quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Rádio Nostalgia
Janeiro 2011
Há exactamente quatro anos foi com regozijo que publiquei aqui as imagens de uma canção há muito perdida e então reencontrada graças à dispersão provocada pelas infinitas ligações na imensidão internautica. Agora, quatro voltas ao Sol depois, o mesmo tema dos Earth and Fire numa outra actuação contemporânea desses tempos de final dos anos 70, inícios dos anos 80 do Século passado.
Nas imagens que se seguem, também numa actuação televisiva (em playback) Jerney Kaagman trocou a indumentária azul por uma semelhante, mas amarela. A dança da vocalista holandesa é a mesma.
A série de textos, imagens e músicas «Rádio Nostalgia» na «Rádio Crítica» esteve a maior parte das vezes associada às iniciativas do blogue «Queridos Anos 80» nas vésperas das festas que o tal blogue que dava um grande programa de rádio realizou ao longo de muitas sessões na região do grande Porto. Há já algum tempo que não acontecem. O que se passa?
Alquimias do Tempo
Também graças à dispersão provocada pelas infinitas ligações na imensidão internautica redescobri há poucos dias o fabuloso genérico de uns desenhos animados da Croácia (então Jugoslávia) e que também foram transmitidos na RTP em finais dos anos 70, inícios de 80. O Professor Baltazar, lembram-se? A melodia nunca a perdera de ouvido. Em mais de trinta anos. E, quando a escutei outra vez, ao fim de todos estes anos, na melodia inicial tudo se confirmou. Estava na mesma. A conjugação das imagens com os sons abriu muitas gavetinhas escuras no interior da cabeça.
A memória é uma prodigiosa felicidade. Saudades? Claro que sim! Também dos desenhos animados do leste da Europa apresentados por Vasco Granja, da RTP como canal único de Televisão em Portugal (a preto e branco), do advento da Frequência Modulada e das emissões diferenciadas da Rádio Comercial FM Estéreo/Onda Média, da Rádio analógica. Da escola e das minhas turmas. Das intermináveis férias grandes de Verão. Da vida simples e feliz sem o saber.
O que eles dizem (61)
No meio do triste e enevoado Inverno, um outro e também pungente símbolo: o do cérebro. Quarto iluminado, fogo central. Temporariamente colocado por cada um de nós no meio das coisas.
Marguerite Yourcenar
In: «O Tempo Esse Grande Escultor»