viaja prego a fundo de noite e de dia.
À custa do consumo de numerosos speeds, o condutor que corre contra o relógio desobedece às autoridades na primeira de várias ordens de paragem por excesso de velocidade. A situação de desobediência à polícia é reincidente durante o acelerado percurso. Inicia-se em crescendo a perseguição policial e Kowalski consegue sempre ludibriar as várias barreiras que as patrulhas lhe vão erguendo nas estradas por onde vai passar.
Numa rádio local às portas de San Francisco, o pessoal de serviço (técnico e animador) captam as comunicações dos agentes que estão no encalço de Kowalski. O animador – de alcunha 'Super Soul' – encontra aqui a inspiração para o seu invulgar dia na Rádio (é absolutamente imperdível o início de emissão de 'Super Soul'). Começa a dissertar em directo para Kowalski. Fá-lo poeticamente. Chama a Kowalski o "Último Herói Americano". 'Super Soul' fala directamente para o seu herói do asfalto, medindo cada palavra, sabendo que para além dos seus muitos ouvintes, também tem a própria polícia a ouvi-lo. A ultra sensibilidade profética deste homem, uma espécie de "Super Alma", é a única companhia na corrida solitária de Kowalski. 'Super Soul' é o único a ter a completa visão dos acontecimentos. É a antena orientadora do desesperado fugitivo cujo único “crime” foi não ter parado no sinal STOP. 


And there goes the Challenger, being chased by the blue, blue meanies on wheels. The vicious traffic squad cars are after our lone driver, the last American hero, the electric centaur, the, the demi-god, the super driver of the golden west! Two nasty Nazi cars are close behind the beautiful lone driver. The police numbers are gettin' closer, closer, closer to our soul hero, in his soul mobile, yeah baby! They about to strike. They gonna get him. Smash him. Rape... the last beautiful free soul on this planet. But – it is written, if the evil spirit arms the tiger with claws, Braman provideth wings for the dove. Thus spake the super guru! 

A perseguição policial é inter-estadual. Kowalski vê-se obrigado a entrar a toda a velocidade no deserto do Nevada, já em pleno dia e debaixo dum impiedoso sol a pique. É o momento de viragem. O silêncio total a cruzar os círculos e rectas na dura areia daquele chão. Só o roncar do potente motor do Challenger quebra aquele silêncio sepulcral do calor do meio-dia, no coração de um deserto que ninguém, nem mesmo a autoridade perseguidora ousa entrar. Kowalski, atormentado pelas tristes memórias do seu passado (revividas em episódicos flashbacks) e sob o efeito do consumo exagerado de speeds, ingeridos com o intuito de se manter acordado, tem encontros inesperados com personagens surreais vindas não se sabe de onde e idas não se sabe para onde.
A dura realidade confunde-se com a pura alucinação. 'Super Soul', já adivinhando o desfecho de tão perigosa aventura de Kowalski, é silenciado com brutalidade por parte da populaça que em Cisco espera pela passagem do herói em fuga... herói que o próprio 'Super Soul' criou e efabulou através das mágicas ondas hertzianas. Kowalski vê – finalmente e de forma absoluta - a luz ao fundo do seu próprio túnel existencial. Abraça-a frontalmente. Terminara a sua corrida contra o destino. A Rádio foi silenciada e a música acabou!

Esta é, sucintamente, a incrível história contada no filme «Vanishing Point» de Richard C. Sarafian (1971). É o maior clássico americano de sempre do estilo Road Movie (há um remake de 1997 altamente NÃO recomendável. O original é - literalmente - inultrapassável!). A Rádio e o destino individual de um homem solitário a tentar fugir de si próprio.
Não há muitos diálogos, há sim muitos monólogos, com destaque evidente para as palavras do animador de rádio 'Super Soul' em fala directa para o seu 'The Last American Hero". Os "bandidos" são os seus perseguidores e o verdadeiro protagonista de «Vanishing Point» é o carro. Essa autêntica bomba-relógio que levou Kowalski ao seu último destino.
Não sabemos o que aconteceu depois a 'Super Soul'. Na América ambivalente entre o espírito libertador e o conservadorismo pudico, apenas podemos especular sobre o que terá acontecido àquela "super-alma". Não seria muito difícil adivinhar o que aconteceria àquele comunicador de Rádio se o seu santo ofício fosse praticado em Portugal. 'Super Soul' encarna o sonho de todo e qualquer Animador de Rádio: ser livre! 

Hey Kowalski, you out there? 


sábado, 10 de junho de 2017

Hoje em LISBOA



sexta-feira, 9 de junho de 2017

Hoje em LISBOA


































A Metropolitana festeja o 25.º aniversário em grande estilo, com Liszt, uma das figuras mais fascinantes do século XIX europeu. A sua biografia é de tal modo extraordinária que resulta difícil imaginar que alguém tenha vivido tão intensamente. Em criança, passou por Viena, conheceu Beethoven e estudou com Czerny e Salieri. Foi depois para Paris, e tornou-se amigo de Chopin e Victor Hugo. Envolveu-se em relações amorosas impulsivas e protagonizou aparatosas digressões pela Europa enquanto pianista, entre 1838 e 1847. Ao lado do maestro inglês Adrian Leaper, o talento do pianista Artur Pizarro é motivação acrescida para assistir a um concerto que promete celebrar, e ser celebrado. 

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Boas canções novas que não passam na Rádio


Radiohead – “I Promise” 


Fleet Foxes – “Fool's Errand” 



Mac DeMarco – “One Another”  



Phoenix – “Goodbye Soleil” 


segunda-feira, 5 de junho de 2017

Boas canções novas que não passam na Rádio


Kevin Morby – "Come to Me Now


Sam Amidon – "Juma Mountain


Melody’s Echo Chamber – "Cross My Heart"  



The Unthanks – "What Can a Song Do to You?


domingo, 4 de junho de 2017

Hoje no Turim

































ORAI E BEBEI

Sinopse:
Uma revisitação dos milagres de Jesus onde o humor e a ironia se impõem nos diversos momentos que compõem a peça: um cego abençoado e um aleijado amaldiçoado; um Lázaro que ressuscita apesar de tudo; um Louco que seduz a Morte com a Última Ceia em fundo; umas Bodas de Caná contadas por aqueles que verdadeiramente as viveram. Tudo pautado por vinho que se dá em prova e se mistura com uma gargalhada. Porque "o aroma do vinho é delicada poesia" e porque se ‘a água é necessária para a vida o vinho é para a celebração’’. 

Dom.às 17h00 
Reservas: gerasl@teatroturim.com 
Tel. 217606666 

TEATRO TURIM – Estrada de Benfica, 723-A, Lisboa. 

sábado, 3 de junho de 2017

Hoje em LISBOA


































Presença assídua nas Temporadas de Música da Metropolitana, o maestro e cravista escocês Nicholas Kraemer, titular de uma extensa e incontornável discografia dedicada ao repertório da primeira metade do século XVIII, regressa à frente da OML para mais um concerto dedicado ao barroco germânico. Os nomes de J. S. Bach, Telemann e Händel representam o expoente máximo desse capítulo da História da Música, e são precisamente obras da autoria destes compositores que encerram a Temporada Barroca 2016/2017. 

quinta-feira, 1 de junho de 2017

It was HÁ 50 ANOS ago






















Os 50 anos deste disco 
Considerado por muitos como o mais importante álbum da História da Música Pop-Rock, também é apontado como o melhor álbum dos Beatles.
Ao contrário da enorme confusão de datas que temos verificado nos últimos dias, atribuindo-se a data de lançamento ao dia 26 de Maio de 1967, a verdade é que «Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band» foi editado no dia 1 de Junho de 1967. Foi numa quinta-feira, como não era habitual (em 1967 os álbuns eram editados à segunda-feira).
Esta actual confusão de datas tem a ver com dois motivos: o primeiro refere-se ao dia em que foi lançado nos Estados Unidos. Há quem diga que foi no dia 3 de Junho de 1967, mas na verdade foi no dia 2. Na semana passada a Rádio disse que foi no dia 26 de Maio de 1967, mas não. Essa foi a data da reedição revista e aumentada neste ano de 2017, a assinalar os 50 anos da obra. Como se não bastasse, as 'Wikipédias' desta vida encarregaram-se de também alterarem a datas nos últimos tempos (desde que foi anunciada a reedição Deluxe), levando muita gente ao engano.
Na Rádio também se ouviu dizer que «Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band» foi o sétimo álbum dos Beatles, mas na realidade foi o oitavo. Talvez na contagem de sete se esteja a excluir o álbum «A Hard Day's Night» ou o álbum «Help» considerando-os como sendo banda sonora, mas a verdade é que foram editados como álbum e que, depois, serviram de banda sonora aos filmes com os mesmos nomes.
Nada como consultar em livro a enciclopédia oficial dos Beatles e seguir as publicações de Mark Lewinsohn, biógrafo da banda.
Ou seja, o álbum «Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band» foi na realidade editado numa quinta-feira, dia 1 de Junho de 1967 no Reino Unido, dia 2 nos Estados Unidos e é o oitavo álbum de estúdio dos Beatles.
Acresce ainda que a actual detentora do catálogo dos Beatles instituiu oficialmente o dia 1 de Junho como “Pepper Day”, com várias iniciativas um pouco por todo o Mundo, incluindo Portugal, com uma sessão especial na próxima segunda-feira, dia 5 de Junho em Lisboa, na loja da FNAC, no Centro Comercial do Chiado, às seis e meia da tarde.
Canções do álbum «Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band» são presença recorrente na Rádio em Portugal, principalmente na actual celebração do meio-século deste disco.

O álbum «Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band» há 10 anos na «Rádio Crítica» (01 de Junho 2007).

Alinhamento original:

Lado A 
1. Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band
2. With a Little Help from My Friends
3. Lucy in the Sky with Diamonds
4. Getting Better
5. Fixing a Hole
6. She's Leaving Home
7. Being for the Benefit of Mr. Kite!

Lado B 
1. Within You Without You
2. When I'm Sixty-Four
3. Lovely Rita
4. Good Morning Good Morning
5. Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (reprise)
6. A Day in the Life



It was HÁ 50 ANOS ago (I) 
It was HÁ 50 ANOS ago (II)
It was HÁ 50 ANOS ago (III)