terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Prova Oral de Júlio Isidro


























Na Rádio desde 1962 
Júlio Isidro esteve como convidado no programa «Prova Oral» na Antena3. Foi na semana passada, a propósito do lançamento do seu novo livro para crianças "101 Histórias do Tio Julião para fazer Ó Ó”. Prestes a lançar o segundo volume da sua autobiografia e com seis décadas de carreira na Comunicação Social nacional, a conversa passou inevitavelmente pela Televisão e pela Rádio. Sobre a Rádio dos dias de hoje, Júlio Isidro proferiu acertadas palavras:

A Rádio vejo-a, na maior parte dos casos, com algumas limitações, ou muitas limitações criativas. Ao contrário do que se possa imaginar, agora que esta rapaziada está livre. Há quarenta e cinco anos que são livres, eu gostaria que houvesse mais arrojo. E não estou apenas a referir-me apenas à Rádio oficial, que é esta. Mesmo as outras rádios. Acho tudo demasiadamente sectorizada e demasiadamente formatada dentro dos vários sectores. Eu penso que tem a ver com muitas coisas, uma delas é que ao ser retirado ao papel do apresentador, também o papel do realizador – que eu fui sempre realizador dos meus programas – foram poucos os programas onde me encomendaram “vai lá meter a voz”. Mas mesmo muito poucos. E uma das maiores limitações do meu ponto de vista é não atribuírem ao locutor, ou apresentador, o papel de, pelo menos, coordenador da própria emissão. O que lhe permitiria ter mais criatividade. Eu quando vejo locutores a fazerem aquilo a que eu posso chamar – havia também no meu tempo alguma coisa, mas era só nos intervalos entre alguns programas – que era “fazer cabine”. Eu agora vejo fazer cabine durante três horas e quatro horas. Eu acho que não é muito bom e isto é a minha consideração pelos profissionais que hoje em dia estão a actuar. Eu acho que os profissionais teriam muito prazer em serem, digamos, os titulares dos programas. Faria alguma diferença. Fazia também com que a concorrência saudável se manifestasse e a ‘playlist’ era posta no frigorífico e eu fazia com que o meu programa tivesse a minha selecção musical, dentro da linha geral da programação, é evidente. Mas que o meu programa tivesse características especiais. Fosse um desenho, “o meu programa está desenhado para”. É um formato. Eu gosto que, ou gostaria que, os novos profissionais tivessem a possibilidade de fazerem um formato. Em termos de Rádio é isto. 

Prova Oral
2ª a 6ª feira (19:00/20:00)
Antena3
02.Dezembro.2019
Ouvir aqui





























Percurso de Júlio Isidro na Rádio

Boa Noite Em FM (1962 - RCP-Rádio Clube Português - Apresentador); 

Clube das Donas de Casa (1964 - RCP-Rádio Clube Português - Apresentador); 

Noticiário (de 1968 a 1975 - RCP-Rádio Clube Português - Jornalista e Repórter); 

FM 67 (1968 - RCP - Autor e Apresentador); 

A Noite É Nossa (1968 - RCP-Rádio Clube Português - Apresentador); 

Talismã (RCP-Rádio Clube Português); 

Em Órbita (RCP-Rádio Clube Português - Apresentador); 

Quarto Crescente (RCP-Rádio Clube Português);  

Encontro No Ar FM (RCP-Rádio Clube Português); 

Corridas Automóvel (de 1975 a 1980 - Comentador de Grandes Prémios de Fórmula 1 e Ralis, entre os quais o de Monte Carlo e de Portugal); 

Febre de Sábado de Manhã (de 1981 a 1985 - RDP-Rádio Comercial - Programa de índole musical com a apresentação de novos valores, de periodicidade semanal de três horas em directo no exterior em locais como o Cinema Nimas, Pavilhões e Estádios de Futebol - Autor, Realizador e Apresentador); 

A Grafonola Ideal (de 1981 a 1985 - RDP-Rádio Comercial - Autor, Produtor e co-Apresentador com Margarida Mercês de Melo); 

Rádio Jornal da Madeira (1989 - Responsável pelo seu lançamento); 

Rádio Renascença (de 1995 a 1997 - Autor, Apresentador de vários programas); 

Central FM (1997) - Director; 

Reis da Rádio (de 2006 a 2007 - RDP Antena 1 - Crónica semanal); 

Vinilidades (de 2007 a 2008 - RDP Antena 1 - Crónica diária); 

A Ilha dos Tesouros (de 2009 a 2012 - RDP Antena 1 - Autor e Apresentador de um programa semanal com a duração de uma hora, no qual se dava relevo, entre outras, à música francesa, italiana e castelhana reportada ao tempo do vinil).

Hotel Califórnia (com Paulino Coelho desde 2017 - Rádio Renascença);

O Canto do Cota (desde 2017 - Rádio Renascença). 



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