sexta-feira, 15 de setembro de 2006

Coisas do Verão 2006 (3)

A recuperação de algum do tempo perdido é uma vantagem das férias, principalmente se forem férias atípicas. Marcel Proust tinha toda a razão em «À la recherche du temps perdu»:

“E o prazer que lhe dava a música e que em breve ia criar nele uma verdadeira necessidade, assemelhava-se com efeito, em tais momentos, ao prazer que sentiria ao experimentar perfumes, ao entrar em contacto com um mundo para o qual não fomos feitos, que nos parece sem forma porque os nossos olhos não o percebem, sem significado porque escapa à nossa inteligência, e nós só o atingimos por um único sentido.”





















Para os parisienses do século XXI, uma grave escassez de alimentos significa que, ou se come o jantar ou passa-se a ser o prato principal. Talhantes ávidos de lucro começam a cortar os inquilinos às fatias e a vendê-las como lombo de primeira. Felizmente, alguns estranhos habitantes locais conseguiram descobrir formas dissimuladas de sobreviver num mundo atormentado pela praga da desconfiança, da fome e do canibalismo.

Este filme dava um bom programa de Rádio!
(dava, e vai dar...)



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