segunda-feira, 7 de abril de 2008
David Lean
Março 1908
Vem também da última semana de Março a celebração do centésimo aniversário do nascimento de David Lean. A data não teve honras radiofónicas, até porque o Cinema vive dias de amargura na Rádio, com uma grande e boa excepção, através do programa «Cinemax» na Antena1. «Cinemax» é a herança dos grandes magazines de Cinema que a TSF teve durante anos a fio, até os seus protagonistas terem-se transferido para a RDP e onde dão continuidade a esse trabalho. Tiago Alves, João Lopes e Lara Marques Pereira, coadjuvados por outros profissionais da casa. Aliás, foi João Lopes o único (que eu soubesse) a assinalar os 100 anos de David Lean através de um curto texto no blogue «Sound & Vision».
Lean é desde há muito tempo uma inspiração para mim e para alguns trabalhos que pude realizar na Rádio. Pelo perfeccionismo, pela narrativa clássica, pelo aprumo estilístico, bom gosto musical presente nas bandas sonoras dos seus filmes mais representativos e pelo apuro no mais ínfimo detalhe (God is on detail). Os micro-dramas pessoais em macro-cenários históricos da humanidade tornaram-se na marca d’água de David Lean nos épicos que realizou, nomeadamente as suas últimas cinco longas-metragens. Fica a imagem de um exemplo da magnífica conjugação da natureza e do tempo real com o tempo psicológico. Uma belíssima cena ao som de uma das sinfonias de Beethoven. A imagem e som pertencem à grandiosa obra «Ryan’s Daughter» (1970), filmada em Super-Panavision 70, um formato que já não se utiliza e é pena, pois a qualidade fotográfica desta técnica cinematográfica é insuperável.
Vem também da última semana de Março a celebração do centésimo aniversário do nascimento de David Lean. A data não teve honras radiofónicas, até porque o Cinema vive dias de amargura na Rádio, com uma grande e boa excepção, através do programa «Cinemax» na Antena1. «Cinemax» é a herança dos grandes magazines de Cinema que a TSF teve durante anos a fio, até os seus protagonistas terem-se transferido para a RDP e onde dão continuidade a esse trabalho. Tiago Alves, João Lopes e Lara Marques Pereira, coadjuvados por outros profissionais da casa. Aliás, foi João Lopes o único (que eu soubesse) a assinalar os 100 anos de David Lean através de um curto texto no blogue «Sound & Vision».
Lean é desde há muito tempo uma inspiração para mim e para alguns trabalhos que pude realizar na Rádio. Pelo perfeccionismo, pela narrativa clássica, pelo aprumo estilístico, bom gosto musical presente nas bandas sonoras dos seus filmes mais representativos e pelo apuro no mais ínfimo detalhe (God is on detail). Os micro-dramas pessoais em macro-cenários históricos da humanidade tornaram-se na marca d’água de David Lean nos épicos que realizou, nomeadamente as suas últimas cinco longas-metragens. Fica a imagem de um exemplo da magnífica conjugação da natureza e do tempo real com o tempo psicológico. Uma belíssima cena ao som de uma das sinfonias de Beethoven. A imagem e som pertencem à grandiosa obra «Ryan’s Daughter» (1970), filmada em Super-Panavision 70, um formato que já não se utiliza e é pena, pois a qualidade fotográfica desta técnica cinematográfica é insuperável.