segunda-feira, 3 de julho de 2017
Henrique Medina Carreira
1931 - 2017
Conheci-o pessoalmente na Rádio, por ocasião de uma
entrevista. Cumprimentou educadamente quem estava a trabalhar e mostrou sempre muito
apreço e respeito pelo mundo laboral. Medina Carreira disse ser contra “um
país de doutores, em que toda a gente tem que ser doutor. As pessoas não têm
que ser doutores, têm é que saber fazer alguma coisa de útil à sociedade”.
Estávamos nos primeiros anos da primeira década deste novo século. Um ou dois anos antes, na altura em que ainda via Televisão com alguma frequência, vi-o a conceder uma entrevista em que previa para Portugal um inevitável colapso financeiro, continuando o país a endividar-se ao ritmo a que estava. Cerca de uma década depois dessa entrevista, que foi considerada excessivamente alarmista e catastrofista, não só se confirmaram as previsões do antigo Ministro das Finanças, como foram largamente ultrapassadas. A lúcida apresentação da realidade em Portugal é demasiadas vezes confundida com pessimismo.
Estávamos nos primeiros anos da primeira década deste novo século. Um ou dois anos antes, na altura em que ainda via Televisão com alguma frequência, vi-o a conceder uma entrevista em que previa para Portugal um inevitável colapso financeiro, continuando o país a endividar-se ao ritmo a que estava. Cerca de uma década depois dessa entrevista, que foi considerada excessivamente alarmista e catastrofista, não só se confirmaram as previsões do antigo Ministro das Finanças, como foram largamente ultrapassadas. A lúcida apresentação da realidade em Portugal é demasiadas vezes confundida com pessimismo.