segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
A Idade do Rock
Estro in Watts
FOTO: José Paulo ferro
No período entre os anos de 1977 e 1980 houve na Rádio um programa de autor chamado «A Idade do Rock», de João de Menezes-Ferreira.
O programa foi, ao longo dos anos, sendo apresentado por João David Nunes, Rui Morrison, Paulo Cardoso e Jaime Fernandes. Teve lugar no antigo canal 4 da RDP-FM Estéreo, a partir de 1979 designado de Rádio Comercial.
Para falar sobre o livro e também o histórico programa de Rádio que assinou, João de Menezes-Ferreira esteve como convidado na segunda hora do programa «Hotel Babilónia» de Pedro Rolo Duarte e João Gobern, no passado dia 19 de Janeiro, na Antena1.
Ouvir aqui
ESTRO IN WATTS – Poesia da Idade do Rock (1955-1980)
Edição bilingue
Antologia, tradução, introdução e notas João de Menezes-Ferreira
Num percurso de 563 poesias musicadas de 170 autores, desde «Blue suede shoes» de Carl Perkins (1955) até «O superman» de Laurie Anderson (1980), esta é a crónica lírica da vida de várias gerações adolescentes num momento histórico muito preciso: o da conquista da sua autodeterminação, em marcha errante, multimoda, eléctrica, ou como sintetizou Caetano Veloso em 1966 (Alegria, alegria) «sem lenço, sem documento, eu vou». E sem recuo.
«A grande poesia da nossa época é o rock. As palavras são tão importantes como o ritmo. Nunca se assistiu a um tal renascimento poético desde Homero. É o regresso dos bardos de antes da escrita, da época oral. É o reencontro planetário. Canta-se rock na China, na URSS, em todos os países do mundo. O rock é a língua universal. A língua do gesto e do grito. A língua da comunicação e da participação. É uma revolução fantástica.»
JOÃO DE MENEZES-FERREIRA - No curto período em que fez crítica de música foi autor do programa radiofónico na RDP FM Estéreo «A Idade do Rock» (1977-1980), para o qual reuniu materiais que fazem grande parte desta antologia. Tem formação jurídica (Lisboa) e pós-graduação em Altos Estudos Europeus (Bruges). Entre outras actividades, foi advogado, deputado, diplomata, empresário, fundador e dirigente de uma cooperativa de animação cultural e de ONGs e professor universitário.
DOCUMENTA
FOTO: José Paulo ferro
No período entre os anos de 1977 e 1980 houve na Rádio um programa de autor chamado «A Idade do Rock», de João de Menezes-Ferreira.
O programa foi, ao longo dos anos, sendo apresentado por João David Nunes, Rui Morrison, Paulo Cardoso e Jaime Fernandes. Teve lugar no antigo canal 4 da RDP-FM Estéreo, a partir de 1979 designado de Rádio Comercial.
Para falar sobre o livro e também o histórico programa de Rádio que assinou, João de Menezes-Ferreira esteve como convidado na segunda hora do programa «Hotel Babilónia» de Pedro Rolo Duarte e João Gobern, no passado dia 19 de Janeiro, na Antena1.
Ouvir aqui
ESTRO IN WATTS – Poesia da Idade do Rock (1955-1980)
Edição bilingue
Antologia, tradução, introdução e notas João de Menezes-Ferreira
Num percurso de 563 poesias musicadas de 170 autores, desde «Blue suede shoes» de Carl Perkins (1955) até «O superman» de Laurie Anderson (1980), esta é a crónica lírica da vida de várias gerações adolescentes num momento histórico muito preciso: o da conquista da sua autodeterminação, em marcha errante, multimoda, eléctrica, ou como sintetizou Caetano Veloso em 1966 (Alegria, alegria) «sem lenço, sem documento, eu vou». E sem recuo.
«A grande poesia da nossa época é o rock. As palavras são tão importantes como o ritmo. Nunca se assistiu a um tal renascimento poético desde Homero. É o regresso dos bardos de antes da escrita, da época oral. É o reencontro planetário. Canta-se rock na China, na URSS, em todos os países do mundo. O rock é a língua universal. A língua do gesto e do grito. A língua da comunicação e da participação. É uma revolução fantástica.»
JOÃO DE MENEZES-FERREIRA - No curto período em que fez crítica de música foi autor do programa radiofónico na RDP FM Estéreo «A Idade do Rock» (1977-1980), para o qual reuniu materiais que fazem grande parte desta antologia. Tem formação jurídica (Lisboa) e pós-graduação em Altos Estudos Europeus (Bruges). Entre outras actividades, foi advogado, deputado, diplomata, empresário, fundador e dirigente de uma cooperativa de animação cultural e de ONGs e professor universitário.
DOCUMENTA
domingo, 27 de janeiro de 2013
Hoje na TSF
Ao longo de toda esta última semana o artista plástico Carlos No foi convidado a revelar as suas preferências musicais, no espaço «A Playlist de…» na TSF (segunda a sexta-feira; 13:00/14:00).
O leque de escolhas do artista é tão diversificado, que vai desde música clássica, música portuguesa, passando pelo Jazz clássico cantado, chegando até ao universo Pop/Rock alternativo. E é aqui que se encontram as mais interessantes propostas seleccionadas: Joy Division, Bauhaus, Cure, Cocteau Twins, Swans, Portishead e Nick Cave & The Bad Seeds, entre outros.
Hoje a Rádio Notícias transmite um compacto com parte dos temas seleccionados, entre as 23:00 e a meia-noite.
Um exemplo do que se escutou na semana de Carlos No na TSF:
Cocteau Twins – "Lorerei" (1984)
Ouvir o compacto da Playlist do artista plástico Carlos No aqui
Carlos No
Artista cuja obra plástica caracteriza-se essencialmente pela expressão de uma preocupação crítica face a temas relacionados com o desrespeito dos Direitos Humanos nomeadamente no que se refere a situações de injustiça, ausência de liberdade, exploração e abuso de Poder.
Recorre a imagens, textos e objectos que utiliza mediante um dispositivo de confrontação de sentidos, como forma irónica de transmitir o seu ponto de vista sobre os assuntos em questão, explorando conceitos como os de Poder, Justiça, Exclusão, Identidade.
sábado, 26 de janeiro de 2013
Momento Azul
O fundador dos saudosos American Music Club estará de regresso a solo, e em solo nacional, no próximo dia 8 de Fevereiro.
Na edição da revista BLITZ publicada esta sexta-feira (ontem), em entrevista à jornalista Lia Pereira, Mark Eitzel afirmou o seguinte acerca do programa «Vidro Azul» de Ricardo Mariano:
Mark Eitzel
In: BLITZ, 25 de Janeiro 2013
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Hoje em COIMBRA
Em Março de 2012 os Birds Are Indie, uma formação portuguesa originária de Coimbra com sonoridades pop, editaram o disco «How Music Fits Our Silence». Em 2012 a banda foi escolhida pela FNAC para a selecção "Novos Talentos" musicais portugueses. A formação indica como singularidade do seu trabalho a ênfase dada à simplicidade sobre o lado técnico da sua música, potenciada pela partilha ao vivo das canções, essencialmente focadas no tema dos relacionamentos.
Salão Brasil
Largo do Poço nº3, 1º andar, 3000 Coimbra
Canções que não passam na Rádio
A canção “I Will Say It In Your Face” tocada ao vivo, em Lisboa, num vídeo editado a partir de imagens de todo o concerto:
Hoje em LISBOA
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
Hoje em LISBOA
"Morreste-me é uma declaração de amor para um pai, para uma família. Para todos os que são vítimas desta doença. O cancro.
É uma declaração de amor para os que nos deixam e para os que ainda estão connosco. Para aqueles que sabemos, que quando nos faltarem, o nosso coração ficará só a metade.
Em tempos como os de hoje, de um Portugal deprimido quase abandonado, onde muito pouco nos faz sentido: seja pela crise económica, de valores, seja pela ausência de fé e confiança – escolher este texto é ir ao encontro da nossa identidade. É reforçar a importância das pessoas que nos rodeiam, os valores transmitidos pela família. O amor. O amor é acima de tudo o que nos move. As pessoas que fazem parte de nós, são sobretudo, a nossa motivação de vida. Quando alguém nos morre temos de nos refazer. Quando vemos alguém de nós a morrer devagarinho, morremos também a cada dia. E ao lado deste sofrimento atroz vemos a coragem, a força, a entrega.
Poderemos então, seguir também este exemplo de força e coragem para nos reintegrarmos, assumirmos e lutarmos por quem somos.
Adaptar um texto poético e de carácter biográfico como é o do José Luís Peixoto, para um monólogo foi - é - um verdadeiro desafio.
A dificuldade de termos um texto literário para fazer dramaturgia, encenar, criou muito espaço para questões. Questões essas que nos fizeram procurar e nos levaram à acção, ao drama. As respostas porém, sempre estiveram no texto.
Pensámos no voltar a uma "terra agora cruel" com o objectivo de fazer o luto. De enterrar todos os pormenores terríveis para conseguir reorganizar e refazer a vida.
A falta de quem amamos deixa-nos vazios, com pouca vontade de caminharmos sem ela. As memórias ajudam-nos a continuar. Temos de reaprender a andar. Sabemos que a eternidade do outro é garantida no nosso corpo, no nosso sangue, nos nossos olhos. Sabemos que temos de encaixotar alguns momentos para prosseguir.
Dentro de um espaço fictício onde tudo se mistura, algures no Alentejo, encontramos o coração de uma menina, de uma mulher, a quem foi tirada uma das suas bases. O pai.
Encontramos assim num tempo confuso pós perda, pedaços ligados ou desfeitos ou refeitos de uma vida partilhada.
O objectivo desta travessia será o recolher lembranças para fechar a casa e seguir caminho. Mas como será construída tamanha viagem?"
Cátia Ribeiro | Sandra Barata Belo
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
Rádio de Inverno
Sons vindos da estação de Rádio norte-americana KRCW
A recordação da passagem ao vivo dos britânicos Ladytron pelos estúdios da estação pública alternativa de Santa Monica, Califórnia.
Imagens e sons do ano 2009, no tema “Discotraxx”. Curiosamente, ou não, uma versão bem mais conseguida que o original (do álbum de estreia, em 2001) do próprio grupo liderado por Helen Marnie . Há momentos felizes de superação live on Air.
A parte vocal em búlgaro de Mira Aroyo é uma delícia:
Prez gorite, prez poliata
Pod zvezdite, nad zhitata
Shte patuvat prez noshta,
Risuvat prez denia i shte spiat do obed
Viatarat gi bruli na srebaren MZ
I shte piat gorski chai ot zlaten samovar
Litsata im greiat s ognenen zagar
Pod zvezdite, nad zhitata
Shte patuvat prez noshta,
Risuvat prez denia i shte spiat do obed
Viatarat gi bruli na srebaren MZ
I shte piat gorski chai ot zlaten samovar
Litsata im greiat s ognenen zagar
Ladytron – “Tomorrow”:
So if you freeze tomorrow
Come back
Lucky
We saw that your eyes were closing
domingo, 20 de janeiro de 2013
Hoje na RADAR
No mês em que o incessantemente designado Camaleão da Pop completou 66 anos de idade e assinalou a data com um há muito aguardado regresso discográfico, o programa «Álbum de Família» recorda o disco «Station to Station» de David Bowie, editado em 1976.
Mais de trinta e seis anos depois, o álbum visado mostra toda a capacidade modernista de um Bowie pungente de forma e sentido.
O programa «Álbum de Família» de Tiago Castro na RADAR continua a ser o único na Rádio portuguesa (a que vale a pena ouvir) a transmitir gravações originais na íntegra, contextualizando a obra seleccionada e enquadrando-a na importância que teve – e/ou tem – na história da música popular.
Domingo ao meio-dia; Segunda-feira às onze da noite; Quarta-feira (primeira transmissão) às duas da tarde.
sábado, 19 de janeiro de 2013
Hoje em LISBOA
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
Irmandade do Éter #006 - Viagem
Numa viagem de partida e regresso, a «Irmandade do Éter» fez paragem em sete cantos do mundo e de lá trouxe os sons e as palavras que fazem deste novo programa uma jornada sensorial a ouvir quase de olhos fechados.
Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir.
Álvaro de Campos
DOWNLOAD
Alinhamento:
Ricardo Mariano
How Comes The Constellation Shine (PT) - Untitled 5
Samuel Úria (PT) - Barbarella e Barba Rala
Francis Bell (PT) - Mariana Silva
Hugo Pinto
Ryoji Ikeda (JP) - Radiorange
Yann Tomita (JP) - Dr. Domestics Physical Effect 2
Unknown Artist (KH) - Birds Are Singing But My Lover Won’t Return
Yann Tomita (JP) - Living by the Airport
Asakawa Maki (JP) - Ano Musume Ga Kureta
Kyu Sakamoto (JP) - Sukiyaki
Yann Tomita (JP) - Air Vibes From the Airport
Francisco Mateus
Dead Can Dance (AU) – Agape (extracto)
Poema de Octavio Paz (MX) – O Viajante
Dead Can Dance (AU) – Kiko
Firmino Pereira
OMBRE (EC) - Vistate
2muchachos (RU) - Verxom Na Serom Volke
Francisco Amaral
Jacques Higelin (FR) - Entre deux gares
Jacques Higelin (FR) - Je ne peux plus dire je t'aime
Elite Athlete (PT) - Backyard space scenario
Nídio Amado
Fortdax (UK) - These quills
Yuichiro Fujimoto (JP) - Joy
Ali Farka Toure + Toumani Diabate (ML) - Debe
Pedro Esteves
Amiina (IS) - Rugla
Madredeus(PT) - As Ilhas dos Açores
[MP3 | ZIP]
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IdE #005 – Improvisação
Download: [MP3 | ZIP]
Tempo total: 01:30:15
Data de publicação: Segunda-feira, 27 de Agosto de 2012
Download: [MP3 | ZIP]
Tempo total: 01:30:15
Data de publicação: Segunda-feira, 27 de Agosto de 2012
IdE #004 – Descoberta
Download: [MP3 | ZIP]
Tempo total: 01:06:48
Data de publicação: Terça-feira, 01 de Maio de 2012
Download: [MP3 | ZIP]
Tempo total: 01:06:48
Data de publicação: Terça-feira, 01 de Maio de 2012
IdE #003 – Desafio
Download: [MP3 | ZIP]
Tempo total: 01:05:02
Data de publicação: Sábado, 11 de Fevereiro de 2012
IdE #002 – Salvação
Download: [MP3 | ZIP]
Tempo total: 01:22:18
Data de publicação: Quarta-feira, 14 de Dezembro de 2011
Data de publicação: Sábado, 05 de Novembro de 2011Download: [MP3 | ZIP]
Tempo total: 01:05:02
Data de publicação: Sábado, 11 de Fevereiro de 2012
IdE #002 – Salvação
Download: [MP3 | ZIP]
Tempo total: 01:22:18
Data de publicação: Quarta-feira, 14 de Dezembro de 2011
Hoje há 50 anos
O segundo single editado pelos Beatles, no dia 11 de Janeiro de 1963.
Uma delícia para a vida da Rádio e da Música Pop.
«Please Please Me» também seria o nome do primeiro álbum.
E o resto é história!
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
12.12.12 à venda 'online'
Está disponível para compra via Internet a gravação do concerto de beneficência a favor das vítimas do furacão Sandy, que assolou a costa leste da América do Norte.
O mega espectáculo teve lugar no passado dia 12 de Dezembro de 2012, no histórico Madison Square Garden em Nova Iorque.
No vídeo que se segue, vale a pena assistir à primeira meia-hora de actuação em palco de uma lenda viva, natural de New Jersey.
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
Fernando Cepeda
1955 - 2013
Jornalista e homem da Rádio, ligado à Rádio na cidade de Bragança.
Foi, durante anos, correspondente da TSF.
Actualmente trabalhava na área de assessoria em Angola, onde morreu esta quarta-feira aos 57 anos de idade.
Amigos em Portugal
A aventura artística do guitarrista britânico Vini Reilly por terras lusas resultou num disco muito bem recebido por cá há trinta anos.
Editado em 1983, «Amigos em Portugal» dos saudosos Durutti Column, é o álbum a ouvir na íntegra hoje na RADAR, como sempre com realização e apresentação de Tiago Castro.
Actualmente bem que Vini Reilly precisa de amigos em Portugal e não só.
O fundador dos Durutti Column atravessa um momento extremamente delicado na vida.
Após dois derrames cerebrais, o autor de «Sex And Death» ficou impossibilitado de tocar guitarra e caiu na miséria.
Vive da caridade de familiares e de alguns amigos.
Corre na Internet um peditório por parte do sobrinho com vista à angariação de fundos para satisfazer necessidades básicas de sobrevivência do músico e vocalista, compositor de “Tomorrow”.
Hoje na RADAR, «Álbum de Família» às 14:00; Domingo ao meio-dia; Segunda-feira às 23.00.
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
Potsdamer Platz
O ressurgimento de David Bowie neste dia em que completa 66 anos de idade
É também o ressurgimento aos ares da Rádio, apesar de nunca ter deixado de aparecer.
Hoje, de surpresa com novo trabalho, ao fim de uma década sem novas canções em nome próprio.
Entre o passado e o futuro, uma das figuras mais importantes da Pop mundial aponta o mês de Março para a edição de «The Next Day», o novo álbum.
Aqui fica o tema de avanço, em vídeo oficial:
David Bowie – “Where We Now” (2013):
Had to get the train
From Potsdamer Platz
You never knew that
That I could do that
Just walking the dead
Sitting in the Dschungel
On Nurnberger Strasse
A man lost in time
Near KaDeWe
Just walking the dead
Where are we now?
The moment you know
You know, you know
Twenty thousand people
Cross Bösebrücke
Fingers are crossed
Just in case
Walking the dead
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
Acabou-se a dança!
O que é velho e bom é moderno
José Duarte
In: «A Menina Dança»; Antena1
- A menina dança?
- Só músicas de Sinatra!
Chegou ao fim o programa «A Menina Dança» na Antena1
Um baile levado à cena por José Duarte no palco do principal canal de radiodifusão da Rádio Pública em Portugal.
Vinte e três anos depois, acabaram-se a dança e os “diálogos” da menina Edite Sombreireiro (entretanto já reformada) com o anfitrião de sempre.
É uma das actuais notícias mais tristes do mundo da Rádio a nível nacional.
Desconheço as razões que determinaram o fim de um dos mais interessantes programas de Rádio das últimas duas décadas (com um hiato pelo meio). Em 1997 o programa foi distinguido com o prémio de Melhor Programa de Rádio, galardão atribuído pelo jornal «O Independente».
Já aqui tinha escrito em tempos que uma das principais virtudes da existência do Serviço Público de Radiodifusão em Portugal era a de permitir que profissionais de longa data, veteranos consagrados, donos de uma carreira vetusta, pudessem envelhecer com dignidade no pleno exercício da sua arte e do seu ofício.
Talvez já não seja bem assim. Talvez isso seja coisa do passado. E na velocidade dos tempos actuais, o passado fica ultrapassado depressa demais.
Parece não ser caso único e não atingir apenas veteranos. Basta lembrar que Joel Costa deixou recentemente o programa «Questões de Moral» na Antena2 (no dia 2 de Novembro de 2012) e que antes, em Julho do mesmo ano, a dupla Álvaro Costa/Miguel Quintão viu ser terminado pela Direcção o programa diário «Bons Rapazes» que realizavam na Antena3. Até à data, sem uma explicação plausível. Pelo menos é o que se retém das declarações de perplexidade dos próprios no programa «Em Nome do Ouvinte» do dia 5 de Outubro do ano transacto.
É claro que as coisas, todas as coisas na vida, um dia têm que acabar. Nenhum programa de autor na Rádio nasceu para existir sempre. Tudo o que começa acaba. Quanto mais não seja com o fim da capacidade do próprio autor. Mas o que provoca perturbação são as causas do fim não serem claras.
O que disseram Álvaro Costa e Miguel Quintão ao programa «Em Nome do Ouvinte», o que disse Joel Costa na última emissão de «Questões de Moral» e o que disse José Duarte ao longo da derradeira emissão de «A Menina Dança» levanta muitas suspeitas. É perceptível a contrariedade dos autores com o fim dos seus programas. Evidenciam claramente que a decisão não partiu deles.
Um programa de autor que termina contra a vontade do próprio é sempre um acto rude.
Já se disse que tudo o que começa acaba, mas em prol da renovação e da boa continuidade por outros. Pelo novo, não pela novidade. Pela renovação saudável e desejável, não pela extinção ou saneamento em troca de nada, ou em troca de algo demasiadamente menor.
Infelizmente, é o que se verifica. «Bons Rapazes» [de que nunca fui grande apreciador] na Antena3 foi substituído por um espaço menos interessante (e a culpa não é de quem conduz esse espaço), «Questões de Moral» estão a ser continuadas no mesmo horário e com o mesmo autor, mas com o recurso a edições repetidas. «A Menina Dança» deixa, claramente em aberto, uma lacuna por preencher.
As belíssimas canções de época do chamado Swing, Jazz cantado ou Música de Salão. Onde mais as poderemos ouvir? E não é "apenas" esse espólio riquíssimo do cancioneiro norte-americano (na sua maioria) que cai num esquecimento irreversível. É também, e principalmente, a mestria com que era apresentado e alinhado numa encenação radiofónica que só José Duarte conseguiu elaborar de forma tão encantadora e envolvente. Havia uma pessoa por detrás de tudo isso.
Um programa de autor de grande nível que sai de cena.
Vivemos um tempo em que parece que tudo o que é bom e positivo está a acabar.
Atravessamos, ou somos atravessados, por um estranho tempo, difuso, escuro e destrutivo.
Creio que, com os tempos, merecemos que não haja governos.
Bernardo Soares
- A menina dança?
- Só com José Duarte!
Nem tudo acabou para José Duarte na Rádio pública. Até ver, continuam os «Cinco Minutos de Jazz», o mais antigo programa de Rádio emtido de segunda a sexta-feira em Portugal (começou em 1966).
Ontem, no horário de Domingo à noite de «A Menina Dança» (23:00/00:00) surgiu um novo programa, chamado «Rosa dos Ventos», assinado por Jorge Afonso. Sobre o qual não me posso pronunciar, pois nada ouvi. A essa hora fui para o quintal apanhar outro ar. O ar fresco e amoral da noite de Inverno.
«A Menina Dança» última emissão, transmitida no dia 30 de Dezembro de 2012 aqui
«A Menina Dança» na «Rádio Crítica»: “SINATRA DANÇA!” (21.Março.2005).
-------------------------------------------------------------------------------------------------------
O que eles dizem (96):
Nenhum jovem acredita que vai envelhecer, nenhum velho acredita que
vai morrer, nenhum empregado acredita que vai ser despedido.
D.M.K.
José Duarte
In: «A Menina Dança»; Antena1
- A menina dança?
- Só músicas de Sinatra!
Chegou ao fim o programa «A Menina Dança» na Antena1
Um baile levado à cena por José Duarte no palco do principal canal de radiodifusão da Rádio Pública em Portugal.
Vinte e três anos depois, acabaram-se a dança e os “diálogos” da menina Edite Sombreireiro (entretanto já reformada) com o anfitrião de sempre.
É uma das actuais notícias mais tristes do mundo da Rádio a nível nacional.
Desconheço as razões que determinaram o fim de um dos mais interessantes programas de Rádio das últimas duas décadas (com um hiato pelo meio). Em 1997 o programa foi distinguido com o prémio de Melhor Programa de Rádio, galardão atribuído pelo jornal «O Independente».
Já aqui tinha escrito em tempos que uma das principais virtudes da existência do Serviço Público de Radiodifusão em Portugal era a de permitir que profissionais de longa data, veteranos consagrados, donos de uma carreira vetusta, pudessem envelhecer com dignidade no pleno exercício da sua arte e do seu ofício.
Talvez já não seja bem assim. Talvez isso seja coisa do passado. E na velocidade dos tempos actuais, o passado fica ultrapassado depressa demais.
Parece não ser caso único e não atingir apenas veteranos. Basta lembrar que Joel Costa deixou recentemente o programa «Questões de Moral» na Antena2 (no dia 2 de Novembro de 2012) e que antes, em Julho do mesmo ano, a dupla Álvaro Costa/Miguel Quintão viu ser terminado pela Direcção o programa diário «Bons Rapazes» que realizavam na Antena3. Até à data, sem uma explicação plausível. Pelo menos é o que se retém das declarações de perplexidade dos próprios no programa «Em Nome do Ouvinte» do dia 5 de Outubro do ano transacto.
É claro que as coisas, todas as coisas na vida, um dia têm que acabar. Nenhum programa de autor na Rádio nasceu para existir sempre. Tudo o que começa acaba. Quanto mais não seja com o fim da capacidade do próprio autor. Mas o que provoca perturbação são as causas do fim não serem claras.
O que disseram Álvaro Costa e Miguel Quintão ao programa «Em Nome do Ouvinte», o que disse Joel Costa na última emissão de «Questões de Moral» e o que disse José Duarte ao longo da derradeira emissão de «A Menina Dança» levanta muitas suspeitas. É perceptível a contrariedade dos autores com o fim dos seus programas. Evidenciam claramente que a decisão não partiu deles.
Um programa de autor que termina contra a vontade do próprio é sempre um acto rude.
Já se disse que tudo o que começa acaba, mas em prol da renovação e da boa continuidade por outros. Pelo novo, não pela novidade. Pela renovação saudável e desejável, não pela extinção ou saneamento em troca de nada, ou em troca de algo demasiadamente menor.
Infelizmente, é o que se verifica. «Bons Rapazes» [de que nunca fui grande apreciador] na Antena3 foi substituído por um espaço menos interessante (e a culpa não é de quem conduz esse espaço), «Questões de Moral» estão a ser continuadas no mesmo horário e com o mesmo autor, mas com o recurso a edições repetidas. «A Menina Dança» deixa, claramente em aberto, uma lacuna por preencher.
As belíssimas canções de época do chamado Swing, Jazz cantado ou Música de Salão. Onde mais as poderemos ouvir? E não é "apenas" esse espólio riquíssimo do cancioneiro norte-americano (na sua maioria) que cai num esquecimento irreversível. É também, e principalmente, a mestria com que era apresentado e alinhado numa encenação radiofónica que só José Duarte conseguiu elaborar de forma tão encantadora e envolvente. Havia uma pessoa por detrás de tudo isso.
Um programa de autor de grande nível que sai de cena.
Vivemos um tempo em que parece que tudo o que é bom e positivo está a acabar.
Atravessamos, ou somos atravessados, por um estranho tempo, difuso, escuro e destrutivo.
Creio que, com os tempos, merecemos que não haja governos.
Bernardo Soares
- A menina dança?
- Só com José Duarte!
Nem tudo acabou para José Duarte na Rádio pública. Até ver, continuam os «Cinco Minutos de Jazz», o mais antigo programa de Rádio emtido de segunda a sexta-feira em Portugal (começou em 1966).
Ontem, no horário de Domingo à noite de «A Menina Dança» (23:00/00:00) surgiu um novo programa, chamado «Rosa dos Ventos», assinado por Jorge Afonso. Sobre o qual não me posso pronunciar, pois nada ouvi. A essa hora fui para o quintal apanhar outro ar. O ar fresco e amoral da noite de Inverno.
«A Menina Dança» última emissão, transmitida no dia 30 de Dezembro de 2012 aqui
«A Menina Dança» na «Rádio Crítica»: “SINATRA DANÇA!” (21.Março.2005).
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O que eles dizem (96):
Nenhum jovem acredita que vai envelhecer, nenhum velho acredita que
vai morrer, nenhum empregado acredita que vai ser despedido.
D.M.K.
domingo, 6 de janeiro de 2013
Hoje na RADAR
O primeiro de muitos e bons discos da longa carreira de Sérgio Godinho.
Ainda em plenos tempos de vigência do Estado Novo em Portugal, Sérgio Godinho – exilado em França – compôs e gravou temas que se tornaram clássicos da canção portuguesa. Canções como “Que Força é Essa?”, “Que Bom Que É”, “Senhor Marquês” ou “Maré Alta” ainda hoje passam, com maior ou menor frequência, nas Rádios nacionais.
Quatro décadas depois, «Os Sobreviventes» foi homenageado/regravado por um colectivo de artistas portugueses [B Fachada, Minta e João Correia].
Hoje, o original passa na íntegra no programa «Álbum de Família» de Tiago Castro na RADAR.
O programa foi primeiramente emitido na passada quarta-feira (14:00/15:00), é transmitido hoje ao meio-dia e será retransmitido esta segunda-feira à noite, das 23:00 à meia-noite.
sábado, 5 de janeiro de 2013
Boas canções de 2012 que estão a passar na Rádio
“Sunken Low” é o single de apresentação de Little Friend, um
projecto pessoal de John Almeida, músico e escritor inglês de ascendência
portuguesa, a residir na cidade do Porto.
Alexandre Monteiro (The Weatherman) e André Tentúgal (We Trust) participam como co-produtores.
Little Friend – “Sunken Low”:
Alexandre Monteiro (The Weatherman) e André Tentúgal (We Trust) participam como co-produtores.
Little Friend – “Sunken Low”:
Jessie Ware – “Running”
Álbum «Devotion». Disco de estreia desta cantora britânica, antiga corista do músico SBTRKT.
Jessie Ware tem sido comparada com Sade Adou.
Álbum «Devotion». Disco de estreia desta cantora britânica, antiga corista do músico SBTRKT.
Jessie Ware tem sido comparada com Sade Adou.
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
Boas canções de 2012 que não passam na Rádio
Mais duas para a infinita lista de Songs they never play on the Radio
Vindas dos antípodas, duas bandas irmãs, australianas, que editaram em 2012 dois bons álbuns que passaram (quase) totalmente despercebidos nas rádios em Portugal.
Tame Impala – “Feels Like We Only Go Backwards” [Álbum «Lonerism]:
Pond – “When It Explodes” [Álbum «Beards, Wives, Denim»]:
(Ao vivo na Rádio KEXP em Seattle, EUA)
Vindas dos antípodas, duas bandas irmãs, australianas, que editaram em 2012 dois bons álbuns que passaram (quase) totalmente despercebidos nas rádios em Portugal.
Tame Impala – “Feels Like We Only Go Backwards” [Álbum «Lonerism]:
Pond – “When It Explodes” [Álbum «Beards, Wives, Denim»]:
(Ao vivo na Rádio KEXP em Seattle, EUA)
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
Um bom disco de Natal
Um bom disco de Natal que passou despercebido em Portugal
Tracey Thorn – «Tinsel and Lights»
Foi editado no dia 29 de Outubro de 2012.
Contém temas próprios e versões de outros autores.
Também é um trabalho familiar, com Ben Watt a tocar em quase todas as faixas e os três filhos (duas gémeas e um rapaz) do casal a fazerem vozes num tema.
Uma das canções do registo natalício da vocalista dos Everything But The Girl chama-se “Hard Candy Christmas”: