terça-feira, 9 de outubro de 2007
Ecos da manhã da Rádio
A morte de Raúl Durão. Soube esta manhã através da Rádio. O jornalista Raúl Durão não era aquilo a que habitualmente se designa de uma figura da Rádio, embora seja de lá que ele tivesse vindo. A sua imagem está directamente ligada à RTP, mas vem aqui ao caso referir que é dele a voz que mais atrás no tempo me lembro de ouvir na Rádio, em meados dos anos setenta. O acontecimento está tão vincado na minha memória como a chegada de meu pai a casa com um aparelho de rádio, novo em folha, ainda sem FM. A primeira voz que nele soou, assim que foi ligado, foi a de Raúl Durão na RDP.
Na TV foi sempre uma presença até há cinco anos. Um comunicador de excelência, com um poder de improviso inabalável. No serão do dia 4 de Dezembro de 1980, em casa com a família em frente ao televisor, é Raúl Durão que interrompe a normal – e sorumbática – emissão do primeiro canal da RTP para dar a notícia da queda de um avião Cessna em Camarate.
Esta manhã, oiço a notícia da morte de Raúl Durão através da voz de uma querida colega da rádio cuja voz ouvi, pela primeira vez, há quase oito anos. Ficam para sempre gravadas em nós, no interior do peito, no tremor das pernas, a notícia da morte de uma pessoa conhecida ou de quem gostávamos, mesmo que à teledistância. Nunca esquecemos como soubemos.
O tempo, a Rádio, a TV, os media, a vida e a morte. A qualquer hora.
A morte de Raúl Durão. Soube esta manhã através da Rádio. O jornalista Raúl Durão não era aquilo a que habitualmente se designa de uma figura da Rádio, embora seja de lá que ele tivesse vindo. A sua imagem está directamente ligada à RTP, mas vem aqui ao caso referir que é dele a voz que mais atrás no tempo me lembro de ouvir na Rádio, em meados dos anos setenta. O acontecimento está tão vincado na minha memória como a chegada de meu pai a casa com um aparelho de rádio, novo em folha, ainda sem FM. A primeira voz que nele soou, assim que foi ligado, foi a de Raúl Durão na RDP.
Na TV foi sempre uma presença até há cinco anos. Um comunicador de excelência, com um poder de improviso inabalável. No serão do dia 4 de Dezembro de 1980, em casa com a família em frente ao televisor, é Raúl Durão que interrompe a normal – e sorumbática – emissão do primeiro canal da RTP para dar a notícia da queda de um avião Cessna em Camarate.
Esta manhã, oiço a notícia da morte de Raúl Durão através da voz de uma querida colega da rádio cuja voz ouvi, pela primeira vez, há quase oito anos. Ficam para sempre gravadas em nós, no interior do peito, no tremor das pernas, a notícia da morte de uma pessoa conhecida ou de quem gostávamos, mesmo que à teledistância. Nunca esquecemos como soubemos.
O tempo, a Rádio, a TV, os media, a vida e a morte. A qualquer hora.
Raul Durão
Lisboa / 09 Setembro 1942 – 09 Outubro 2007
Lisboa / 09 Setembro 1942 – 09 Outubro 2007
Raul Durão entrou na RTP em 1971, através de um concurso para aquisição de locutores e apresentadores, juntamente com Ana Zanatti, Fernanda Andrade, Maria Elisa, Eládio Clímaco e Fernando Balsinha.