segunda-feira, 29 de abril de 2019
Homenagens e dedicatórias
Em homenagem a Francisco Amaral surgiram alguns programas
dedicados a este nome fundamental da Rádio de autor em Portugal dos últimos 35
anos
Ricardo Mariano, um dos elementos fundadores da «Irmandade do Éter», dedicou a emissão de dia 21 a Francisco Amaral, iniciando o programa
«Vidro Azul» na SBSR com o indicativo da «Íntima Fracção», o instrumental “Mar
D’Outubro”, da Sétima Legião. As duas horas de emissão encerraram com o mais
conhecido dos temas preferidos de Francisco Amaral, a canção “God Only Know”
dos Beach Boys.
Ouvir aqui
O programa «Páginas Amarelas» de Álvaro Costa e Nuno Galopim na Antena3 terminou a emissão de dia 21 com uma alusão, em jeito de homenagem, ao autor da «Íntima
Fracção». Álvaro Costa é um dos radialistas da actualidade que Francisco Amaral
mais admirava.
Ouvir aqui
Nídio Amado, outro dos membros da «Irmandade do Éter» da qual
Francisco Amaral fazia parte, dedicou a edição de dia 22 do programa «O
Cubo» na RUM-Rádio Universidade do Minho. Esta emissão inclui um poema de Dylan
Thomas, dito a várias vozes “Do not go
gentle into that good night”, Não entres tão gentilmente nessa noite acolhedora, que em tempos passou na «Íntima Fracção» em 1990,
na versão musicada e cantada por John Cale, no saudoso período em que o programa esteve
na TSF.
Ouvir aquiNa Televisão, o programa semanal da ESECTV na RTP2 dedicou a mais recente edição ao fundador e director da ESECTV, numa tocante homenagem contendo partes de uma entrevista a Francisco Amaral, narração de alguns textos do autor da «Íntima Fracção», num pequeno conjunto de extractos de emissões do programa de TV que mais apreciou nos longos anos em que esteve à frente do projecto. O programa foi inicialmente transmitido na passada sexta-feira ao meio-dia e meia na RTP2. Repete hoje à noite.
Esta é uma emissão especial dedicada a Francisco Amaral,
fundador e director da ESECTV e criador do histórico programa de rádio Íntima
Fracção.
A música, a palavra, conduzem-nos por este programa que recorda alguns dos trabalhos que produzimos em conjunto, com amizade, com respeito, com gargalhadas e às vezes com lágrimas, mas sempre com liberdade.
ESECTV
A música, a palavra, conduzem-nos por este programa que recorda alguns dos trabalhos que produzimos em conjunto, com amizade, com respeito, com gargalhadas e às vezes com lágrimas, mas sempre com liberdade.
ESECTV
sexta-feira, 26 de abril de 2019
Hoje na Antena2
Dias da Música
O mais importante festival de Música Clássica do país, com acompanhamento em directo na Antena2.
O canal público erudito de radiodifusão regressa às transmissões em directo a partir do Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
Mais informação aqui
Porque te é triste a música, ó música de ouvir?
O doce é ameno ao doce, alegre é a alegria.
Porque amas, pois, aquilo que não te rejubila
E, em vez, sentes prazer no que não te dá júbilo?
Se a perfeita união dos sons em harmonia
Ligados, como em núpcias, te ofendem o ouvido,
É porque eles censuram, doces, teu desacordo
Ao teimares em tocar a sós a melodia.
Nota como uma corda à outra se une, doce,
As duas se tangendo, em mútua simetria,
Como o pai e o filho e a feliz mãe, um só,
Todos só num, entoando, em perfeição de som,
Um canto sem palavras, que, sendo vário, é um,
E assim te canta a ti: “Tu sozinho és nenhum.”
O doce é ameno ao doce, alegre é a alegria.
Porque amas, pois, aquilo que não te rejubila
E, em vez, sentes prazer no que não te dá júbilo?
Se a perfeita união dos sons em harmonia
Ligados, como em núpcias, te ofendem o ouvido,
É porque eles censuram, doces, teu desacordo
Ao teimares em tocar a sós a melodia.
Nota como uma corda à outra se une, doce,
As duas se tangendo, em mútua simetria,
Como o pai e o filho e a feliz mãe, um só,
Todos só num, entoando, em perfeição de som,
Um canto sem palavras, que, sendo vário, é um,
E assim te canta a ti: “Tu sozinho és nenhum.”
Soneto 8 de Shakespeare (26 de Abril 1564 - 23 de
Abril 1616)
Tradução de Ana Luísa Amaral quinta-feira, 25 de abril de 2019
Há 45 anos na Rádio
Que o poema seja microfone e fale
De repente uma noite destas às três e tal
Para que a Lua estoire
E o sono estale
E a gente acorde
Finalmente em Portugal
Manuel Alegre
De repente uma noite destas às três e tal
Para que a Lua estoire
E o sono estale
E a gente acorde
Finalmente em Portugal
Manuel Alegre
1º comunicado do MFA lido por Joaquim Furtado
Rádio Clube Português, madrugada de 24 para 25 de Abril de 1974
Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial
inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres
habitamos a substância do tempo
Sophia de Mello Breyner Andresen
segunda-feira, 22 de abril de 2019
Francisco Amaral
1950-2019
Quando alguém morre, o seu amor torna-se eterno
Quando alguém morre, o seu amor torna-se eterno
Assim principiava uma emissão da «Íntima Fracção»,
transmitida pela TSF, em Setembro de 1991. Uma emissão especial que Francisco
Amaral dedicou ao seu irmão, prematuramente falecido aos 23 anos de idade. A
frase dedicatória apareceu no final desse programa.
Muitos anos passaram, décadas e muitas longas noites. Agora
assistimos ao fim da «Íntima Fracção» com o desaparecimento do seu autor de
sempre.
O programa atravessou fases em que esteve na iminência de
terminar. Quer por vontade do seu próprio autor, como ficou bem evidente na
emissão especial dos 5 anos, há três décadas, em Abril de 1989, quer por força
de imposições administrativas e directivas de pessoas com poder de decisão na
Rádio.
Acima de todas as vicissitudes e esquinas da vida, o
programa seguiu vida em frente por caminhos e veredas várias, até há poucos
dias. Quis essa coisa que não podemos controlar a que chamamos
"Destino" que o fim fosse abrupto, inesperado, chocante. A
«Íntima Fracção» começou e acabou na Rádio.
Estou a levar tempo a digerir este acontecimento. Francisco
Amaral era a minha referência radiofónica mais duradoura. Passaram mais de
trinta anos desde que escutei, pela primeira vez, a «Íntima Fracção». O
programa de Rádio até agora mais vezes mencionado aqui na «Rádio Crítica»,
desde a inauguração deste blogue sobre Rádio, que entrou há pouco mais de um
mês no 15º ano de existência.
Mas para além do carácter profissional, a partir de certa altura na vida, Francisco
Amaral também se tornou colega na mesma estação de Rádio, amigo, pessoa muito
próxima, visita de casa.
Antes de voltar ao assunto e a uma parte do muito que há para dizer
sobre Francisco Amaral e a importância da «Íntima Fracção» na História da Rádio em Portugal, deixo aqui alguns depoimentos
públicos surgidos nas redes sociais de pessoas que conheciam e admiravam o homem da Rádio, colega, professor, mestre, amigo e exemplar ser humano que foi e que muita falta
nos fica a fazer.
Francisco Amaral (sem datas, porque é eterno)
Pelo génio gentil, o gentleman generoso, choram a telefonia
e a sabedoria, a memória e o requinte, os timbres e os talentos, a música
elegante e a inteligente poesia, a íntima fracção e a multidão de admiradores,
o brilho do seu olhar e a minha palavra obrigado, esta manhã e toda a vida. Não
há lágrimas de tinta capazes de honrar este humilde gigante. E tento apenas
enganar a brutal dor negra com um singelo cravo branco.
Fernando Madaíl
Nos estúdios da Fernão de Magalhães; o Francisco Amaral
levou a Intima Fracção da Antena 1 para a TSF-Coimbra. Olhando esta foto não consigo descrever o que sinto. Quantos sons ficaram
naquele estúdio!.. Quanta saudade que agora se transforma numa emoção
indescritível.
Partiu o melhor de todos!
Rosa Lopes Ribeiro Partiu o melhor de todos!
A nossa última conversa foi longa, bem mais longa do que era
habitual nas nossas longas conversas. Ainda assim ficou inacabada...
Tal como não acabará nunca a memória deste sorriso tranquilo. Nem a dolorosa saudade...
Tal como não acabará nunca a memória deste sorriso tranquilo. Nem a dolorosa saudade...
Jorge Castilho
Deixou-nos um extraordinário profissional mas permanecem
admiráveis memórias. Obrigado, Francisco, por teres partilhado comigo e com
todos os ouvintes o teu talento e paixão pela Rádio.
Carlos Andrade
Companheiro de tantas horas de rádio. Um extraordinário
profissional! Um homem sério e a sério! Um poço de sabedoria, principalmente
sobre a sua grande paixão - a música.
Madalena Balça
Era um homem da cultura. Era o homem da Liberdade. Era o
Senhor das madrugadas intimistas da telefonia.
Fizemos rádio, "demos luz" à televisão da Saúde.
Ele nos Programas/Produção, eu na Informação.
Foi sempre calmo, ponderado, estudioso e bem disposto.
Falámos pela última vez no Natal... e tanto ficou por dizer.
Cresci a ouvir a sua "Intima Fracção". Mais tarde,
tive o privilégio e a sorte de estar com ele em estúdio, na RDP em Coimbra.
Foi um dos meus grandes mestres. Na rádio e fora dela,
partilhámos histórias, conversas (umas mais sérias do que outras). Partilhámos
tempo e uma amizade que não se agradece.
Pedro Carvalhas
O maldito Comboio do Big Adios...e por total acaso, levo com
esta noticia sem mais nem menos! Respect imenso pela vida obra que foi muito
mais do que um programa eterno ! Respect!
Álvaro Costa
Partiu um homem tão bom, tão talentoso, meu amigo, meu
mentor hertziano, gentil, divertido, assertivo.
Né Ladeiras
Francisco, a serenidade em pessoa, voz ímpar da rádio.
Colegas na TSF, mais tarde e até agora no Miguel Torga.
Há momentos em que as palavras sabem a nada...
Colegas na TSF, mais tarde e até agora no Miguel Torga.
Há momentos em que as palavras sabem a nada...
Dinis Manuel Alves
Em 2003, quando ao fim de quase 20 anos em antena o programa
"Íntima Fracção", de Francisco Amaral, deixava as ondas FM da TSF,
tentei captar na já extinta revista de domingo do jornal Público o que havia de
especial em escutar, "a meio da noite", uma voz, sons e músicas que
chegavam de um outro lado feito de magia e mistério. Foi também a minha
forma de agradecimento por uma verdadeira educação sentimental e por
incontáveis e irrepetíveis momentos sem os quais, acredito, não estaria hoje a
trabalhar na Rádio, procurando dar um contributo para manter vivo esse feitiço
de criar mundos no éter. São mundos que não se agarram - agarram-nos.
Hugo Pinto
Houve um tempo, esse tempo, em que a rádio sinalizava as
nossas vidas. Como os livros, os filmes, os versos - a rádio tinha autores que
nos tocavam, instruíam, comoviam.
O Francisco Amaral era um desses autores. A sua Intima Fracção, que acompanhei desde o início, ajudou-me a ganhar coragem para dar uns passos numa então rádio universitária. O genérico do programa - o Mar d'Outubro da Sétima Legião, que eu tinha a sorte de ter como amigos - trazia logo algo de familiar. De intimidade espontânea, cúmplice. O Francisco em Coimbra, eu em Lisboa, os dois lado a lado. De certa forma crescemos juntos.
O Francisco era dos que fazia rádio em verso, entrega total e discreta. Estaremos sempre à escuta.
O Francisco Amaral era um desses autores. A sua Intima Fracção, que acompanhei desde o início, ajudou-me a ganhar coragem para dar uns passos numa então rádio universitária. O genérico do programa - o Mar d'Outubro da Sétima Legião, que eu tinha a sorte de ter como amigos - trazia logo algo de familiar. De intimidade espontânea, cúmplice. O Francisco em Coimbra, eu em Lisboa, os dois lado a lado. De certa forma crescemos juntos.
O Francisco era dos que fazia rádio em verso, entrega total e discreta. Estaremos sempre à escuta.
Nuno Miguel Guedes
É uma das poucas pessoas que guardo da minha passagem pela
ESEC. Tinha uma capacidade de acreditar nas pessoas e levá-las a concretizar os
seus sonhos como poucos têm. Acreditou em mim quando muito poucos o fizeram.
João Oliveira
Ainda há dias, talvez na quinta-feira passada, o tema da
nossa conversa, na sala de produção da ESEC TV, e como aconteceu tantas e
tantas vezes, não sei como o assunto veio à baila e sinceramente não interessa,
era Ian Curtis - dos "Joy Division", os "New Order", Syd
Barrett - dos "Pink Floyd" e uma versão dos "Durutti Column"
("Missing Boy"), de que falou, que homenageava o vocalista dos
"Joy Division" "sem nunca o mencionar"...
Ia-lhe dizer esta semana, que: "ouvi o tema e não gostei...".
Esperaria naturalmente que defendesse a sua dama...
As nossas conversas (salpicadas de concordâncias e muitas
discordâncias) eram assim - intermináveis, às vezes até em formato multimédia -
começavam na ESEC TV presencialmente e acabavam mediadas na Internet (FB ou
"Chat") ou por smartphone (sms/telefonema) e muitas vezes sem
continuidade (raccord). O que é estranho para quem trabalha em TV - um meio em
que, como se sabe, a arte de contar histórias/estórias com lógica é essencial.
E daquela amalgama, que eram as nossas conversas, em que tão
depressa se falava de música, como se tratavam assuntos relacionados com:
história, política, arte, literatura, futebol, cinema, TV e claro está um ou
outro momento pessoal - que de algum modo estava ligado ao assunto em questão -
resultava sempre em algo que fazia sentido...
Destes ilustres da Pop/rock mundial de que falámos, destaco
o tema que mais gosto dos "Joy Division" - chama-se
"Atmosphere".
Um forte abraço Professor Francisco
Luís Miguel Pato
Mais um Mestre que parte, fica a nossa gratidão por uma
sabedoria e uma sensibilidade únicas.
Filipe Boavida
A tribo está de luto. Perdeu um dos bons. Há um ano, o
Francisco enviou-me uma mensagem de força num momento difícil da minha vida. E
agora há sempre pouco para dizer, muito para escutar, tudo para sentir.
O Francisco não morreu. Está vivo em cada Íntima Fracção.
Rita Colaço
Acabo de saber do desaparecimento súbito do Francisco
Amaral, jornalista, radialista, comunicador, professor, democrata, cidadão
inconformado do mundo e de Coimbra (mesmo quando esta o magoava). Também um
homem que gostava muito de música e era louco por cadernos de escrever. Acima
de tudo um amigo sempre atento, crítico e gentil. Do seu mural do FB, 6
deste Abril: «Começo do dia com chuva torrencial e trovoada barulhenta. Agora
vento. E frio. A quem se pede o livro de reclamações sobre as estações do ano?»
A Íntima Fracção, essa tinha acabado de perfazer 35 anos. Foi através dela,
companhia em centos de longas viagens noturnas, físicas ou imaginárias, que
conheci o seu autor. Vai fazer-nos muita falta o Francisco.
Rui Bebiano
Ficará a memória de um Homem que fez da comunicação a sua
razão de existir!
Vitalino José Santos
O Francisco Amaral, foi meu professor na faculdade, meu
director durante a minha passagem na ESEC TV como apresentador e, também, meu
consócio na RUC. O seu percurso profissional é reconhecido e o legado da Íntima
Fracção ao longo de todas as suas metamorfoses é intocável. O Francisco Amaral
adorava falar. Ui! Portanto, nos tempos mortos entre gravações no estúdio da
ESEC TV, falava-se. Sobretudo sobre música, que era o nosso maior ponto de
contacto. Foi a primeira pessoa com idade e aspecto para ser meu pai que ficou
genuinamente interessada pelo meu método de indução de sonhos lúcidos durante a
sesta nas tardes livres da faculdade com recurso à audição do “Untrue” do
Burial. No entanto, destas conversas, que eram mais monólogos em que eu às
vezes lá conseguia infiltrar uma intervenção, fica-me marcada uma história que
me estimula uma inveja tremenda. É, no fundo, um episódio singelo, mas que
ainda almejo e invejo. O Francisco Amaral gabava-se que tinha começado a trocar
correspondência com um ouvinte anónimo, argentino (se não estou em erro), que
vivia e trabalhava na Patagónia. Parafraseando, esse ouvinte dizia-lhe
“Francisco, a íntima Fracção fica tão bem no meio da neve”.
João de Almeida
Leio no Facebook que o Francisco Amaral nos
deixou. Deixa-me um grande vazio. Deixa Portugal mais pobre. Que descanse em
paz e que em cada um de nós permaneça sempre a intima fração da sua saudosa
memória.
José Vieira Lourenço
Nestas horas há pouco para dizer, muito para sentir... e
recordar. Multimédia era um dos grandes amores do Francisco, depois da rádio e
da sua Íntima Fracção. A alegria e o privilégio de o ter conhecido e de
ter partilhado cerca de seis anos desta nossa existência com ele. Sobretudo nos
últimos anos e mais concretamente no presente ano lectivo, o comemorativo dos
15 anos do curso. A rádio, a Íntima Fracção, Multimédia. Três realidades que
lhe faziam brilhar o olhar.
Pedro Jerónimo
Tenho muitas memórias sobre o Íntima Fração. Já o
acompanhava desde os inícios na TSF. Há uma quase recente que me marcou imenso.
Numa viagem entre Frankfurt e Hong Kong, dou por mim a passar sobe uma montanha de gelo no Cazaquistão. Estava a nascer o dia e ia ligado à Radar, a descarregar os podcast via Wi-Fi da Lufthansa (novidade para mim). Naquelas alturas, sobre o gelo, entra nos meus phones este cover dos Joy Division. Abro o estore da janela e partilho a experiência com o Francisco Amaral. Ele ainda estava acordado. Eram 4 da madrugada em Portugal.
A vida tem destas coisas boas; a música e a partilha. Apanhaste-me de surpresa. Ficarás na minha memória para o que me resta da vida. Continuarei à espera da edição especial da IF que me tinhas prometido. Até lá continuarei a ouvir as edições gravadas que me ensinaste a colecionar. Até sempre professor.
Numa viagem entre Frankfurt e Hong Kong, dou por mim a passar sobe uma montanha de gelo no Cazaquistão. Estava a nascer o dia e ia ligado à Radar, a descarregar os podcast via Wi-Fi da Lufthansa (novidade para mim). Naquelas alturas, sobre o gelo, entra nos meus phones este cover dos Joy Division. Abro o estore da janela e partilho a experiência com o Francisco Amaral. Ele ainda estava acordado. Eram 4 da madrugada em Portugal.
A vida tem destas coisas boas; a música e a partilha. Apanhaste-me de surpresa. Ficarás na minha memória para o que me resta da vida. Continuarei à espera da edição especial da IF que me tinhas prometido. Até lá continuarei a ouvir as edições gravadas que me ensinaste a colecionar. Até sempre professor.
Artur Ribeiro
Há poucos dias, em arrumadelas no escritório, apareceu o
jornal com o perfil do Francisco Amaral, um dos primeiros que fiz. No momento
pensei falar com ele, mas não falei.
Podia ter sido aluna do Francisco, mas não fui.
Contudo, como comecei a dar aulas aos 22 anos, nessa estreia tive a sorte imensa de ter colegas desta envergadura. Pouco tempo depois, pude conhecê-lo melhor (e muito do seu trabalho) numa entrevista longa, aqui muito resumida [semanário SE7E] , espartilhada pelo número de caracteres de que eu dispunha. Assinalava-se mais um aniversário da sua “Íntima Fracção” (cresci a ouvir este programa radiofónico...) e a conversa foi uma dança, como gosto de pensar as entrevistas com alguma profundidade.
A triste notícia do seu desaparecimento deixa-nos perplexos e muito mais pobres. Na verdade, até custa a acreditar.
Tanto para dizer. Ainda.
Podia ter sido aluna do Francisco, mas não fui.
Contudo, como comecei a dar aulas aos 22 anos, nessa estreia tive a sorte imensa de ter colegas desta envergadura. Pouco tempo depois, pude conhecê-lo melhor (e muito do seu trabalho) numa entrevista longa, aqui muito resumida [semanário SE7E] , espartilhada pelo número de caracteres de que eu dispunha. Assinalava-se mais um aniversário da sua “Íntima Fracção” (cresci a ouvir este programa radiofónico...) e a conversa foi uma dança, como gosto de pensar as entrevistas com alguma profundidade.
A triste notícia do seu desaparecimento deixa-nos perplexos e muito mais pobres. Na verdade, até custa a acreditar.
Tanto para dizer. Ainda.
Teresa Carreiro
Nada é eterno,mas a sua obra será a sua eternidade.
Belinha Viseu Pinheiro
Para quem teve o privilégio de com Ele conviver, como amigo,
colega, companheiro e camarada, perdi um bom e sincero amigo, um Homem bom,
franco, sincero e leal. Partiu, de tal forma inesperada que nem tempo teve para
se despedir! Uma marca junto de todos os que admiravam a sua inteligência
e competência e, para a eternidade, deixou registada oficialmente, na
respectiva Conservatória, em seu nome, a sua "ÍNTIMA FRACÇÃO"! Quem
lidou com Ele, profissionalmente, não pode esquecer que, também ele, pagou a
factura da sua excepcional inteligência, competência profissional e lealdade,
nos tempos difíceis vividos na RDP/Coimbra.
Licínio Ferreira
Francisco Amaral foi autor de um dos programas de culto da
rádio portuguesa. Um companheiro de conversas sobre a rádio. Sobre a paixão da
rádio.
Luís Bonixe
Só o Francisco Amaral para conseguir reunir tanta
gente talentosa da fotografia, da arquitetura, do design, da comunicação ou da
música num só sítio.
João Portugal Vieira
Partiu o Francisco Amaral. Foi uma das pessoas mais
importantes no meu começo de carreira na RDP. Adorei sempre a sua arte de fazer
rádio, criando novos modelos e procurando outras músicas e culturas. Falámos
esta semana por causa da vinda de um astronauta ao Porto. Ele tinha sempre mais
uma boa ideia. Obrigado Francisco. A vida é assim... uma Íntima Fração.
João Fernando Ramos
Que tristeza! Fiz muitos noticiários de madrugada com ele em
Coimbra ao comando da Antena 1.
Walter Medeiros
Eu sei que nada nem ninguém é eterno.. Mas eu via assim o
prof. Francisco Amaral. Grande profissional e acima de tudo um grande homem e amigo.
Até um dia.
Carolina Névoa
Um grande realizador com quem tive o prazer de trabalhar na
TV saúde, uma pessoa muito simples e um grande amigo.
Miguel Ângelo Silva
Só injustiças!
Manuela Goucha Gomes
Foi meu professor, tive muita sorte. Que notícia
triste.
Cláudia Martins
Fui hoje absolutamente surpreendido com a morte de um amigo.
Conheci o Chico ainda na RDP, quando por lá andava na
companhia do meu pai.
Mais tarde tive o prazer de trabalhar com ele na Rádio
Jornal do Centro/TSF Coimbra.
Com ele aprendi muito. Excelente como ser humano, era um
comunicador por excelência e tinha ainda a capacidade de transmitir aos mais
novos o seu conhecimento profissional e até os seus grandes valores
humanos.
Pedro Ferreira
A Íntima Fracção fez 35 anos no dia 8 e o Francisco andava
feliz a preparar um livro com som que contasse a história dos anos todos do
amor que ele tinha pela Rádio e que nunca o fizeram desistir dessa paixão. Na
verdade, ele jamais desistiu até ao fim.
Muito se reunirá, estou certa, do
espólio do Francisco. É importante perceber que quando se gosta não se desiste
e ele fez história com som.
Prefiro voltar à última mensagem que recebi dele e que dava conta do seu entusiasmo com os 35 anos do programa em 2019 e do livro que contará parte da vida do programa, do Francisco e de muitos de nós que se irão encontrar no muito que ouviram, sentiram e descobriram.
Prefiro voltar à última mensagem que recebi dele e que dava conta do seu entusiasmo com os 35 anos do programa em 2019 e do livro que contará parte da vida do programa, do Francisco e de muitos de nós que se irão encontrar no muito que ouviram, sentiram e descobriram.
Inês Meneses
domingo, 21 de abril de 2019
Íntima Fracção - última emissão
A RADAR transmite esta noite, a partir das 00:00, a última emissão da «Íntima Fracção» que Francisco Amaral gravou para a Rádio.
Ao contrário do que ficou entendido de uma forma generalizada, o programa referente aos 35 anos da «Íntima Fracção» não foi o último. Hoje, sim. É a retransmissão do programa de quarta-feira, dia 17 deste mês de Abril, que a RADAR emitiu pela primeira vez entre as 23:00 e a meia-noite de dia 10.
Ouvir aqui
sábado, 20 de abril de 2019
Hoje em LEIRIA
A estreia em Portugal de uma das bandas de quem o mundo fala. Skrillex e Boys Noize, por exemplo, são alguns dos mais recentes nomes rendidos à música dos IC3peak. O concerto é único no nosso país e acontece no dia 20 de Abril, na Stereogun, em Leiria, num dos episódios do FADEINFESTIVAL 2019 que contará ainda com a prestação dos franceses Daisy Mortem na primeira parte desta dupla russa.
Mais informação aqui
quinta-feira, 18 de abril de 2019
Esta semana na RADAR
Esteve muito bem a RADAR em transmitir emissões da «Íntima Fracção» ao longo de toda esta semana, às 21:00.
Já agora, fica a sugestão de se transmitirem todas as outras edições que a RADAR emitiu desde Janeiro de 2018, altura em que o programa de Francisco Amaral começou a ser transmitido na estação.
Ouvir aqui
quarta-feira, 17 de abril de 2019
Boa Rádio à 4ª feira
07:00/10:00 SBSR – Manhã Autêntica
10:00/12:00 TSF – Forum
11:00/14:00 RUM – Elisabete
Apresentação
14:00/15:00 RADAR – Álbum de Família
15:00/17:00 RADAR – Joana Bernardo
16:00/19:00 Antena1 – Paulo Rocha
17:00/18:00 Antena2 – Ecos da Ribalta
19:00/20:00 Antena3 – Prova Oral
20:00/21:00 Antena2 – Jazz a Dois
19:00/22:00 SBSR – Arena Lunar
22:00/23:00 Antena3 – Portugália
23:00/00:00 Antena2 – A Ronda da Noite
23:00/00:00 RADAR – Íntima Fracção
00:00/01:00 Antena1 – Visita Guiada
00:00/01:00 Antena2 – Raízes
00:00/02:00 SBSR – Vidro Azul
01:00/02:00 Antena1 – Alma Lusa
02:00/05:00 Antena1 – Linha do Horizonte
05:00/07:00 Antena1 –
José Candeias
quinta-feira, 11 de abril de 2019
Palavras de há 30 anos na Íntima Fracção
Na comemoração dos 35 anos da «Íntima Fracção», alguns dos textos pertencentes à emissão do quinto aniversário – há trinta anos – no dia 10 de Abril de 1989. A emissão em que Francisco Amaral conta a história da «Íntima Fracção» desde a sua origem até aquela data de viragem para o programa que, depois de cinco anos na Antena1, iria ter uma feliz existência de quase década e meia na TSF.
Uma voz interior, íntima, que procura ser verdadeira. Talvez a quilha interior que permite o reequilíbrio. O gesto largo de futuro à janela na escuridão da noite. O traço azul no futuro incandescente. A ponte sobre a água tumultuosa. Cinco anos confessadamente tumultuosos. De crenças e descrenças, desilusões, ilusões, lágrimas, amargura, esperança, felicidade, efémero.
(…)
Um trabalho de encenação radiofónica de apelo ao imaginário do receptor utilizando sons, música, textos e silêncio.
Levar ao extremo o risco da manipulação destes elementos. Saber que, voluntariamente, me deslocava sobre a linha limite onde começa o abismo.
Uma voz interior, íntima, que procura ser verdadeira. Talvez a quilha interior que permite o reequilíbrio. O gesto largo de futuro à janela na escuridão da noite. O traço azul no futuro incandescente. A ponte sobre a água tumultuosa. Cinco anos confessadamente tumultuosos. De crenças e descrenças, desilusões, ilusões, lágrimas, amargura, esperança, felicidade, efémero.
(…)
Um trabalho de encenação radiofónica de apelo ao imaginário do receptor utilizando sons, música, textos e silêncio.
Levar ao extremo o risco da manipulação destes elementos. Saber que, voluntariamente, me deslocava sobre a linha limite onde começa o abismo.
A partir do início de 1985 e até hoje, o interesse pelo
programa tomou inesperadas facetas. As cartas – nunca solicitadas – chegaram.
Falam de paisagens, de amargura, de esperança, de ressonâncias. Muito poucas se
dirigem à pessoa que concebe e concretiza as emissões. Escrevem para quem lhes
está próximo. Não eu, mas a minha voz. Não eu, mas as palavras que digo. Não
eu, mas essa outra porção de sonho que é a realidade à distância de um gesto.
Sê de novo semelhante a essa árvore que amas, com a sua
larga ramagem, silenciosa, atenta, suspensa por sobre o mar. Onde cessa a
solidão, começa a praça pública. E onde esta começa, começa também o vozear dos
grandes comediantes e o zumbido das moscas venenosas. No mundo, as melhores
coisas, só são apreciadas quando surge alguém para as colocar em cena. Só a
esses chama a multidão de grandes homens. A multidão não tem sentido do grande,
do que seja criador, mas é sensível aos actores e aos que põem em cena as
grandes causas. O mundo gira em torno dos inventores de valores novos, em
invisível movimento, mas à volta dos comediantes é a multidão e a glória que
gravitam.
Falar, dizer-vos qualquer coisa, quebrar o fino gelo da
distância… agitar o morno ar da intimidade… Não!
Espreitar apenas por entre os sons, cuidadosamente, o suficiente para vos surpreender, revelando-me.
Parece que tudo se foi preparando meticulosamente, dia após dia, ano após ano, com um rigor e um determinismo só esperado para a imagem definida milímetro a milímetro quadrado. Esta nostalgia do inacessível… do que permanece oculto para além da existência.
Espreitar apenas por entre os sons, cuidadosamente, o suficiente para vos surpreender, revelando-me.
Parece que tudo se foi preparando meticulosamente, dia após dia, ano após ano, com um rigor e um determinismo só esperado para a imagem definida milímetro a milímetro quadrado. Esta nostalgia do inacessível… do que permanece oculto para além da existência.
A solidão opera como a sombra em certas raízes. Nelas afluem
tanto o calor dos ares constelados como o hábito das nascentes e o correr dos
ventos que, doutro modo, destruíam o que só subterrâneo e fundo se pode criar.
(…)
Afirmo o primeiro encontro na sua diferença. Quero o seu regresso, não a sua repetição. Digo ao outro, velho ou novo, recomecemos?
(…)
Seria muito cruel ficar por aqui? Será demasiado lembrar-vos o poder de suspender o som com um simples gesto?
O Silêncio… tão penoso e tão fascinante como a superfície branca para quem desenha.
Há sempre, porém, um novo traço.
(…)
Afirmo o primeiro encontro na sua diferença. Quero o seu regresso, não a sua repetição. Digo ao outro, velho ou novo, recomecemos?
(…)
Seria muito cruel ficar por aqui? Será demasiado lembrar-vos o poder de suspender o som com um simples gesto?
O Silêncio… tão penoso e tão fascinante como a superfície branca para quem desenha.
Há sempre, porém, um novo traço.
Quando a exaltação morreu, fiquei reduzido à mais simples
filosofia: a da resistência... dimensão natural das verdadeiras fadigas. Sofro
sem me acomodar, persisto sem me aguerrir. Sempre perdido, nunca desencorajado.
(…)
Assim é a vida… cair sete vezes, e levantar-se oito.
É quando menos se espera que nos vêm bater à porta, ou fazer a pergunta que nos deixa suspensos. Há uma tendência natural para arrumar no conhecido ou habitual tudo o que novamente vem agitar o tempo. Mas o novo é simultaneamente inevitável. Nunca será encerrável, não pode ser reduzido ou hipnotizado. É o novo que triunfa. Ele é o sentido, a razão, o motivo e a realidade. Há um traço no futuro incandescente.
(…)
O pedaço de azul por entre as nuvens espreita-me sempre. É por lá que respiro.
O gelo sempre me atraiu. A sua aparente transparência, o reflexo da luz, sempre me enganaram. Esquecido fico do frio e da dor que provoca.
(…)
É necessário que o traço azul risque o futuro, enquanto ele se mantém incandescente.
(…)
Assim é a vida… cair sete vezes, e levantar-se oito.
É quando menos se espera que nos vêm bater à porta, ou fazer a pergunta que nos deixa suspensos. Há uma tendência natural para arrumar no conhecido ou habitual tudo o que novamente vem agitar o tempo. Mas o novo é simultaneamente inevitável. Nunca será encerrável, não pode ser reduzido ou hipnotizado. É o novo que triunfa. Ele é o sentido, a razão, o motivo e a realidade. Há um traço no futuro incandescente.
(…)
O pedaço de azul por entre as nuvens espreita-me sempre. É por lá que respiro.
O gelo sempre me atraiu. A sua aparente transparência, o reflexo da luz, sempre me enganaram. Esquecido fico do frio e da dor que provoca.
(…)
É necessário que o traço azul risque o futuro, enquanto ele se mantém incandescente.
quarta-feira, 10 de abril de 2019
Íntima Fracção 35 anos
Sempre pouco para dizer, muito para escutar, tudo para sentir
Uma primeira história
Está a partir de hoje disponível pela segunda vez na Internet (a primeira foi há dez anos aqui na «Rádio Crítica» e também no blogue «Irmandade do Éter») a emissão do quinto aniversário da «Íntima Fracção», transmitida em directo na RDP-Antena1 na madrugada de Domingo para Segunda-feira, 09 para 10 de Abril de 1989. Há exactamente trinta anos.
É uma emissão especial, em que o autor de sempre – Francisco Amaral – conta a história da «Íntima Fracção» desde a origem até aquela data.
Sentia-se que era o fim do primeiro dos vários ciclos que a «Íntima Fracção» conheceu ao longo destas três décadas.
Uma primeira história
Está a partir de hoje disponível pela segunda vez na Internet (a primeira foi há dez anos aqui na «Rádio Crítica» e também no blogue «Irmandade do Éter») a emissão do quinto aniversário da «Íntima Fracção», transmitida em directo na RDP-Antena1 na madrugada de Domingo para Segunda-feira, 09 para 10 de Abril de 1989. Há exactamente trinta anos.
É uma emissão especial, em que o autor de sempre – Francisco Amaral – conta a história da «Íntima Fracção» desde a origem até aquela data.
Sentia-se que era o fim do primeiro dos vários ciclos que a «Íntima Fracção» conheceu ao longo destas três décadas.
Palavras para escutar com muita atenção
para quem segue o programa e que, até hoje, desconhecia a história dos
primeiros cinco anos de vida. Boa audição e fruição.
Ouvir aqui
ÍNTIMA FRACÇÃO - emissão do 5º aniversário (10 de Abril 1989)
Alinhamento musical da primeira parte:
Sétima Legião – Mar de Outubro (Indicativo)
Harold Budd – The Room
Tim Buckley – Morning Glory
Brian Eno & Harold Budd – Still Return
Virginia Astley – Out On the Lawn I Lie In Bed
Laurie Anderson – Walking and Falling
This Mortal Coil – Song to the Siren
Tom Verlaine – Oh Foolish Heart
Harold Budd – The Real Dream of Sails
Suzanne Vega – The Queen and the Soldier
Meredith Monk – Acts From Under And Above – Window In 7's
Alinhamento musical da segunda parte:
Sétima Legião – Mar de Outubro (Indicativo)
This Mortal Coil – Velvet Belly
Cluster & Eno – Schone Hande
This Mortal Coil – Ivy And Neet
John Cale – (I Keep a) Close Watch
Harold Budd – Algebra of Darkness
Suicide – Surrender
David Sylvian & Robert Fripp – Camp Fire: Coyote Country
David Sylvian & Robert Fripp – A Bird of Prey Vanishes Towering Trees
Joy Division – Transmission
Mario Lanza – With a Song in My Heart (extracto)
The Smiths – I Know It’s Over
Brian Eno & Harold Budd – Among Fields of Crystal
Durutti Column – Tomorrow
Harold Budd – The Room
Nick Cave & The Bad Seeds – The Carnival Is Over
Charles Trenet – Que Reste-t-il De Nos Amours
The Beatles – A Day in the Life (extracto final)
Sétima Legião – Mar de Outubro (Indicativo)
Ouvir aqui
ÍNTIMA FRACÇÃO - emissão do 5º aniversário (10 de Abril 1989)
Alinhamento musical da primeira parte:
Sétima Legião – Mar de Outubro (Indicativo)
Harold Budd – The Room
Tim Buckley – Morning Glory
Brian Eno & Harold Budd – Still Return
Virginia Astley – Out On the Lawn I Lie In Bed
Laurie Anderson – Walking and Falling
This Mortal Coil – Song to the Siren
Tom Verlaine – Oh Foolish Heart
Harold Budd – The Real Dream of Sails
Suzanne Vega – The Queen and the Soldier
Meredith Monk – Acts From Under And Above – Window In 7's
Alinhamento musical da segunda parte:
Sétima Legião – Mar de Outubro (Indicativo)
This Mortal Coil – Velvet Belly
Cluster & Eno – Schone Hande
This Mortal Coil – Ivy And Neet
John Cale – (I Keep a) Close Watch
Harold Budd – Algebra of Darkness
Suicide – Surrender
Eberhard Weber – A Pale Smile
Aldo Ciccolini – Gymnopedie [Erik Satie]David Sylvian & Robert Fripp – Camp Fire: Coyote Country
David Sylvian & Robert Fripp – A Bird of Prey Vanishes Towering Trees
Joy Division – Transmission
Mario Lanza – With a Song in My Heart (extracto)
The Smiths – I Know It’s Over
Brian Eno & Harold Budd – Among Fields of Crystal
Durutti Column – Tomorrow
Harold Budd – The Room
Nick Cave & The Bad Seeds – The Carnival Is Over
Charles Trenet – Que Reste-t-il De Nos Amours
The Beatles – A Day in the Life (extracto final)
Sétima Legião – Mar de Outubro (Indicativo)
terça-feira, 9 de abril de 2019
Íntima Fracção 35 anos
A primeira emissão foi a 8 de Abril de 1984, na Antena1
Emissão dos 35 anos na RADAR
Ouvir aqui
Pouco para dizer, muito para escutar, tudo para sentir
O percurso da «Íntima Fracção» teve várias curvas, como se
constata pelo caminho que foi tendo na Rádio e em plataformas digitais. Mas não
deixa de ser notável a vida de um programa de Rádio que atravessa décadas e
várias gerações de ouvintes.
Cronologia do percurso da «Íntima Fracção»:
1984 – 1989: RDP-Antena1
1989 – 2003: TSF-Rádio Notícias
2004 – 2007: RUC / RUM / ESEC
Rádio on-line / Podcast GavezDois
2007: RCP / Podcast / EMArtv – Andaluzia
(Espanha)
2008 – 2009: EXPRESSO On-line / Podcast
2010 – 2017: Podcast
2018: RADAR
segunda-feira, 8 de abril de 2019
Hoje em BRAGA
A Universidade do Minho recebe a partir das 10:15, no auditório B1 do Campus de Gualtar, na Universidade do Minho em Braga, o debate «A Hora da Europa», promovido pela TSF. A iniciativa, de entrada livre, insere-se num conjunto de quatro sessões que a Rádio Notícias está a desenvolver em quatro universidades portuguesas.
Ouvir aqui
domingo, 7 de abril de 2019
Hoje em LISBOA
Aula Magna para um grande programa: Concerto para Piano e Orquestra N.º 4 de Rachmaninov – interpretado por António Rosado – e Sinfonia N.º 10 de Schostakovich. À frente da Orquestra Metropolitana de Lisboa estará o maestro Pedro Neves.
sábado, 6 de abril de 2019
Até 2021
João Paulo Guerra, actual Provedor do Ouvinte do Serviço Público de Radiodifusão, vai exercer segundo mandato, até ao ano 2021.
Gente Feliz com Rádio
Para além do anúncio de novo mandato feito pelo próprio jornalista na passada sexta-feira, no programa «Em Nome do Ouvinte», também foi apresentado o relatório do Provedor da Rádio Pública referente ao ano 2018.
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sexta-feira, 5 de abril de 2019
Hoje em LISBOA
Este fim de semana é marcado pelo regresso dos Artistas Associados da Temporada de Música da Metropolitana 2018/19: Corey Cerovsek, Adrian Brendel e Filipe Pinto-Ribeiro, membros do DSCH-Schostakovich Ensemble, juntam-se aos Solistas da Metropolitana em duas aguardadas Schubertíadas. Neste formato lendário e intimista, levarão ao Teatro Thalia, nos dias 5 e 6 de abril, quatro das mais belas obras de Schubert.
quinta-feira, 4 de abril de 2019
Hoje em VISEU
Música da Primavera em tempo de Inverno
Transmissões em directo da cidade de Viriato na Antena2, na 12ª edição do Festival Música da Primavera em Viseu.
O canal público erudito de radiodifusão volta a ser a Rádio oficial do festival e transmite em directo do Teatro Viriato os quatro concertos de dia 10 e 11 deste mês.
Mais informação e Ouvir aqui
terça-feira, 2 de abril de 2019
Dias da Rádio
Lisboa 2020
O Congresso Internacional de Rádio vai realizar-se em Lisboa, entre os dias 29 e 31 de Março. Foi hoje anunciado na Suíça, em Lausanne, cidade onde o evento se realizou este ano.
segunda-feira, 1 de abril de 2019
Hoje na RADAR
Homenagem da RADAR a Scott Walker, falecido no dia 22 de
Março, aos 76 anos de idade. Passagem na íntegra do terceiro álbum do músico,
cantor e compositor norte-americano, naturalizado inglês em 1970. O antigo
vocalista principal do trio The Walker Brothers, a solo em 1969, no programa
«Álbum de Família», com a habitual apresentação, contextualização e realização
de Joana Bernardo. Um grande disco num magnífico programa de Rádio.
2ª feira às 23:00
Ouvir aqui