sexta-feira, 29 de maio de 2020
Verão 2020
quinta-feira, 28 de maio de 2020
Não, não vai ficar tudo bem
Fotografia de António Cotrim/Lusa
A actual pandemia mundial veio acentuar tudo o que de mal já havia
Antes da Covid-19 os meios de Comunicação Social em Portugal já viviam numa situação delicada, com uma progressiva perda de receitas publicitárias, consequente perda de postos de trabalho, que por sua vez provocou uma notória diminuição de qualidade e quantidade de produção. Mas não só por essas razões. Há que juntar exercícios de má gestão, decisões irresponsáveis, apostas erradas, erros crassos próprios da escola primária da Rádio, experimentalismo bacoco, desrespeito por regras estruturais incontornáveis, atitudes perigosas, investimentos duvidosos e muita incompetência.
No mundo da Rádio, para além da enorme perda de qualidade nos últimos quinze anos, também se tem assistido a uma grande quebra de variedade, riqueza de conteúdos, profundidade e interesse.
A difícil sustentabilidade das empresas detentoras de estações de Rádio colocou a continuidade dos projectos na linha da extinção. Este ano, que antes da pandemia já tinha dado a conhecer o encerramento súbito da Rádio Sim, do grupo Renascença e da extinção da Rádio Estádio (que nem um ano durou!), arrisca-se a terminar ainda com mais e surpreendentes encerramentos.
A incerteza domina a actualidade dos dias de agora, em que já se ultrapassou o anteriormente chamado "novo normal". Agora é "o novo anormal" que guia os destinos diários dos media portugueses.
É sob este cenário telúrico que não se pode dizer que "vai ficar tudo bem", porque não vai.
A mensagem de esperança espalhada pelas varandas e janelas das habitações em confinamento, visíveis em bandeiras, cartazes, panos, toalhas e lençóis não passa da mera expressão de um desejo urgente.
Como sempre acontece, a realidade impõe-se e o actual ano 2020, que vimos começar de uma certa maneira, vai terminar de uma maneira muito incerta.
Não se pode dizer que "vai ficar tudo bem" com a execução de planos de contingência vigentes na Rádio a fazerem diminuir a quantidade da programação, danificando a qualidade do produto final, com recurso a teletrabalho, sofrível em termos de som deficitário e outras dificuldades técnicas de indisfarçáveis danos estéticos.
Não se pode dizer que "vai ficar tudo bem" com numerosos profissionais em regime de Layoff por tempo indeterminado, com perda significativa do seu ganha pão, a desvalorização do trabalho, numa espécie de purgatório para o Inferno. Para além da desmotivação provocada, com tudo o que isso implica, para alguns profissionais da imprensa escrita, Rádio e Televisão, o actual purgatório no qual estão confinados é a antecâmara do desemprego.
Não se pode dizer que "vai ficar tudo bem" quando o Estado dá uma curta ajuda temporária e não se vê no horizonte mais próximo quem possa ajudar depois dele. Quem precisa de ajuda precisa sempre, mas quem ajuda nem sempre pode ajudar. Havendo mecenas ou criação de fundações, imperará sempre a velha máxima de "quem paga manda" e lá se vai a independência.
A Rádio que chegou a 2020 vinha já de fortes embates no passado recente. Ainda não totalmente recuperada da anterior crise, que muito a danificou, sofre agora novo e forte embate de consequências imprevisíveis. O vírus passa, mas a crise fica. E uma crise em Portugal dura, no mínimo, uma década.
Cristóvam - "Andrá Tutto Bene"
As consequências do tempo de confinamento e isolamento social atingiram quase todos os sectores da sociedade. Quem estava mal, ficou pior. Quem estava muito mal, ficou muitíssimo mal. Claro que na desgraça há sempre quem se aproveite, quem tire partido, quem possa beneficiar e ganhe com isso e ainda fique melhor do que já estava. Para esses, a pandemia foi o Jackpot caído do céu.
O sector das Artes e da Cultura está a ser duramente atingido. Sem actividade, caiu num poço sem fundo do qual dificilmente sairá nos próximos tempos. Para muitos projectos, artistas e agentes culturais, é o fim da linha.
Na Música, a partir de casa, foram-se desenvolvendo iniciativas que não resolvem nada. Apenas serviu para chamar a atenção da gravidade do problema e entreter um bocadinho.
Alguns músicos nacionais têm feito o que podem e alguns criaram temas novos, como Cristóvam, no tal grito de esperança de que "vai ficar tudo bem" e a dupla André Tentúgal e Eurico Amorim, utilizando um sampler de um clássico do mesmo nome, "Changes", de David Bowie, pendendo mais para as mudanças que estamos a viver e para as quais teremos quase todos que nos virar já ali, ao virar da esquina.
André Tentúgal & Eurico Amorim - "Changes"
Change is a virtue, my friend. If you wanna escape, all you have to do is wake up your mind.
Bob Neuwirth
ACT:
Mais de uma dezena de títulos pediram cancelamento de
registo na ERC
Notícia na TSF aqui
Sindicato dos Jornalistas diz que Impala vai despedir 54 pessoas
Notícia no Observador aqui
quarta-feira, 27 de maio de 2020
Boa Rádio portuguesa no período de confinamento
Antena1
Dois Minutos Com Francisco George
O Amor É
Antena2
A Força das Coisas
A Ronda da Noite
A Vida Breve
Da Minha Janela
Antena3
Prova Oral
Precisamos de Falar
Rádio Renascença
Extremamente Desagradável
A Hora da Júlia
TSF-Rádio Notícias
Tubo de Ensaio
Sem Medo do Medo
Um Dia de Cada Vez
Covid-19 Perguntas Com Resposta
Volta Ao Mundo Em Quarentena
Com Os Livros Estamos Mais Próximos
SBSR
Radio Call - Uma Chamada Para a Rádio
Stay The Fuck Home
Under The Roof By Radio SBSR
Gabinete de Crise
Vidas Em Isolamento
A Luz Ao Fundo do Túnel
terça-feira, 26 de maio de 2020
Bonitas palavras
Em tempo de pandemia, sublinhados positivos.
Força
A força da Rádio aplica-se de várias formas. Na força da
palavra de uma notícia, pela forma como é dita determinada palavra, como é
contada uma história, como é dito um texto poético ou de prosa. A força de
criar ambientes sonoros que por sua vez são criadores de múltiplas imagens. A
força do apelo ao imaginário.
Pluralidade
A pluralidade das vozes que atravessam a Rádio, a
pluralidade de temas tratados em antena, a pluralidade de opiniões, a
pluralidade de estilos musicais transmitidos em antena, a pluralidade das
inúmeras dimensões do Mundo, da Humanidade e das Artes.
Promoção
A Rádio promove a igualdade, o saber, a informação
fidedigna, idónea e concreta, de forma concisa, directa e sucinta. Promove a
diversidade dos povos, da Cultura e da Arte.
Solidariedade
A Rádio é solidária com causas humanitárias justas, sociais
e até políticas.
Encontro
A Rádio é o encontro da Vida e do Mundo. O encontro entre as
pessoas, mesmo que não se estejam a ver e nem se conheçam.
Partilha
Rádio é partilha. O maior dos feitos da Rádio é partilhar. Partilhar sentimentos, emoções, informação e empatia.
Partilha
Rádio é partilha. O maior dos feitos da Rádio é partilhar. Partilhar sentimentos, emoções, informação e empatia.
Trabalho
Rádio é trabalho. Diário e muitas vezes duro. Vinte e quatro
horas por dia, todos os dias e todas as noites.
Qualidade
A qualidade existe na Rádio, mas já houve mais quantidade de
qualidade. A qualidade é o factor que mais tem diminuído na Rádio ao longo da
última década, de forma muito acentuada, embora o tendente decréscimo da qualidade tenha
tido um início anterior. Há muito boa Rádio a ser realizada em Portugal, mas
está escondida. É diminuta e está ameaçada de extinção. A qualidade, não a
Rádio.
Construção
A Rádio tem o poder de construir imagens que operam no
imaginário do ouvinte. Quer seja através de Música, quer seja através de
palavras. Neste âmbito, a Rádio é inigualável e imbatível.
Reconhecimento
A Rádio reconhece o que de mais falta faz ao ser Humano, mas
nem sempre recebe o reconhecimento mais merecido. Muitas vezes, e de forma
injusta, é apelidada de “parente pobre” dos media. Mas não é.
Proximidade
A proximidade é a força maior da Rádio. Proximidade com as
pessoas. A sua capacidade de criar emoções fortes, cumplicidades, necessidades afectivas e
outras. O meio de maior companhia que existe.
Persistência
O caminho de vida da Rádio é o caminho da persistência. É esse o seu
destino. Persistir. Persistir a tudo o que existe e aparece. A Rádio é o meio
que mais se adapta à co-existência.
Representação
A Rádio representa uma presença constante na vida de todos
nós. De tão profundamente inserida no dia-a-dia humano nem se dá pela a sua
presença. É algo tão essencial como o oxigénio, a água, a chuva ou a electricidade. Só se dá por ela quando
nos falta.
segunda-feira, 25 de maio de 2020
Morrison Hotel há 30 anos
Há cinco anos foi publicada aqui na «Rádio Crítica»,
juntamente com um artigo mais extenso, um conjunto de extractos de emissões do
programa «Morrison Hotel» gravadas na Primavera, Verão de 1990. Agora, mais um
pouco do mítico programa de Rui Morrison no antigo FM-Estéreo da Rádio Comercial
há trinta anos, em Maio de 1990. O som foi captado directamente da emissão ‘no
Ar’, gravado em cassete. Digitalizado três décadas depois, possui a qualidade
possível. No alinhamento, encontram-se temas musicais de: Style Council, Billy
Joel, Tom Waits, Leonard Cohen, Harold Budd & Brian Eno, Joe Jackson,
Carole King, Robbie Robertson, The Doors, Jim Morrison e Pieter Nooten &
Michael Brook.
Ouvir aqui
Nos 40 anos da Rádio Comercial, em Março do ano passado, Rui
Morrison foi entrevistado pela estação a propóstito do programa «Morrison
Hotel» e onde se falou também da longa passagem do autor pela Rádio.
Morrison Hotel na «Rádio Crítica», num artigo publicado no dia
22 de Junho de 2015:
Morrison Hotel
Emissão do programa em Maio, Junho e Julho de 1990
Ouvir aqui
Rádio Comercial FM-Estéreo
16:00/18:00 - Rock Em Stock
18:00/19:00 - Círculo Em FM
19:00/20:00 - Ao Fim e ao Cabo
20:00/22:00 - Topo de Gama
22:00/00:00 - Pessoal e Transmissível
00:00/01:00 - Morrison Hotel
01:00/03:00 - Som da Frente
03:00/06:30 - Serviço Nocturno
In: «Diário de Lisboa», 22 de Novembro de 1989
quarta-feira, 20 de maio de 2020
Lugar Sonoro
Emissão nº 52, preenchida com gravações sonoras de campo
binaurais realizadas no concelho de Oliveira do Hospital.
Com transmissão na Rádio Boa Nova em Oliveira do Hospital.
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Com transmissão na Rádio Boa Nova em Oliveira do Hospital.
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terça-feira, 19 de maio de 2020
O Vírus na Rádio
O professor universitário, sociólogo, pensador e filósofo Boaventura de Sousa Santos editou em Abril um ensaio sobre algumas das muitas consequências provocadas pelo novo Coronavírus. Na semana passada esteve na Rádio, em directo por videochamada, no programa «Prova Oral».
De Fernando Alvim, com Diana Duarte e Joana Gama
2ª a 6ª feira 19:00/20:00 | 06:00/07:00
Segunda-feira, 11 de Maio de 2020
Com Boaventura de Sousa Santos
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segunda-feira, 18 de maio de 2020
José Cutileiro
1934-2020
Fotografia de Orlando Almeida/GlobalImagens
Reputado diplomata, muitos anos comentador de política internacional na Rádio
Na Antena1 nos programas «Mais Europa» e «Visão Global», na TSF no programa «O Estado do Sítio».
Notícia TSF aqui
Última participação de José Cutileiro no programa «O Estado do Sítio» na TSF, no passado Sábado, dia 16 de Maio.
Ouvir aqui
Fotografia de Orlando Almeida/GlobalImagens
Reputado diplomata, muitos anos comentador de política internacional na Rádio
Na Antena1 nos programas «Mais Europa» e «Visão Global», na TSF no programa «O Estado do Sítio».
Notícia TSF aqui
Última participação de José Cutileiro no programa «O Estado do Sítio» na TSF, no passado Sábado, dia 16 de Maio.
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quarta-feira, 13 de maio de 2020
Aves e Música em tempos de confinamento
terça-feira, 12 de maio de 2020
Estado de Calamidade
Está em vigor o Estado de Calamidade em Portugal desde o dia 3 de Maio
Bastou um micro-organismo invisível, apenas detectável
através de potentes microscópios electrónicos, para desestruturar as sociedades
na maior parte do planeta.
Uma pandemia mortal à escala mundial a escrever a história dos
nossos dias, a abalar os sistemas económicos, sociais, políticos e outros e a
equacionar valores. Afinal, o que é importante?
De nada valeram as desenfreadas corridas ao armamento, a
industrialização em massa, a destruição dos ecossistemas naturais, a
especulação económica, financeira e imobiliária. O essencial a ser
permanentemente substituído pelo acessório. Afinal, o essencial era o
investimento na ciência médica onde, agora à pressa e atabalhoadamente, se
procura desesperadamente uma cura rápida, ou um antídoto eficaz enquanto não se
chega a uma vacina.
Expressões como "Isolamento social",
"confinamento", "layoff", "desconfinamento" ou
"distância física" tornaram-se também elas pandémicas.
Na Rádio, a actual urgência sanitária tornou-se quase
mono-temática. O caudal informativo passou a dar vazão a um volume raramente
visto, ouvido e lido. Quantidade e variedade dentro do mesmo tema. Tudo o resto
perdeu importância. Os outros acontecimentos eclipsaram-se. Parece já nada mais
existir a não ser esta urgência que nos confina e atormenta. Ainda não tínhamos
saído por completo da anterior crise económica e já estamos a levar com outra
em cima ainda mais grave. A vida dita "normal" preexistente a Março
parece ter sido há imenso tempo. Esta espera mata-nos, a economia afunda-se, o
deficit, outrora levado ao estatuto de desígnio nacional, afinal já
não conta para nada, podendo ser ignorado e até largamente ultrapassado. A
sociedade da informação deu lugar à sociedade da desconfiança. Já não é o
salve-se quem puder. É o fuja quem puder. Mas só se pode fugir quando se tem
para onde.
O Mundo já era um lugar estranho e perigoso, muitas vezes
hostil, mas agora tornou-se irreconhecível.
As cidades vazias de movimento e pessoas fez ressurgir os
sons naturais dos pássaros, do vento e do silêncio. Mas o cenário era de uma
civilização exterminada como se tivesse ocorrido uma guerra química que deixou
os edifícios todos de pé e intactos, mas sem qualquer lastro de vida.
Como em muitas outras ocasiões, a Rádio é um refúgio
reconfortante nestes inquietantes dias sombrios, estranhos e perigosos.
Olhar os dias no mais belo e interessante programa diário da actual Rádio
portuguesa, reunindo alguns extractos de obras literárias de vários autores.
Excertos que assentam que nem uma luva nos dias de hoje.A Ronda da Noite
Antena2
Realização de Luís Caetano
2ª feira, 11 de Maio 2020
Ouvir aqui
segunda-feira, 11 de maio de 2020
Rádio pandemia
SARS/Cov-2 | Novo Coronavírus | Covid-19
A Rádio mostrou ser, uma vez mais, um refúgio seguro. Surgiram em algumas estações programas dedicados à pandemia, com programações muito alteradas por via da execução de planos de contingência.
Em dias de confinamento e isolamento social, TSF, Antena1, Rádio Renascença, SBSR, Rádio Observador e Antena3 lançaram-se ao tema.
TSF-Rádio Notícias
Para além dos programas já aqui referenciados «Covid-19 Perguntas Com Resposta» e «Sem Medo do Medo», a TSF criou novos espaços de programação, como por exemplo «Volta Ao Mundo Em Quarentena», com depoimentos de cidadãos em cidades confinadas e os seguintes:
Um Dia de Cada Vez
De Teresa Dias Mendes
3ª a 5ª feira
19:00/20:00
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Com Os Livros Estamos Mais Próximos
Ouvintes na leitura de excertos de obras literárias
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Antena1
Dois minutos com Francisco George
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Rádio Renascença
Vinte e cinco anos depois, o regresso de Júlia Pinheiro à Rádio, num talkshow interactivo (iniciado no dia 13 de Abril) no estilo próprio da apresentadora de TV, enquanto a pandemia durar, com participação dos ouvintes.
A Hora da Júlia
2ª a 6ª feira
23:00/00:00
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SBSR
Radio Call
19:00/20:00
Começou por ser de segunda a sexta-feira, agora duas vezes por semana à 3ª e 4ª feira. Apenas com Ricardo Mariano em estúdio, mas com vários intervenientes convidados em sistema de teletrabalho, incluindo músicos com prestações ao vivo à distância.
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Para além do espaço interactivo «Radio Call-Uma Chamada para a Rádio», a SBSR ainda criou o espaço diário de sugestões culturais para consumir a partir de casa em «Stay The Fuck Home» e ainda o espaço, também interactivo, substituindo os mini-concertos em estúdio «Under The Roof By Radio SBSR», com músicos convidados a apresentarem-se ao vivo a partir de casa à sexta-feira.
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Rádio Observador
Criou vários espaços sobre a pandemia, como por exemplo o programa de análise e debate semanal sobre a situação do combate ao Coronavírus em Portugal.
Gabinete de Crise
Com Carla Jorge de Carvalho, Alexandre Abrantes e Pedro Pita Barros.
Ouvir aqui
A Rádio Observador também criou os seguintes espaços dedicados à Covid-19:
Vidas em Isolamento
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A Luz Ao Fundo do Túnel
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Antena3
Prova Oral
O forum interactivo mais descomplexado da Rádio portuguesa atirou-se ao tema por numerosas vezes, sempre com convidados. A qualidade de som nem sempre foi a melhor devido à realização do programa estar submetida ao sistema de teletrabalho, utilizando diversas plataformas digitais em simultâneo com a emissão em directo a nível nacional. A «Prova Oral» esteve sempre muito animada, aliviando o ar pesado destes tempos.
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sexta-feira, 8 de maio de 2020
It was HÁ 50 ANOS ago
THE BEATLES - Let It Be (1970)
Lado A
1. Two of Us
2. Dig a Pony
3. Across the Universe
4. I Me Mine
5. Dig It
6. Let It Be
7. Maggie Mae
Lado B
1. I've Got a Feeling
2. One After 909
3. The Long and Winding Road
4. For You Blue
5. Get BackIt was HÁ 50 anos ago
It was HÁ 50 ANOS ago (I)
It was HÁ 50 ANOS ago (II)
It was HÁ 50 ANOS ago (III)
It was HÁ 50 ANOS ago (IV)