sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Retratos da vida de um Lobo da Rádio

Calou-se a Voz 
Em destaque na revista BLITZ [Dezembro 2009; publicada hoje], um notável trabalho de Rui Miguel Abreu, de seis páginas e com várias fotografias, sobre o mais importante e influente radialista português dos últimos 30 anos.

retrovisor; pags 32 a 37:




















António Sérgio é o destaque do Retrovisor deste mês

Quatro décadas de rádio e a assinatura de programas que tiveram a capacidade de definir os tempos fizeram de ANTÓNIO SÉRGIO uma referência maior do panorama musical português. O homem do Som da Frente ou d' A Hora do Lobo desapareceu a 1 de Novembro, aos 59 anos. Rui Miguel Abreu falou com Ana Cristina Ferrão, mulher do radialista durante 30 anos, e juntos contam a história da vida do Mestre.

"Quando se abre o microfone, numa estação de rádio, não se tem, normalmente, ninguém pela frente - o auditório é invisível e isso é quase sempre ponto fulcral na hora de se tentar explicar a magia deste meio. Mas nem a invisibilidade contraria a certeza de que do outro lado há sempre uma multidão à escuta. Para António Sérgio, no entanto, bastava que uma só pessoa o escutasse para que aquilo que fazia valesse a pena. Cada pessoa que o ouviu ao longo das últimas décadas terá sentido pelo menos uma vez que Sérgio lhe falava ao ouvido, naquela voz grave e segura que revestia qualquer sugestão de uma improvável nobreza.

Ana Cristina Ferrão, sua mulher desde 1979, confirma esta ideia na hora de fazer o balanço de uma vida: 'Claro que ele tinha a noção de que estava a falar para muita gente, mas nunca ligou muito a isso. Penso que privilegiava mais a comunicação singular. Aliás, costumávamos brincar e dizer às vezes 'será que esta noite temos um ou dois ouvintes?'. E depois alguém telefonava a dizer que nos estava a ouvir e nós brincávamos: 'afinal já são três'. Eram muitos mais. Continuam a ser muitos mais.

Ler texto integral na revista BLITZ nº42 / Dezembro 2009.
+ editorial do Director Miguel Francisco Cadete e ilustração/caricatura de Rui Ricardo (pag. 4).

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Que delícia!













Uma deliciosa versão pelos Marretas do clássico “Bohemian Rhapsody” dos Queen.
É um dos vídeos mais vistos ultimamente.
Os Marretas fazem parte do meu imaginário de criança em muitos momentos passados frente ao ecrã da TV.
E que tal converter esta versão em ficheiro sonoro e transmiti-lo na Rádio?
Continuaria a delícia.

NOTA: o vídeo foi retirado do site YouTube por motivos legais
mas pode ser visto aqui

Fiquemo-nos também com o original, editado em Outubro de 1975:


terça-feira, 24 de novembro de 2009

É para guardar e recordar








Continuam a ser publicadas online emissões de «Viriato 25» de António Sérgio, na página de podcast da RADAR.
É para guardar e recordar:

24 de Junho 2009 – 1ª parte
24 de Junho 2009 – 2ª parte

25 de Junho 2009 – 1ª parte
25 de Junho 2009 – 2ª parte

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Entre o Caos e o Sonho












Entre o Caos e o Sonho (sempre!)

Uma chamada de atenção para a mais recente publicação de «Miss Tapes» (edição nº 89): O destaque vai direitinho para a sequência do tema “Dream Baby Dream” dos Suicide em várias visões através do génio de Alan Vega (fã de Elvis Presley) e do mago sónico Martin Rev, passando também por uma visão onírica de Bruce Springsteen (fã de Elvis e de Vega) numa prestação ao vivo e ainda de uma parceria de Vega com Alex Chilton (parceiro e artista contemporâneo de Vega). Mas esta pequena chamada de atenção é para algo maior: o tratamento que Hugo Pinto – autor único de «Miss Tapes» – faz destes sons e da multiplicidade em crescendo que deles resulta, ganhando uma superlativa dimensão. Não conta para aqui se o efeito alcançado foi ou não consciente, se foi mais ou menos forjado, ou se “apenas” se trata (muita atenção a estas aspas!) de uma feliz conjugação ocasional. Nada disso importa agora. O resultado é NOTÁVEL!
E que bem que sabe ver (e ouvir!) Alan Vega ser tão bem tratado [coisa rara, como se sabe. Ele – Alan Vega – está habituado a ser menosprezado em todos os media, facto que só lhe dá maior força]. A primeira vez que Vega foi assim tão bem tratado por cá, e que me tenha apercebido, foi na «Íntima Fracção», ao longo do Outono/Inverno de 1988/1989, na sua derradeira temporada na RDP-Antena1. Ao tempo, através do celestial “I Surrender”. Principalmente no último ano na rádio pública, no ano de 1989. E agora na edição 89 (já não são coincidências a mais para serem só coincidências?) Hugo Pinto oferece-nos esta delícia. Não é por mero acaso que Francisco Amaral considera «Miss Tapes» a extensão mais evidente da «Íntima Fracção». Começo a acreditar.

Keep your dreams, baby

NOTA: A arte de Alan Vega & Martin Rev (os Suicide) também já teve tratamento justo e merecido na «Rádio Crítica»: Além VEGA (18.Fevereiro.2008) Sábado à tarde em Coimbra – Os territórios indie e as suas fronteiras

Texto originalmente publicado no blogue «Irmandade do Éter» (18.Novembro.2009)

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A Lugar Comum apresenta:
















Laura Gibson (USA)

Sexta-feira, 13 de Novembro de 2009 (22:00)
Oficina Municipal do Teatro – COIMBRA


Nos últimos meses parecem surgir cada vez mais singer songwriters oriundos do lado de lá do Atlântico, e no entanto poucos terão tido a capacidade de nos encantar como Laura Gibson o fez, através de Beasts of seasons. Faixas como Spirited ou Sweet deception constituem momentos em que nos deparamos com um tímido embalo, em que somos assaltados pela emergência de uma contida inquietude, em que as palavras são demarcadas na sua fragilidade e doçura. Beasts of seasons parte de um sentimento de solidão, encerrando dois caminhos, duas escolhas definidas pela sua autora na estrutura daquele: num "Lado A" encontramos as denominadas "Communion songs", composições que exploram as relações com a família, com terceiros, com Deus; no seu "Lado B" as "Funeral songs" são determinadas por um sentimento de solidão, pela forma como a autora lida com essa condição e a assume como inevitável. Esta conceptualização é reveladora do cuidado de Laura Gibson ao tecer os fios deste seu trabalho, da enorme carga emocional que percorre cada uma das suas letras, cada uma delas portadora momentos de redenção, ou como a própria refere, de alívio. Mas se a solidão marca o trajecto deste segundo álbum de Laura Gibson, já a sua gravação contou com a colaboração de inúmeros músicos, também eles oriundos da cidade de Portland, entre outros, Nate Query (The Decemberists), Rachel Blumberg (Bright Eyes), Adam Selzer (Norfolk & Western), Danny Seim (Menomena) e a não menos ilustre Laura Veirs. Este é um projecto pessoal e confessional de Gibson, que por algum momento nos remete para algo mais que a sua escrita, a sua voz e as suas composições. Será desta forma que se apresentará em Coimbra.

Links:
Laura Gibson - MySpace
Last Fm da Lugar Comum

Preços:
ASSOCIADOS LUGAR COMUM - €7
NORMAL - €8

A reserva de entradas poderá ser efectuada através do endereço geral@lugarcomum.pt (com indicação de número de entradas pretendido, Nome, BI e Contacto).
Contactos: Lugar Comum
Email: geral@lugarcomum.pt

LUGAR COMUMassociação de promoção e divulgação cultural

terça-feira, 10 de novembro de 2009

O Direito à Diferença

















Terminou às três da manhã (e não às duas como inicialmente estava previsto) a homenagem da Antena3 a António Sérgio. Foi ao som de “Jesus' Blood Never Failed Me Yet” de Gavin Bryars & Tom Waits, precedido por um “Take Care” na voz de Ana Cristina Ferrão, que caiu o pano sobre uma notável emissão de oito horas de duração sobre o Lobo. Nesta maratona puderam-se ouvir imensas histórias reais ocorridas com António Sérgio ao longo dos seus mais de 40 anos de Rádio. Escutaram-se sons históricos e pedaços de antigas emissões dos míticos programas «Rolls Rock»; «Som da Frente» ou «Lança Chamas». Memórias vivas, através de depoimentos gravados e em directo de familiares, amigos, colegas, ex-colegas, antigos colaboradores e assistentes de realização, admiradores e fãs do Mestre.
Uma iniciativa louvável por parte deste canal de serviço público que, nesta emissão especial, fez total jus à sua concessão legal de Rádio Pública.

Sons e imagens da homenagem a António Sérgio na Antena3
(09 de Novembro 2009; 19:00/03:00) aqui

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Na toca do LOBO

















Fotografia de Rita Carmo (XFM, 1994)

Já não é o bichinho da rádio que morde, já sou eu que sou o bicho da rádio!

Anos 80 em Portugal
"Nessa altura divulgar música nova tinha um rótulo de militância e era objecto de admiração, até pelo país que Portugal era, onde o peso do Antigo Regime estava fresco. Através da música existia esforço para acompanhar um comboio de cultura, de alegria de viver que era irreversível. Não era só música, era uma nova maneira de pensar, que tem a ver com livros ou filmes. Esse período foi uma bóia de salvação, uma forma de dizermos "vamos sair daqui", do marasmo dominante em Portugal".

António Sérgio
In: «PÚBLICO» (2006) 






















Primeira parte da "LISTA REBELDE", apresentada por António Sérgio no dia 17 de Outubro de 1984, no histórico programa diário «Som da Frente», nas tardes da Rádio Comercial.

LISTA REBELDE – 1º bloco:

01 – GUN CLUB – Sex Beat
02 – SCRITTI POLLITTI – Sweetest Girl
03 – U2 – Pride (In The Name of Love)
04 – BRONSKI BEAT – Smalltown Boy
05 – WAH! – 7000 Names of Wah!
06 – JOY DIVISION – Atmosphere
07 – THE THE – Perfect0
08 – TONE ON TAILS – Performance
09 – BAUHAUS – Kick In The Eye
10 – CURE – Faith (Live)
11 – ASSOCIATES – Party Fears Two
12 – THIS MORTAL COIL –Song To The Siren
13 – COMATEENS – Late Night City
14 – WATERBOYS – A Pagan Place
15 – VIRGINIA ASTLEY – Love’s a Lonely Place To Be
16 – MOTORHEAD – Please Don’t Touch
17 – PSYCHADELIC FURS – Love My Way
18 – ECHO & THE BUNNYMEN – Back To Love
19 – TALKING HEADS – Great Curve
20 – U2 – Glória

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O que dizem DELE:

"Conheci o António há muitos anos e sempre trabalhámos com grande proximidade. Ele deixa uma marca indelével na rádio portuguesa.
Curiosamente ele começou na Rádio Renascença, onde seguiu as pisadas do pai. Posteriormente encontramo-nos, julgo pela primeira vez no lançamento da revista «Música e Som», publicada em princípios dos anos 70.
Tinha uma voz fantástica e característica. A qualidade inacreditável que sempre teve de estar à frente, de ser capaz de ouvir e perceber aquilo que era algo, que ia ser determinante, uma coisa boa.”
João David Nunes
(Director-fundador da Rádio Comercial)


"Era uma pessoa fantástica, talvez uma das primeiras pessoas que eu conheci da rádio. Foi há 28 anos, quando editámos o primeiro disco da Sétima Legião.
"Era uma pessoa que já não via há muitos anos, mas acompanhava sempre os seus programas de rádio, ultimamente ouvia-o na rádio Radar",
Rodrigo Leão
(Músico fundador dos Sétima Legião e dos Madredeus)


"Era sempre um prazer falar com ele, porque era uma pessoa que amava a música e falava sempre entusiasticamente. A memória mais forte que tenho é que comecei a ouvir rádio a ouvir António Sérgio. Lembro-me de ter 15 anos e ouvir o «Rotação». É uma grande parte da minha formação musical na altura e parte dos meus hábitos musicais."
Joaquim Paulo
(Ex-colega de António Sérgio na Rádio Comercial)


“Era a referência de quando eu era adolescente, de quando o rádio era o instrumento por excelência.
Sempre lhe demos primazia nos trabalhos que íamos fazendo. Era uma espécie de agradecimento pelo trabalho que ele fez e pelo crescimento musical de gerações, nas quais eu me incluo."
Adolfo Luxúria Canibal
(vocalista, letrista e fundador dos Mão Morta)


"Deixa um vazio na rádio portuguesa" por este ser último grande radialista vivo, da rádio que se fazia antigamente, a do programa de autor". "Vai ser um bocado estranho como vai ser o futuro da rádio sem uma pessoa como o António Sérgio. É uma perda muito grande. A melhor homenagem que lhe podemos fazer é continuar a ouvir a música que ele nos deu a conhecer."
Álvaro Covões
(Empresário)


"Era um grande profissional, uma referência, um mestre da rádio. Alguém que deu um contributo enorme para a divulgação de música nova. Tinha grande visão de futuro, era o som da frente. O John Peel português. Estava sempre preocupado com os ouvintes".
Luís Montez
(Ex-colega de António Sérgio na Rádio Comercial e proprietário da RADAR, rádio onde António Sérgio trabalhava)


"Às vezes não acertava, mas na maior parte acertava. Era uma idealista da música e da rádio. É insubstituível."
António Macedo 
(Radialista; antigo colega de António Sérgio na Rádio Comercial)


"No início, era a única personagem do meio a quem dávamos a ouvir as nossas cassetes. Foi ele o "professor" do nosso primeiro disco. Quando arranjou editora [Rossil] produziu-nos e estabelecemos de imediato uma cumplicidade muito forte. A sua morte é uma perda enorme."
Zé Pedro 
(Guitarrista dos Xutos & Pontapés)


"Desde os anos 70 que agentes sorrateiros se agacham atrás dele, tentando puxar-lhe a cadeira, a ver se cai", escreveu. "Mas o homem sempre esteve ocupado de mais para reparar. Fincou os pés, sacou dos discos e fez o que sempre fez: o que lhe estava na real gana."
Miguel Esteves Cardoso 
In: «PUBLICO» (2007)


“Perde-se uma figura ímpar da rádio, de mente aberta e um gosto verdadeiro pela música. As bandas que passava nos seus programas tinham garantidamente o selo de qualidade. Uma voz que dispensa qualquer tipo de apresentação”.
Fernando Ribeiro 
(Vocalista dos Moonspell)


António Sérgio: O Bom Lobo 
Os que agora são jovens não fazem a mínima ideia do que perderam. Só lhes resta ouvir e consumir a pastilha das playlists e olharem para as nossas colecções de vinil e CD com os seus milhares de títulos com nomes estranhos e desconhecidos como um burro olha para um palácio.
Faltar-lhes-á sempre uma hora em companhia de um Lobo.


Por Orlando Leite, Publicado em 02 de Novembro de 2009 no diário «I».
Ler artigo completo aqui

"Não era seu fã (não percebia nada do que dizia nem alinhava nos mesmos gostos musicais), mas curvo-me perante a sua memória.
Luís Pinheiro de Almeida 
(co-fundador com António Sérgio do jornal BLITZ em 1984; ex-radialista)
In: blogue «Ié-Ié»

domingo, 8 de novembro de 2009

«Viriato 25» em podcast

















A RADAR está a responder com prontidão ao repto dos fãs, ouvintes e admiradores do Lobo.
Estão já disponíveis duas horas de uma emissão do programa «Viriato 25» de António Sérgio, transmitido no dia 22 de Junho de 2009.

Para ouvir e guardar:

«Viriato 25» (22 Junho 2009) 1ª hora
«Viriato 25» (22 Junho 2009) 2ª hora

A oferta é muito boa mas ainda escassa. Queremos mais!!!

sábado, 7 de novembro de 2009

Homenagem a António Sérgio













Emissão especial 
A Antena 3 presta homenagem na segunda-feira, entre as 19.00 e as 02.00, ao radialista, divulgador e editor musical António Sérgio, que morreu na noite de sábado, aos 59 anos, vítima de problemas cardíacos.

A emissão, com sete horas de duração, começa às 19.00 com a Prova Oral de Fernando Alvim, permitindo aos ouvintes falar sobre o radialista. A partir das 20.00, Álvaro Costa, Miguel Quintão, Henrique Amaro, Pedro Costa, Nuno Calado, António Freitas e Ana Cristina Ferrão, a mulher de António Sérgio, conduzem as conversas com vários convidados - profissionais e amigos do radialista - como Zé Pedro, Ricardo Casimiro, Luís Montez, David Ferreira, Aníbal Cabrita, Paulo Fernandes, Luís Filipe Barros, José Paulo Alcobia, Jaime Fernandes, Rui Pego, Rui Morrison, Pita, Nuno Galopim, Pedro Ramos e outros.

In: «Diário de Notícias» 
Sexta-feira, 06 de Novembro 2009

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Palavra de LOBO

A última entrevista na Imprensa escrita. António Sérgio entrevistado por Sarah Adamopoulos na revista «Notícias Magazine», publicada no dia 19 de Julho de 2009.















Dos escritores sugere-se por vezes que escrevem sempre o mesmo livro, como se se vissem de facto impedidos de escrever um outro, suficientemente diferente para que ninguém desse pela obsessão que os anima. Talvez seja este um padrão (até certo ponto inconsciente), não especificamente literário, mas ainda assim próprio dos autores. António Sérgio não pareceu embaraçado com a possibilidade de também ele se dedicar desde sempre a fazer o mesmo programa de rádio. Vamos começar por chamar-lhe “Som da Frente”, porque era esse o nome do programa mítico que nos anos 80 transformou a rádio portuguesa num lugar de vanguarda – mas também porque a música de que ainda hoje se ocupa é inquestionavelmente um som que nada deve à nostalgia. “Não é o vira o disco e toca o mesmo mas acaba de facto por haver uma linha de orientação que é sempre a mesma.”

Texto: Sarah Adamopoulos; fotografia: Rui Coutinho
In: A Espuma dos Dias (blogue)
PDF do trabalho integral aqui

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O Lobo RESISTE!








A voz do Lobo contunua a soar na emissão da RADAR. Frases soltas de António Sérgio. Que nunca se cale!
A última entrevista a António Sérgio na Rádio foi no programa «Fala Com Ela» de Inês Meneses, na própria RADAR no dia 01 de Dezembro de 2007, em vésperas da estreia do programa «Viriato 25».
Está disponível para ouvir e guardar aqui

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Rádio Nostalgia










Tristezas não pagam dívidas (alegrias também não) e é sempre preciso continuar em frente.
Nova festa do blogue «Queridos Anos 80», [o tal blogue que dava um grande programa de Rádio] no local que já é o lugar do costume: no bar/esplanada «Ar D’Mar» na praia Canide Norte, Vila Nova de Gaia.

Anúncio publicado no blogue «Queridos Anos 80»:

Este sábado, 7 de Novembro, marcamos encontro no Ar D’Mar. O motivo é nobre: o primeiro aniversário do novo espaço à beira-mar. Para celebrar o momento, a dupla de DJs do costume, Pedro Mineiro e tarzanboy, que põe toda a gente a dançar ao som das melhores músicas da década de 80 (com alguns toques da anos 70 e 90 também…). O momento exige festa e o champanhe e o bolo não faltarão, tudo isto temperado pela nova climatização que o Ar D'Mar vai inaugurar. Próximo sábado: a ordem é dançar e festejar. Apareçam!

Texto sobre António Sérgio no blogue «Queridos Anos 80»:
“Este homem ensinou-me a ouvir música”



Winning
O videoclip de um dos temas da primeira de duas colectâneas editadas pela EMI-Valentim de Carvalho (2002; 2005) com temas emblemáticos do programa «Som da Frente» de António Sérgio na Rádio Comercial, programas realizados pelo Lobo entre 1982 e 1993.
Este tema dos The Sound tem a cara desses tempos áureos de António Sérgio nas tardes de segunda a sexta-feira na Rádio Comercial.

The Sound – "Winning" (álbum "From The Lions Mouth", 1981)

terça-feira, 3 de novembro de 2009

A última emissão do SOM DA FRENTE

António Sérgio fechou as portas do célebre «Som da Frente» na Rádio Comercial em 1993, numa sexta-feira dia 13. Acabara ali um dos mais importantes programas de sempre na história da rádio em Portugal. Seguir-se-ia o «Grande Delta» na XFM.
Artigo da autoria de António Pires publicado no jornal BLITZ a propósito desta despedida:
















O que se faz quando se perde alguém de quem gostamos? Foram quase 30 anos a ouvir aquela voz única na Rádio. Quase sempre de noite. Quase sempre na noite da Rádio.












Fotografia de Rita Carmo (XFM, 1994)

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

ANTÓNIO SÉRGIO













(1950-2009)

Até ao passado Sábado era ainda a voz mais carismática da Rádio em Portugal. Era-o desde o início da década de 80. Um pouco por todo o lado se tem escrito e dito sobre a importância – e muita – da figura ímpar que agora desaparece. Apenas talvez tenha ficado por dizer que foram incontáveis e muitas vezes inomináveis os sacrifícios que António Sérgio teve que fazer na vida para poder fazer o que fez na Rádio. É por esse preço impagável por tudo o que abdicou que não se lhe fez a devida justiça em vida. Trabalhou até morrer. Uma referência incontornável, um exemplo único e notável. E os exemplos seguem-se, mas não se repetem.

P.S: Magnífica a homenagem que a RADAR tem feito a António Sérgio. Toda a tarde e até à uma da manhã deste dia, transmitindo em contínuo emissões do programa «Viriato 25». O lobo continua a ser a voz da estação alternativa.
Que a RADAR disponibilize em podcast programas de António Sérgio. É um repto!











Os programas de Rádio que marcaram a carreira de António Sérgio:

Rotação (1977-1980) Foi o seu primeiro programa de autor, ainda na Rádio Renascença. Foi através deste programa que ajudou a lançar nomes cimeiros da música portuguesa, incluindo os Xutos & Pontapés.

Rolls Rock (1980 – 1982) O primeiro programa que fez na Rádio Comercial, que na altura ainda dava pelo nome de RDP – Canal 4. O conceito por detrás do programa – nas palavras de João David Nunes [Director fundador da Rádio Comercial em 1979] – era ser “uma coisa especial, edições muito específicas e muito boas”.

Som da Frente (1982 -1993) Como o próprio nome indica, tinha como missão estar na linha da frente das novidades. Trazer até aos ouvintes portugueses o que de novo se fazia em Portugal e no Mundo e estar na vanguarda das novas sonoridades.

Lança-Chamas (Anos 80 na Rádio Comercial) Programa dedicado à chamada música pesada e ao heavy metal.

Loiras, Ruivas ou Morenas (Anos 80 na Rádio Comercial) Programa realizado pela mulher de António Sérgio, Ana Cristina Ferrão, em que António Sérgio passava apenas música interpretada por mulheres. De Ellis Regina a Janis Joplin.

Rei Lagarto e Outras Histórias (1987 na Rádio Comercial, domingo 18:00/19:00) Série realizada com Ana Cristina Ferrão sobre Jim Morrison e os The Doors a propósito dos 20 anos do clássico “Light My Fire”.

Grande Delta (1993 – 1997) Programa matinal de segunda a sexta-feira das 10:00 às 13:00 na XFM.

A Hora do Lobo (1997 - 2007) O programa esteve no ar dez anos, entre a Comercial e a Best Rock FM, e dedicava-se a dar a conhecer as franjas menos conhecidas do pop-rock. Foi cancelado porque tinha deixado (segundo a direcção assumida pelo grupo Prisa) de se enquadrar na grelha. O fim do programa originou reacções e protestos. “Serviu como uma espécie de resumo de carreira. Porque o António Sérgio sempre foi um lobo solitário, mas de olhar penetrante”, definiu João David Nunes.

S.O.S. RADAR (2007 – 2009) Crónica musical diária com três horários ao longo do dia.

Viriato 25 (2007 – 2009) O seu mais recente programa, na RADAR FM, em cujos estúdios ainda no Sábado tinha estado a gravar.

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António Sérgio na «Rádio Crítica»:

A VOZ DO LOBO (04 de Abril de 2005)

António Sérgio na Rádio Comercial (10 de Abril de 2006)

Coisas do Verão 2007 (21 de Setembro de 2007)

Viriato 25 (20 de Novembro de 2007)

António Sérgio – O Lobo que ruge (04 de Dezembro de 2007)

O que ELE diz (07 de Dezembro de 2007)













Fotografia de Rita Carmo

António Sérgio na blogosfera e na imprensa escrita:

Este homem ensinou-me a ouvir música (Blogue «Queridos Anos 80»)

O direito à diferença por Nuno Galopim («Diário de Notícias» 02 de Novembro 2009)

António Sérgio, muito mais que o "John Peel português" («Diário de Notícias» 02 de Novembro 2009)

Miguel Esteves Cardoso: A música de António Sérgio é a melhor PÚBLICO» 17 de Setembro de 2007)

Voz histórica da rádio portuguesa («PÚBLICO» 01 de Novembro 2009)

António Sérgio, mestre da rádio em Portugal («BLITZ» 01 de Novembro 2009)