quarta-feira, 28 de janeiro de 2015
A Certain Radio
Hugo Pinto é o autor do novo ‘podcast’ intitulado «A Certain Radio», fazendo trocadilho com o nome da banda britânica alternativa dos anos 70 e 80 A Certain Ratio.
É o regresso de Hugo Pinto às composições sonoras em exclusivo no formato ‘podcast’, depois de ter realizado a série «Miss Tapes» entre os anos 2006 e 2012, num total de uma centena de episódios, para além de uma outra curta série chamada «Deep Mode».
Jornalista português a viver e trabalhar em Macau, Hugo Pinto é também um dos sete autores do colectivo «Irmandade do Éter», que produz episódios em ‘podcast’ desde o ano 2011.
Depois de uma pausa de quase dois anos, Hugo Pinto presenteia-nos agora com «A Certain Radio».
Diferente da magnífica série «Miss Tapes», não sem de vez em quando repetir (a meu ver, escusadamente) alguns registos anteriormente utilizados nesses capítulos, «A Certain Radio» abre-nos agora um novo universo em escuta. Mais instrumental que nunca, as vozes em presença são a excepção. É como se entrássemos numa 6ª dimensão. As paredes dos limites oníricos alargam-se com estes sons vindos de longe. Partindo de paisagens da Terra, fazem-nos embarcar numa viagem para cima. É uma viagem muito para além das fronteiras conhecidas. Não por acaso surge na página dos alinhamentos a palavra ‘journeys’ como ‘link’ para essa tal dimensão.
Evoluindo a partir do conceito ‘Malcontent Disco’ de «Miss Tapes», «A Certain Radio» é uma espécie de 'Space Opera’, remetendo os sentidos para a incursão em matizes siderais, corpos celestes, túneis do tempo futuro, planícies multicoloridas, formas disformes, texturas estelares, harmonia universal, sensação de vastidão, silêncio e infinito.
E depois esta Ópera Espacial oferece-nos o Tempo e o Espaço para sonharmos acordados através de títulos fascinantes como «Back to the Sea», «Space Loneliness», «Leave in Silence», «Histoire de la Nuit», «Tomorrow Was the Golden Age», «The Moving Shadows», «The Girl» e «Do I Disturb Your Dreams».
A Certain Radio (iniciou a 25 de Novembro 2014)
Miss Tapes (01 de Novembro 2006 - 21 de Dezembro 2012)
Deep Mode (11 de Dezembro 2008 - 03 de Maio 2012)
terça-feira, 27 de janeiro de 2015
Júlio Isidro
Júlio Isidro completou 70 anos de idade no dia 5 deste mês e celebrou 55 anos de carreira no dia 16.
A RTP dedicou-lhe ao longo desse dia uma justa homenagem em vida, com a presença do próprio em vários espaços de emissão. Foram lembrados imensos momentos marcantes da longa carreira do apresentador de Televisão.
Mas Júlio Isidro é também uma figura da Rádio. Foi protagonista de momentos históricos da Rádio em Portugal nos últimos 35 anos, nomeadamente com o programa «Febre de Sábado de Manhã».
Nessa altura, na Onda Média da Rádio Comercial, o programa cresceu rapidamente até conseguir colocar milhares de pessoas num estádio de Futebol para assistirem a um programa de Rádio. Algo completamente impensável nos dias de hoje. Aconteceu no antigo Estádio José de Alvalade em Lisboa. Havia jogos em casa do Sporting que não conseguiam tanta assistência.
Foi o maior acontecimento da Rádio portuguesa nos anos 80 e, talvez, de sempre neste país.
Nesse período galvanizante da telefonia nacional, Júlio Isidro realizava – e apresentava juntamente com Margarida Mercês de Melo – o programa «A Grafonola Ideal» de segunda a sexta-feira na Onda Média da Rádio Comercial, das 10:00 às 13:00, juntando-lhe ao Sábado a «Febre de Sábado de Manhã».
Júlio Isidro tinha começado na Rádio muitos anos antes, ainda na década de 60, no Rádio Clube Português.
Foi director da extinta Rádio Central na segunda metade dos anos 90 e esteve, até há poucos anos, na Antena1, com o programa semanal ao fim-de-semana «A Ilha dos Tesouros» (Sábados, das 08:00 às 09:00).
O enorme sucesso do programa «A Febre de Sábado de Manhã» levou-o a aceitar o convite da então directora de programas da RTP, Maria Elisa, para fazer algo do género nas tardes de Domingo na RTP1 e assim nasceu «O Passeio dos Alegres», que durou quatro anos (1980-1984). Outro mega sucesso.
Neste mês (e ano) de comemorações para Júlio Isidro, após a homenagem ao homem da Televisão, falta fazer a justa homenagem ao homem da Rádio.
A Ilha dos Tesouros (última emissão, 29 de Dezembro 2012).
Ouvir aqui
segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
Hitchcock na Rádio
Para quem gosta da cinematografia de Alfred Hitchcock, esta conversa na Rádio é imperdível.
Renato Barroso, autor do livro «A Culpa no Cinema de Alfred Hitchcock», foi convidado de Luís Caetano no programa «A Força das Coisas», na tarde do passado Sábado.
Uma fascinante conversa cujos detalhes seriam pecaminosos serem revelados em texto. Só mesmo ouvindo aqui.
domingo, 25 de janeiro de 2015
Janeiro & Fevereiro
sábado, 24 de janeiro de 2015
A LUGAR COMUM apresenta
Nuno Prata (Pt)
www.facebook.com/nuprata
www.nunoprata.bandcamp.com
Sábado, 24 de Janeiro 2015 às 22h00
CAV – Centro de Artes Visuais COIMBRA
www.facebook.com/nuprata
www.nunoprata.bandcamp.com
Sábado, 24 de Janeiro 2015 às 22h00
CAV – Centro de Artes Visuais COIMBRA
Outrora baixista dos Ornatos Violeta, Nuno Prata foi um dos primeiros elementos da banda portuense a reencontrar-se com os palcos, logo após o término da mesma. Se num momento inicial se apresentou ao público em parceria com o multi-instrumentista Nicolas Tricot, num projecto apropriadamente intitulado “Nuno Nico”, logo assumiu o seu nome próprio, pelo qual editou em 2006 o primeiro longa-duração “Todos os dias fossem estes outros”. Produzido por Tricot, caracterizou-se pela depuração do formato canção, na tradição das “pré-histórias” de Godinho, incorporando o repentismo rítmico do jazz e a dimensão narrativa da folk.
A este trabalho seguiu-se, já em finais de 2010, “Deve Haver”, contando com a preciosa colaboração de Hélder Gonçalves e de Manuela Azevedo, os quais transportaram para o universo de Prata algum do colorido pop dos Clã.
Dia 24 de Janeiro, o cantautor portuense apresenta-se no formato trio em Coimbra, a convite da Lugar Comum, na acolhedora sala do Centro de Artes Visuais, trazendo consigo o terceiro capítulo de um já longo percurso. Álbum homónimo, no qual Manuel Cruz colaborou, “Nuno Prata” serve de mote a mais um concerto em português, sequência de noites passadas cujo lugar comum é o da nova música nacional.
Uma organização Lugar Comum e CAV – Centro de Artes Visuais.
"Com Nuno Prata tudo parece aquilo que realmente é. As palavras são claras e surgem-nos lúcidas, como imagens de uma realidade palpável. Uma lucidez feita originalidade quando é igualmente transportada para a música."
A Trompa
"‘Com uma voz do mais honesto que vai ouvir por aí e letras sem pinga de suor (nada na música deste homem parece forçado) (...)"
Sábado [revista]
"É um compositor de mão cheia – um dos melhores alunos de Sérgio Godinho – atento aos sons e exímio nas palavras. Fogem-lhe as mãos para as canções como de um artesão para a oficina."
Disco Digital
"Mesmo quando cáustico, Nuno Prata nunca abre mão de uma doçura que faz (...) singulares pérolas que espelham, também, o espírito de Portugal pós-austeridade."
Blitz
Bilhetes
Entrada geral :: €8,00
Entrada associados Lugar Comum :: €7,00
Dada a lotação limitada da sala, a reserva de entradas é aconselhada e pode ser efectuada através do e-mail geral@lugarcomum.pt (mediante envio de indicação do nome completo + nº BI para posterior confirmação).
As entradas reservadas deverão ser confirmadas e levantadas no dia do concerto, no local do evento, entre as 21h30m e as 22h00m.
sexta-feira, 23 de janeiro de 2015
A noite passada
Conversa muito especial com o grande escritor de canções que também escreve livros.
Uma hora de Rádio em que se fica a conhecer um pouco de «Vida Dupla», o novo livro de Sérgio Godinho. Mas também se falou de outras coisas, como por exemplo a felicidade e a velhice. Sérgio Godinho está próximo de completar a idade de 70 anos.
Aconteceu na noite passada, no programa «A Ronda da Noite» de Luís Caetano, na Antena2.
Ouvir aqui
quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
Hoje em LISBOA
quarta-feira, 21 de janeiro de 2015
Hoje na RADAR
Há quanto tempo não se ouve Kraftwerk na Rádio?
Editado no dia 1 de Novembro de 1974, é talvez o álbum mais agraciado dos alemães Kraftwerk. Banda da cidade de Düsseldorf, formada em 1970.
O disco «Autobhan» vai conhecer passagem integral no programa «Álbum de Família» esta semana na RADAR, com a devida contextualização. Obra prima dos pioneiros da música electrónica.
Apresentação e realização de Tiago Castro.
Álbum de Família
RADAR
4ª Feira às 14:00
Domingo ao meio-dia
2ª Feira (na semana seguinte) às 23:00.
terça-feira, 20 de janeiro de 2015
Hoje em LISBOA
sábado, 17 de janeiro de 2015
Hoje em ALMADA
Hoje no FUNDÃO
Mesa Redonda no âmbito da exposição «Um Destino Coisa Simples» Património Arquitectónico do séc.XX no concelho do Fundão.
15:00 – Projecção do filme «Manhã Submersa», realizado por Lauro António(1980), com participação de Vergílio Ferreira no elenco (ambos na imagem do cartaz).
17:00 – Mesa Redonda com a participação de Lauro Antonio, Pedro Salvado, Fernando Paulouro e Paulo Fernandes.
Largo da Estação, 6230 – Fundão
sexta-feira, 16 de janeiro de 2015
Hoje no BARREIRO
quinta-feira, 15 de janeiro de 2015
Prémios Quinas
Ontem à noite, a Rádio foi distinguida na Gala do centenário da Federação Portuguesa de Futebol, que teve lugar no Casino do Estoril.
O programa «Bola Branca» da Rádio Renascença e a «Tarde Desportiva» da Antena1.
São prémios merecidos. A «Bola Branca» pela longevidade e importância na informação desportiva em várias edições diárias há cerca de 35 anos. A «Tarde Desportiva» (normalmente ao Domingo) por saber tirar partido dos enormes recursos humanos e meios técnicos ao dispor da rádio pública, conseguindo estar em todos os estádios de Futebol em simultâneo, onde têm repórteres a acompanhar todos os jogos da Primeira Liga e outras. É serviço público.
Faltou um prémio para os melhores relatos.
Os colegas da RR e da Antena1 que me desculpem, mas os melhores relatos de Futebol da Rádio portuguesa são os da TSF.
Ver todos os Prémios Quinas de Ouro 2015 aqui
Hoje em LISBOA
Espectáculo baseado na obra de Arthur Schnitzler, Menina Else conta-nos a história de uma rapariga que se vê obrigada a salvar a família de um escândalo financeiro. É quando recebe uma carta da sua mãe que Else compreende que tem de fazer tudo o que estiver ao seu alcance para impedir que o pai seja preso, mesmo que para isso tenha de passar pela dura provação dos seus conflitos interiores.
De 15 a 18 Janeiro de 2015 | De 5ª a Domingo, às 21h30
Contactos para reservas: 21 760 66 66 ou reservas@teatroturim.com
Bilheteira:
A Else apoia o espectador: 5€
Bilhete normal: 7€
O espectador apoia a Else: 10€
TEATRO TURIM – Estrada de Benfica nº 723, 1500 Lisboa.
quarta-feira, 14 de janeiro de 2015
Hoje no MUNDO
Eram desenhadores!
Não eram chefes políticos, líderes religiosos, magnatas do grande capital, agiotas, onzenários, banqueiros ou presidentes de multinacionais.
Eram só desenhadores. Artistas da 9ª Arte. Civis inocentes.
AS 65
António Sérgio na Rádio Crítica entre 2005 e 2014:
4 de Abril de 2005
A Voz do Lobo
10 de Abril de 2006
António Sérgio na Rádio Comercial
21 de Setembro de 2007
Coisas do Verão 2007
20 de Novembro de 2007
Viriato 25
4 de Dezembro de 2007
O Lobo que ruge
7 de Dezembro de 2007
O que ELE diz
A Voz do Lobo
10 de Abril de 2006
António Sérgio na Rádio Comercial
21 de Setembro de 2007
Coisas do Verão 2007
20 de Novembro de 2007
Viriato 25
4 de Dezembro de 2007
O Lobo que ruge
7 de Dezembro de 2007
O que ELE diz
ANTÓNIO
SÉRGIO
7 de Novembro de 2009
Homenagem a António Sérgio
9 de Novembro de 2009
Na toca do LOBO
27 de Novembro de 2009
Retratos da vida de um Lobo da Rádio
14 de Janeiro de 2010
Emissão especial na RADAR
20 de Janeiro de 2010
AS 60
1 de Novembro de 2010
Dia ANTÓNIO SÉRGIO na RADAR
2 de Novembro de 2010
Palavra de Lobo (I)
3 de Novembro de 2010
Palavra de Lobo (II)
4 de Novembro de 2010
Palavra de Lobo (III)
5 de Novembro de 2010
Palavra de Lobo (IV)
6 de Novembro de 2010
Palavra de Lobo (V)
7 de Novembro de 2010
Palavra de Lobo (VI)
7 de Novembro de 2010
Palavra de Lobo (VII)
15 de Novembro de 2011
Dia 1
8 de Outubro de 2014
UIVO
16 de Outubro de 2014
UIVO – exibição nacional
24 de Outubro de 2014
Nas ruas da capital
1 de Novembro de 2014
Hoje em LISBOA
2 de Novembro de 2014
Ontem em LISBOA
5 de Novembro de 2014
O Uivo do Lobo
11 de Novembro de 2014
UIVO – algumas imagens
+
30 de Março de 2015
Som da Frente – Março de 1984
1 de Novembro de 2016
Na Rádio e na TV
7 de Novembro de 2009
Homenagem a António Sérgio
9 de Novembro de 2009
Na toca do LOBO
27 de Novembro de 2009
Retratos da vida de um Lobo da Rádio
14 de Janeiro de 2010
Emissão especial na RADAR
20 de Janeiro de 2010
AS 60
1 de Novembro de 2010
Dia ANTÓNIO SÉRGIO na RADAR
2 de Novembro de 2010
Palavra de Lobo (I)
3 de Novembro de 2010
Palavra de Lobo (II)
4 de Novembro de 2010
Palavra de Lobo (III)
5 de Novembro de 2010
Palavra de Lobo (IV)
6 de Novembro de 2010
Palavra de Lobo (V)
7 de Novembro de 2010
Palavra de Lobo (VI)
7 de Novembro de 2010
Palavra de Lobo (VII)
15 de Novembro de 2011
Dia 1
8 de Outubro de 2014
UIVO
16 de Outubro de 2014
UIVO – exibição nacional
24 de Outubro de 2014
Nas ruas da capital
1 de Novembro de 2014
Hoje em LISBOA
2 de Novembro de 2014
Ontem em LISBOA
5 de Novembro de 2014
O Uivo do Lobo
11 de Novembro de 2014
UIVO – algumas imagens
+
30 de Março de 2015
Som da Frente – Março de 1984
1 de Novembro de 2016
Na Rádio e na TV
terça-feira, 13 de janeiro de 2015
Luís Ochôa
28 de Maio 1951-13 de Janeiro 2015
Ouvi muitas vezes o noticiário das 13:00 de segunda a sexta-feira na RDP-Antena1, na segunda metade dos anos 80.
Era o actual correspondente da Antena1 em Bruxelas, onde morreu esta madrugada, aos 63 anos de idade.
Ainda há poucos dias o escutei na Rádio pública sobre o caso Charlie Hebdo.
Ouvir notícia na Antena1 aqui
segunda-feira, 12 de janeiro de 2015
Média XXI, 15º ano
Mais de metade dos jornalistas com idades inferiores a 40 anos já pensou em abandonar a profissão.
Dos colegas que conheço pessoalmente, 99% deixaria a profissão já, se pudesse...
Estudo do ISCTE conclui que 62% dos jornalistas com menos de 40 anos consideram provável ou muito provável serem despedidos.
In: 'site' da Rádio Renascença aqui
15 de Dezembro 2014
domingo, 11 de janeiro de 2015
Hoje na RADAR
Disco histórico da britânica Dusty Springfield, gravado na América e editado em 1969.
É o «Álbum de Família» desta semana na RADAR, com realização e apresentação de Tiago Castro.
Álbum de Família
RADAR
Domingo ao meio-dia; amanhã às 23:00.
Voz 'Soul' inconfundível da cantora inglesa, apenas comparável à sua conterrânea Julie Driscoll (nos tempos em que esta navegou nas mesmas águas).
Um dos temas do álbum «Dusty in Memphis»:
Dusty Springsfield – “Son-of-a Preacher Man”
(Canção gravada em Setembro de 1968 e editada como 'single' em Novembro):
sábado, 10 de janeiro de 2015
Este mês
«O PALÁCIO DO NÃO TE RALES » é uma adaptação do conto «O PRINCÍPE FELIZ» de Oscar Wilde.
Trata-se de uma história de amor e amizade entre uma Andorinha e uma Estátua, a do Príncipe Feliz; que outrora fora um Príncipe que vivia no Palácio do Não te Rales.
Neste palácio, ele não conheceu as tristezas do mundo nem como o seu povo sofria. Por isso era feliz, só cantava e dançava e nunca havia derramado uma lágrima sequer. Só quando o transformaram em estátua é que teve contacto com a realidade, conhecendo o sofrimento humano.
Quando apareceu a Andorinha que, encantada com a ideia de ajudar os outros, passou a ser a mensageira do príncipe, uma vez que este estava preso ao pedestal.
A pedido do seu novo amigo, a Andorinha retirou, pouco a pouco, as jóias da estátua e as entregou ao povo. Só que tudo isto custou a sua própria vida, deixando de cumprir o seu próprio destino, o de voar com as outras andorinhas para fugir ao Inverno.
Uma história de amor incondicional apresentada de uma maneira leve e lírica.
Reservas por e-mail: geral@teatroturim.com
Telefone: 217 606 666
TEATRO TURIM – Estrada de Benfica nº 723, 1500 Lisboa.
Uma história que conheci em desenhos animados via TV na minha infância e da qual nunca me esqueci.
É apresentada agora como Teatro infantil, mas devia ser vista por adultos.
sexta-feira, 9 de janeiro de 2015
Pilares da Criação
Enquanto uma grande parte da Humanidade se está a aniquilar, uma pequena parte da Humanidade sonha, pula e avança.
A comunidade científica espacial divulgou há dias uma nova imagem captada pelo telescópio Hubble.
A observação original pelo Hubble data de 1995, mas ainda sem a definição obtida duas décadas depois.
São enormes nuvens cósmicas de poeira estelar, situadas na Nebulosa de Águia, localizada a cerca de sete mil anos-luz* do nosso planeta.
É uma das imagens mais famosas obtidas fora do Sistema Solar e foi baptizada de Pilares da Criação por ser uma zona onde se formam estrelas. Mas a imagem que agora vemos – mantendo-se igual à de 1995 – não existe mais. É uma imagem do passado. Um passado muitíssimo longínquo. Tão longínquo que só nos próximos séculos é que poderá ser captada a imagem do seu fim, que calcula-se ter acontecido há pouco mais de mil anos.
Esta imagem fez capa de jornal em Portugal e teve uma breve linha na Rádio. "Aquilo que parecia ser uma imagem de criação, é apenas actualmente uma imagem que representa a destruição", ouviu-se.
*Velocidade da Luz = 300.000 Kms por segundo / 1 Ano-Luz = Trinta e um milhões, quinhentos e trinta e seis mil quilómetros.
quinta-feira, 8 de janeiro de 2015
L’absurde!
"É impossível com palavras descrever o que é necessário a quem não conhece o significado do horror. O horror… o horror tem um rosto e devemos fazer do horror um amigo. O horror e o terror moral são nossos amigos. Se não forem, então são inimigos a temer. São verdadeiros inimigos. Lembro-me quando estava nas forças especiais. Parece que foi há milhares de anos. Fomos a um acampamento para vacinar umas crianças. Depois de vacinarmos as crianças contra a poliomielite, fomos embora, e um velho veio a correr atrás de nós. Estava a chorar. Não via. Voltámos para trás. Eles tinham vindo e arrancado todos os braços vacinados. Estavam num monte. Um monte de bracinhos. Lembro-me… que chorei… chorei como uma avó qualquer. Queria arrancar os dentes. Não sabia o que fazer. Quero lembrar-me disto. Nunca o quero esquecer. Depois percebi, como se tivesse sido alvejado com um diamante, uma bala de diamante que me entrou pela testa. Pensei: “Meu Deus! Aquilo foi genial”. Que génio, que vontade para fazer aquilo. Perfeito, genuíno, completo, cristalino, puro. Depois percebi que eles eram mais fortes do que eu, porque conseguiam aguentar coisas daquela natureza. Não eram monstros, eram homens, homens treinados. Estes homens que lutavam com o coração, que tinham família, que tinham filhos, que estavam cheios de amor, tinham força… a força para fazer aquilo. Se tivesse dez divisões de homens assim, os nossos problemas seriam rapidamente solucionados. É necessário ter homens com moral e, ao mesmo tempo, capazes de utilizar o seu instinto primordial para matar sem sentimentos, sem paixão, sem raciocinar. Porque é o raciocínio que nos derrota."
Extracto de um diálogo entre o coronel Kurtz e o capitão Willard no filme «Apocalypse Now» de Francis Ford Coppola.