sábado, 30 de dezembro de 2006















Mais um ano que chega ao fim, mais uma emissão da série «Como no Cinema» disponibilizada pela primeira vez na Internet.
Uma reflexão sobre «O Tempo» que faz e o tempo que passa, com vozes de Aníbal Cabrita e Maria Azenha; textos de Fernando Pessoa (Alberto Caeiro) e Marguerite Yourcenar; música de Vivaldi, Beethoven e Philip Glass.




















Quando uma estátua é acabada, começa de certo modo a sua vida

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Está o tempo passado. Até ao ano que vem.
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O que eles dizem (21)

Eu queria saber se era capaz de começar tudo de novo. Quinze anos de televisão é muito tempo. Estava numa fase em que já me sentia muito seguro a fazer televisão. Precisava de voltar a sentir-me inseguro profissionalmente. Isso é um grande desafio, para quebrar o comodismo que se instala nas pessoas.
(…)
Nunca vi a televisão como um lugar seguro. Mas é verdade que há esse olhar, senti muita gente surpreendida. As pessoas acham que deve haver qualquer agenda escondida, que sou um bicho esquisito do zoo, que troca a televisão pela rádio. Houve alguém que me perguntou: "Mas porque é que queres ir para a telefonia?" (risos) E eu expliquei-lhe que a telefonia é uma paixão, e quem já passou pela rádio (e eu saí do Correio da Manhã Rádio há 17 ou 18 anos) sabe que o bichinho fica cá dentro.
(…)
É uma redacção muito nova. Todos estes jornalistas e produtores que aqui estão têm tanta vontade e acreditam tanto neste projecto, que me fizeram acreditar ainda mais que tomei a decisão certa. O que nós queremos é que a rádio volte a ter o peso que já tem e que perdeu em Portugal. E este investimento da Prisa em mim e neste projecto é um sinal de que é possível mudar o panorama da rádio em Portugal. Veja-se o caso de sucesso da Cadena Ser, em Espanha.
(…)
Eu serei o mesmo, vou fazer o mesmo tipo de informação que sempre fiz. Se puder ter como ouvintes os espectadores que me viam, tanto melhor.
(…)
Vejo as pessoas a falar muito em audiências e liderança. Estou mais preocupado em fazermos um bom trabalho. O que quero é que o RCP dê notícias, marque o dia, dê manchetes. O que se passa hoje é que a rádio e as televisões, normalmente, desenvolvem no dia as manchetes dos jornais. Queremos poder competir com os jornais em informação que marque o dia. Se isso acontecer, as pessoas vêm atrás.
(…)
É evidente que vamos disputar um mercado já existente e que também é o da TSF, mas o RCP não será uma rádio só de informação, vai ser uma rádio generalista que vai apostar muito na informação, na entrevista, no debate, em determinados períodos do dia. Mas é uma rádio mais generalista, como a Antena 1 ou a Renascença.


João Adelino Faria, entrevistado por Nuno Azinheira
In: Diário de Notícias
Quinta-feira, 28 de Dezembro 2006

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Dizem-se hoje, na rádio, coisas assombrosas. Há "animadores" ou "locutores de continuidade" que não resistem a um microfone aberto e julgam-se ao nível dos humoristas da Nação. Era dia 26 de Dezembro, estava o autor destas linhas numa "loja dos chineses", em busca de uma daquelas trivialidades domésticas difíceis de encontrar, mas que, por norma, está à venda nos "chineses". O som ambiente reproduzia uma qualquer rádio, onde a música era interrompida por frequentes diálogos do "casal" de locutores - e é quando "ele", falando do dia que passava, caracterizou-o como um "feriado transexual". Explicação do radialista: é um feriado "que não se assume". Riu muito, ouviu risinhos da parceira e voltou a música. Estarrecido, paguei e saí à pressa, a caminho do carro e de uma estação de rádio decente.


Mário Bettencourt Resendes
In: Diário de Notícias
Quinta-feira, 28 de Dezembro 2006
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A minha paixão não é o futebol, é a rádio.
(…)
Ao longo de 50 anos fiz muitos programas, a diversas horas do dia, mas este é o primeiro interactivo. E a Bancada Central marca de facto a parte final da minha carreira, que já devia ter terminado há muito tempo, mas a TSF não me deixa ir embora. Não só por causa da Bancada, como também por causa dos relatos de futebol que ainda vou fazendo.
(...)
A rádio mudou muito essencialmente depois do 25 de Abril, com o advento das rádios locais e o aparecimento de grandes emissoras. Antigamente a grande preocupação era o culto da voz. Depois veio a revolução e democratizou-se a rádio. E o que passou a ser essencial foi ter-se aptidão para escrever e ler os seus próprios textos. Deixou de ser preciso ter uma grande voz, mas também deixou de ser necessário ter uma grande cultura. E começaram a dizer-se grandes disparates ao microfone. Não sou saudosista e estou de acordo com a democratização da rádio, mas é preciso perceber que a possibilidade que se deu a toda a gente fazer rádio fez com que a qualidade deixasse de ser uma exigência. Mas entre a rádio de antes e a de agora, respondo sem hesitação que estou mais feliz com a rádio actual.


Fernando Correia, entrevistado por Sónia Correia dos Santos
In
Diário de Notícias
Sábado, 23 de Dezembro 2006

domingo, 24 de dezembro de 2006

E daqui a 100 anos?

Rádio, transmissão ao vivo
Ouve o silêncio
Deixa-o soar


Negras nuvens pairam No Ar

Ian Curtis













Foi um conto de Natal diferente aquele que, há precisamente cem anos, revolucionou a história da rádio. A noite era a de 24 de Dezembro, o ano 1906. Sentado na sua oficina em Brant Rock, Massachusetts (EUA), Reginald Fessenden enviou uma mensagem em morse aos navios ao largo, alertando-os para uma transmissão importante. E a surpresa tomou conta do momento que se seguiu, escrevendo na História aquele que foi o primeiro programa de radiodifusão do mundo.

(E daqui a 100 anos? Haverá Rádio no Natal?)

sexta-feira, 22 de dezembro de 2006
















Está disponível a emissão «Como no Cinema» intitulada: "Natal”.
Destaque para textos de David Mourão-Ferreira na voz de Fernando Alves; um mistério que não se desvenda… e uma Receita de Ano-Novo.
Nesta emissão, ouve-se “Silent Night” em simultâneo com as notícias da Rádio. Em grande contraste, as tragédias do mundo.

Mais informações em: http://comonocinema.blogspot.com/
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quinta-feira, 21 de dezembro de 2006


Morreu Leonor Colaço, jornalista da TSFMorreu esta quarta-feira a jornalista da TSF, Leonor Colaço. Tinha 39 anos e trabalhava na Redacção da TSF há seis anos. O percurso profissional da jornalista Leonor Colaço passou pela Rádio Minuto, Correio da Manhã Rádio, pela Rádio Comercial e pelo jornal Expresso. Leonor Colaço morreu esta madrugada devido a paragem cardíaca.

In TSF-Online
20.Dezembro.2006
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O Adeus à LeonorA manhã trouxe uma notícia brutal, avassaladora. O mundo ficou sem a Leonor Colaço, minha colega dos tempos do Correio da Manhã Rádio e da Rádio Comercial, jornalista das mais profissionais e dedicadas que conheci, mulher bela e serena que nunca me passou pela cabeça que pudesse desaparecer desta maneira inesperada, brutal - e logo num dos períodos mais felizes da vida dela.
Não via a Leonor há anos. Ouvia-a, de vez em quando, na TSF. Hoje regressou à minha vida pelas piores razões, num telefonema do Pedro Ribeiro em que ficámos ambos sem palavras perante a inacreditável tragédia.
Ainda não sei o que dizer.

Nuno Markl
In
Há Vida em Markl
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A vida é injusta
Trabalhei com a Leonor durante quase dez anos, nas redacções do CMR e da Rádio Comercial. Era discreta, muito bonita e uma óptima pessoa. Gostava muito dela. Ainda me custa a crer que.
Que sentido é que isto faz? O que é que andamos aqui a fazer? A vida é implacavelmente injusta, demasiadas vezes.

Pedro Ribeiro
In
Dias Úteis

QA80




















O tal blogue que dava um grande programa de Rádio vai dar uma festa. É claro que será sobre a nostalgia da pop-rock dos anos 80. É um convite que se encontra no próprio blogue de Paulo Cardoso (Tarzanboy), mas que faço grande gosto em reproduzir aqui, estendendo o convite a todos os leitores/“ouvintes” da «Rádio Crítica». É um acontecimento dirigido a nostálgicos de 80, mas também a todos os que se interessam por esses dez anos, a muitos níveis irrepetíveis. Obrigações profissionais na Rádio em directo impedem a minha presença na próxima noite de sexta-feira, mas espero sinceramente que o êxito seja retumbante e que a festa dos «Queridos Anos 80» se repita em outras datas e, por que não, em outras cidades, nomeadamente Lisboa.

Venho por este meio comunicar que no dia 22 de Dezembro já têm onde ir. Logo após o jantar, por volta da meia-noite, toca a dar um saltinho ao Swing (Porto). É a festa QUERIDOS ANOS 80. Vamos recordar os sons da nossa juventude (quando éramos ainda mais jovens do que somos agora), beber um copo e, se o reumático permitir, abanar o capacete. E tragam amigos! E amigas!

Depois da cassete, o vinil. Dois ícones musicais da década de 80. Serve este segundo flyer para convidar, mais uma vez, todos os interessados nesta coisa da música, a comparecerem no SWING, na próxima sexta-feira, 22. Já sabem: os filhos podem ficar com os avós. Se os avós quiserem vir, não vos resta outra solução senão trazer os filhos. Falem com os vizinhos. E não se esqueçam dos amigos e das amigas. Vocês já tinham saudades de uma noite assim.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

Cromo




















Desde que Herman José deixou de colaborar na TSF, que se sentia a falta de um apontamento de humor expressivo na Rádio Notícias. Não vou agora reflectir se uma rádio de perfil sério e informativo deva ou não incluir páginas de humor na sua emissão. Acho que o caso dos «Cromos TSF», nascidos da remodelação após o verão de 2003, é um inatacável caso de sucesso da estação. De segunda a sexta-feira, são eles, respectivamente: António Feio (Ugly Kid Tony); Maria Rueff (Zé manel taxista); José Pedro Gomes (ele próprio!); Joaquim Monchique (Bispo Tadeu) e Ana Bola (Tia Pureza). Todos eles actores/comediantes/humoristas conhecidos da nossa praça. Fazem humor distinto para vários gostos, mas José Pedro Gomes é o único dos cinco “cromos” que não representa nenhum papel, nenhuma personagem. É o mais acutilante de todos. José Pedro Gomes faz dele próprio. É ele, é assim e ponto final. Ponto final? Ainda não. Falta dizer que as intervenções deste humorista ultrapassam o simples humor. É sarcástico, irónico, mordaz, incisivo, verdadeiro, inteligente, autêntico, certeiro. É o homem da rua com uma nesga de voz pública. É a voz crítica do pacato cidadão – farto de ser engrupido – que não tem meio de se queixar sobre o que vai mal (e tanto que vai mal… ) neste país. Da cozinha às Finanças, do governo ao hospital. Os tiros ao alvo deste homem são sempre na mouche.
Um dia, José Pedro Gomes falou da Rádio na rádio que lhe estende o microfone. Não sei se ele quis cuspir na mão que lhe dá algum do pão, ou se nem sequer quis saber disso – que é o mais certo – mas sempre ouvi dizer que quem diz a verdade não merece castigo, portanto…
Eis o que disse este Cromo:

"Imagine que aquele programa de rádio que ouve tem a música que você gosta. Imagine que durante meses ouve as mesmas músicas que você gosta no programa que gosta. Já as sabe de cor de tanto as ouvir. Imagine agora que há um fulano -um ÚNICO fulano- que indica às rádios quais são as músicas que as rádios devem tocar. Umas que são êxitos confirmados para você gostar da rádio e outras novas que passam i-n-s-i-s-t-e-n-t-e-m-e-n-t-e até você gostar delas e comprar o CD desses artistas. Imagine que este fulano, que indica às rádios as músicas que as rádios devem tocar, recebia umas comissões das editoras para as rádios tocarem o que as editoras querem. Você, o seu gosto musical, aquilo que você cantarola no duche, nas bichas, no trabalho, ao seu filho, estaria nas mãos desse tipo e das editoras, não é? As rádios estariam nas mãos das editoras. Os locutores que lhe dizem «Agora vai ouvir este êxito do não sei quantos...» estariam nas mãos das editoras. Os artistas estariam nas mãos das editoras. Pronto! Já imaginou tudo isto? Seria um pesadelo só pensar que isto poderia acontecer à rádio que você tanto gosta, não é? Pois não vai precisar de esperar muito tempo para que isto seja uma realidade! Isto JÁ É O QUE SE PASSA numa boa parte das rádios que você ouve.
(...)
Antigamente os artistas, as editoras, tinham que andar de porta em porta dos divulgadores para o seu trabalho ser conhecido, ou então bastava que os locutores das rádios gostassem para passar a música que queriam. Agora não é assim. Uma boa parte das rádios não podem passar a música que querem, porque há UM fulano, ou UMA empresa, que decide o que a rádio vai passar. Já nem é o locutor que a anuncia quem decide. Isto não é futuro! Big-brother/Orson Wells... NÃO! JÁ EXISTE! Provavelmente na rádio que o senhor e a senhora e os seus filhos ouvem. Eu, cada vez vejo menos televisão e cada vez troco mais discos com os meus amigos. Rádio, é só para ouvir notícias... destas!"

José Pedro Gomes (Actor)

A rádio perfeita?! Imagine uma rádio feita à medida dos seus gostos musicais... seria espectacular ou um pesadelo. Afinal quem é que decide aquilo que você gosta de ouvir?!

In «CROMOS TSF»
4ªfeira/28.Abril.2004 (08:20 / 18:20)
Sábado/01.Maio.2004 (12:30)

terça-feira, 19 de dezembro de 2006

Bem-vindo ao seu mundo




















2006 chega ao fim com uma certeza: actualmente todos nós deixámos de ser consumidores passivos das novas tecnologias. Nesta nova era, para além de consumidores que somos, também somos produtores, agregadores, distribuidores e divulgadores de conteúdos multimédia. Está ao alcance de qualquer um de nós, desde que queira e tenha interesse nisso. A revista «TIME» percebeu isso e elegeu cada um de nós a figura do ano que agora termina.
Há já uma outra certeza: no próximo ano vão aparecer mais podcasters, as rádios tradicionais vão disponibilizar mais conteúdos em podcast, o mundo sonoro na Internet vai ganhar uma maior dimensão e importância. Pelo menos em potência, está em cada um de nós – desde que devidamente inseridos na sociedade da informação – um jornal, uma rádio ou uma televisão. É fácil, é barato e não dá milhões.
Neste admirável mundo novo também há o outro lado da moeda. Existe uma outra face bem menos aliciante, como se constata na notícia de jornal abaixo transcrita.
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O que eles dizem (20)

Fim do boom dos blogues previsto para 2007
As estimativas dizem que já há mais de 200 milhões de ex-bloggers. E o cemitério da blogosfera não vai parar de crescer

A multiplicação de blogues à velocidade da luz, com a Internet a receber todos os dias centenas de novas páginas pessoais e interactivas de todos os tipos e para todos os gostos, deverá viver o seu “pico” no primeiro semestre de 2007.
Isto porque muitos dos seus autores vão deixar de “postar” (escrever, colocar imagens, sons, etc), de todo ou com uma regularidade cada vez mais espaçada. Pelo menos é esta a previsão da empresa de pesquisa e consultoria Gartner que escolheu as 10 grandes tendências previsíveis para o próximo ano na área das tecnologias de informação.
“Tendo em conta a esperança de vida média de um blogger e o crescimento actual dos blogues, já existem hoje em dia mais de 200 milhões de ex-bloggers. O pico do número de bloggers atingirá a barreira dos 100 milhões durante a primeira metade de 2007”, considera a Gartner nas suas previsões anuais.
A verdade, argumentam estes analistas, é que a maioria das pessoas que sonharam um dia ter uma página pessoal na Net já o fizeram, os fãs dos blogues vão continuar a existir mas muitos tornaram-se preguiçosos e outros desistiram completamente.

Todos “localizáveis”
Outra previsão da Gartner arrisca que entre hoje e 2011, 60 por cento da população mundial possua um telemóvel será “localizável” através da Internet móvel. Isto devido às exigências acrescidas de segurança nacional bem como às novas estratégias de marketing e publicidade.
Assim, será cada vez mais comum assistir a episódios que agora são insólitos ou estratégias que actualmente são consideradas pioneiras. Os pais vão poder saber se os filhos estão a conduzir em excesso de velocidade. Os polícias, claro, vão poder apanhar mais ladrões (ou terroristas) e as lojas vão poder enviar mensagens promocionais para o telemóvel de um cliente no exacto momento em que este está a passar pela sua montra.

In PÚBLICO
Domingo, 17 Dezembro 2006

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Revista TIME
«Você» é a pessoa do ano 2006
Você é a pessoa eleita este ano pela revista norte-americana Time. «Sim, você. Você controla a era da informação. Bem-vindo ao seu mundo»

Começa assim a texto do editor Less Grossman que justifica a escolha deste ano.

Desde 1927 que a revista Time escolhe todos os anos uma personalidade para a sua rubrica anual, a Pessoa do Ano. Na capa do suplemento já figuraram nomes como Gandhi, Hitler,Estaline, Martin Luther King, De Gaulle, vários presidentes norte-americanos, entre muitas outras. Mas o eleito deste ano é peculiar. Sem rosto e sem nome, o eleito é colectivo e anónimo: é Você.
Apesar de todos os acontecimentos que marcaram este ano, os conflitos no Médio Oriente, a Time concluiu que o que verdadeiramente marcou 2006 foram projectos como a enciclopédia das massas, Wikipédia, ou o arquivo da fama, You Tube -- a world wide web do povo (e não a internet que tinha sido inventada há 15 anos atrás para uso restrito dos cientistas) que classificam como «uma verdadeira revolução».

«Quem são estas pessoas? Seriamente, quem é que se senta após um longo dia de trabalho e diz 'hoje não vou ver Os Perdidos'. Vou ligar o computador e fazer um filme sobre a minha iguana de estimação? (...) Quem é que tem tempo e energia para esta paixão?
A resposta é: você tem. E por tomar conta do reinado dos media globais, por fundar e actualizar a nova democracia digital, por trabalhar para nada e se bater contra os profissionais do seu próprio jogo, a pessoa do ano de 2006 da Time, é você».

Ioli Campos
In SOL
Domingo, 17 Dezembro 2006

segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

Quando o principio beija o fim




















É outro programa de rádio – que também é podcast – a chegar à centena de emissões. E não é um programa qualquer. [percepções], de Nídio Amado, foi para mim um dos melhores podcasts de 2005 e mantém essa classificação neste ano que agora se aproxima do fim. [percepções] também está próximo do fim. Na primavera de 2007 dará lugar a um outro programa com o mesmo autor. Esperamos todos que o nível de qualidade seja mantido. Os ouvintes têm a percepção que sim.
O autor de [percepções] faz, nesta emissão nº100, um balanço do que tem sido esta experiência e aponta o caminho do futuro próximo.

[percepções]
Rádio: RUM – Rádio Universidade Minho (Domingo p/ Segunda-feira: 00:00/01:00)
Blogue/download/podcast: http://infinitu.blogspot.com/

É um Photoshop sonoro. As layers numeradas (layerlist) sucedem-se umas às outras, como quem sobrepõe folhas de acetato, deixando transparecer a percepção que a última deixou. Um tema, uma imagem, uma frase, um sentimento, um motivo e… zás! flash! À volta do clarão de luz e sombra, um conjunto de músicas directamente ou indirectamente ligadas ao tema escolhido. Não é uma composição da palavra, mas se uma imagem vale por mil palavras, aqui um som vale por quantas palavras que se diriam. Trata-se de um ensaio sonoro com imagem cuidada através de um blogue, ouvidos selectos em Braga e tudo à volta, e mãos sensíveis num click cibernauta. Por vezes, na matiz final, [percepções], da autoria de Nídio Amado, toca-se o absoluto infinito.

Mais sobre Nídio Amado e [percepções] na «Rádio Crítica»: 07/Março/2006

sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

Está disponível a emissão nº 08 de «Como no Cinema», intitulada: "O Amor segundo Pedro Paixão".
Destaque para a narração do próprio autor e para a música de Charlie Chaplin.




Mais informações em: http://comonocinema.blogspot.com/
Ouvir/download & podcast: http://comonocinema.libsyn.com/

terça-feira, 12 de dezembro de 2006

Quando a TV é melhor que a Rádio














Este fim-de-semana que passou. Sábado à noite, um excelente documentário sobre João Bénard da Costa. À mesma hora na rádio, relatos de futebol na RR, TSF e Antena1. Relato de um jogo sem história nem espectáculo. Nas outras rádios, música (má, na maior parte dos casos) e playlists.
Domingo à noite, outro excelente documentário, desta vez sobre Vergílio Ferreira. À mesma hora na rádio, relatos de futebol na RR, TSF e Antena1. Relato de mais um jogo sem história e sem espectáculo. Nas outras rádios, mais do mesmo: música (má, na maior parte dos casos) e playlists.
É por estas e por outras que a Rádio…

Já não restam dúvidas que a Rádio perdeu a noite, onde foi rainha e senhora durante décadas e gerações. Todavia, há agora a ideia e a vontade de revitalizar as noites da Rádio a partir de Janeiro de 2007, no renovado RCP-Rádio Clube Português que, segundo as informações vindas a lume recentemente, terá um carácter mais informativo. Uma luta perdida ou uma luta pela qual vale a pena lutar? Acho que vale a pena lutar! Se a rádio for à noite a incrível e insubstituível companhia, o espaço de interesse que já foi, a TV ficará sem mim como espectador. Para mim, Rádio é – em última instância – palavra e não música (playlists), como infelizmente e desastrosamente tem sido nos últimos anos.


sábado, 9 de dezembro de 2006

«O Amor» é a 7ª emissão da série «Como no Cinema» agora disponibilizada em formato podcast, para ouvir e/ou para fazer download.
Está em linha desde ontem.

Destaque para a actuação do Joana Grupo de Teatro na Rua Augusta em Lisboa; vozes de Fernando Alves, Aníbal Cabrita e Maria Azenha; canções e textos de Jacques Brel e Charles Trenet.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

50 anos













Fernando Correia comemora meio século ao serviço da rádio.
Num destes domingos, o jornal PÚBLICO assinalou a data. Fernando Correia começou a fazer rádio em Dezembro de 1956 e ainda se mantém no activo com notável frescura e vitalidade. Nasceu em 1935. A ele pertencem os melhores relatos de futebol na rádio em Portugal.
Habituei-me a ouvi-lo na Rádio Comercial, nos inícios dos anos 80. Ao meu lado, à porta das escadas de um prédio, estava um amigo meu de infância – benfiquista fervoroso – a escutar o relato do “seu” Benfica num pequeno transístor a pilhas que segurava numa das mãos. Perguntei-lhe: Quem está a relatar? “Fernando Correia!”, respondeu ele depois de uma breve pausa, talvez para se lembrar do nome.
Eu é que nunca mais me esqueci daquele nome.
Mais ou menos por esses primeiros anos da década de 80, Fernando Correia apareceu um dia na televisão. Eu não estava a ver, mas a minha mãe prontamente me chamou para o ver, pois sabia da minha admiração por aquele grande comunicador da rádio. E vi-o. Curiosamente coincidia com a imagem que dele fazia através da voz. Coisa rara de acontecer, como todos sabemos.
Muitos anos depois, o meu percurso na rádio faz-me cruzar com Fernando Correia na mesma estação. No primeiro dia em que trabalhámos juntos em estúdio dei-lhe conta da importância daquele momento para mim. Estou portanto a falar de um colega de trabalho, de um companheiro da mesma rádio e isso não é coisa fácil de se fazer. Mas tratando-se de quem é, este exercício torna-se mais simples. Fernando Correia é daquelas raras (raríssimas) pessoas – que conheci pessoalmente muito depois da minha infância de ouvinte – que não me desiludiu em nada sobre o que delas imaginava. Como se sabe, esta é outra coisa muito rara de acontecer. O contrário é que é sobejamente frequente. Infelizmente, digo eu, que não devia iludir-me pelo que a rádio produz no nosso imaginário. Mas o que seria a rádio sem isso?

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PÚBLICO
Domingo 26 de Novembro 2006

A mesma voz há 50 anos no ar "acha que ainda faz falta"
Ana Machado

Fernando Correia é um nome que hoje se confunde com o jornalismo desportivo. Quis ser médico aos 18 anos. Mas o destino acabaria por lhe reservar meio século de rádio.

Não são muitos os que se podem gabar de, em 50 anos de profissão, terem feito sempre o mesmo. E o mesmo é jornalismo de rádio. Fernando Correia nunca parou. E não prevê parar tão cedo. BBC, Emissora Nacional, Rádio Clube Português, Rádio Comercial e TSF, onde se sente "muito feliz" desde o primeiro dia daquela estação. E há projectos novos no horizonte, afirma este homem de 70 anos, sem revelar quais. Em, Dezembro espera-o um jantar de homenagem organizado por amigos. "Vamos lá ver se o meu coração aguenta".
Vasco Resende, jornalista e fundador do Clube Nacional de Imprensa Desportiva, está a preparar um jantar de amigos, que se realizará a 12 de Dezembro, para celebrar os 50 anos de carreira de alguém que considera ter características únicas. Para o antigo companheiro de rádio de Fernando Correia a voz com que relatou o jogo de quinta-feira passada na TSF, entre o Sevilha e o Sporting de Braga, é a mesma de sempre: "O Fernando tem esta vantagem da sua voz se manter inalterada. Parece mentira mas é verdade", afirma. "Pessoas como ele e eu não sentem o peso da idade, nem da actividade. Trabalhar para nós é um prazer."
Esta voz, sempre igual, de Fernando Correia, chegou aos microfones da rádio em 1956, através do Secretariado Nacional de Informação. Quis ser médico. Mas aos 18 anos o destino acabou por levá-lo até Londres, com uma bolsa do Instituto Britânico, onde fez um estágio na BBC. Regressado a Portugal fez teatro radiofónico, leu noticiários e fez reportagens que se podiam ouvir nos Emissores Associados de Lisboa. Poucos meses depois da estreia, concorreu a um concurso para a Emissora Nacional. "Fiquei em primeiro".
"Fazia um pouco de tudo, menos desporto", recorda a voz dos relatos da bola, sobre os tempos em que, por exemplo, partilhava com Maria Leonor e Maria Júlia Guerra os Diálogos de Domingo na Emissora. Foi em 1964 que Fernando Correia, que se gaba de nunca ter falhado um campeonato do mundo, achou que deveria dar um rumo novo à carreira. Estávamos a um ano do célebre Campeonato Mundial em Inglaterra, em que os "magriços" arrecadaram o terceiro lugar, o melhor de sempre de uma equipa portuguesa.

"Estava farto de ser a voz do dono"
"Eu estava muito cansado de fazer as partidas dos soldados para as colónias e a chegada dos caixões. Estava farto de ser a voz do dono, do Governo. Fui ter com o Artur Agostinho e disse-lhe que gostava de experimentar o desporto." Poucos dias depois recebe uma chamada a avisar que tinha um jogo marcado: "Fui fazer o Seixal, Vitória de Guimarães. E a coisa parece que correu bem". Começou então a fazer relatos ao domingo. A Emissora Nacional durou até ao dia em que, nos tempos conturbados do pós 25 de Abril, a Comissão de Trabalhadores decidiu suspender os serviços de Fernando Correia, por três meses, por ter feito reportagens que consideravam a favor do antigo regime. ". "Fiquei tão triste que saí e fui para o Rádio Clube Português", onde ficou até à passagem, em 1979 do RCP para Rádio Comercial."Fiquei na Sampaio e Pina até me cansar". Cansou-se em 1987, quando recebeu um convite de Emídio Rangel para integrar um projecto novo de rádio, chamado TSF. "Vim-me embora da Comercial completamente à maluca, sem um tostão. Fui trabalhar com gente muito jovem e estou muito feliz na TSF", afirma, frisando que, apesar de lhe ter passado pela cabeça por um ponto final na rádio, após a morte do colega de relatos Jorge Perestrelo, em Maio do ano passado, Fernando Correia está para ficar: "Acho que ainda faço falta. Na TSF dizem-me que não posso parar, mesmo pela memória do Jorge". Sobre o futuro do jornalismo desportivo e sobre a nova geração de jornalistas, Fernando Correia confessa que "com a grande luta comercial, a qualidade foi preterida pela quantidade": "O jornalismo desportivo já foi melhor do que é hoje. Faz falta o jornalismo de Carlos Pinhão, de Alfredo Farinha, de Vitor Santos, que tornaram A Bola a bíblia do desporto. É fundamental haver texto de qualidade num país onde se consome tanto desporto. Falta qualidade."

As inscrições de ouvintes para o fórum de desporto da TSF, a Bancada Central, começam às 19.30. Às 20h00, um quarto de hora antes do programa ir para o ar, já estão esgotadas. Há 12 anos que é assim. A Bancada Central surgiu quando só havia um fórum interactivo em Portugal, que eram o fórum das manhãs da TSF, lembra Fernando Correia que é a alma deste programa desde o seu primeiro dia. "É um programa de quase nada", conta Fernando Correia sobre o modelo que vive das participações dos ouvintes, que são, em média, 60 por dia. E a maior virtude da Bancada Central, que é o facto de viver das pessoas, acaba também por ser o seu lado mais arriscado: "O programa tem dois perigos. Um deles são os excessos de linguagem e outro é a habituação", confessa Fernando Correia sobre o facto da Bancada já ser conhecida pelos seus clientes habituais, que fazem da participação neste fórum um ritual de final de dia. "Mas há pessoas novas todos os dias", garante.

In PÚBLICO
Domingo 26 de Novembro 2006
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Apenas uma rectificação que julgo ser importante fazer, até porque é um erro (induzido? casual?) que tem vindo a ser repetido por várias vezes e em vários locais. A «Bancada Central» começou em Fevereiro de 1996, logo não pode ter 12 anos. Em rigor tem 10 anos e dez meses.

E o que pensa Fernando Correia sobra a rádio actual?
Eis a resposta dada por ele próprio num dos seus livros:

"Ao mesmo tempo que se definiram e criaram padrões de rádio entendida como meio de informação e divulgação, foram surgindo contrapontos inevitáveis, numa situação de comodismo, facilitismo e refúgio, em meios geográficos de economia mais débil, absolutamente e perdidamente incaracterísticos. Foram as rádios gira-discos que quiseram concorrer apoiadas no consumo de adolescentes e jovens. Os exemplos ainda aí estão: RFM, Rádio Comercial, Antena 3 e uma nova versão do saudoso Rádio Clube Português que substituiu a Rádio Nostalgia. Estes são os padrões nacionais de rádio gira-discos, porque, afinal, todas as outras rádios locais e rádios regionais seguem o mesmo modelo e cumprem o mesmo percurso. É um projecto de rádio sem projecto que não obriga a pensar, não tem custos de produção, ou tem custos mínimos, mas também não serve para nada, a não ser para acompanhar viagens longas de automóvel, de gente de um escalão etário mais baixo e com poucas preocupações culturais. Aliás tem sido norma de muitos governos (não só em Portugal) manter a população inculta e em estado notório de subdesenvolvimento, exactamente para não causar demasiados problemas. Se juntarmos a isto o papel desenvolvido pela Igreja Católica, sobretudo nos meios rurais, ficamos com um quadro completo da situação e da conveniência (?) que há em termos muita música e pouca palavra. A radiodifusão assenta em princípios básicos, muito claros, anteriormente já apontados, que passam pelo cumprimento das premissas também já enunciadas. É, por tal razão, um enorme "bluff", podendo afirmar-se que em 2003 os únicos modelos próximos do desejável eram interpretados pela Antena 1 e pela TSF, traduzidos na existência de uma informação rigorosa; em programas de informação e de divulgação da cultura; em debates e entrevistas de actualidade; nas reportagens directas; na transmissão de música criteriosamente escolhida com predomínio da portuguesa; e em rubricas respeitantes a tempos livres, desporto, lazer e turismo. Quer isto dizer, no quadro actual, que a rádio generalista não pode deixar de ser um grande jornal sonoro a editar 24 horas por dia, ou seja, em edição permanente. Contrariar este estatuto e alterar esta definição é contribuir para a estupidificação e incultura do público consumidor. Infelizmente, em Portugal sempre se cultivou a incultura e a estupidificação. Talvez fizesse jeito a certos governos. Ao de Salazar certamente que fazia. Mas houve seguidores."

Fernando Correia
In "A Rádio Não Acontece... Faz-se"(pags. 95 e 96)
edição Sete Caminhos
2004

P.S: Mais uma coisa rara: completar meio século ao serviço da rádio em Portugal. Doravante haverá alguém que consiga atingir semelhante data, especificamente radialistas da minha geração? Haverá condições para que isso aconteça? Duvido muito.

terça-feira, 5 de dezembro de 2006

[intervalo TV]














A SIC voltou a transmitir, há um mês, alguns dos programas da série «Of Beautiful and Consolation». Mais três ou quatro repetições dos 26 que nunca transmitiu na totalidade. Fê-lo nas condições que sempre fez, ou seja, da pior maneira: muito fora de horas, sem aviso ou com avisos trocados no site, teletexto, jornais, etc. O mesmo folhetim de sempre. Depois deixou de transmitir e agora não se sabe se e quando (e como!) os vai transmitir de novo ou não. O único programa cultural do canal de Carnaxide foi pura e simplesmente destruído pela própria SIC. Sobre isso já aqui se escreveu e não interessa agora voltar a esse drama. O que interessa agora é saber se o governo vai conseguir fazer Lei da proposta que avançou há dias sobre um maior respeito por parte dos operadores televisivos público e privados. A proposta é muito básica, elementar até. Quer obrigar as televisões nacionais a cumprirem escrupulosamente – com 48 horas de antecedência – a programação e horários que prometem e publicam nos diversos meios. Há opositores mais declarados que outros.
Há duas semanas, domingo à noite, na sua “homilia” na RTP1, o professor Marcelo Rebelo de Sousa afirmou ser contra a proposta de lei. Alegou ingerência em matéria alheia e, pior do que isso, disse que se acontece alguma coisa de extraordinário no mundo não se podia mudar a programação por causa da lei, achando uma coisa sem sentido. Ou o Professor andou distraído, ou então não quis dizer que sabia que o projecto-lei contempla situações extraordinárias. Não é uma lei cega. Contempla excepções e essa foi uma ressalva desde logo clarificada pelo governo. Poucos dias depois, o ministro Augusto Santos Silva reafirmou isso mesmo no «Jornal da 9» (da noite, com Mário Crespo) da SIC-Notícias, dando o bom exemplo recentíssimo aquando da morte de Mário Cesariny, em que algumas televisões alteraram a programação no próprio dia para exibirem documentários sobre o artista.
Claro que os operadores televisivos saltaram logo à liça, acusando o executivo de intromissão na soberania interna das empresas de difusão televisiva, com as ladainhas do costume. Fazem o seu papel previsível. Não têm outros argumentos que ultrapassem o queixume bacoco? Pois eu concordo inteiramente com a proposta de lei e anseio para que venha a ser uma realidade. Os atropelos, os desrespeitos continuados, as fraudes desnecessárias ao espectador são inadmissíveis. Se vier a ser uma Lei com força de Lei e – mais importante que tudo – se vier a ser cumprida, apenas lamento que tenha chegado tarde de mais para salvar o programa «Of Beautiful and Consolation» da selva em que sempre esteve metido. Actualmente, no horário em que a SIC transmitia (… às vezes) um programa de enorme qualidade, transmite agora uma abjecta telenovela brasileira chamada «Bang-Bang». Uma bela de uma desconsolação!
Enquanto não há lei nem roque, a dança continua.
Pumba! Matei-te!

P.S.1: Alguns mails recebidos perguntam-me sobre as imagens do indicativo do programa e sobre a música. As imagens são do filme japonês «Shall we dansu?» de Masayuki Suo.
A música é de Bernard Hunnekink.

P.S.2: Ainda há duas semanas, o escritor Manuel António Pina elogiou estes programas sobre «O Belo e a Consolação» no programa «Câmara Clara» na 2.
O escritor gabava-se de ter o privilégio de poder assistir aos programas àquelas altas horas da noite, ao que a apresentadora Paula Moura Pinheiro retorquiu algo do género: “… pois, não tem que se levantar às sete da manhã no dia seguinte…”.
Manuel António Pina ainda teve tempo de colmatar: “Ah, mas eu gravo-os!”

Que todas as vossas
Orações e confissões

Toda a indiscrição
Das vossas vidas

Faça com que estejam
Face a face
Com uma determinada graça

O vosso maior desejo
De crescer e aspirar
Ateará o vosso fogo interior

Ó, que acabe este inferno

Que as vossas necessidades
Erros e paixão
Encontrem a paz


Letra: Roger Scruton; voz soprano: Catherine Bott

Mais sobre este assunto na «Rádio Crítica»: 19/Setembro/2006


sexta-feira, 1 de dezembro de 2006














Como no Cinema: “Alta Montanha

Neste programa sobre a Alta Montanha, João Garcia conta em pedaços – com o saber de experiência feito – o que é subir uma alta montanha, o que é estar lá. Foi das primeiras declarações públicas para rádio que João Garcia fez após a glória e tragédia da expedição ao Evereste em 1999. Relatou em geral o que foi subir à mais alta montanha do mundo e não teve problemas em abordar a desastrosa descida que tirou a vida ao seu companheiro de escalada, o belga Pascal Debrouwer.

Mais pormenores em: http://comonocinema.blogspot.com/
Disponível em Podcast; Ouvir & Download: http://comonocinema.libsyn.com/