quarta-feira, 31 de maio de 2017
Reflexões sobre as políticas do sector Rádio
Está disponível em acesso livre o eBook «Teias da Rádio: Ensaios e Reflexões Sobre as Políticas do Setor», da autoria de Pedro Costa e editado pelo Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) / Universidade do Minho.
terça-feira, 30 de maio de 2017
Boa Rádio à 3ª feira
10:00/12:00 – TSF - Forum TSF
10:00/13:00 – RADAR - Inês Meneses
13:00/14:00 – TSF - A Playlist de
14:00/17:00 – RADAR - Joana Bernardo
16:00/20:00 – Antena1 - Paulo Rocha
19:00/20:00 – Antena3 - Prova Oral
20:00/21:00 – Antena2 - Jazz a Dois
20:00/23:00 – SBSR - Arena Lunar
22:00/23:00 – Antena3 - Portugália
23:00/00:00 – Antena2 - A Ronda da Noite
00:00/01:00 – Antena2 - Raízes
01:00/02:00 – TSF - Começo de Conversa
02:00/05:00 – Antena1 - Linha do Horizontedomingo, 28 de maio de 2017
Hoje na RADAR
Chris Cornell morreu no passado dia 18, aos 52 anos de idade e a RADAR homenageia o músico norte-americano com a transmissão na íntegra do quinto trabalho gravado com os Soudgarden.
Editado no dia 21 de Maio de 1996, «Down on the Upside» foi um dos mais importantes álbuns da carreira do grupo fundado na cidade de Seattle em 1984, que no início dos anos 90 se tornaria num dos porta-estandartes do movimento Grunge.
Emissão contextualizada, realizada e apresentada na estação alternativa de Lisboa por Joana Bernardo.
Álbum de Família
RADAR
Domingo ao meio-dia
2ª feira às 23:00
Dia Mundial das Comunicações Sociais
sábado, 27 de maio de 2017
Hoje em Lisboa
A estreia absoluta de mais uma obra de Sérgio Azevedo, o Concerto para Flauta e Orquestra Giochi di Uccelli, é o primeiro motivo de interesse que se destaca neste programa, dirigido pelo maestro Pedro Neves e que tem como solista Nuno Inácio, 1.º Flauta da OML. Mas a música de Stravinsky vem ao seu encontro, por se tratar de uma (boa) influência assumida pelo compositor português. O bailado Pulcinella foi estreado na Ópera de Paris em 1920, com cenários de Pablo Picasso e coreografia de Léonide Massine.
sexta-feira, 26 de maio de 2017
Mas qual futuro?
Vai na 5ª emissão o programa do novo Provedor do Ouvinte da Rádio Pública.
Num estilo muito pessoal, diferenciando-se claramente dos seus antecessores, João Paulo Guerra recorre a um discurso situado entre a ironia fina e algum sarcasmo, dizendo a verdade funda por entre as palavras.
Desta vez falou-se do tão famigerado "Futuro da Rádio".
Por falta de tempo, ou por não haver muito para falar sobre o caso, o assunto ficou-se pela superfície, juntando a Rádio dita "tradicional" com rádios exclusivamente digitais, podcasts, DAB, etc.
Vai na praça uma grande confusão sobre a definição mais correcta sobre o que é a Rádio hoje. Confusão essa que não começou no programa do Provedor da Rádio Pública, é-lhe muito anterior, mas que promete continuar a esvoaçar por aí, em ondas hertzianas, cabos de fibra óptica e wireless.
Quem controla o passado, controla o futuro. Quem controla o presente, controla o passado.
George Orwell
Em Nome do Ouvinte
João Paulo Guerra
Antena1
Sexta-feira às 16:10
Ouvir aqui
quinta-feira, 25 de maio de 2017
Os 30 anos deste disco
Editado no dia 25 de Maio de 1987. Faz hoje trinta anos.
Os temas mais conhecidos deste sétimo e duplo
álbum dos The Cure: "Catch”, “Why Can’t I Be You?”, “Just Like Heaven” e “One
More Time”.
quarta-feira, 24 de maio de 2017
Boa Rádio à 4ª feira
10:00/12:00 – TSF - Forum TSF
10:00/13:00 – RUM - Elisabete Apresentação
13:00/14:00 – TSF - A Playlist de
14:00/15:00 – RADAR - Álbum de Família
16:00/21:00 – RADAR - Pedro Ramos
19:00/20:00 – Antena3 - Prova Oral
20:00/21:00 – Antena2 - Jazz a Dois
20:00/23:00 – SBSR - Arena Lunar
22:00/23:00 – Antena3 - Portugália
23:00/00:00 – Antena2 - A Ronda da Noite
00:00/01:00 – Antena1 - Visita Guiada
01:00/02:00 – Antena1 - Alma Lusa
02:00/05:00 – Antena1 - Linha do Horizonte
terça-feira, 23 de maio de 2017
Os 20 anos deste disco
Editado primeiramente no dia 21 de Maio de 1997 no Japão, 16 de Julho no Reino Unido e no dia 1 de Julho nos Estados Unidos, o terceiro álbum dos britânicos Radiohead, em plena era Brit Pop dos anos 90, ficou como um marco fundamental da música Pop-Rock anglo saxónica.
Daqui saíram temas como “Karma Police”, “Paranoid
Android”, “The Tourist”, “Exit Music (For a Film)” e “No Surprises”.
Obteve grande aceitação por parte da Rádio portuguesa, onde os
Radiohead já gozavam de invejável estatuto desde o icónico tema “Creep”, em
1993.
Ainda hoje se escutam em algumas rádios portuguesas temas deste
álbum, que agora completa duas décadas. Atingiu a primeira posição nos Tops de vendas
em vários países (não em Portugal).
Na celebração dos vinte anos de «OK Computer», a RADAR está a
levar a cabo a interessante iniciativa de convidar músicos nacionais a gravarem
versões dos temas que fazem o alinhamento do álbum. Essas novas versões podem
ser escutadas em exclusivo nas emissões diárias da estação alternativa de
Lisboa e enquadram-se na comemoração dos 15 anos da RADAR.
Artistas convidados:
Batida, Benjamim, Duquesa, Filipe Sambado, Mirror
People, Modernos, Primeira Dama & Coelho Radioactivo, Samuel Úria, Sequin,
Tape Junk, Vaarwell e You Can’t Win, Charlie Brown.
Mais informação aqui
segunda-feira, 22 de maio de 2017
Gilberto Ferraz
09 Fevereiro 1934 - 19 Maio 2017
Antigo correspondente da TSF em Londres,
tinha 83 anos de idade.
Natural da freguesia de Tonda, no concelho
de Tondela, foi o mais carismático correspondente português em terras de sua
majestade, onde vivia desde 1965 e onde morreu na passada sexta-feira.
Uma longa carreira na BBC na capital
inglesa, Gilberto Ferraz foi correspondente da TSF durante uma década, de
1995 a 2005. Deixa obra publicada: os livros: «Por Terras de Sua Majestade» e
«Timor-Leste, Uma Dívida por Saldar».
Ouvir Gilberto Ferraz na TSF aqui
domingo, 21 de maio de 2017
Boa Rádio ao Domingo
07:00/09:00 Antena2 – Sol Maior
09:00/10:00 Antena2 – Café Plaza
10:00/11:00 Antena2 – Um Certo Olhar
11:00/12:30 Antena2 – O Tempo e a Música
12:00/13:00 RADAR – Álbum de Família
13:00/14:00 RADAR – Comércio Livre
14:00/15:00 TSF – Reportagem
15:00/16:00 Antena2 – Memória
16:00/18:00 Antena2 – Música Aeterna
18:00/22:00 Antena2 – Mezza-Voce
22:00/23:00 Antena3 – A Profecia do Duque
22:00/23:00 Antena2 – Caleidoscópio
23:00/00:00 Antena2 – Argonauta
23:00/01:00 SBSR – Vidro Azul
01.00/02:00 Antena3 – Espelho Meu
02.00/03:00 Antena3 – O Disco Disse
02:00/03:00 Antena1 – Visão Global
sábado, 20 de maio de 2017
A LUGAR COMUM apresenta:
Noiserv (PT)
www.noiserv.net
noiserv.bandcamp.com
facebook.com/noiserv
Sábado, 20 de Maio de 2017 às 21h30
TAGV - Teatro Académico de Gil Vicente (Coimbra)
www.noiserv.net
noiserv.bandcamp.com
facebook.com/noiserv
Sábado, 20 de Maio de 2017 às 21h30
TAGV - Teatro Académico de Gil Vicente (Coimbra)
Desde 2009, altura em que, pela primeira vez, a Lugar Comum acolheu um concerto de Noiserv, que o percurso ímpar deste músico português vinha avolumando o desejo de o voltar a fazer.
Com cerca de 12 anos de existência, Noiserv, “homem-orquestra”, ou banda de um homem só, tem vindo a afirmar-se como um dos mais estimulantes projectos da nova geração de músicos portugueses. No currículo conta com o bem sucedido disco de estreia “One Hundred Miles from Thoughtlessness” [2008], o EP “A Day in the Day of the Days” [2010], e “Almost Visible Orchestra” [2013], recentemente reeditado internacionalmente pela editora francesa Naïve, casa-mãe de projectos como Yann Tiersen, M83, entre muitos outros. O mais recente "00:00:00:00", de 2016, é um disco diferente daquilo a que Noiserv nos tem habituado. A “orquestra de sons”, que tão bem lhe conhecemos, deu lugar ao som de um piano tocado a muitas mãos, enquanto da sua voz vemos sair, nos temas não instrumentais, histórias em português.
Dia 20 de Maio, pelas 21:30, será uma oportunidade única para assistir, no Teatro Académico de Gil Vicente, à apresentação do novo disco, bem como à revisitação dos álbuns anteriores.
(...) rodeado de botões, teclados, metalofones e quaisquer objectos que produzem o som certo para determina canção, ou sentado simplesmente ao piano, David continua a ser um só homem (com o charme de um homem só).
Ípsilon
A paleta de sons no catálogo de Noiserv pode ser muito extensa, mas há um traço que acompanha todas as criações: o apuro nas composições e a marca da introspeção.
Jornal i
Noiserv deixa para trás a roupagem electrónica, atira com o inglês às urtigas e surpreende com um disco feito exclusivamente de piano e cantado em português. Uma transformação total ainda que, por entre estas faixas, se distinga a caixa musical noiserviana que o compositor português tratou de construir com habilidade de carpinteiro.
Deus Me Livro
Dada a lotação limitada da sala, a garantia de lugar é aconselhada e pode ser efectuada mediante o envio de e-mail para lugarcomum.pt@gmail.com (indicando nome completo e número de documento de identificação para posterior confirmação). As entradas reservadas deverão ser levantadas na data e local do concerto, entre as 21h00 e as 21h25, sob pena de perderem o seu efeito.
Organização: Lugar Comum / TAGV
Apoio: Câmara Municipal de Coimbra / RUC-Rádio Universidade de Coimbra
sexta-feira, 19 de maio de 2017
Ela na Rádio
Fotografia de Jorge Carmona
É agora como nunca. Antologia Incompleta da Poesia Contemporânea Brasileira
A viver em Portugal por um período de meio-ano, enquanto professora convidada da Universidade de Coimbra, Adriana Calcanhotto foi entrevistada no mais belo dos actuais programas diários da Rádio portuguesa.
Deliciosa conversa sobre Literatura, onde a compositora e cantora brasileira falou, entre outros, de Mário de Sá Carneiro e Fernando Pessoa.
Ver & Ouvir aqui
quinta-feira, 18 de maio de 2017
Os 30 anos deste disco
Editado em Abril de 1987, «Keep Your Distance» foi o primeiro álbum do grupo britânico Curiosity Killed The Cat. A banda londrina, fundada em 1984, apenas editou dois álbuns. Ambos na segunda metade dos anos 80. Fortemente ligado ao mundo da Moda londrina no virar da década de 80 para 90, o conjunto liderado pelo vocalista Ben Volpeliere-Pierrot desfez-se em 1992.
Neste primeiro trabalho gravado pelo quarteto, misturando Pop com Funk e Jazz, o sucesso foi quase imediato, atingindo o primeiro lugar do Top do Reino Unido, onde se manteve durante 13 semanas consecutivas.
Em Portugal foi amplamente divulgado no Correio da Manhã Rádio, principalmente no espaço nocturno «Os Silêncios de Ouro», onde este disco foi várias vezes transmitido na íntegra. Actualmente estão completamente esquecidos na Rádio portuguesa.
Daqui saíram singles que na altura ficaram muito conhecidos, como "Misfit", "Down to Earth" e "Ordinary Day". No entanto, o meu tema preferido deste álbum foi sempre "Red Lights".
quarta-feira, 17 de maio de 2017
Hoje em FRANÇA
terça-feira, 16 de maio de 2017
Vemos, ouvimos e lemos
Não podemos ignorar
Estreou em Fevereiro na Antena1 o programa «Sultões do Swing». Da autoria de José Navarro de Andrade, tem o mérito de recuperar para a Rádio pública um importante espólio musical abandonado aquando o fim do programa «A Menina Dança?» que, durante décadas, foi apresentado por José Duarte, se bem que algum desse cancioneiro norte-americano esteja a ser actualmente levado às manhãs de fim-de-semana na Antena2, com o regressado programa (dez anos depois da primeira série) «Café Plaza» de Germano Campos, desde Julho do ano passado.
Estreou em Fevereiro na Antena1 o programa «Sultões do Swing». Da autoria de José Navarro de Andrade, tem o mérito de recuperar para a Rádio pública um importante espólio musical abandonado aquando o fim do programa «A Menina Dança?» que, durante décadas, foi apresentado por José Duarte, se bem que algum desse cancioneiro norte-americano esteja a ser actualmente levado às manhãs de fim-de-semana na Antena2, com o regressado programa (dez anos depois da primeira série) «Café Plaza» de Germano Campos, desde Julho do ano passado.
O demérito está no nome do programa. «Sultões do Swing» foi o nome
de um programa na RFM, da autoria de José Maria Corte-Real, nos anos 90,
utilizando exactamente o mesmo cenário musical.
Com que necessidade acontece uma coisa destas? É tão difícil assim
inventar nomes novos para programas de Rádio, ainda que utilizem a mesma
matéria musical?
A história recente da Rádio em Portugal está pejada de exemplos
semelhantes. Alguns casos:
Existe actualmente um espaço de programação na madrugada na
Antena1 chamado «A Linha do Horizonte», o mesmo nome de um programa da autoria
de Ricardo Saló na TSF entre finais dos anos 90 e início dos anos 2000. «Janela Indiscreta» foi nome de um programa também de Ricardo Saló na
Antena1, nos anos 80, mas na mesma estação de Rádio foi nome de uma crónica
diária de Pedro Rolo Duarte sobre blogues na Internet, na primeira década dos anos
2000 e ainda nome de um programa sobre Cinema, apresentado por Mário Augusto na
RTP (que mantém-se nos dias de hoje, mas é TV).
Em Novembro do ano passado a recém-criada SBSR tinha como nome de
um programa semanal «Ronda da Noite», de Lara Marques Pereira, quando já existe
desde Setembro de 2013 «A Ronda da Noite» de Luís Caetano na Antena2. A SBSR
corrigiu algum tempo depois, dando outro nome ao espaço.
Mas não são apenas nomes a serem iguais. Indicativos de programas
também. Ainda nos anos 80, o tema "Mar de Outubro" dos Sétima Legião
foi indicativo do programa «A Ocidental Praia» de Rui Pego no FM da Rádio
Renascença em 1985, mas o mesmo tema já era o indicativo do programa «Íntima
Fracção» de Francisco Amaral na Antena1 desde Abril de 1984. O programa
«Circuito Fechado» de José Mariño no CMR em 1988 tinha como indicativo «Theme
I» dos Clan of Xymox, que já era sub-genérico (associado a um patrocínio) no
programa «A Ilha dos Encantos» de Amílcar Fidélis na RFM desde Janeiro de 1987.
Nomes de programas de Rádio vindos de outras áreas artísticas como
por exemplo a Pintura, o Cinema ou a Literatura tem sido uma prática eficaz e até
saudável, mas nomes de programas de Rádio iguais a outros programas do mesmo
meio demonstra, no mínimo, laxismo, preguiça, desconhecimento ou outras coisas mais graves. São
demasiadas coincidências para serem apenas coincidências.
6ª p/ Sábado às 00:00
Ouvir aqui
segunda-feira, 15 de maio de 2017
Habemus campeones
Três milagrosos ‘F’
A Rádio Pública e a Emissora Católica Portuguesa estiveram
bem na cobertura noticiosa à visita do Papa Francisco a Fátima. Mas o destaque
vai para a TSF, num conjunto de emissões especiais desde a manhã de sexta-feira
até meio da tarde de Sábado, incluindo a noite de sexta-feira, na mundialmente famosa
procissão das velas. Pelo conteúdo, pelas ilustrações descritivas e pela
qualidade dos profissionais Nuno Domingues, Artur Carvalho, Cristina Lai Men,
João Alexandre, Dora Pires e Cláudio Garcia. Realizaram um trabalho de
reportagem impressionante, provando uma vez mais que a TSF é a Rádio talhada
para os grandes momentos e não apenas uma espécie de lista telefónica etérea que
se consulta diariamente quando se pretende procurar de ouvido uma informação em específico.
Após o Papa – adepto do clube argentino de Futebol San Lorenzo – levantar
voo de regresso a Roma, depois de menos de 24 horas em Fátima, veio a febre do
Futebol.
Antena1, Renascença e TSF numa extensa emissão especial
antes do relato do jogo, durante o jogo e depois do jogo, que consagrou o
Benfica como tetra-campeão nacional pela primeira vez na sua história
centenária. Foi o último dos chamados “três grandes” a conseguir tal proeza.
Tudo somado, na Rádio, a cobertura do encontro do título
ultrapassou em várias horas os meros 90 minutos de jogo.
Ainda a festa do Futebol decorria na Praça Marquês de Pombal
em Lisboa e veio o terceiro “F” da noite: o Festival Eurovisão da Canção.
Portugal em nervos, apontado como o país favorito à vitória na final, confirmou as
expectativas e vence na Ucânia, em Kiev, com um tema cantado em português, ao
contrário da maioria dos restantes concorrentes, que o fizeram em inglês.
A perder desde 1964, e com algumas ausências recentes no longo percurso,
Portugal ganha pela primeira vez em 2017 com uma canção inferior a tantas
outras portuguesas de anos passados. Mas o contexto actual é, definitivamente,
outro. Incluindo os métodos de votação.
Nos anos 60 eram as questões políticas, com o país a insistir num conflito militar pela manutenção das colónias africanas, sendo o último país europeu a perceber que aquela guerra nunca seria vencida. Mergulhado numa ditadura de décadas, Portugal estava fora da Europa e do Mundo. Basta ver a histórica pontuação de zero pontos na primeira participação, que foi um calvário. Nos anos 70 era a Democracia na corda bamba e todos os reflexos de quase meio-século de escuridão. Nos anos 80, os anos da fome e da crise económica, Portugal ainda não fazia parte da CEE e continuava a um canto. Nos anos 90 o modernismo do primeiro mundo encontrava-se no centro da Europa, mas Portugal já era membro de pleno direito da União Europeia, mas não membro de primeiro plano. A partir do ano 2000, também nos anos 2002, 2013 e 2016, Portugal somou ausências. Até à vitória de Salvador Sobral. Num dos seus discursos após a vitória, acusou, com verdade, a Rádio de passar quase sempre as mesmas músicas, até obrigar os ouvintes a gostarem delas. O que diria o cantor se algumas essas músicas que se repetem na Rádio fossem as dele? Não precisou da Rádio para que as pessoas gostassem da sua canção "Amar Pelos Dois", pois não?
Nos anos 60 eram as questões políticas, com o país a insistir num conflito militar pela manutenção das colónias africanas, sendo o último país europeu a perceber que aquela guerra nunca seria vencida. Mergulhado numa ditadura de décadas, Portugal estava fora da Europa e do Mundo. Basta ver a histórica pontuação de zero pontos na primeira participação, que foi um calvário. Nos anos 70 era a Democracia na corda bamba e todos os reflexos de quase meio-século de escuridão. Nos anos 80, os anos da fome e da crise económica, Portugal ainda não fazia parte da CEE e continuava a um canto. Nos anos 90 o modernismo do primeiro mundo encontrava-se no centro da Europa, mas Portugal já era membro de pleno direito da União Europeia, mas não membro de primeiro plano. A partir do ano 2000, também nos anos 2002, 2013 e 2016, Portugal somou ausências. Até à vitória de Salvador Sobral. Num dos seus discursos após a vitória, acusou, com verdade, a Rádio de passar quase sempre as mesmas músicas, até obrigar os ouvintes a gostarem delas. O que diria o cantor se algumas essas músicas que se repetem na Rádio fossem as dele? Não precisou da Rádio para que as pessoas gostassem da sua canção "Amar Pelos Dois", pois não?
Fátima, Futebol e Festival. Desta vez o Fa(r)do foi poupado, mas essa é uma outra conversa.
Há quem lhe chame “Efeito Marcelo” ou quem defenda que a
nação deu um pontapé no passado com o chuto de Éder em Saint-Denis. Prefiro
acreditar que tudo é fruto de muito trabalho e alguma sorte.
No Sábado viveu-se um 13 de Maio português diferente dos que
estávamos habituados, com glória e vencedores. Daquelas coisas que só acontecem
de 100 em 100 anos, mas que não são milagre.
domingo, 14 de maio de 2017
Os 50 anos deste disco
Editado no dia 12 de Maio de 1967
Álbum de estreia do norte-americano Jimi Hendrix. Para muitos considerado o maior guitarrista da História do Rock, Hendrix inicia com «Are You Experienced» uma forte mas curta carreira, terminada com morte prematura aos 27 anos de idade, em 1970.
Daqui saíram clássicos absolutos do Rock anglo-saxónico, como por exemplo a versão da canção "Hey Joe" e temas de uma fúria e elegância exemplares, como "Purple Haze" e "The Wind Cries Mary".
Gravado apenas com voz e quatro instrumentos: guitarra, baixo, bateria e piano.
Passou meio-século, mas continua a ouvir-se na Rádio.
O single "The Wind Cries Mary" foi editado no dia 5 de Maio de 1967.
sábado, 13 de maio de 2017
A LUGAR COMUM apresenta:
Douglas Dare (UK)
www.aforger.com
www.facebook.com/douglasdaremusic
Sábado, 13 de Maio de 2017 às 22:00
CAV / Centro de Artes Visuais COIMBRA
Na pequena cidade costeira de Bridport, Douglas Dare cresceu sempre rodeado de música. A sua mãe, professora de piano, encorajou o filho a compor desde tenra idade, algo que este começou a levar mais a sério durante a sua formação no Liverpool Institute for Performing Arts. As suas composições elegantes e, ao mesmo tempo, assombrosas, valeram-lhe rasgados elogios e comparações a nomes como James Blake ou Thom Yorke, fazendo com que captasse a atenção da consagrada editora londrina Erased Tapes.
A partir de 2013, a relação com esta editora traduz-se numa mudança para Londres e em registos editados, primeiramente com o EP "Seven Hours" (2013) logo seguido pelo primeiro álbum "Whelm" (2014). Na sequência da edição e aclamação pela crítica destes primeiros registos, Douglas Dare começa a pisar palcos em nome próprio e na companhia de colegas da Erased Tapes, como Ólafur Arnalds ou Nils Frahm.
O seu segundo álbum, "Aforger" (2016), surge na sequência de uma conturbada fase na vida pessoal de Douglas Dare, em que este se questiona sobre os limites entre a realidade e a ficção, sobre o que significa a identidade e a percepção desta, numa sociedade dominada pela tecnologia. Esta temática atravessa os poemas originais que servem de base às composições deste segundo disco, misturado nos icónicos estúdios Abbey Road, por Fabian Prynn. "Aforger" representa uma evolução também na composição e no som de Douglas Dare, agora mais denso e sombrio, mas ao mesmo tempo vulnerável e íntimo.
Pela primeira vez em Portugal, o músico britânico traz todo o seu repertório na bagagem para apresentar, a 13 de Maio, no Centro de Artes Visuais, em Coimbra.
An artist who genuinely has something to say about what it feels like to be alive in these times.
The Quietus
Imagine John Vanderslice’s trembling melodic narration and pristine pop-rock craftsmanship applied to frigid electronic soundscapes out of a Thom Yorke solo album, and then get really excited.
Stereogum
Douglas Dare’s music is solitary, passionate and moving. In the stories he tells, the melodies he sings and the conviction he sings them with.
The Line Of Best Fit
Bilhetes:
Entrada normal: € 8,00
Entrada associados Lugar Comum: € 6,00
DESCONTO ESPECIAL:
A 20 de maio a Lugar Comum recebe Noiserv em concerto, no Teatro Académico Gil Vicente. Os detentores de bilhete para esse espectáculo, que o apresentem na bilheteira do CAV, beneficiarão de um desconto especial na aquisição de entrada para o concerto de Douglas Dare.
Dada a lotação limitada da sala, a garantia de lugar é aconselhada e pode ser efectuada mediante o envio de e-mail para lugarcomum.pt@gmail.com (indicando nome completo e número de documento de identificação para posterior confirmação). As entradas reservadas deverão ser levantadas na data e local do concerto, entre as 21h30 e as 21h50, sob pena de perderem o seu efeito.
Lugar Comum – Associação de Promoção e Divulgação Cultural
www.aforger.com
www.facebook.com/douglasdaremusic
Sábado, 13 de Maio de 2017 às 22:00
CAV / Centro de Artes Visuais COIMBRA
Na pequena cidade costeira de Bridport, Douglas Dare cresceu sempre rodeado de música. A sua mãe, professora de piano, encorajou o filho a compor desde tenra idade, algo que este começou a levar mais a sério durante a sua formação no Liverpool Institute for Performing Arts. As suas composições elegantes e, ao mesmo tempo, assombrosas, valeram-lhe rasgados elogios e comparações a nomes como James Blake ou Thom Yorke, fazendo com que captasse a atenção da consagrada editora londrina Erased Tapes.
A partir de 2013, a relação com esta editora traduz-se numa mudança para Londres e em registos editados, primeiramente com o EP "Seven Hours" (2013) logo seguido pelo primeiro álbum "Whelm" (2014). Na sequência da edição e aclamação pela crítica destes primeiros registos, Douglas Dare começa a pisar palcos em nome próprio e na companhia de colegas da Erased Tapes, como Ólafur Arnalds ou Nils Frahm.
O seu segundo álbum, "Aforger" (2016), surge na sequência de uma conturbada fase na vida pessoal de Douglas Dare, em que este se questiona sobre os limites entre a realidade e a ficção, sobre o que significa a identidade e a percepção desta, numa sociedade dominada pela tecnologia. Esta temática atravessa os poemas originais que servem de base às composições deste segundo disco, misturado nos icónicos estúdios Abbey Road, por Fabian Prynn. "Aforger" representa uma evolução também na composição e no som de Douglas Dare, agora mais denso e sombrio, mas ao mesmo tempo vulnerável e íntimo.
Pela primeira vez em Portugal, o músico britânico traz todo o seu repertório na bagagem para apresentar, a 13 de Maio, no Centro de Artes Visuais, em Coimbra.
An artist who genuinely has something to say about what it feels like to be alive in these times.
The Quietus
Imagine John Vanderslice’s trembling melodic narration and pristine pop-rock craftsmanship applied to frigid electronic soundscapes out of a Thom Yorke solo album, and then get really excited.
Stereogum
Douglas Dare’s music is solitary, passionate and moving. In the stories he tells, the melodies he sings and the conviction he sings them with.
The Line Of Best Fit
Bilhetes:
Entrada normal: € 8,00
Entrada associados Lugar Comum: € 6,00
Entrada "DESCONTO ESPECIAL": €6,00
DESCONTO ESPECIAL:
A 20 de maio a Lugar Comum recebe Noiserv em concerto, no Teatro Académico Gil Vicente. Os detentores de bilhete para esse espectáculo, que o apresentem na bilheteira do CAV, beneficiarão de um desconto especial na aquisição de entrada para o concerto de Douglas Dare.
Dada a lotação limitada da sala, a garantia de lugar é aconselhada e pode ser efectuada mediante o envio de e-mail para lugarcomum.pt@gmail.com (indicando nome completo e número de documento de identificação para posterior confirmação). As entradas reservadas deverão ser levantadas na data e local do concerto, entre as 21h30 e as 21h50, sob pena de perderem o seu efeito.
Lugar Comum – Associação de Promoção e Divulgação Cultural
sexta-feira, 12 de maio de 2017
Hoje em SETÚBAL
Ao soarem os primeiros acordes de Les éléments, instala-se o caos. Tem assim início esta obra que Jean-Féry Rebel compôs em 1737, então já com a respeitável idade de setenta e um anos. O deliberado e ostensivo uso da dissonância no maciço orquestral faz destas páginas um dos documentos mais surpreendentes da História da Música, e, por essa razão, um dos principais motivos de interesse em torno deste programa.
quinta-feira, 11 de maio de 2017
Sons do interior
Nesta 9ª emissão apresentamos alguns dos sons
gravados no passado domingo, 7 de Maio, na aldeia do xisto da Benfeita,
concelho de Arganil, por ocasião das 1620 badaladas que se escutam a partir do
relógio da Torre da Paz. Esta torre, mandada erguer em 1945, em homenagem ao
fim da II Guerra Mundial e ao facto de Portugal não ter participado neste
conflito. Todos os anos desde então, a 7 de Maio, escutam-se 1620 badaladas,
uma por cada dia que durou a guerra. Uma vez mais, depois dos trabalhos sonoros
dedicados a esta efeméride, lançados em 2014, ligámos o gravador e gravámos as
várias dinâmicas sonoras produzidas por este relógio antiquíssimo produzido em Almada.
Aproveitando a temática, apresentamos ainda nesta emissão uma peça sonora produzida a partir de sons gravados numa relojoaria de São Romão e que serviu, entre outras peças, para a sonoplastia da peça teatral MOMO, levada a cena em Seia pelos utentes da Casa Sta. Isabel.
Ainda na 1ª parte deste programa, tempo para escutarmos cinco peças sonoras dedicadas a 5 aldeias da rede das aldeias do xisto, nomeadamente: Benfeita, Vila Cova do Alva, Aldeia das Dez, Sobral de São Miguel e Barroca Grande.
Na 2ª parte continuamos pelo território do xisto, com uma peça produzida a partir de gravações sonoras numa série de aldeias, tendo em conta a entrada neste território a partir do IC8.
Luís Antero
Aproveitando a temática, apresentamos ainda nesta emissão uma peça sonora produzida a partir de sons gravados numa relojoaria de São Romão e que serviu, entre outras peças, para a sonoplastia da peça teatral MOMO, levada a cena em Seia pelos utentes da Casa Sta. Isabel.
Ainda na 1ª parte deste programa, tempo para escutarmos cinco peças sonoras dedicadas a 5 aldeias da rede das aldeias do xisto, nomeadamente: Benfeita, Vila Cova do Alva, Aldeia das Dez, Sobral de São Miguel e Barroca Grande.
Na 2ª parte continuamos pelo território do xisto, com uma peça produzida a partir de gravações sonoras numa série de aldeias, tendo em conta a entrada neste território a partir do IC8.
Luís Antero
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quarta-feira, 10 de maio de 2017
Baptista-Bastos
1934-2017
Também foi da Rádio
Teve programas e foi cronista na Emissora Nacional, Rádio
Clube Português, Rádio Comercial, Rádio Renascença e TSF.
Jornalista, escritor, ensaísta, argumentista, prosador e
cronista de eleição, com um uso riquíssimo e distinto da língua portuguesa.
Lisboa, 27 de Fevereiro de 1934 -
Lisboa, 9 de Maio de 2017.
No mais belo programa de Rádio diário da actualidade, uma deliciosa conversa tida há três anos (Julho de 2014), quando Baptista-Bastos tinha 80 anos de idade e o 25 de Abril assinalava os 40 anos.
Ouvir aqui
E outra, também na Antena2, esta em Fevereiro de 2008, no programa de entrevistas «Quinta Essência», de João Almeida. Uma conversa reposta ontem à tarde, poucas horas depois da notícia da morte de Bapista-Bastos.
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No mais belo programa de Rádio diário da actualidade, uma deliciosa conversa tida há três anos (Julho de 2014), quando Baptista-Bastos tinha 80 anos de idade e o 25 de Abril assinalava os 40 anos.
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E outra, também na Antena2, esta em Fevereiro de 2008, no programa de entrevistas «Quinta Essência», de João Almeida. Uma conversa reposta ontem à tarde, poucas horas depois da notícia da morte de Bapista-Bastos.
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terça-feira, 9 de maio de 2017
Boas canções novas que não passam na Rádio
Laura Marling – "Wild Fire"
Feist – "Pleasure"
Father John Misty – "Total Entertainment Forever"
Fleet Foxes – "Third of May/Odalgahra"
segunda-feira, 8 de maio de 2017
Boas canções novas que não passam na Rádio
Mac Demarco – "On The Level"
Six Organs of Admitance – "Adoration Song"
Chris Cohen – "As If Apart"
Foxygen – "Follow the Leader"
domingo, 7 de maio de 2017
Hoje no TURIM
Domingo às 17:00
Reservas: geral@teatroturim.com
Tel. 217606666
TEATRO TURIM – Estrada de Benfica, 723-A, Lisboa.
sábado, 6 de maio de 2017
Hoje em LISBOA
Pedro e Inês, Pelléas e Mélisande, Orfeu e Eurídice...
Histórias de amores proibidos que contam o drama de quem, na impossibilidade de viver sem "o outro", se entrega na comunhão da morte. São narrativas reais ou ficcionadas que incendeiam a imaginação da Humanidade desde sempre. Este programa espreita por essa frondosa janela e dá de caras com três obras musicais plenas de fantasia e densidade dramática.
sexta-feira, 5 de maio de 2017
6ª e Sábado no PORTO
FUNDAÇÃO ENGENHEIRO ANTÓNIO DE ALMEIDA
Estarão presentes pessoas da Rádio mas, num primeiro olhar feito ao longo programa de actividades, não se encontrou nenhum painel subordinado à Rádio.
http://www.congressolmc.pt
quinta-feira, 4 de maio de 2017
Esta semana na TSF
Pedro Valente da Silva, chefe do gabinete do Parlamento Europeu em Portugal, é o convidado da Rádio Notícias a fazer escolhas musicais ao longo desta semana.
Sabedor da matéria que apresenta e conhecedor em detalhe dos temas seleccionados, um dos temas escolhidos por Pedro Valente da Silva é "Forbidden Colours" da dupla Ryuichi Sakamoto e David Sylvian. A canção foi originalmente gravada em 1983 para a banda sonora do filme «Merry Christmas Mister Lawrence» do cineasta japonês Nagisa Oshima (1935-2013), no qual o próprio Sakamoto contracena com David Bowie. No entanto, a gravação que se escuta na TSF é uma versão - igualmente cantada por Sylvian e tocada por Sakamoto - incluída na edição CD do álbum «Secrets of the Beehive» de David Sylvian, álbum que completará três décadas em Novembro deste ano.
戦場のメリークリスマス
Outras escolhas musicais de Pedro Valente da Silva esta semana na TSF: Chet Baker - "My Funny Valentine"; The Velvet Underground - "Sunday Morning"; Bob Dylan - "The Times They Are a Changin'"; The Beatles - "Lucy in the Sky With Diamonds"; The Rolling Stones - "She's Rainbow"; "David Bowie - "Heroes"; Kraftwerk - "Computer World".
A Playlist de Pedro Valente da Silva
TSF-Rádio Notícias
2ª a 6ª feira (13:00/14:00)
3ª a Sábado (02:00/03:00)
Sábado (14:00/15:00)
Ouvir aqui
quarta-feira, 3 de maio de 2017
Hoje na RADAR
Fred Neil foi um dos autores mais obscuros da música popular norte-americana na década de sessenta, mas se falarmos de canções como “Everybody's Talkin'”, “Candy Man” ou “The Dolphins” talvez nos lembremos de artistas que as cantaram, como Harry Nilsson, Roy Orbison ou Tim Buckley.
O segundo álbum da carreira de Fred Neil estará hoje na
íntegra no programa «Álbum de Família» na RADAR, com a habitual contextualização
a cargo de Joana Bernardo.
Um grande trabalho discográfico muito pouco conhecido em Portugal.
4ªfeira (14:00)
Domingo (12:00)
2ªfeira (23:00)terça-feira, 2 de maio de 2017
Domingo à tarde em Lisboa
Serviço Público
Terminou no Domingo a 11ª edição dos Dias da Música, que são também uma
festa da Rádio em directo.
Muitas horas de programação especial no canal erudito da Rádio pública
portuguesa, com transmissão integral de concertos, reportagens, entrevistas e
constantes intervenções a partir das várias salas de espectáculo do Centro
Cultural de Belém, em Lisboa, incluindo Rádio realizada ao vivo no estúdio da
Antena2 montado num dos átrios do complexo. A Rádio fora das quatro paredes e
próxima das pessoas.
Coisas impossíveis de acontecer se não existisse serviço público de
radiodifusão. Ao contrário do que tem sido habitual, no último dia não foi anunciado o tema da próxima edição dos «Dias da Música». Será revelado este mês, aquando da publicação da próxima temporada do CCB.
Sábado à noite em Lisboa
A curta-metragem «António Lindo António» foi finalmente exibida numa sala de Cinema na capital, depois de anteriores projecções em solo nacional no Festival Curtas de Vila do Conde e no Festival Córtex em Sintra.
O multi-premiado documentário realizado pela cineasta Ana Maria Gomes conta
a história familiar de um filho que emigrou há cinquenta anos para o Brasil e
não mais voltou à aldeia portuguesa de origem, onde sua mãe o espera há meio século. Subtil e tocante, esta curta-metragem (não tão curta assim, já que ultrapassa os 40 minutos de
duração) foi estreada internacionalmente em 2015.
A Rádio tem uma breve participação na história, com a mãe de António
rodando o botão na captação de frequências, como quem busca algo de muito precioso
e único como é um filho para uma mãe. Como se, citando Sam Shepard, estivesse "Ansiando
por um posto mágico que o devolvesse à sua herança, há muito
perdida."
«António Lindo António» caracteriza-se por uma extrema contenção emocional, detendo em si o paradigma das mais incomuns histórias contadas em filme que, uma vez reveladas antes do final, liquida qualquer efeito pretendido. Traz à memória a chave da obra-prima «The Woman in the Window», de Fritz Lang. Encontra-se na categoria das obras proibidas de contar o final antes de o ver.