segunda-feira, 9 de abril de 2007
Está disponível desde a passada sexta-feira a emissão «Como no Cinema» sob o tema Guerra (em geral) em Angola (em particular). É a continuação da emissão antecedente dedicada a África. Destaque para os sons com história do dia da independência de Angola e para os depoimentos de várias figuras públicas que, directa ou indirectamente, estiveram envolvidas nesses acontecimentos. É uma emissão datada. Na altura em que foi para o ar ainda decorria a guerra civil em Angola.
Mais pormenores em: http://comonocinema.blogspot.com/
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O que fazemos quando nos declaram guerra e nos puxam para a guerra? Guerreamos contra vontade e ganhamos a guerra. E depois? Depois, sentados sobre as cinzas do inimigo, lambemos as feridas que o combate causou. É essa a lição da história e é esse o erro repetido da humanidade.
Ouvi esta versão ao vivo do tema "War" de Bruce Springsteen & the E-StreetBand (o original é de Edwin Starr) pela primeira vez na Rádio em 1986. Uma poderosa crítica política à guerra, ao absurdo da guerra. Springsteen esteve na guerra. Foi no Vietname que perdeu amigos ainda adolescentes. O videoclip aqui exposto começa com um pai e um filho a assistirem ao absurdo dessa guerra através da TV. Vejam depois como termina...
Viviam-se dias quentes da chamada “guerra fria”. Têm-me perguntado por que razão só tenho aqui publicado videoclips dos anos 80. O que tenho a dizer sobre isso, para além do que já tenho referido por diversas vezes, é que, quanto mais não fosse, na década de oitenta não morreu nenhum familiar meu, nem ninguém meu conhecido. Sei que nunca mais terei outra década assim.
Enquanto que dou por muito bem empregues os 215 minutos e 43 segundos da caixa «Bruce Springsteen & the E-Street Band live 1975 - 1985» (há 20 anos o CMR-Correio da Manhã Rádio emitia esta colectânea na íntegra, durante a madrugada), dei por muito mal empregues os 117 minutos deste filme: «300»(*) não passa de violência gratuita. Todavia, a grande sala de cinema estava repleta, mas as seis pessoas que me acompanhavam não têm culpa.
(*) O argumento (argumento?) é baseado na Banda Desenhada de Frank Miller com o mesmo nome. Não reconheço este Frank Miller (violento/sanguinário, como em «Sin City») o mesmo que nos anos 70 e 80 escreveu os dramas humanos do advogado Matt Murdock (Daredevil), do seu sócio Nelson Fogg, do repórter Ben Urich e a saga de Elektra. Isso sim, eram argumentos.
A Guerra é um massacre entre pessoas que não se conhecem, em detrimento de pessoas que se conhecem, mas não se massacram.
Paul Valéry
Não sei como será a terceira guerra mundial, mas sei que a quarta vai ser com paus e pedras.
Albert Einstein