terça-feira, 26 de novembro de 2013

Perguntas sem resposta





















No dia 15 de Novembro a Selecção Nacional de Futebol recebeu no Estádio da Luz a Selecção da Suécia em jogo da primeira-mão do Play-off de acesso ao campeonato do mundo do próximo ano no Brasil. Durante os três ou quatro dias antecedentes ouviram-se por diversas ocasiões declarações de treinadores e jogadores de ambas as seleccções. Porém, no final do jogo em Lisboa só houve tempo de antena para os "nossos rapazes", que lá ganharam muito a custo, e nem uma palavra vinda dos adversários.
Agora as perguntas:
Portugal jogou sozinho? Só se ouvem os adversários antes do jogo? Depois do jogo a selecção adversária desaparece sem deixar rasto?
O seleccionador sueco começou a falar na sala de imprensa cerca de um minuto depois do seleccionador português e vários jogadores suecos falaram na chamada "zona mista". Na Rádio, nem um som. A primeira vez que se ouviu o treinador sueco na Rádio (num registo curtíssimo) foi mais de três horas depois do encontro ter terminado.
Convém lembrar que em todos (todos!) os principais desafios do campeonato português (+ Taça de Portugal e Taça da Liga) são devidamente escutados na Rádio os intervenientes de ambos os lados antes e depois dos jogos e, não poucas vezes, até ao fim das 24 horas seguintes. Os jogos do Play-off de acesso ao Brasil 2014 são menos importantes? Para a Rádio devem ser. Como diria José Pacheco Pereira no programa «Ponto Contra Ponto» na SIC-Notícias, "mau trabalho, mau trabalho".
Na partida da segunda mão, disputado no passado dia 19, o desafio jogado correu melhor e foi um grande espectáculo de Futebol. Quanto à escuta de reacções do adversário depois da derrota, foi pior ainda. Nem uma palavra, nem um som. Surgiu apenas uma citação de uma declaração que o capitão da Suécia publicou na rede social Twitter. E nada mais.
Mas afinal qual é o critério editorial para estas situações? Se a Suécia tivesse ganho o jogo, ou a passagem ao Mundial, já seriam ouvidos? Tinham que ganhar para serem ouvidos pela Rádio portuguesa?
Dos derrotados não reza a história? Vale tudo para justificar o parcialismo nacional?
São perguntas sem resposta.

Como foi bonita a festa, pá! 
E sendo assim, mais vale rir do que ficar a pensar em deontologias.





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