quinta-feira, 10 de novembro de 2016
Livros com Rádio lá dentro
No que toca à Radiodifusão, fala sobretudo do surgimento do fenómeno das chamadas Rádios Pirata, que explodiram à margem da Lei, no espectro nacional nos anos 80. Do silenciamento no dia 24 de Dezembro de 1988 [por decreto governamental] até à legalização – não de todas – em Março de 1989.
Rádios que eram bons projectos quando apareceram na
grande Lisboa, como por exemplo a RUT-Rádio Universidade Tejo, Rádio Minuto,
Telefonia de Lisboa, Rádio Cidade, RGT-Rádio Geste, CMR-Correio da Manhã Rádio
e TSF-Rádio Jornal.
Dos exemplos referidos, quase todos desapareceram.
Permanece a TSF, mantendo a sua filosofia informativa, apenas mudando a cognominação
para TSF-Rádio Notícias. A Rádio Cidade mudou de cara (várias vezes), de perfil
e de nome para Cidade FM, mas nada tem a ver com o entusiasmante projecto
luso-brasileiro inicial de há trinta anos.
O livro LX 80 destaca também António Sérgio, a grande referência na Rádio portuguesa nos anos 80 e a maior figura da Rádio em Portugal nas últimas quatro décadas.
O livro LX 80 destaca também António Sérgio, a grande referência na Rádio portuguesa nos anos 80 e a maior figura da Rádio em Portugal nas últimas quatro décadas.
De Joana Stichini Vilela e Pedro Fernandes, autores
dos anteriores LX 60 e LX 70.
Depois de vários adiamentos (era para ter sido em
Dezembro do ano passado e depois na Feira do Livro de Lisboa deste ano), foi apresentada
esta semana a autobiografia de Júlio Isidro. Um homem da Televisão, mas que
também foi – e muito! (poderia continuar a ser) – da Rádio.
A autobiografia, com prefácio de Baptista-Bastos,
foi apresentada dia 9 em Lisboa [FNAC-Colombo, Benfica], por Nuno Markl e será
apresentada por Álvaro Costa no Porto, dia 19 [FNAC-Norte Shopping, Sra. da Hora].
Dia 15 há festa no Teatro da Trindade, em Lisboa, com entrada livre.
Júlio Isidro trabalhou no RCP-Rádio Clube Português,
RDP-Rádio Comercial, Central FM e Antena1. Foi autor de programas que ficaram
na história: «Grafonola Ideal» e «Febre de Sábado de Manhã».
A Rádio é tema recorrente nas centenas de páginas
deste livro. Maravilhosamente.
A Rádio em Angola, no tempo da colonização, estava muito mais avançada que a Rádio que se exercia na então
chamada Metrópole.
Várias razões e condições existiram para que tal
acontecesse como, por exemplo, uma maior liberdade mental e social, colorida
por um clima subtropical, inspirador de uma mentalidade menos formal, longe do cinzentismo
do regime ditatorial que se praticava a partir de Lisboa.
Muito haveria para dizer sobre a modernidade radiofónica
de Luanda nos últimos quinze anos de presença portuguesa, mas o melhor é
descobrir essas pistas na leitura do livro que, diga-se em rigor, não é sobre
Rádio.
Autoria de Rita Garcia.