segunda-feira, 30 de maio de 2016

Flop in Rio













A RFM e a Rádio Renascença transmitiram em simultaneo a actuação do grupo norte-americano Maroon 5, na passada noite de Sábado, a partir do festival Rock in Rio, no Parque da Bela Vista em Lisboa.
Dois canais do mesmo grupo na cobertura do mesmo evento, com equipas diferentes, a fazerem o mesmo trabalho em directo. Para quê?
Esta concorrência canibalista só é compreensível se tivermos em conta o facto de o antigo Canal 1 da Renascença estar a operar actualmente no formato geral que a RFM tinha nos anos 90.
A RFM, por sua vez, ainda não descolou completamente do seu anterior perfil adulto contemporâneo, mesmo depois de baixar a fasquia etária do público-alvo e começar a tratar o auditório por “tu”.



A sétima edição do Rock in Rio Lisboa foi assolada por várias contrariedades.
Tirando a primeira noite, em que Bruce Springsteen & The E Street Band foram um espectáculo maior que o próprio festival, a segunda noite foi no mímimo bizarra, com dois dos antigos elementos dos Queen em palco com um vocalista (Adam Lambert) a não fazer esquecer – nem por sombras! – Freddy Mercury e a fazerem pensar que bom que tinha sido os Queen terem ficado quietos desde a morte do vocalista original em 1991.
Na terceira noite, a do Rock mais duro, os Korn só puderam tocar cinco temas e não seguidos, devido a falhas inultrapassáveis no sistema sonoro. O público que só fora ao recinto para ver Korn reclamou e com razão, mas a organização sacudiu a chuva do capote alegando ser alheia ao ocorrido.
Na noite de Sábado, antes dos cabeças de cartaz, abateu-se sobre o recinto uma chuvarada quase diluviana, nesta Primavera quase invernal.
Por fim, na noite de encerramento, a norte-americana Ariana Grande cortou-se à grande, oficialmente por motivos de saúde. Em seu lugar actuou novamente (havia actuado de véspera no mesmo palco) a brasileira Ivete Sangalo, um dos nomes totalistas deste festival em Lisboa, a par dos Xutos & Pontapés.
Serve isto para lembrar à organização, promotores e patrocinadores que estamos em Portugal, um país do segundo mundo, onde cada bilhete diário para entrar neste festival foi ao preço de 69 €.



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