terça-feira, 31 de março de 2009

LINHAS CRUZADAS # 29

















A Vida e a arte do encontro na Música
Andy Partridge e Ryuichi Sakamoto

O guitarrista, cantor e compositor Andy Partridge é o líder e mentor dos XTC, uma banda inglesa que se formou em 1976 e que foi um dos nomes mais fortes da então chamada «New Wave», um movimento que vivia em contra ciclo face à cena Punk dominante nos mercados discográficos europeus. “Making Plans For Nigel” é hoje um clássico e é a canção mais emblemática dos XTC.
Ryuichi Sakamoto, músico e compositor japonês, foi líder e mentor do trio Yellow Magic Orchestra desde a sua formação em 1978 até ao ano da separação definitiva em 1993.
Em 1980, numa muito produtiva carreira a solo, Ryuichi Sakamoto convida Andy Partridge dos XTC para uma colaboração no álbum «B 2 Unit», no tema “Thatness And Thereness”.
Actualmente, os XTC ainda se mantêm em funções, embora o último registo discográfico date de 2001. Em paralelo e desde 1980, Andy Partridge mantém uma não muito regular carreira a solo, contando também com parcerias preciosas, entre elas com o pianista e compositor norte-americano Harold Budd.
Quanto a Sakamoto, continua com uma carreira muito activa, quer a solo, quer com numerosas colaborações – algumas das quais já demos eco em anteriores edições das «Linhas Cruzadas» – e às quais voltaremos aqui futuramente.
Por agora ficamos com o encontro em 1980 de Ryuichi Sakamoto e Andy Partridge no tema “Thatness And Thereness”.


Ouvir / download / podcast

terça-feira, 24 de março de 2009

A LUGAR COMUM tem a honra de apresentar:

















The Ruby Suns
5ª Feira, 26 de Março de 2009 (23:00)
Salão Brazil – COIMBRA


Links:
The Ruby Suns – MySpace
Last Fm do evento
Lugar Comum – Site
Preço 8€
Email: geral@lugarcomum.pt

No por vezes errático imaginário de Ryan McPhun encontramos uma frágil figura cuja relevância é maior que a imensidão na qual permanece perdida. Ao longo da primeira faixa de Sea lion, o fundador dos Ruby Suns relata-nos a desventura de um solitário pinguim azul, que afastado da sua colónia, se encontra à deriva, ao sabor das inconstantes ondas do Pacífico Sul, o mesmo Pacífico que segundo McPhun trará ambos de volta a casa. Nascido na cidade de Ventura, California, McPhun cedo partiu para distantes paragens, rumando ao Quénia, seguindo-se a Tailândia e finalmente a Nova Zelândia. Ali conheceu Amee Robinson e juntos fundaram o projecto The Ruby Suns, inicialmente denunciando uma irreversível atracção pelo legado de Brian Wilson [Beach Boys], tendo no entanto rapidamente evoluído para um combo tropicalista do qual nada é deixado de fora. «Sea lion», o seu segundo álbum de originais, aclamado pela imprensa ao longo de 2008, cruza a pop solarenga dos Beach Boys e dos Animal Collective com os ritmos e vibrantes vocalizações da África Austral, cabendo ainda neste melting pop uma marcada componente electrónica e alguns traços de noise ou psicadelismo. Os seus concertos são marcados por uma rara efervescência, como que espontâneos exercícios de contagiante inclusão. Na noite de 26 de Março, em Coimbra, espera-se uma celebração. Nessa mesma noite, todos nós nos deixaremos levar por uma inconstante onda vinda do Pacífico Sul.

Discografia:











«The Ruby Suns» (2005) «Sea Lion» (2008)

A reserva das entradas poderá ser efectuada preferencialmente através do endereço geral@lugarcomum.pt (com indicação de número de bilhetes pretendido, Nome, BI e Contacto).
Após o concerto decorrerá uma after-party promovida pela Lugar Comum.
LUGAR COMUM – associação de promoção e divulgação cultural
Co-produção Lugar Comum & RUC no âmbito da comemoração do 23º aniversário da Rádio Universidade Coimbra

sábado, 21 de março de 2009

Equinócio 09









O que eles dizem (44)

"Adoro pensar na natureza como uma estação de Rádio ilimitada, através da qual Deus fala connosco a todas as horas se nos sintonizarmos."

George Washington Carver
Cientista norte-americano

quinta-feira, 12 de março de 2009

RÁDIO COMERCIAL 30 anos









No dia 12 de Março de 1979 era inaugurada a «Rádio Comercial»; o canal comercial da Radiodifusão Portuguesa. Uma criação de João David Nunes que deu fama e proveitos e que chegou ao fim com a privatização em 1993.
Trinta anos depois mantém-se o nome da estação e o endereço das instalações, no mítico corredor da Rua Sampaio e Pina em Lisboa, mas a rádio é outra e totalmente diferente. Em 16 anos de estação privada mudou de figurino e perfil mais vezes do que seria saudavelmente recomendável e, em 2009, tem (e mantém) como missão perseguir a rival RFM e tem como objectivo (único?) ultrapassá-la nas audiências. Muito pouco para uma estação de envergadura nacional. Não foi para isto que se fez a Rádio Comercial em 1979. Mas os tempos são outros e mudaram mesmo muito para a Rádio Comercial. Continua a ser uma marca referencial no mundo da Rádio nacional, mas o modelo de negócio em que assenta está a esgotar-se a cada minuto que passa. Um cenário que ainda se encontra em processo de negação e que não é apenas para a Rádio Comercial.
Três décadas depois não se encontra “no ar” nenhum dos nomes de origem. Grande parte dos nomes que fizeram da Rádio Comercial uma rádio de referência em Portugal estão vivos e alguns deles ainda no activo (José Duarte, Júlio Isidro, Luís Filipe Barros, António Sérgio, Aníbal Cabrita, etc). No entanto, nenhum destes nomes – e outros – estão na actual Rádio Comercial. O ângulo de visão dos factos fazem depender uma interpretação positiva ou negativa dos mesmos. Pessoalmente acho que estes factos não são positivos, demonstrando desde logo que a carreira profissional na Rádio tende a ser cada vez mais curta. A lógica empresarial dominante (na Rádio e fora dela) sente-se incomodada com a existência de quadros acima dos 45 ou 50 anos e prefere ter jovens remuneradamente “exploráveis”, mesmo que muito competentes e promissores. Na Rádio portuguesa a RDP é o único caso visível em que ainda é possível para alguns profissionais (não todos) envelhecer na Rádio com alguma dignidade.

Sobre a Rádio Comercial e temas relacionados ver na «Rádio Crítica»:

«Rádio Comercial – Doce Mania de Rádio»; «Rádio Comercial anos 80»; «Outros Programas da Rádio Comercial nos anos 80»; «Paradeiros»; «E você? Ainda está aí?»; «Num domingo qualquer»; «À Sombra de Edison»; «As Noites Longas do FM Estéreo»; «A Voz do Lobo»

quarta-feira, 11 de março de 2009

Abraçar o Tempo na Rádio











Acabado de sair o novo trabalho discográfico do norte-americano M. Ward. Ouvido na Rádio, até agora, nos programas «Discos Voadores» na RADAR e «Quase Famosos» no RCP. A canção “Hold Time”, tema de apresentação do álbum com o mesmo nome editado no passado dia 17 de Fevereiro.
Nas imagens do vídeo – da autoria do próprio M. Ward – o retrato a preto e branco do reflexo da solidão e da frieza nas grandes cidades. Apesar da actividade e do movimento sem parar, não se vê uma única pessoa!
O autor de “Chinese Translation” e “Post-War” está de regresso com novas canções que nos põem a pensar no propósito de tudo isto a que chamamos “Vida”.
Neste 2009, a melhor canção de Verão (enfim, de um certo tipo de Verão…) apareceu no frio do Inverno. E “deu” na Rádio.



You were beyond comprehension tonight
But I understood
I understood If only
I could hold time
Hold time

Words have failed me tonight, failed me tonight
But you knew what I meant
You knew what I meant
Yeah, you heard what I said the whole time
The whole time

And I wrote this song about it
Cause I didn't care about worthless photographs
Yeah, I wrote this song just to remember the endless
Endless summer in your laugh
Endless summer in your laugh 

quarta-feira, 4 de março de 2009

RÁDIO ZERO 3 anos

















É na plataforma on-line que tudo se vai decidir quanto ao futuro da Rádio. E a «Rádio Zero» já leva três anos de adiantamento.

Ver os propósitos do projecto desta WebRadio: http://www.radiozero.pt/projecto/
Ver o sítio na Internet: http://www.radiozero.pt/


terça-feira, 3 de março de 2009

A LUGAR COMUM tem a honra de apresentar:

















Erica Buettner
5 de Março de 2009 (23:00)
República do Kirsh – COIMBRA

Links:
MySpace de Erica Buettner
Erica Buettner na Blogotheque
Site Lugar Comum
LastFM do Evento
Preço: € 7
Email: geral@lugarcomum.pt

Quando escutamos pela primeira vez as suas composições, encontramos um traço familiar, que julgamos reconhecer de um prévio encontro. Ao convocar referências de um passado distante, seja um vinil de Joan Baez ou uma gravação perdida de Nico, Erica Buettner pretende perpetuar o seu legado. O registo intimista encerra a memória da folk enquanto expressão de um autor preso à solidão do palco. A melancolia que percorre a sua escrita e cada uma das faixas que interpreta, é também ela portadora de uma dimensão narrativa, que encontra na sua voz e na guitarra a sua companhia. Será numa pequena sala do Kirsh que Erica Buettner se apresentará ao público de Coimbra. A escolha de um espaço exíguo como aquele decorre dos traços da própria actuação, que se pretende depurada e cúmplice.

(Dado o exposto, encontram-se abertas as reservas de entradas através do email geral@lugarcomum.pt, atendendo ao facto de que o reduzido número de lugares aconselhará a uma atempada reserva)

Após o concerto decorrerá uma after-party da «Lugar Comum».
LUGAR COMUM – associação de promoção e divulgação cultural