segunda-feira, 13 de junho de 2011
LINHAS CRUZADAS #43
A Vida e a Arte do encontro na Música
Martin Rev & Alan Vega
SUICIDE
Formados em 1971 em Nova Iorque, os Suicide são o encontro improvável de artistas, oriundos de diversas artes.
O organista Martin Rev e o vocalista Alan Vega.
Em contra ciclo com o cenário Punk vigente na altura, em que as guitarras dominavam, os Suicide surgiram com sons electrónicos.
Martin Rev é um mago alquimista dos sons extraídos das teclas e dos sintetizadores.
A voz de Alan Vega é um misto de rocker proclamador contestatário, sob o fantasma de Elvis Presley.
Defensores de posições sócio-políticas extremas e portadores de uma mensagem alternativa, os Suicide tornaram-se num nome tudo menos consensual.
Palavras de provocação de Alan Vega dirigidas a certas camadas da sociedade norte-americana, especialmente jovens, causaram muita polémica durante os anos 70.
A controvérsia, totalmente exposta nas actuações ao vivo, valeram à dupla muito repúdio por parte das assistências, ao ponto de Alan Vega e Martin Rev serem corridos do palco.
Mas a influência da arte e obra dos Suicide é tremenda em muitas das correntes musicais situadas entre o rock industrial e a pop electrónica.
Nomes como Cabaret Voltaire, Yazoo, Soft Cell, Erasure e Bronski Beat confessaram que não existiriam se não existisse antes o duo Suicide. Na área do Rock, Bruce Springsteen é um fã incondicional de Vega e Rev, tendo mesmo interpretado por diversas ocasiões ao vivo, em fecho de concerto, o tema “Dream Baby Dream”.
Também Sonic Youth, Cars, Radiohead, Nick Cave e REM referem os Suicide como artistas de forte influência nas suas carreiras.
Escutemos dois momentos distintos da obra invulgar e paradoxal dos Suicide de Martin Rev e Alan Vega:
Primeiro o tema “Ghost Rider”, do álbum homónimo – e também de estreia – em 1977, e depois o celestial “Surrender”, do álbum «A Way of Life» em 1988.
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Linhas Cruzadas #43
Ouvir/download/podcast
Tempo total: 08:54”
Suicide – “Ghost Rider” (1977)
Suicide was always about life. But we couldn't call it Life. So we called it Suicide because we wanted to recognize life.
Alan Vega (1985)
Somebody said that Suicide had to be the ultimate punk band because even the punks hated us.
Alan Vega (2008)
Algumas imagens sobre os Suicide no documentário «Punk Attitude», contendo depoimentos do cineasta Jim Jarmusch, também de Martin Rev, Glenn Branca, Alex Chilton, entre outros:
Mais sobre os Suicide na «Rádio Crítica» (18 de Fevereiro 2008):
Os territórios indie e as suas fronteiras / Independência / Além VEGA
P.S: Inesquecível a actuação dos Suicide no Paradise Garage em Lisboa há cerca de dez anos!
Martin Rev & Alan Vega
SUICIDE
Formados em 1971 em Nova Iorque, os Suicide são o encontro improvável de artistas, oriundos de diversas artes.
O organista Martin Rev e o vocalista Alan Vega.
Em contra ciclo com o cenário Punk vigente na altura, em que as guitarras dominavam, os Suicide surgiram com sons electrónicos.
Martin Rev é um mago alquimista dos sons extraídos das teclas e dos sintetizadores.
A voz de Alan Vega é um misto de rocker proclamador contestatário, sob o fantasma de Elvis Presley.
Defensores de posições sócio-políticas extremas e portadores de uma mensagem alternativa, os Suicide tornaram-se num nome tudo menos consensual.
Palavras de provocação de Alan Vega dirigidas a certas camadas da sociedade norte-americana, especialmente jovens, causaram muita polémica durante os anos 70.
A controvérsia, totalmente exposta nas actuações ao vivo, valeram à dupla muito repúdio por parte das assistências, ao ponto de Alan Vega e Martin Rev serem corridos do palco.
Mas a influência da arte e obra dos Suicide é tremenda em muitas das correntes musicais situadas entre o rock industrial e a pop electrónica.
Nomes como Cabaret Voltaire, Yazoo, Soft Cell, Erasure e Bronski Beat confessaram que não existiriam se não existisse antes o duo Suicide. Na área do Rock, Bruce Springsteen é um fã incondicional de Vega e Rev, tendo mesmo interpretado por diversas ocasiões ao vivo, em fecho de concerto, o tema “Dream Baby Dream”.
Também Sonic Youth, Cars, Radiohead, Nick Cave e REM referem os Suicide como artistas de forte influência nas suas carreiras.
Escutemos dois momentos distintos da obra invulgar e paradoxal dos Suicide de Martin Rev e Alan Vega:
Primeiro o tema “Ghost Rider”, do álbum homónimo – e também de estreia – em 1977, e depois o celestial “Surrender”, do álbum «A Way of Life» em 1988.
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Linhas Cruzadas #43
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Tempo total: 08:54”
Suicide – “Ghost Rider” (1977)
Suicide was always about life. But we couldn't call it Life. So we called it Suicide because we wanted to recognize life.
Alan Vega (1985)
Somebody said that Suicide had to be the ultimate punk band because even the punks hated us.
Alan Vega (2008)
Algumas imagens sobre os Suicide no documentário «Punk Attitude», contendo depoimentos do cineasta Jim Jarmusch, também de Martin Rev, Glenn Branca, Alex Chilton, entre outros:
Mais sobre os Suicide na «Rádio Crítica» (18 de Fevereiro 2008):
Os territórios indie e as suas fronteiras / Independência / Além VEGA
P.S: Inesquecível a actuação dos Suicide no Paradise Garage em Lisboa há cerca de dez anos!