quinta-feira, 18 de maio de 2006
Ainda sobre a Rádio Comercial nos anos 80
Graças a alguns ouvintes/leitores mais atentos da Rádio Crítica, é por demais oportuno fazer algumas rectificações ao texto anterior.
Um "ouvinte", que pediu anonimato, num e-mail enviado há dias, refere o seguinte:
(…)
O PBX era uma produção dos Parodiantes de Lisboa e foi emitido pelo Rádio Clube Português.
O Tempo Zip foi, inicialmente, produzido pela sociedade Zip-Zip (constituída pela equipa de produção do programa de televisão com o mesmo nome). O programa estava a ser emitido na Rádio Renascença quando foi comprado pela Sassetti. A equipa do programa mudou (e a temática também, como é óbvio) e é ao Tempo Zip desta fase que as pessoas geralmente se referem quando querem evocar O Tempo Zip. Esta equipa ganhou, aliás, um Prémio da Imprensa pelo trabalho desenvolvido.
O João Martins, que foi um excelente profissional, não foi produtor destes programas.
(…)
O texto já está devidamente rectificado.
Outro “ouvinte”:
(…)
Por motivos de ordem vária só hoje li o seu trabalho sobre a Rádio Comercial. Gostei. São referidos programas de que me esquecera completamente, outros de que não gostava nada e outros de que gostava muito e que lamento terem desaparecido. Certamente já não voltaremos a algo parecido e o meu tempo cada vez é mais curto. Uma pequeníssima rectificação: quando aborda as tardes desportivas fala de Fernando Neves de Sousa. Não é Fernando. Penso que quer referir-se ao José Neves de Sousa. Um bom jornalista, chefe da página de desporto do então"Diário de Lisboa", mais tarde escreveu na desaparecida "Gazeta dos Desportos". Bonacheirão, boémio, uma enorme família para sustentar mas que escrevia com um humor pouco comum em jornalismo desportivo. E sabia do que falava mesmo quando se entusiasmava quando tocava ao "seu" Sporting. E eu que até sou um benfiquista militante, mesmo assim gostava de o ler e de o ouvir. Com ele alternava um tal Wilson Brasil (penso que era assim que se chamava porque a memória aos 60 começa a derrapar) velhote simpático, que escrevia também na "Gazeta dos Desportos", lançou os Prémios Gandula mas que sempre me pareceu estar a leste do que comentava. O Jorge Perestrelo quando lhe passava o microfone dizia: "fala mestre". Não sei se por ironia, se por ternura.
(…)
H.S.
Agradeço a atenção e as rectificações em nome da verdade e da memória colectiva da Rádio em Portugal.
E agora uma adenda:
Estando na região de Lisboa, nunca tive acesso às emissões locais da região do Porto através da Rádio Comercial do Norte. Consta, por via de relatos que fui obtendo, que eram emissões muito boas, de grande qualidade. Lá nasceram nomes fortes para a rádio, como por exemplo Álvaro Costa. Disseram-me até que as emissões do Porto chegavam a superar a Rádio Comercial que emitia a partir da Capital. Faço, portanto, boa fé nesses testemunhos. Se os estúdios da Sampaio Pina tinham como homens fortes João David Nunes e Jaime Fernandes, as emissões a partir dos estúdios do Porto tinham como timoneiro Manuel Costa Monteiro, director da Rádio Comercial do Norte, que na altura também era comentador desportivo, nomeadamente de futebol. Podemo-lo escutar nos dias de hoje nessas mesmas funções de comentador aos microfones da TSF. Manuel Costa Monteiro é um dos históricos da Comercial de 80 que, felizmente, mantém-se no activo e em grande forma. Nós, ouvintes, sentimo-nos gratos.
Os próximos textos da Rádio Crítica vão, à semelhança do que foi escrito sobre a Rádio Comercial, ocupar-se das outras rádios que eu ouvia nos anos oitenta: RDP-Antena 1; Rádio Renascença (FM) / RFM; CMR-Correio da Manhã Rádio; RGT-Rádio Gest e Rádio Cidade.
Um "ouvinte", que pediu anonimato, num e-mail enviado há dias, refere o seguinte:
(…)
O PBX era uma produção dos Parodiantes de Lisboa e foi emitido pelo Rádio Clube Português.
O Tempo Zip foi, inicialmente, produzido pela sociedade Zip-Zip (constituída pela equipa de produção do programa de televisão com o mesmo nome). O programa estava a ser emitido na Rádio Renascença quando foi comprado pela Sassetti. A equipa do programa mudou (e a temática também, como é óbvio) e é ao Tempo Zip desta fase que as pessoas geralmente se referem quando querem evocar O Tempo Zip. Esta equipa ganhou, aliás, um Prémio da Imprensa pelo trabalho desenvolvido.
O João Martins, que foi um excelente profissional, não foi produtor destes programas.
(…)
O texto já está devidamente rectificado.
Outro “ouvinte”:
(…)
Por motivos de ordem vária só hoje li o seu trabalho sobre a Rádio Comercial. Gostei. São referidos programas de que me esquecera completamente, outros de que não gostava nada e outros de que gostava muito e que lamento terem desaparecido. Certamente já não voltaremos a algo parecido e o meu tempo cada vez é mais curto. Uma pequeníssima rectificação: quando aborda as tardes desportivas fala de Fernando Neves de Sousa. Não é Fernando. Penso que quer referir-se ao José Neves de Sousa. Um bom jornalista, chefe da página de desporto do então"Diário de Lisboa", mais tarde escreveu na desaparecida "Gazeta dos Desportos". Bonacheirão, boémio, uma enorme família para sustentar mas que escrevia com um humor pouco comum em jornalismo desportivo. E sabia do que falava mesmo quando se entusiasmava quando tocava ao "seu" Sporting. E eu que até sou um benfiquista militante, mesmo assim gostava de o ler e de o ouvir. Com ele alternava um tal Wilson Brasil (penso que era assim que se chamava porque a memória aos 60 começa a derrapar) velhote simpático, que escrevia também na "Gazeta dos Desportos", lançou os Prémios Gandula mas que sempre me pareceu estar a leste do que comentava. O Jorge Perestrelo quando lhe passava o microfone dizia: "fala mestre". Não sei se por ironia, se por ternura.
(…)
H.S.
Agradeço a atenção e as rectificações em nome da verdade e da memória colectiva da Rádio em Portugal.
E agora uma adenda:
Estando na região de Lisboa, nunca tive acesso às emissões locais da região do Porto através da Rádio Comercial do Norte. Consta, por via de relatos que fui obtendo, que eram emissões muito boas, de grande qualidade. Lá nasceram nomes fortes para a rádio, como por exemplo Álvaro Costa. Disseram-me até que as emissões do Porto chegavam a superar a Rádio Comercial que emitia a partir da Capital. Faço, portanto, boa fé nesses testemunhos. Se os estúdios da Sampaio Pina tinham como homens fortes João David Nunes e Jaime Fernandes, as emissões a partir dos estúdios do Porto tinham como timoneiro Manuel Costa Monteiro, director da Rádio Comercial do Norte, que na altura também era comentador desportivo, nomeadamente de futebol. Podemo-lo escutar nos dias de hoje nessas mesmas funções de comentador aos microfones da TSF. Manuel Costa Monteiro é um dos históricos da Comercial de 80 que, felizmente, mantém-se no activo e em grande forma. Nós, ouvintes, sentimo-nos gratos.
Os próximos textos da Rádio Crítica vão, à semelhança do que foi escrito sobre a Rádio Comercial, ocupar-se das outras rádios que eu ouvia nos anos oitenta: RDP-Antena 1; Rádio Renascença (FM) / RFM; CMR-Correio da Manhã Rádio; RGT-Rádio Gest e Rádio Cidade.