quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Os 35 anos deste disco

Editado no dia 25 de Novembro de 1985 

























O segundo álbum dos Dead Can Dance, após a estreia com álbum homónimo em 1984 e depois do mini-álbum «Garden of the Arcane Delights» ainda nesse ano 
No ano seguinte, a entrada em definitivo na dimensão total do que viria a ser o som da dupla Brendan Perry e Lisa Gerrard, na altura um dos expoentes máximos da editora independente britânica 4AD, a par dos Cocteau Twins e dos This Mortal Coil. 
O melhor ainda estaria por vir, mas em «Spleen And Ideal» já se encontram reunidos todos os ingredientes e demonstrados todos os argumentos criadores de uma sonoridade única que ainda hoje, três décadas e meia depois, continua inigualável e a dar cartas.
Os Dead Can Dance continuam no activo com uma nova digressão mundial na Europa e América, com datas transferidas para o ano 2022 devido à pandemia planetária do novo coronavírus. Alguns dos temas deste disco fazem parte dos alinhamentos apresentados na actual digressão, iniciada na Europa e que passou por Lisboa em duas datas esgotadas, em Maio de 2019. 
Muito dificilmente os podemos escutar na actual Rádio portuguesa, excepto em programas de autor, o que tem acontecido na Antena2 e na SBSR.
O design gráfico da capa foi concebido pelo próprio Brendan Perry. Muito foi falado e especulado sobre a mensagem da mesma. Ao contrário do que durante anos se disse, não se trata de nenhum cenário destruído do médio oriente, tão assolado por guerras ao longo de décadas, mas sim parte de um bloco habitacional em Inglaterra, na zona de Manchester, após o falhanço dos explosivos com vista à sua demolição por implosão.
A fotografia é da autoria de Colin Grey e a modelo com túnica vermelha, empossando uma estrela branca de pontas cortadas, é a namorada do fotógrafo. A estrela, de plástico, foi encontrada por acaso no local. A imagem foi obtida sem recurso a quaisquer pós-tratamento visual, sem equipamento específico, nem sessão prévia. O título «Spleen and Ideal» é da autoria do poeta francês Charles Boudelaire, um dos autores franceses do século XIX cujos textos mais influenciou a escrita das letras dos Dead Can Dance ao longo de várias obras discográficas, para além desta. 



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