segunda-feira, 18 de abril de 2011
ENERGIA 2.0 foi o maior acontecimento do mundo da Rádio em Portugal neste ano
Das 07:00 da manhã de sexta-feira passada até às 00:00 de ontem, a NRJ-Rádio Energia celebrou em público – e com o seu público – uma festa de aniversário em directo.
Esta reunião de fundadores da rádio “proibida a maiores de 21 anos” actualizou o discurso para “proibido a maiores de 41 anos”. Na verdade, quer no primeiro slogan de há 20 anos, quer agora em 2011, a NRJ sempre teve ouvintes muito acima dos 21 anos e agora muito acima dos 41. Foi e é transgeracional. A começar pelos seus protagonistas.
Em 1991 havia profissionais fundadores com mais de trinta anos de idade. Vinte anos depois são já muito poucos os que ainda se encontram na casa dos 30, a maioria está na faixa dos 40 e há elementos acima dos 50.
Em três dias, os ouvintes nostálgicos da primeira NRJ, urbanos saudosistas, fãs e seguidores através de redes sociais e demais curiosos, não pensaram noutra Rádio.
Por comparação directa com estes três dias de ENERGIA, as actuais rádios dirigidas a jovens (nalguns casos a juvenis, noutros a falsos jovens) Cidade FM, Super FM, Mega FM, Vodafone FM, SWTMN, Antena3, Best Rock, Rádio Comercial e RFM, pareceram aquilo que são: casas vazias, sem alma, sem força nem pingo de energia e, em alguns casos, sem gente. Há diferenças entre os exemplos, mas é o que ficou a nu depois desta experiência única.
A maior parte destes canais não existiria se não houvesse antes a NRJ que houve, não seriam o que são se existisse a NRJ que não existe desde 1996. E nenhuma delas, quer individualmente, quer no seu conjunto, consegue atingir tal dimensão alcançada pela Rádio Energia original.
Hoje, no primeiro dia sem a Energia 2.0, faz falta iniciar a semana com aquelas boas vibrações bem humoradas, aquele desassombro, aquela linguagem solta e descomprometida. Aquela saudável irreverência e aquele sentido positivista da vida.
Neste dia seguinte ao grande acontecimento que foi a ENERGIA 2.0, voltaram as nuvens, esfriou a temperatura e todos nós regressámos à aridez e sensaboria das nossas vidas quotidianas.
Enquanto consumidores de Rádio regressámos – que remédio! – aos anteriores hábitos. As previsíveis informações repetitivas de trânsito, as piadolas gratuitas sem piada, os esgares de circunstância, os fantoches políticos, as notícias da crise e dos sacrifícios que ainda vamos ter que fazer até ao fim das nossas existências.
Não admira que num país assim uma estação de Rádio com as características da Energia tenha durado meia dúzia de anos. Isso foi uma sorte. Ter regressado por três dias, um autêntico milagre.