sábado, 29 de outubro de 2016
Hoje em COIMBRA
quinta-feira, 27 de outubro de 2016
Jaime Fernandes
1947-2016
Fui um homem de sorte na profissão e tive momentos extraordinários.
Gostei muito de ser administrador da RDP onde tive a oportunidade de, com um grupo de pessoas, mudarmos um pouco a filosofia da RDP e de abrir projectos como a Antena 3.
Fui um homem de sorte na profissão e tive momentos extraordinários.
Gostei muito de ser administrador da RDP onde tive a oportunidade de, com um grupo de pessoas, mudarmos um pouco a filosofia da RDP e de abrir projectos como a Antena 3.
Figura grande da Rádio portuguesa, nome aliado a momentos
estruturantes, Jaime Fernandes iniciou a carreira no teatro radiofónico na
antiga Emissora Nacional. Trabalhou no famoso programa «A Noite é Nossa», de Ruy Castelar no RCP. Fez também parte da inovadora equipa de informação do
RCP-Rádio Clube Português, liderada por Luís Filipe Costa.
Radialista e
jornalista, foi um dos fundadores da Rádio Comercial (1979), Renascença FM/RFM
(1984/85) e Antena3 (1994). Ocupou diversos cargos de direcção e administração na
Rádio privada e na Rádio e Televisão públicas, onde era o actual Provedor do
Telespectador e apresentador do programa «A Voz do Cidadão» na RTP.
Dele guardo
na memória de ouvinte os programas «Música Country» e «Dois Pontos», na Rádio Comercial dos anos
80 e, ainda na mesma década, como telespectador, o programa «Viva Música» com Jorge Pêgo na RTP1.
Jaime
Fernandes era também uma das vozes mais conhecidas da Publicidade. Tinha 69
anos.
quarta-feira, 26 de outubro de 2016
Bons tempos, grandes canções
Sem que houvesse grande notícia ou alarido, a Rádio Nostalgia cessou emissões no início deste mês.
Criada em 1993, no âmbito da então recentemente privatizada Rádio Comercial, a Rádio Nostalgia teve uma primeira fase em
que não havia apresentadores. Era apenas uma máquina que debitava música. Como
o próprio nome indica, música de décadas passadas, especialmente Pop da década de
60.
Depois disso, começou a ter profissionais que animavam os
painéis de emissão. Estiveram lá nomes conhecidos da Rádio portuguesa, como por
exemplo Jorge Moreira, Nuno Infante do Carmo, Aurélio Gomes ou António Macedo.
Pertença da
Media Capital Rádios, e a ocupar a rede de emissores Regional Sul, foi
encerrada para dar lugar à M80 do mesmo grupo (M80 que já existia, mas em
frequência local).
Segue-se um hiato de poucos anos, até que ressurge pela mão do empresário Luís Montez, que a relança no dia 10 de Novembro de 2011 com duas frequências
locais. Uma em Lisboa, outra no Porto.
Em seu lugar, encontra-se actualmente (na frequência de
Lisboa 90.4) outra máquina a debitar música Pop, que não o reportório da cessante
Nostalgia, mas mantendo animadores e noticiaristas.
segunda-feira, 24 de outubro de 2016
DAB ou não DAB
Pensar é difícil. É por isso que a maioria das pessoas prefere julgar.
Carl Jung
A iniciativa do Governo norueguês em abandonar a radiodifusão,
transmitida em FM (Frequência Modulada), substituindo-a, já em 2017, pelo
sistema digital DAB (Digital AudioBroadcasting) está a fazer levantar uma falsa
questão sobre qual o futuro da transmissão de Rádio.
A transição do FM para o DAB não é uma ameaça imediata para a
Rádio em Portugal. Duvida-se, até, que venha a ser uma verdadeira ameaça.
Algum dia a recepção de radiodifusão em Portugal será muito
diferente da ainda existente, mas não através de uma mudança brusca. Até porque
Portugal, como país de segundo mundo que é, está longe de possuir capacidade
para um choque tecnológico dessa envergadura. Implicaria a total
substituição de milhões de aparelhos domésticos nas casas dos portugueses,
automóveis, etc. Sendo que, seja como for a transição, haverá sempre ouvintes
que vão ficar pelo caminho.
É, talvez, conveniente lembrar que o sistema DAB já existiu em
Portugal e não pegou. Em 1998, quando foi introduzido, falava-se que iria ser
uma ampliação formidável para as maiores rádios nacionais, com a multiplicação
de canais temáticos de cada estação. Ora, nada disso aconteceu. Muito pelo
contrário. Assiste-se a um permanente afunilamento da oferta, via transmissão
tradicional (excepto na Internet), em Mega-Hertz, com sistema de antenas
emissoras, e o DAB foi abandonado pela rádio pública nacional em 2011.
A acreditar num rápido retrocesso de tudo isto,
só com muito boa vontade… Países onde existe tecnologia DAB (até ao ano 2007):
sexta-feira, 21 de outubro de 2016
A par com o mundo
A Rádio Renascença foi a última das rádios nacionais a iniciar uma renovada grelha de programação nesta nova temporada.
Também é a
única das estações nacionais a fazer auto-promoção pública. Nas ruas das
grandes cidades encontram-se cartazes, fazendo alusão às novas manhãs do mais
antigo dos canais da emissora católica. Todavia, não há cartazes publicitários
da RR sobre os outros novos espaços de programação. A aposta divulgadora está
toda nas manhãs, de segunda a sexta-feira, das 06:30 às 10:00.
Nos últimos
anos tem havido maior instabilidade na procura de um formato matinal que
resulte. Não só na Renascença, onde o recorde de permanência e longevidade nos
últimos 35 anos pertence – e continuará a pertencer – ao programa «Despertar»
de António Sala e Olga Cardoso.
O recurso à
imagem é uma das vertentes mais notórias da Renascença via Internet, com a
divulgação de vídeos do interior do estúdio de emissão e múltiplas fotografias
das vozes que fazem a estação. Tudo o que não devia ser feito. Ao ver as
imagens de quem e como se faz a Rádio é quebrar o mistério e a magia que havia
antes de as conhecermos visualmente.
Poder-se-á
dizer que não mostrar o interior da Rádio e os rostos de quem lá trabalha é conceito
ultrapassado, num tempo em que a imagem se sobrepõe a tudo. Mas há valores
fundamentais a preservar na Rádio, nem que seja com muito conservadorismo.
Agora,
sempre que se escutar as manhãs da Renascença, os ouvintes (que têm acesso à net) lembrar-se-ão das
imagens que viram, de como se realiza aquele espaço de Rádio, sem que haja lugar para a imaginação, por mais pequena que seja, do ouvinte.
Isto é
"rádio com imagens"
Ver aqui
quinta-feira, 13 de outubro de 2016
Os tempos são de mudança
The Times They Are a Changin'
Bob Dylan já ganhou os prémios Grammy Hall of Fame e um Oscar como melhor canção de uma banda sonora de um filme. Longe de colocar em causa a qualidade da escrita das canções de Dylan, são estes os prémios existentes adequados a compositores musicais.
Poderá algum escritor, poeta ou romancista, ganhar Oscars musicais, Grammys ou um Brit Awards? Claro que não! Daí o absurdo de um escritor de canções ser laureado com o prémio Nobel da Literatura.
Segundo o mesmo critério, o mesmíssimo prémio terá que ir parar às mãos do canadiano Leonard Cohen (este sim, com obra literária interessante publicada) ou entregue a Bruce Springsteen, o maior escritor de canções retratistas da América contemporânea dos últimos 40 anos.
Dylan goza de presença assídua nas ondas de radiodifusão em Portugal. À parte de algum atabalhoamento na referência a datas e nomes, hoje a Rádio esteve bem na abordagem à notícia.
terça-feira, 11 de outubro de 2016
Santos da Casa
Esta semana no mais antigo programa de Rádio pela música portuguesa
Entrevistas:
3ª feira às 19h00 - BICHO DO MATO
3ª feira às 19h30 - OCTA PUSH
4ª feira às 19h00 - YOU CAN'T WIN, CHARLIE BROWN
4ª feira às 19h30 - VIVIANE
5ª feira às 19h00 - DINO D'SANTIAGO
RUC-Rádio Universidade de Coimbra 107.9 | emissao.ruc.fm