quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Compreendes?
Ouviu-se na passada semana na Rádio o escritor José Luís Peixoto aludir à canção "Do You Realize?" dos norte-americanos Flaming Lips como tendo sido o tema musical que lhe serviu de banda sonora para a escrita do livro «Cemitério de Pianos», editado em 2006. A canção é de 2002, do álbum «Yoshimi Battles the Pink Robots», e que passei furiosamente na Rádio em directo até certo dia de 2003.
O escritor de títulos como «Morreste-me», «Uma Casa na Escuridão» ou o mais recente «Livro» é um conhecido apreciador e consumidor de sons pesados. Heavy Metal e Hard Rock são as suas predilecções musicais, mas não só, como o demonstrou no programa «A Playlist de...» na TSF, onde José Luís Peixoto seleccionou também temas de Fado e indie-pop. No entanto não faltaram Manowar, Iron Maiden e Moonspell (banda portuguesa), para os quais também compôs letras.
Mas não se consegue construir nada de positivo ao som de ruído, barulho, confusão e algazarra.
Foi com um som alternativo e reflexivo que se escreveu um livro.
Do You Realize?
The Flaming Lips – Do You Realize? (2002)
Do You Realize that you have the most beautiful face?
Do You Realize we're floating in space?
Do You Realize that happiness makes you cry?
Do You Realize that everyone you know someday will die?
Do You Realize that happiness makes you cry?
Do You Realize that everyone you know someday will die?
And instead of saying all of your goodbyes - let them know
You realize that life goes fast?
It's hard to make the good things last
You realize the Sun don't go down?
It's just an illusion caused by the world spinning round
It's hard to make the good things last
You realize the Sun don't go down?
It's just an illusion caused by the world spinning round
Do You Realize that everyone you know someday will die?
Do You Realize that you have the most beautiful face?
Do You Realize?
Do You Realize?
E agora uma vibrante interpretação dos Flaming Lips no mesmo tema, numa actuação ao vivo na TV norte-americana, no famoso talk-show de David Letterman em 2002: