sábado, 31 de março de 2012
Manuel João Vieira
De todas as vezes que o vi aparecer publicamente, nunca o tinha ouvido falar a sério.
Manuel João Vieira, artista multifacetado nas áreas humorística e musical, foi o convidado desta semana no espaço «A Playlist de…» na TSF.
Das escolhas musicais do irónico e sarcástico ex-pré-candidato à Presidência da República portuguesa sobram raridades de alto gabarito, que não se ouvem em parte nenhuma, muito menos na Rádio.
Para quem não pôde ouvir à hora do almoço na Rádio Notícias entre as 13:00 e as 14:00 desta semana, terá uma última oportunidade na próxima noite de Domingo para Segunda-feira, depois da meia-noite.
Georges Brassens e Boris Vian fizeram parte da lista musical da preferência de Manuel João Vieira. Um dos melhores convidados de sempre deste espaço na TSF.
Surpreendente e muito pela positiva.
Boris Vian – “Je Bois” (1956):
sexta-feira, 30 de março de 2012
Hoje em Lisboa
Teatro Turim (antigo Cinema Turim)
Estrada de Benfica, 723 A 1500-088 Lisboa
http://www.teatroturim.com
segunda-feira, 26 de março de 2012
Os Dias da Rádio (II)
O regresso aos dias da rádio através da recuperação do espólio sonoro pessoal, resgatado ao passado de quase duas décadas.
Da extinta RSS, eis a segunda de quatro crónicas «Os Dias da Rádio» – histórias de velhas canções.
Ben E. King é o protagonista da crónica agora publicada pela primeira vez na Internet, com o clássico “Stand By Me”, que mais tarde viria a ser versado por Jonh Lennon.
DOWNLOAD
O indicativo é o som da mistura de um famoso radialista norte-americano com o tema "That Will be the Day" de Buddy Holly.
A voz no indicativo é do actor e encenador Rui Quintas, na altura a voz de estação da RSS.
Os Dias da Rádio (II)
Tempo total: 04:34
quinta-feira, 22 de março de 2012
A LUGAR COMUM apresenta:
EM COLABORAÇÃO COM O CAV – CENTRO DE ARTES VISUAIS
GRUFF RHYS (UK)
Quinta-feira, 29 Março de 2012 (22:00)
CAV – Centro de Artes Visuais COIMBRA
Foi Jarvis Cocker (Pulp) que alertou a imprensa britânica para Hometown Unicorn, o primeiro single de uma banda proveniente de Cardiff, de seu nome Super Furry Animals. Corria o ano de 1996, e as primeiras composições assinadas pelo seu líder, Gruff Rhys, denunciavam já uma esperança de vida superior à da intitulada britpop. À multitude de referências e voracidade experimental de álbuns como Guerrilla ou Mwng seguiu-se o reconhecimento público, ao longo da última década, com Rings Around The World, Phantom Power ou Love Kraft, os quais consagraram os SFA como headliners em Glastonbury.
Em 2005, Gruff Rhys editou em nome próprio Yr Atal Genhedlaeth, um conjunto de composições interpretadas em galês, que reafirmavam a sua identificação com o legado cultural da região onde cresceu. Porém, o que não passava de uma primeira aventura a solo, tornou-se rapidamente num objecto de culto, tendo a imprensa aclamado a sua esquizofrenia pop, pontuada de elementos electrónicos. Seguiu-se o convite da editora Rough Trade para gravar um segundo trabalho, intitulado Candylion, o qual veio a sedimentar de forma decisiva o percurso autónomo de Gruff Rhys.
Ao longo dos últimos anos, o autor galês envolveu-se ainda num assinalável número de colaborações, das quais se destacam o projecto Neon Neon (na companhia de Boom Bip), o seu trabalho com Danger Mouse e Sparklehorse (Dark Night of the Soul), a edição de um álbum com o músico brasileiro Tony da Gatorra e, finalmente, a participação no colectivo Gorillaz, de Damon Albarn.
Tendo editado, em 2011, Hotel Shampoo, o terceiro capítulo do seu percurso e vencedor do Welsh Music Prize em 2011, Gruff Rhys assinará no próxima dia 29 de Março uma primeira e exclusiva actuação no nosso país, concerto que possibilitará o encontro com um dos mais relevantes nomes da música britânica ao longo das duas últimas décadas.
Gruff Rhys – "Shark Ridden Waters" (2011):
(...) whimsically rewarding, mildly schizophrenic psych-pop.
Spin
If Gruff Rhys wasn't the leader of Britain's premier freak-out pop collective, Super Furry Animals, or if he was an occasional exotic US visitor, his solo sounds would inspire cult reverence.
The Independent
Melancholic pop at its finest.
Drowned In Sound
The biggest array of talent since Woodstock, but in one person.
The Guardian
Gruff Rhys – "Honey All Over" (2011):
Entrada geral: € 9,00
Associados Lugar Comum /Amigos do CAV: € 7,00
A reserva das entradas poderá ser efectuada através do endereço geral@lugarcomum.pt (com indicação do número de entradas pretendido, nome, BI e contacto); as reservas podem ser feitas até 28 de Março, devendo ser levantadas no local do espectáculo entre as 21h00m e as 22h00m do dia do concerto, sob pena de perderem efeito.
Gruff Rhys – "Candylion" (2007):
LUGAR COMUM - Associação de Promoção e Divulgação Cultural
CAV- Centro de Artes Visuais / Encontros de Fotografia
quarta-feira, 21 de março de 2012
José La Féria
Faleceu José La Féria, aos 59 anos.
Locutor do Grupo r/com – renascença comunicação multimédia, foi vítima de doença súbita esta manhã.
O animador da Rádio Sim comemorou há pouco tempo 40 anos de carreira.
A primeira vez que ouvi José La Féria foi no programa «O Vapor» que realizava no antigo FM-Estéreo da Rádio Comercial, ainda na primeira metade dos anos 80, nos anos rubros da Rádio de Autor, na doce mania de rádio.
«O Vapor» ia para o ar de segunda a sexta-feira, entre as 15:00 e as 16:00, logo depois da «Discoteca» de Adelino Gonçalves» e antes do «Rock em Stock» de Luís Filipe Barros.
Conheci-o pessoalmente ainda na Rádio Comercial já nos inícios da década de 90, após a privatização da estação.
José La Féria encontrava-se, nessa altura, a trabalhar na programação em Onda Média.
Até hoje, fazia as manhãs na Rádio Sim (grupo Rádio Renascença), entre as 10:00 e as 13:00.
terça-feira, 20 de março de 2012
Hoje em LISBOA
No dia em que chega a Primavera, a Orquestra Sinfónica Portuguesa vai tocar ao vivo, no Marquês de Pombal, a Sagração da Primavera, de Stravinsky.
Dia 20 de Março, pelas 13h00 no Marquês de Pombal esperamos por si. A entrada é gratuita.
TSF-Rádio Notícias
segunda-feira, 19 de março de 2012
Os Dias da Rádio (I)
Outros registos do arquivo histórico pessoal da Rádio, recuperados do espólio da extinta RSS.
A primeira de quatro das muitas crónicas «Os Dias da Rádio», transmitidas de Outubro de 1993 a Junho de 1994.
Crónica diária, de segunda a sexta-feira, sobre clássicos da música popular do Século XX.
O resgate a um passado com perto de duas décadas, graças à digitalização de velhas fitas de cassete.
A primeira das quatro amostras, agora pela primeira vez digitalizadas, é sobre Louis Armstrong.
DOWNLOAD
O indicativo é o som da mistura de um famoso radialista norte-americano com o tema "That Will be the Day" de Buddy Holly. Sonoplastia de Jorge Ferreira.
A voz no indicativo é do actor e encenador Rui Quintas, na altura a voz de estação da RSS.
Os Dias da Rádio (I)
Tempo total: 04:06
sábado, 17 de março de 2012
Jukebox Global
Mergulho no arquivo do homem que gravou música para explicar o mundo
É uma viagem a outro mundo. Os blues de Howlin' Wolf ou Son House. A luxúria rítmica das Caraíbas. Os melismas marroquinos e o sol que emana dos cantores italianos. A História está perante nós: programas de rádio, entrevistas de rua, fotos de cantores, bailarinos e suas comunidades. Alan Lomax é uma figura fundamental para o estudo da música do mundo e, dez anos depois da sua morte, em 2002, aos 87 anos, os seus arquivos estão agora online.
Artigo de Mário Lopes no «Público» (10 de Março 2012).
Leitura integral aqui
Site aqui: http://culturalequity.org
sexta-feira, 16 de março de 2012
O Jazz quando nasce não é para todos (II)
O JAZZ na Rádio
«Cinco Minutos de Jazz» e «A Menina Dança?» continuam na Antena1 através do seu autor de sempre: José Duarte.
É o mais antigo divulgador de Jazz no activo na rádio portuguesa.
Começou em 1966 na Rádio Renascença. Os mais famosos «Cinco minutos de Jazz» da história da radiodifusão nacional ainda conheceram anos de vida na então RDP-Rádio Comercial, até fixar-se desde há cerca de vinte anos na Antena1 e Antena2.
Ainda na rádio pública, mais concretamente na Antena2, José Duarte assinou diariamente de segunda a sexta-feira (20:00/21:00) o programa «Jazz Com Brancas», desde 2006 a 2011.
De então para cá, no mesmo espaço, apareceu o programa «Jazz a 2» de João Almeida e Alexandra Corvela. Muito recentemente a dupla foi parcialmente alterada e, em vez do director adjunto da Antena2, está o regressado José Navarro de Andrade.
José Navarro de Andrade já anteriormente tinha realizado o programa «Aqui Jazz», também na Antena2.
Actualmente o Jazz – e alguns dos seus imensos derivados soft (mais estes que o Jazz “clássico”) – constituem a paisagem sonora dominante nas estações Rádio Marginal (do grupo Lusocanal) e Smooth (do grupo Média Capital).
Ainda assim, não obstante todo o historial mantido no panorama radiofónico nacional ao longo das últimas quatro décadas, o Jazz continua a ser um género musical remetido à condição de minoritário.
Salvaguardando as excepções anteriormente apontadas (as extintas e as existentes), o Jazz na Rádio portuguesa continua e continuará a ser mal tratado por quem o deveria tratar bem.
Segunda de duas partes do texto publicado aqui na «Rádio Crítica» no passado dia 4 de Março.
Thelonious Monk – “Round About Midnight”
quinta-feira, 15 de março de 2012
O Jazz quando nasce não é para todos (I)
O JAZZ na Rádio
O primeiro programa de Jazz que ouvi na Rádio foi a crónica diária «Cinco minutos de Jazz» de José Duarte na Rádio Comercial, integrado no alinhamento do magazine diário «24ª Hora», de João Martins e apresentado – entre outros – por Pedro Castelo.
«Cinco minutos de Jazz» era o último condimento antes do noticiário da meia-noite. E que bem que ali ficava! Simples, claro e directo. Uma delícia.
O decorrer dos anos e as constantes alterações de horário – crime capital para quem defende a fidelidade – fez com que várias vezes o tivesse que procurar, com as dificuldades naturalmente acrescidas de tempos anteriores à Internet e outras facilidades, hoje em dia consideradas banais.
Mas o Jazz na Rádio em Portugal não se ficou por aí.
No decorrer dos mesmos anos, desde a entrada em contacto com os «Cinco minutos de Jazz» até à actualidade, muitos outros e bons espaços tiveram lugar nos éteres ao longo das últimas décadas.
São os casos dos seguintes programas:
«Até Jazz» de José Navarro de Andrade e Raúl Vaz Bernardo.
Durou todo o tempo de vida do CMR-Correio da Manhã Rádio (1987-1993) e ainda teve uma segunda vida nos primeiros tempos da Rádio Comercial após a sua privatização, mas aí durou pouco.
«Deserto Azul» de Miguel Cruz, também no CMR-Correio da Manhã Rádio. Divulgação de correntes contemporâneas – e seus derivados – do Jazz instrumental. Programa de fim-de-semana.
Ainda no Correio da Manhã Rádio e igualmente ao fim-de-semana existiram dois programas (cujos autores não me recordo) que abordavam o Jazz, especialmente o Jazz cantado:
«Savoy» e «Sábado à Noite em Paris».
«Quem tem medo de Charlie Parker?», «TSF-Blues» e «Jazz Avenue» foram programas assinados por António Curvelo na TSF. O maior divulgador de Jazz & Blues que a Rádio Jornal teve ao longo da sua história de mais de 20 anos.
«O Jazz é Como as Bananas» de Rui Neves, na TSF, com colaboração de Raúl Vaz Bernardo. Foi um exemplo de qualidade, mas não de longevidade. Esteve no ar nos anos de 1997 e 1998. Acontecia nas noites de Sábado para Domingo, no horário 01:00/03:00.
«Um toque de Jazz» na Antena2, de Manuel Jorge Veloso. Sábados e Domingos às 23:00.
Terminou no dia 27 de Fevereiro do ano passado, ao fim de 1.042 edições.
Primeira de duas partes de texto publicado aqui na «Rádio Crítica» no passado dia 4 de Março.
Dave Brubeck – "Take Five" (ao vivo na Alemanha em 1966):
quarta-feira, 14 de março de 2012
Hoje na RADAR
O programa «Álbum de Família» desta semana dedica-se ao álbum «Nebraska» de Bruce Springsteen (sem a E-Street Band), editado há quase trinta anos.
A menos de três meses do regresso do seu autor a Portugal para um concerto único – aí sim (e pela primeira vez entre nós) com a E-Street Band [embora desfalcada após a morte de dois dos seus fundadores] – o programa da responsabilidade de Tiago Castro transmite na íntegra o sexto trabalho de originais de Springsteen. «Nebraska» foi editado no dia 20 de Setembro de 1982, a escassos três dias de Bruce completar 33 anos de idade.
«Álbum de Família» é o único programa de Rádio a passar uma obra discográfica por semana de forma integral e respeitando o alinhamento original, intervalando sempre com informações sobre a história (e o autor) da obra em questão.
No caso desta semana, oportunidade para escutar-se clássicos do Boss neste disco semi-acústico/meio artesanal, de que são exemplos maiores os temas “Mansion on the Hill”, “Reason to Believe”, “Johnny 99”, “Used Cars” ou o incontornável “Atlantic City”.
Bruce Springsteen – “Atlantic City” (1982):
terça-feira, 13 de março de 2012
RÁDIO 2012
Avizinham-se dois rudes golpes para a Rádio em Portugal
A homogeneização da divulgação musical totalmente em português na Antena3 e a privatização de um dos canais públicos de Televisão
Em tempos de crise financeira profunda, com um mercado exíguo e em franca recessão, é receita certeira para fazer falir alguns dos actuais operadores, para já não falar na Imprensa escrita que, com o cenário proposto, acabará por sucumbir sem dó nem piedade.
Desprovida de necessidade aparente, a tutela da RTP-Rádio e Televisão de Portugal prepara-se para afundar sectores da Comunicação Social já em inegável declínio de tesouraria, com actuais, crescentes e sérios problemas de sobrevivência.
Pode existir uma ligação entre as duas coisas.
Se para além de alienar um canal público de TV estiver associada a mesma intenção sobre um canal público de Rádio, maneira mais cavalheiresca de o fazer ainda ninguém tinha inventado.
A Antena3, sendo uma estação de carácter eminentemente musical, dirigida a públicos mais jovens – apesar de isso ser muito discutível [muitas vezes assume as vestes de autêntico canal adulto/contemporâneo alternativo da Antena1] – tornar-se-á rapidamente pouco ou nada atraente e até dispensável, justificando depois, pela força dos números, a sua privatização.
A ser verdade e a concretizar-se a alteração de tipologia da Antena3 para uma estação exclusivamente de música portuguesa, está aberto o caminho para a sua desvalorização.
A homogeneização da divulgação musical totalmente em português na Antena3 e a privatização de um dos canais públicos de Televisão
Em tempos de crise financeira profunda, com um mercado exíguo e em franca recessão, é receita certeira para fazer falir alguns dos actuais operadores, para já não falar na Imprensa escrita que, com o cenário proposto, acabará por sucumbir sem dó nem piedade.
Desprovida de necessidade aparente, a tutela da RTP-Rádio e Televisão de Portugal prepara-se para afundar sectores da Comunicação Social já em inegável declínio de tesouraria, com actuais, crescentes e sérios problemas de sobrevivência.
Pode existir uma ligação entre as duas coisas.
Se para além de alienar um canal público de TV estiver associada a mesma intenção sobre um canal público de Rádio, maneira mais cavalheiresca de o fazer ainda ninguém tinha inventado.
A Antena3, sendo uma estação de carácter eminentemente musical, dirigida a públicos mais jovens – apesar de isso ser muito discutível [muitas vezes assume as vestes de autêntico canal adulto/contemporâneo alternativo da Antena1] – tornar-se-á rapidamente pouco ou nada atraente e até dispensável, justificando depois, pela força dos números, a sua privatização.
A ser verdade e a concretizar-se a alteração de tipologia da Antena3 para uma estação exclusivamente de música portuguesa, está aberto o caminho para a sua desvalorização.
segunda-feira, 12 de março de 2012
José Braga
Morreu esta segunda-feira José Braga, radialista de longa data ligado à RUC-Rádio Universidade de Coimbra.
Há anos tentou bater o recorde de horas de emissão em directo, algo que pouca gente tem tentado fazer e que até agora ninguém conseguiu, muito menos um radialista português.
A iniciativa de José Braga foi, a nível nacional, um feito!
A emissão de hoje do programa «Em Transe» na RADAR, da dupla de realizadores Ricardo Mariano e Ricardo Carvalho, foi dedicada a José Braga.
O Zé morreu hoje. Foi um homem raro que amava a música de forma avassaladora. Por ela e com ela dedicou-se à rádio num jeito genuinamente diletante. Chegámos a fazer emissões juntos e não imaginam o prazer que me deu essa cumplicidade. Por tudo foi especial. Estou muito triste.
Obrigado e um abraço, Zé Braga.
Ricardo Mariano
Realizador do programa «Vidro Azul» e co-realizador do programa «Em Transe»
Agora partiu o Zé Braga. Não sabia que estava doente e o choque foi imenso. Ele foi um dos grandes vultos da cidade de Coimbra, mas como insistiu em passar ao lado do estabelecido (foi docente na Faculdade de Letras, mas era conhecido como o homem da RUC), parecia ser apenas um Peter Pan com grande cultura musical.
Devo-lhe muito. No final dos anos 80, quando a Íntima Fracção ainda estava na Antena 1, cruzámo-nos nem sei como, mas o que ele me revelou na sua casa fez uma boa parte do ambiente da IF.
A última vez que o vi, falando com aquele entusiasmo transbordante tão único, foi no lançamento do seu livro.
Agora podia fazer uma lista de temas que me vieram parar às mãos através do Zé Braga. Seria uma bela e grande lista.
O Zé Braga ainda colaborou comigo durante uns meses na TSF.
Não me interessa nada que não tenha ficado no Guiness, porque ele ficou para sempre no meu coração.
Obrigado AMIGO.
Francisco Amaral
Realizador da «Íntima Fracção»
Morreu hoje um grande mestre da música e da arte. Um dos maiores de sempre da RUC. Estamos todos mais pobres. Ele que orientou o meu trabalho final de curso. Ele que me brindou na companhia do Paulo Sebastião num mítico programa de homenagem ao António Sérgio. Agora a nossa homenagem vai para ti Zé. A RUC continuará sempre a ser a tua casa. Descansa em paz e continua a ouvir boa música.
Nuno Ávila
Realizador RUC
domingo, 11 de março de 2012
Sociedade ao lado
Teve lugar no passado dia 23 de Fevereiro a Gala da Sociedade Portuguesa de Autores.
Em terceira edição, na categoria Rádio estava nomeado o programa «No Fim da Rua» [TSF] de Nuno Amaral. Um espaço aqui descrito na «Rádio Crítica» (31 de Dezembro 2011) como um dos melhores da Rádio no ano que passou. «No Fim da Rua» foi em 2011 um espaço semanal que teve a capacidade única de ir mesmo ao fim da rua, ao Portugal profundo – onde quase nenhuma rádio local vai – dando voz viva a quem lá vive.
Na altura escreveu-se aqui que dificilmente algum daqueles melhores programas de Rádio do ano transacto seriam nomeados ou até venceriam o galardão (o palpite foi quase ao lado, mas no fim…).
Nomeados estavam também o programa «A Cena do Ódio» de David Ferreira com Catarina Limão [Antena1] e o espaço de crónicas diárias «Caderneta de Cromos» [Rádio Comercial] de Nuno Markl.
Como era mais do que previsível, foi o humorista das manhãs da principal estação da Média Capital Rádios a arrecadar o galardão.
Sem qualquer desprimor para o seu talentoso autor, mas é caso para dizer que no fim é sempre a paródia a vencer.
sábado, 10 de março de 2012
Hoje na RADAR
Destaque do programa de Nuno Galopim para a recente edição da dupla compilação de David Sylvian, «A Victim of Stars» (1982-2012).
O ex-Japan também será revisitado em outras etapas da sua longa carreira, quer seja a solo, quer seja com parecerias ou ainda no seio do grupo que o deu a conhecer ao mundo.
«Discos Voadores» na RADAR
Sábados das 18:00 às 20:00
Domingos das 22:00 às 00:00
O alinhamento da dupla compilação «A Victim of Stars 1982-2012»:
Disco I
Ghosts (Remix)
Bamboo Houses
Bamboo Music
Forbidden Colours
Red Guitar
The Ink In The Well
Pulling Punches
Taking The Veil
Silver Moon
Let The Happiness In
Orpheus
Waterfront
Pop Song
Blackwater
Every Colour You Are
Heartbeat (Tainai Kaiki II)
Disco II
Jean The Birdman
Alphabet Angel
I Surrender
Darkest Dreaming
A Fire In The Forest
The Only Daughter
Late Night Shopping
Wonderful World
The Banality Of Evil
Darkest Birds
Snow White in Appalachia
Small Metal Gods
I Should Not Dare
Manafon
Where's Your Gravity?
"Where's Your Gravity?" é o único tema inédito da colectânea de temas de David Sylvian agora disponibilizada no mercado discográfico.
David Sylvian – “Where's Your Gravity?” (2012):
Baby's putting on her make-up
Her mouth is swollen as arose
Countdown, she wraps her legs around him
Weightless, she's taking off her clothes
Candy, colours in her pocket
Bright children hiding in their rooms
Soft toys spread across her pillows
Self-annihilation couldn't come too soon
Where's your gravity?
Where's your mind?
Share your thoughts with me
Waste my time
Slow down, nothing's gonna save you
Ice-cream dripping from your spoon
Oh, but come now, you're always telling stories
Bare-foot, walking on the moon
Wake up, and someone's bound to tell you
Your pretty face is gone to hell
So find them, something you can trade with
Hand-make something you can sell
Where's your gravity?
Where's your mind?
Share your thoughts with me
Waste my time
Where's your gravity?
Where's your mind?
Share your thoughts with me
Waste my time
sexta-feira, 9 de março de 2012
Radarzine
O melhor jornal radiofónico sobre notícias de Música
Realizado por um colectivo de profissionais da casa e apresentado por Rui Maria Pego (animador da SW-TMN - Rádio Sudoeste).
«Radarzine» debruça-se sobre as novidades discográficas dos circuitos alternativos nacionais e internacionais, incluindo conversas com músicos, interpretes, autores e compositores de várias correntes, situados à margem dos grandes mercados comerciais.
Tops à parte, «Radarzine» representa uma faceta muito importante da indústria discográfica que não veria a merecida luz do dia sem este espaço de Rádio.
Radarzine
RADAR
Sábados às 13:00
Domingos às 20:00
O resumo informativo da semana e a antevisão da semana seguinte, com destaque alongado aos protagonistas dos concertos e dos discos que interessam.
http://www.radarlisboa.fm
quinta-feira, 8 de março de 2012
Novo programa na RADAR
quarta-feira, 7 de março de 2012
Bit 200
Completam-se agora duzentas edições do podcast (que também passa na Rádio Zero) «Bitsounds», da autoria de Firmino Pereira.
A aventura pessoal em formato podcast iniciou-se há mais de cinco anos e tem uma periodicidade quinzenal, depois de vários anos a um ritmo semanal.
É um dos podcasts nacionais com maior regularidade ao longo dos últimos mais de cinco anos.
Firmino Pereira é também um dos sete elementos que compõem o colectivo «Irmandade do Éter» e co-autor das edições (já com três editadas) em podcast sob o nome do mesmo colectivo.
http://bitsounds.blogspot.com
terça-feira, 6 de março de 2012
Zero x 6
Hoje, dia 6 de Março de 2012, a Rádio Zero celebra o seu 6.º aniversário com 24 horas
de programação em directo
Presente no edifício da Associação dos Estudantes do Instituto Superior
Técnico, em Lisboa, a Rádio Zero é uma rádio online sem fins lucrativos,
assente no formato de autor, com um conteúdo radiofónico comunitário.
Fomenta o experimentalismo e o desenvolvimento de obras de arte realizadas
por autores que utilizam este meio de comunicação como um veículo de
liberdade e de expressão para várias actividades culturais em formato
sonoro.
Press release
A Rádio Zero (também abreviada como Zero) é uma rádio sem fins lucrativos e de cariz originalmente universitário. Assume como missão ser um meio de acesso à realização de rádio à comunidade em geral. A sua programação é essencialmente composta por programas de autor, que vão desde os convencionais programas musicais e informativos até aos mais experimentais e voltados para a rádio arte.
A Zero emite online 24 horas por dia e 7 dias por semana.
A Rádio Zero é membro fundador da Radia, rede internacional de rádios.
In: Wikipedia
segunda-feira, 5 de março de 2012
O discurso do DESAFIO
De novo o futuro como horizonte, de novo a linha infinita. O espaço completo à vista.
O perfeito desafio!
Com o futuro como horizonte, prossegue a «Irmandade do Éter», sob o signo da Liberdade, da Salvação e do Desafio.
O som, no lugar certo, demora.
Nós aqui, na «Irmandade do Éter», porque somos livres, desafiamos o Tempo.
DOWNLOAD
IdE #003 - Desafio
Tempo total: 01:05:02
Data de publicação: Sábado, 11 de Fevereiro de 2011
http://irmandadedoeter.blogspot.com
Quando olhamos para o Homem moderno, temos que encarar o facto de que o Homem moderno sofre de uma espécie de pobreza de espírito, que permanece em grande contraste com a abundância científica e tecnológica.
Aprendemos a voar no ar como os pássaros, aprendemos a nadar nos mares como os peixes, mas ainda não aprendemos a caminhar sobre a Terra como irmãos e irmãs.
When we look at modern man, we have to face the fact that modern man suffers from a kind of poverty of the spirit, which stands in glaring contrast with a scientific and technological abundance. We've learned to fly the air as birds, we've learned to swim the seas as fish, yet we haven't learned to walk the Earth as brothers and sisters.
Martin Luther King
In: terceira edição sonora da «Irmandade do Éter»: Desafio aqui
O perfeito desafio!
Com o futuro como horizonte, prossegue a «Irmandade do Éter», sob o signo da Liberdade, da Salvação e do Desafio.
O som, no lugar certo, demora.
Nós aqui, na «Irmandade do Éter», porque somos livres, desafiamos o Tempo.
DOWNLOAD
IdE #003 - Desafio
Tempo total: 01:05:02
Data de publicação: Sábado, 11 de Fevereiro de 2011
http://irmandadedoeter.blogspot.com
Quando olhamos para o Homem moderno, temos que encarar o facto de que o Homem moderno sofre de uma espécie de pobreza de espírito, que permanece em grande contraste com a abundância científica e tecnológica.
Aprendemos a voar no ar como os pássaros, aprendemos a nadar nos mares como os peixes, mas ainda não aprendemos a caminhar sobre a Terra como irmãos e irmãs.
When we look at modern man, we have to face the fact that modern man suffers from a kind of poverty of the spirit, which stands in glaring contrast with a scientific and technological abundance. We've learned to fly the air as birds, we've learned to swim the seas as fish, yet we haven't learned to walk the Earth as brothers and sisters.
Martin Luther King
In: terceira edição sonora da «Irmandade do Éter»: Desafio aqui
domingo, 4 de março de 2012
O JAZZ na Rádio
O Jazz quando nasce não é para todos
O primeiro programa de Jazz que ouvi na Rádio foi a crónica diária «Cinco minutos de Jazz» de José Duarte na Rádio Comercial, integrado no alinhamento do magazine diário «24ª Hora», de João Martins e apresentado – entre outros – por Pedro Castelo.
«Cinco minutos de Jazz» era o último condimento antes do noticiário da meia-noite. E que bem que ali ficava! Simples, claro e directo. Uma delícia.
O decorrer dos anos e as constantes alterações de horário – crime capital para quem defende a fidelidade – fez com que várias vezes o tivesse que procurar, com as dificuldades naturalmente acrescidas de tempos anteriores à Internet e outras facilidades, hoje em dia consideradas banais.
Mas o Jazz na Rádio em Portugal não se ficou por aí.
No decorrer dos mesmos anos, desde a entrada em contacto com os «Cinco minutos de Jazz» até à actualidade, muitos outros e bons espaços tiveram lugar nos éteres ao longo das últimas décadas.
São os casos dos seguintes programas:
«Até Jazz» de José Navarro de Andrade e Raúl Vaz Bernardo.
Durou todo o tempo de vida do CMR-Correio da Manhã Rádio (1987-1993) e ainda teve uma segunda vida nos primeiros tempos da Rádio Comercial após a sua privatização, mas aí durou pouco.
«Deserto Azul» de Miguel Cruz, também no CMR-Correio da Manhã Rádio. Divulgação de correntes contemporâneas – e seus derivados – do Jazz instrumental. Programa de fim-de-semana.
Ainda no Correio da Manhã Rádio e igualmente ao fim-de-semana existiram dois programas (cujos autores não me recordo) que abordavam o Jazz, especialmente o Jazz cantado:
«Savoy» e «Sábado à Noite em Paris».
«Quem tem medo de Charlie Parker?», «TSF-Blues» e «Jazz Avenue» foram programas assinados por António Curvelo na TSF. O maior divulgador de Jazz & Blues que a Rádio Jornal teve ao longo da sua história de mais de 20 anos.
«O Jazz é Como as Bananas» de Rui Neves, na TSF, com colaboração de Raúl Vaz Bernardo. Foi um exemplo de qualidade, mas não de longevidade. Esteve no ar nos anos de 1997 e 1998. Acontecia nas noites de Sábado para Domingo, no horário 01:00/03:00.
«Um toque de Jazz» na Antena2, de Manuel Jorge Veloso. Sábados e Domingos às 23:00.
Terminou no dia 27 de Fevereiro do ano passado, ao fim de 1.042 edições.
«Cinco Minutos de Jazz» e «A Menina Dança?» continuam na Antena1 através do seu autor de sempre: José Duarte.
É o mais antigo divulgador de Jazz no activo na rádio portuguesa.
Começou em 1966 na Rádio Renascença. Os mais famosos «Cinco minutos de Jazz» da história da radiodifusão nacional ainda conheceram anos de vida na então RDP-Rádio Comercial, até fixar-se desde há cerca de vinte anos na Antena1 e Antena2.
Ainda na rádio pública, mais concretamente na Antena2, José Duarte assinou diariamente de segunda a sexta-feira (20:00/21:00) o programa «Jazz Com Brancas», desde 2006 a 2011.
De então para cá, no mesmo espaço, apareceu o programa «Jazz a 2» de João Almeida e Alexandra Corvela. Muito recentemente a dupla foi parcialmente alterada e, em vez do director adjunto da Antena2, está o regressado José Navarro de Andrade.
José Navarro de Andrade já anteriormente tinha realizado o programa «Aqui Jazz», também na Antena2.
Actualmente o Jazz – e alguns dos seus imensos derivados soft (mais estes que o Jazz “clássico”) – constituem a paisagem sonora dominante nas estações Rádio Marginal (do grupo Lusocanal) e Smooth (do grupo Média Capital).
Ainda assim, não obstante todo o historial mantido no panorama radiofónico nacional ao longo das últimas quatro décadas, o Jazz continua a ser um género musical remetido à condição de minoritário.
Salvaguardando as excepções anteriormente apontadas (as extintas e as existentes), o Jazz na Rádio portuguesa continua e continuará a ser mal tratado por quem o deveria tratar bem.
sábado, 3 de março de 2012
Faltam 3 meses
Esta segunda-feira será editado o novo disco de Bruce Springsteen.
A Antena3 dedicará grande parte da emissão ao Boss e vai transmitindo ao longo da programação os temas do álbum «Wrecking Ball».
Aos 62 anos de idade, Springsteen edita o seu 17º trabalho de originais, acompanhado pela E-Street Band e produzido pelo seu "descobridor", Jon Landau.
A Antena3 também oferecerá CD's desta nova edição.
Faltam três meses para o concerto em Lisboa, no próximo dia 3 de Junho.
Saber mais aqui: http://www.rtp.pt/antena3
Bruce Springsteen – "We Take Care of Our Own" (live at Grammy Awards; 12 de Fevereiro 2012):
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O que eles dizem (84)
TSF quer dizer uma experiência de Rádio muito vincada, que veio alterar o panorama até então verificado, independentemente do juízo crítico que possamos fazer sobre a linha editorial.
Eu considero que a TSF está sempre em cima do acontecimento e isso leva-me à tendência de saber pela TSF o que se passa.
Jerónimo de Sousa
Secretário-geral do Partido Comunista Português.
In: TSF-Rádio Notícias
Terça-feira, 28 de Fevereiro 2012
sexta-feira, 2 de março de 2012
Música de Rádio no Teatro
Sinopse:
“Fragmentos de um Adeus” é um espectáculo onde se cruzam três estilos musicais: fado, tango Argentino e Musica popular Brasileira.
Estará em cena a voz de uma mulher, de várias mulheres, de conflitos internos, de um adeus através de fragmentos e emoções.
Entre o concerto encenado, a peça de teatro musicada, o monólogo cantado e a própria problemática da sua determinação, este espectáculo traz-nos muitas vozes numa só.
Independentemente do tempo em que foram compostos, os excertos dos temas dos que vão ouvir fazem parte das discográficas de intérpretes femininas que marcam o fado, a musica popular brasileira e o tango argentino: Amália Rodrigues, Elis Regina, Maria Bethânia e Susana Rinaldi.
É uma criação onde não só a musica se cruza e se funde, mas também a língua. O português com o sotaque que assume nestes dois países irmãos que falam, Portugal e Brasil, e o castelhano que, em termos de origens e expressão, tão próximo lhe é.
Duas das línguas mais faladas em todo o mundo, juntam-se à linguagem universal que é a musical
Paixão, alegria e saudade
Uma voz para três estilos musicais
Uma voz para varias emoções
Três países num só palco.
Fado, Tango, Música Popular Brasileira.
Tudo num só palco de Teatro.
No antigo Cinema Turim, onde há 22 anos vi um filme chamado «Querida, Eu Encolhi os Miúdos»!
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O que eles dizem (83)
TSF para mim significa uma rádio que me informa, que me esclarece e me põe a pensar.
Muitas das vezes nas sociedades actuais consome-se informação sem espírito crítico, e eu sou incapaz de ouvir a TSF sem que reflicta sobre muitas coisas que se passam na TSF. E portanto é, para mim, uma rádio indispensável no dia-a-dia.
(…)
A TSF mudou muito o panorama radiofónico, a própria rádio em Portugal, e mudou no sentido positivo. E isso é muito importante, porque nem sempre isso aconteceu no panorama comunicacional do país.
António José Seguro
Secretário-geral do Partido Socialista
In: TSF-Rádio Notícias
Quinta-feira (01 de Março 2012)
quinta-feira, 1 de março de 2012
Hoje em OEIRAS
Numa fase já tardia da minha infância de ouvinte, ainda apanhei de ouvido algum do Teatro Radiofónico que a rádio pública de então transmitia.
Não retive nomes, nem autores e nem peças, mas lembro-me perfeitamente de se tratarem de momentos muito diferenciados da rádio que se realizava na altura (finais dos anos 70; inícios de 80). Sempre na RDP.
Hoje há uma homenagem de Teatro ao Teatro Radiofónico, um género totalmente abandonado e esquecido pelas estações de Rádio, com particular responsabilidade dos canais públicos de radiodifusão.
Gostaria muito de voltar a escutar. É um género nobre e clássico da Rádio, que merecia ser preservado. Nunca deveria ter acabado.
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O que eles dizem (82)
Acho que às vezes, até de uma maneira excessiva, há um reflexo das manhãs da TSF na política e das tardes da política na TSF. Por ventura, até excessivo.
Paulo Portas
Ex-jornalista; Líder do partido CDS-PP e actual Ministro dos Negócios Estrangeiros.
In: TSF-Rádio Notícias
Quarta-feira (29 de Fevereiro 2012)