segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Dias de aniversário
Quase a atingir um quarto de século, a TSF encontra-se actualmente em multi-plataformas, via iphone, iphone touch, ipod e ipad ainda em redes sociais como o Twitter.
Para além do site e do podcast, também desde há poucas semanas que é possível escutar a emissão 24 horas por dia na rede social Facebook.
É a rádio portuguesa com mais seguidores na Internet.
http://www.tsf.pt/paginainicial/
Próximo Oriente
E o Oriente aqui tão próximo
Hugo Pinto, já aqui várias vezes referido através do podcast «Miss Tapes» realizou na Rádio Macau o programa «Próximo Oriente» em 37 edições durante dez meses.
Uma variedade de sons absolutamente novos e saudavelmente estranhos para nós, ocidentais, ouvintes deste lado do globo.
«Próximo Oriente» foi sempre documentado e contextualizado com informação correspondente à música apresentada. Tratou-se, na verdade, de um trabalho jornalístico de divulgação musical.
Jornalista português há anos a viver e a trabalhar em Macau, Hugo Pinto terminou o programa antes mesmo de o poder apresentar aqui na «Rádio Crítica». Acabou no final do ano passado.
The End
After 10 months, 37 shows, hundreds of songs by dozens of bands from all over Asia, covering several musical styles, I've decided it is time to stop.
That makes the latest show, featuring the Best of 2010, the last one. Guess it's a proper way to say goodbye.
December 31, 2010 at 6:25am
Passam demasiado velozes os dias actuais. Ainda assim, o autor de «Miss Tapes» continua a assinar o «Próximo Oriente», agora na imprensa escrita macaense.
A partir do passado dia 11, semanalmente, «Próximo Oriente» é o nome de um espaço no novo suplemento "H" do jornal Hoje Macau.
Apesar de ter tido uma curta vida na Rádio, «Próximo Oriente» pode ser escutado na Internet a partir das seguintes ligações:
Próximo Oriente: programa
Próximo Oriente: blogue
Próximo Oriente: Facebook
Hey, miss!
Durante toda a realização de «Próximo Oriente», Hugo Pinto não publicou nenhum novo podcast de «Miss Tapes» (para além de um outro podcast, «Deep Mode»), mas há uma recente publicação do início deste ano. Espero que – como ouvinte confesso das misses – o autor não se submeta a um novo e prolongado hiato.
Vai na edição nº95. Que tal uma nova meta a apontar para a centena?
domingo, 27 de fevereiro de 2011
José Freire
José Freire foi, para além de fadista, um radialista de créditos firmados no RCP-Rádio Clube Português e na RDP-Rádio Comercial (Onda Média/FM).
Tinha 65 anos de idade.
sábado, 26 de fevereiro de 2011
John Cale hoje em TORRES NOVAS
JOHN CALE em Portugal:
Torres Novas - Teatro Virgínia, 26
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
John Cale hoje em TORRES VEDRAS
A mentira continua, dorme sossegado
Tendo em conta a dificuldade em chegar à fala com John Cale, posso dizer que tive muita sorte. Por duas ocasiões. Sempre em trabalho, sempre para a Rádio. Uma vez em conjunto para a imprensa, outra a sós. Claro que a segunda foi de longe a melhor.
Na conversa breve e conjunta com outros órgãos de comunicação social, Cale não teve muito tempo para poder falar. Referiu-se apenas ao concerto que ia dar nessa noite. E, assim que uma jornalista lhe perguntou se considerava a hipótese de voltar a trabalhar em parceria com Lou Reed, John Cale levantou-se da cadeira e num ápice virou costas. Acabou ali a conversa. Trabalho estragado para quem o queria continuar e tentar desenvolver mais um pouco que fosse. Da segunda ocasião, sob um harmonioso Sol de Inverno e ao ar livre, Cale falou sobre a melancolia. A melancolia que não conseguia contrariar de cada vez que tocava a sua viola d’arco. Mesmo tocando-a freneticamente, mesmo castigando as cordas, é um instrumento do qual brotam sempre tons de melancolia. Chega a causar frustração, disse.
Nas imagens, voltamos à actuação (em estreia) das peças compostas, orquestradas e intepretadas por John Cale, com maestro, orquestra e coro juvenil.
Um assombro, sob a escrita de Dylan Thomas. Tema do álbum «Words For The Dying»:
John Cale – “Lie Still, Sleep Becalmed” (1989)
JOHN CALE em Portugal:
T.Cine - Torres Vedras, 25
Torres Novas, 26
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
John Cale hoje em LEIRIA
Não entres tão gentilmente nessa boa noite
John Cale é avesso a entrevistas. Raramente as concede e há regras rígidas para que ocorram. Nunca em ambiente com fumo e fumadores, nunca em locais ruidosos, nunca falar do passado e nunca falar de Lou Reed. Os dois estão desavindos pela segunda vez em mais de 45 anos. A primeira desavença profunda ocorreu em 1968 quando Reed expulsou Cale dos Velvet Underground. A segunda vez – e aparentemente definitiva – foi em 1993, aquando da reunião (magnífica) dos Velvet numa digressão mundial que tinha em vista a gravação de um novo disco de originais. O projecto do disco foi abortado já na fase de pré-gravação devido a novas divergências profundas entre Cale e Reed. A orientação musical, o sentido estético e o “quem manda mais” ditaram o fracasso de uma reunião que até estava a correr muito bem. Se repararem, nas imagens do final do último concerto dos Velvet em Paris, na fase dos aplausos e das vénias ao público, Lou Reed abraça John Cale, mas este nem se mexe e nem olha para Reed. As coisas já não estavam bem e atingiram o ponto de não retorno. Não se falaram de 1968 a 1990 (durante 22 anos), ano em que gravaram juntos o histórico «Songs For Drella» em homenagem a Andy Warhol, e não se falam desde 1993 (há 18 anos).
Nas imagens, a actuação ao vivo daquele que talvez seja o trabalho mais refinado de John Cale: o álbum «Words For The Dying» (1989), em que Cale compôs, musicou e orquestrou a partir da poesia de Dylan Thomas.
John Cale – “Do Not Go Gentle Into That Good Night”
JOHN CALE em Portugal:
Teatro J.L.Silva - Leiria, 24
T.Cine - Torres Vedras, 25
Torres Novas, 26
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Dead Can Dance na Antena2
De tão raro, de quase tão impensável, merece destaque. O programa «Argonauta», de Jorge Carnaxide, dedicou uma hora de emissão à música da dupla Lisa Gerrard e Brendan Perry. Numa noite de Domingo, no invernoso Janeiro transacto.
A música multi-referencial dos Dead Can Dance e a voz de mármore de Lisa Gerrard não é possível em nenhuma 'playlist', nem é isso que se pretende. Não é de todo desejável a banalização de tais esculturas vocais, misturadas com universos que lhe são estranhos e incompatíveis. É com aceitação racional que se pretende a devida separação das águas, sob o risco de contaminação indesejável. E o que é puro não se pode nem deve poluir. Não é essa a verdadeira questão.
«Argonauta» de Jorge Carnaxide Cantara Antena2 (Domingo, 09 de Janeiro 2011)
Mais sobre «Argonauta» na «Rádio Crítica»: "Sonhos Lúcidos" (15.Março.2006).
João Pereira Bastos (ex-Director Antena2)
In: «No Ar - A História da Rádio Em Portugal»
O que eles dizem (69)
Toda a gente sabe que vai morrer, mas ninguém acredita nisso.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
BEATLES 50
… ainda a (pseudo) polémica das datas sobre a fundação dos Beatles.
Haja alguém que ponha os pontos nos “iis”!
Luís Pinheiro de Almeida. Who else?
Na revista «NS’s», publicada no passado Sábado e inserida nas edições dos jornais «Diário de Notícias» e «Jornal de Notícias».
De 50 pontos publicados que ligam – directa ou indirectamente – os Beatles a Portugal e/ou a portugueses, destaco os seguintes:
A letra de Yesterday, provavelmente a canção mais conhecida dos Beatles, foi escrita por Paul McCartney em Portugal, num trajecto de automóvel entre Lisboa e Faro, em 1965.
Em 1966, a Rádio Renascença proibiu a transmissão de discos dos Beatles, como represália à alegada afirmação de John Lennon de que «os Beatles eram mais famosos do que Jesus Cristo».
Entre 9 de Abril de 1988 e 16 de Junho de 1991, a RFM transmitiu semanalmente um programa de uma hora exclusivamente dedicado aos Beatles, Ob-La-Di Ob-La-Da, o único de sempre dedicado ao quarteto de Liverpool.
Ler na íntegra aqui
The Beatles – "Yesterday" (1965)
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Novo álbum dos GIFT
Encontra-se desde hoje em exclusivo no site da banda de Alcobaça. Haverá edição em CD, mas ainda sem data prevista.
Os Gift sempre tiveram bom acolhimento nas estações de Rádio nacionais. Desde o primeiro disco «Vinyl» através do tema “Ok, Dou You Want Something Simple?”, em 1998.
Temas do novo trabalho vão passar em barda na Rádio (digo eu, e posso estar muito enganado). No site da banda da vocalista Sónia Tavares pode ler-se o seguinte:
Os anos foram longos, demorados, ou aquilo que nós chamamos a espera ideal para quando se querem fazer as coisas certas, na altura certa. O novo disco dos The Gift está composto, gravado, misturado, masterizado e pronto para que o mundo o descubra.
Até ao dia 27 de Fevereiro poderá adquirir as onze canções que compõem o novo disco. O preço? Dê o que achar justo. Dê o que puder dar. Dê aquilo que quiser dar.
Preencha o seguinte formulário e receberá a partir do dia 28 de Fevereiro uma canção por dia. No total serão onze dias com uma música nova na sua caixa de correio electrónico. Onze dias, um disco novo, alguns anos depois...
O novo disco dos Gift está aí, é real e pronto para ser ouvido.
Comercialmente ainda não existe data oficial de lançamento e esta torna-se a única maneira de ouvir em primeira-mão este novo disco.
Recorde-se que os The Gift têm já anunciados espectáculos em Lisboa no Teatro Tivoli nos dias 17, 18 e 19 de Março bem como em Madrid no Teatro Circo Price a 7 de Maio.
Para estes concertos a banda criou uma inovadora maneira de trazer pessoas fora da capital aos espectáculos, criando o The Gift Experience Pack.
Este pack é um pacote que inclui bilhetes duplos para os concertos, viagem de comboio, hotel de 4 estrelas entre uma série de outras ofertas únicas e exclusivas.
Uns anos mais tarde, um disco novo. Inscreva-se, pague o que quiser e desfrute.
domingo, 20 de fevereiro de 2011
John Cale hoje em AVEIRO
Ao contrário do que muita gente julga, uma considerável parte da obra de John Cale – e dos Velvet Underground – é bastante radiofónica e podia perfeitamente estar a passar hoje em dia na Rádio em Portugal. Podia, mas não passa.
As canções de John Cale que passei na Rádio:
Inventário incompleto
“Fear is a Man’s Best Friend”; Emily”; “You Know More Than I Know”; “Darling I Need You”; “Heartbreak Hotel”; “Guts”; “Helen of Troy”; “I Keep a Close Watch”; “Child’s Christmas in Wales”; “Hanky Panky Nohow”; “Paris 1919”; Antartica Starts Here”; “Ship of Fools”; “Taking Your Live in Your Hands”; “If You Still Around”; “Chinese Envoy”; “Risé, Sam and Rimsky-Korsakov”; “In Library of Force”; “Lie Still, Sleep Becalmed”; “Do Not Go Gentle Into The Good Night”; “The Soul of Carmen Miranda”; “Style It Takes”; “Cordoba”; “Hallelujah”; “Set Me Free”.
Há sempre um Cale na minha vida
Nas emissões da série «Como no Cinema» que realizei na TSF (2000-2001) há três canções de John Cale no programa «Canções de Amor e Ódio»; na mesma série, no programa «Doença» há um diálogo de John Cale com Bob Neuwirth; no podcast «Summer Dreams/Sonhos de Verão V» que publiquei na «Rádio Crítica» em 2008 há um tema de John Cale.
Fear is a Man’s Best FriendO medo é um amigo útil, de facto. É uma das coisas que um artista aprende a apreciar Se estiver num país estrangeiro, compreende que aquilo que vê não é o que tem. Aprende a ler nas ruas. Não sabe o que se passa à sua volta. Há uma trigonometria das emoções nas cidades. Mas o medo não é assim tão importante para criar. O que é importante para um artista é a raiva, a fúria.
Nunca canto “Fear” e “Guts” na mesma noite. São muito pesadas e quero acabar os espectáculos com boa voz. É demasiado.
(…)
Eu não olho para trás.
(…)
Há muitas coisas na minha juventude nas quais não quero pensar. Sempre tentei ser justo, sem permitir que essas coisas que me aconteceram afectassem o meu julgamento. Não foi fácil, às vezes. Mas já não interessa agora. Toda a gente carrega a bagagem da infância.
John Cale in: «PÚBLICO»
Doming0, 20 de Fevereiro 2000
No vídeo, um tema do álbum «Slow Dazzle» (1975) interpretado ao vivo em França vinte anos depois; canção dedicada à sua ex-mulher Cynthia Wells:
John Cale – “Darling I Need You”
JOHN CALE em Portugal:
Teatro Aveirense - Aveiro, 20
Teatro J.L.Silva - Leiria, 24
T.Cine - Torres Vedras, 25
Torres Novas, 26
sábado, 19 de fevereiro de 2011
John Cale hoje em GUIMARÃES
Banquo: Do céu vai cair chuva esta noite.
Primeiro Assassino: Deixa-a cair.
Citação de Mcbeth de William Shakespeare, inscrita na capa do álbum «Fragments os a Rainy Season».
Que não se enganem os apreciadores de John Cale: o ex-Velvet Underground é um rocker. Apesar da sua formação clássica, o percurso de Cale na história da música é enquanto rocker – fundador dos Velvet Underground, com Lou Reed, Sterling Morrison e Maureen Tucker, incluindo Nico e Andy Warhol. É um facto. Há no entanto a outra face do rocker: um Cale melódico e intimista, revoltado e amargurado, que persegue e combate os seus próprios fantasmas. Na digressão que por estes dias realiza em Portugal, não é esse Cale que se encontra, mas sim o homem da força do rock. À semelhança da actuação em Lisboa em 1997, o John Cale que está agora entre nós não é intimista nem melódico. A força está lá toda sim, mas em versão rock. É uma espécie de desilusão para quem, como eu, aprecia muito mais a expiação das dores e dos horrores em canções mais próximas do coração e da alma. Esse foi no Cale que vi actuar em 1988, 1994 e 2000. Claro que para quem gosta das duas faces do mesmo homem ficará agradado em (r)evê-lo em palco hoje em Guimarães.
Tal como “Fear”, o tema “Guts” tem um momento final que choca os desconhecedores e incomoda sempre os menos incautos. No mesmo vídeo, segue-se depois outra canção:
John Cale – “Guts”; “Chinese Envoy” (ao vivo em 1983)
JOHN CALE em Portugal:
CCVF - Guimarães, 19
Teatro Aveirense - Aveiro, 20
Teatro J.L.Silva - Leiria, 24
T.Cine - Torres Vedras, 25
Torres Novas, 26
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Et Voilà!
Em noite de Lua cheia, aí está o novíssimo trabalho dos britânicos Radiohead
«The King of the Limbs» sucede a «In Rainbows», editado em 2007. Novamente em avanço na Internet – com edição em CD prevista para Maio – mas ao contrário de há quatro anos com «In Rainbows», agora a edição 'online' tem custos para o consumidor.
Já rodou hoje nas emissões da RADAR e da RUM:
Radiohead – "Lotus Flower" (2011)
DOWNLOAD a partir daqui: http://www.thekingoflimbs.com
Alinhamento completo do álbum «The King of the Limbs»:
01. These Are My Twisted Words (05:32)
02. Present Tense (04:03)
03. The Unfinished Day (05:46)
04. Lotus Flower (04:54)
05. Give Up the Ghost (06:12)
06. Mouse Dog Bird (05:15)
07. The Daily Mail (03:42)
08. Skirting On the Surface (02:12)
09. Open the Floodgates (04:20)
10. King of Limbs (05:04)
Birds Are Indie
Quem são os Birds Are Indie?
Ricardo Jerónimo e Joana Corker, um duo, que se apaixonaram há treze anos. Nenhum deles sabe ou tocar particularmente bem. É assim, genericamente, que se definem. Ainda assim, cantar e tocar parece fazer-lhes bem.
Hoje farão uma actuação ao vivo na Oficina Municipal de Coimbra, às dez da noite.
Para (não) variar, a música que fazem não passa na Rádio. Excepto nos espaços suspeitos do costume (RUC; Programas de autor; podcasts).
Têm dois EP's editados em 2010: «Love Birds Hate Pollen» e «Life is Long».
São de Coimbra e vieram para não terem pretensões.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
John Cale hoje em COIMBRA
Quantas vezes terei passado a música de John Cale na Rádio?
Impossível saber, mas foram muitas.
Quantas vezes terei visto John Cale em palco? Já não sei... mas há pelo menos três grandes momentos inesquecíveis: Sozinho em palco no Teatro São Luiz, 18 e 19 de Fevereiro, na Lisboa Capital da Cultura 1994, numa noite em que o alinhamento foi o do então recém-editado álbum (ao vivo) «Fragments of a Rainy Season»; No grande auditório do Centro Cultural de Belém, no dia 27 de Abril de 1997, na digressão do álbum então editado «Walking on Locusts», num concerto menos intimista e mais Rock, com banda; e no dia 18 de Fevereiro do ano 2000 no auditório da Fundação Serralves no Porto, sozinho e vestido de preto, em palco ao piano, com uma viola acústica e uma viola de arco.
Agora John Cale está de regresso a Portugal para uma série de concertos em várias cidades (Porto e Lisboa de fora). O primeiro é hoje, em Coimbra, no Teatro Académico Gil Vicente.
Nos concertos em que se apresenta sozinho em palco, Cale inclui no alinhamento a canção “Fear Is a Man’s Best Friend”, tema do álbum «Fear» de 1974.
Mesmo para o público conhecedor, o momento final desta canção surpreende, incomoda e espanta sempre.
fear, fear, fear!
JOHN CALE em Portugal:
TAGV - Coimbra, 17
CCVF - Guimarães, 19
Teatro Aveirense - Aveiro, 20
Teatro J.L.Silva - Leiria, 24
T.Cine - Torres Vedras, 25
Torres Novas, 26
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
A Voz Humana
Art is the revelation of the secret laws of nature wich without it would remain forever hidden
De Jean Cocteau no Teatro Turim (antigo Cinema Turim; Estrada de Benfica, Lisboa) até dia 19 de Fevereiro.
Um monólogo telefónico escrito por Jean Cocteau em 1930, com representação de Ana Moreira, Margarida Cardeal e Raquel Dias.
De visitar também, ao lado da sala, a exposição de fotografia de Karina Jeppesen. São imagens do acompanhamento do processo de criação da peça «A Voz Humana».
O que elas dizem (68):
O sofrimento de amor é transversal – não é exclusivo do sexo feminino – e não constitui vergonha para ninguém. Sim, as pessoas sofrem por amor, e dizem as coisas como estas – que Cocteau escreveu – em privado.
Raquel Dias
Criámos, com a ajuda da Karina, um universo estético que acabou por condicionar a dramaturgia.
Margarida Cardeal
Esta mulher – que nós interpretamos as três, cada uma à sua maneira – usa o seu sofrimento para manipular o amante. Ela exerce chantagem emocional sobre ele... é o seu recurso, e isso é muito óbvio no texto.
Ana Moreira
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O que eles dizem (67):
O telefone na Rádio
Não aconselho a ninguém ouvir muitas horas de fóruns radiofónicos. As vozes na cabeça não se vão embora. Parece ter havido festa grossa na sala mental onde iam as minhas palavras quando queriam estar à vontade.
(...)
A culpa da crise é de todos nós - parece um truísmo. Mas o ouvinte não acredita na crise. Só acredita na crise em que não acredita.
É por estes pensamentos originais que vale a pena ouvir os rádio-fóruns.
(...)
É pena que se não digam só vacuidades nos fóruns. Assim escusávamos de nos darmos ao esforço de traduzir. A verdade é que se dizem coisas interessantes, pouco ouvidas ou bem pensadas. Muitas vezes debaixo do mais pesado jargão ou na forma de desabafos monossilábicos.
Não há relação entre falar bem e ter graça. Havendo regra, são as pessoas com mais graça que se exprimem pior. Seja por tentarem falar caro ou por não terem jeito para falar. Já entre as pessoas que nada têm para dizer ou acrescentar, a maioria sabe falar bem, com irrepreensível clareza.
Os rádio-fóruns são a demonstração desta assincronia. É mesmo preciso traduzir. Ou, quando não há paciência ou generosidade, também é bom ouvir os portugueses a falar como lhes apetece falar. É assim que falamos. É assim a língua portuguesa. Que não é a deles – que é a nossa.
Não é possível mudá-la. Nem é fácil amá-la. Mas há lá qualquer coisa para amar.
Miguel Esteves Cardoso
In: «PÚBLICO»
Sexta-feira, 20 de Agosto 2010
O que eles dizem (66):
O Telefone
O telefone exige uma participação completa da pessoa. Para compreender é preciso captar sons muito baixos, os matizes da voz, do tom. Só assim podemos intuir o estado de espírito do interlocutor, compreender as suas intenções. Ao telefone temos de desenvolver em nós um pouco das virtudes dos cegos, que apreendem a realidade sem a verem com os olhos.
Marshall McLuhan
Ao telefone podemos colher informações que, às vezes, se perdem por entre a grande riqueza dos estímulos de um encontro directo. Porque é como se o outro estivesse concentrado num único ponto, como um escultor. Ou como um esgrimista que, se se distrair por uns instantes, se deixar que um pensamento lhe passe pela cabeça, é tocado.
Ao telefone é difícil exprimir emoções que não se sentem. Por exemplo, as condolências. Indo pessoalmente a um funeral, basta ter os olhos baixos, murmurar umas palavras, fazer um gesto convencional. Por outro lado, a emoção colectiva transmite-se facilmente, faz-nos participar mesmo que estivéssemos indiferentes. Ao telefone, pelo contrário, no diálogo solitário tu a tu, no silêncio absoluto do microfone, só quem está sinceramente emocionado é que sabe o que dizer. As vibrações da sua voz, as pausas, até a respiração, falam por ele.
Ao telefone a bondade de espírito revela-se facilmente. Mesmo que, a princípio, a pessoa generosa seja apanhada de surpresa, ou não se sinta bem, ou até esteja aborrecida, logo a seguir a sua voz se torna milagrosamente suave. Não consegue fazer prevalecer os seus interesses. Pede desculpa por não poder responder, ou por não poder continuar ao telefone. Compreende-se que gostaria de nos ajudar mas que está mal e não pode fazê-lo.
Francesco Alberoni
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Canções que não passam na Rádio
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Amo-te Coimbra
Dia dos Namorados: Serenatas na cidade de Coimbra
A jornalista Alexandra Nunes foi até Coimbra depois de fazer uma reserva de dedicatória para os ouvintes da TSF.
Sonorização de Joaquim dias.
Para ouvir na Internet através do site da TSF: aqui
+ Número de jovens casais que procuram terapia tem aumentado
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
JOHN CALE em Portugal
Todas as datas em Fevereiro:
TAGV - Coimbra, 17
CCVF - Guimarães, 19
Teatro Aveirense - Aveiro, 20
Teatro J.L.Silva - Leiria, 24
T.Cine - Torres Vedras, 25
Torres Novas, 26
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Baixa de COIMBRA
A Baixa volta a estar em festa a pretexto do Dia dos Namorados [dia 14, segunda] numa iniciativa que começa no dia 10 e só termina na noite de 14!
Para este Dia dos Namorados podem ser encomendadas serenatas, as lojas vão estar mais doces com chocolates e fazer compras vai habilitar a prémios; às 19 horas os ANAQUIM actuam à frente da Câmara Municipal, com entrada livre — uma hora a que o comércio costuma fechar o que não vai acontecer neste dia, porque há sempre prendas de última hora para comprar — precisamente antes de um jantar romântico num dos muitos restaurantes desta zona da cidade
E a acabar a noite, porque não um chocolate quente?
Clã – “O Sopro do Coração” (2000)
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
A LUGAR COMUM apresenta:
STRANDED HORSE (França)
Sexta-feira, 11 de Fevereiro 2011, 22:00
Museu Nacional de Machado de Castro – COIMBRA
Stranded Horse é o projecto do músico francês Yann Tambour. A acompanhar a sua voz, usa como instrumentos a guitarra e a kora - por vezes, simultaneamente - tendo desenvolvido uma sonoridade singular, entre a chanson française, os poliritmos africanos, os blues e a folk.A sua abordagem à kora é absolutamente não-tradicional, mas tão impressionante que o fez já partilhar o palco com um dos expoentes máximos desse instrumento, Ballake Sissoko. Em 2007, editou o seu disco de estreia Churning Strides e alguns meses depois um vinyl em parceria com Ballake Sissoko. Já em Janeiro de 2011, a editora Talitres lançou Humbling Tides, álbum maioritariamente composto em Bristol e gravado na costa da Normandia, onde continua a explorar novas influências como temas medievais e sonoridades da África Ocidental de forma arrojada e única.
http://www.myspace.com/theestrandedhorse
www.myspace.com/theestrandedhorse
" Hypnotic, contemplative, very lovely."
Sunday Telegraph
" Yann Tambour quit his last band Encre to move to the lush isolation of rural Normandy, the perfect place to craft this weird, daring folk-blues experiment. The rustic grotesquery of his mostly English lyrics and yokel voice suggest a Gallic "Prince" Billy."
Uncut
" Tambour's pensive voice is like a cocktail of Neil Young, Jeff Buckley and Nick Drake. Thundery lyrics meet heavy pained choruses on each track […]"
Songlines
"[…] modern folk near its zenith point – captivating with its simplicity yet possessing an indescribable charm that only the true greats, from Drake onwards, have exuded through the very lightest touch of fingertips upon strings."
Drowned In Sound
Stranded Horse – “And the shoreline it withdrew in Anger” (2011)
Preços: entrada geral: € 8,00 / entrada associados Lugar Comum: € 7,00
A reserva das entradas poderá ser efectuada através do endereço geral@lugarcomum.pt (com indicação do número de bilhetes pretendido, nome, BI e contacto); as reservas podem ser feitas até 10 de Fevereiro, podendo ser levantadas no Museu Nacional de Machado de Castro entre as 21h30m e as 22h do dia do concerto.
LUGAR COMUM - Associação de Promoção e Divulgação Culturalterça-feira, 8 de fevereiro de 2011
A Publicidade na Rádio
Debate com Edson Athayde, Paula Cordeiro, e Rita Torres Baptista. Moderação de Cristina Amaro.
(Foto: Joao Girão/Global Imagens)
O SPOT – Prémios de Publicidade na Rádio, uma iniciativa do grupo r/com - Renascença comunicação multimédia, Media Capital Rádios e grupo Controlinveste Media, pretende seleccionar e premiar a melhor publicidade feita em rádio no ano passado. É uma iniciativa em nome da paixão pela rádio, sem receios de concorrência.
Os vencedores serão anunciados no final deste primeiro trimestre de 2011.
O que eles dizem (65)
Apesar da falência geral da publicidade nos meios tradicionais há várias formas de incentivar o capital criativo no meio rádio. O que hoje vende ou atrai a atenção é exactamente o que é inovador, o que foge ao normal. Ao contrário do que se possa dizer os publicitários têm uma grande simpatia pela rádio, uma vez que lhes exige mais criatividade. O desafio existe!
Edson Athayde
(Publicitário)
A rádio está a reinventar-se. O importante é a capacidade das rádios conseguirem manter os ouvintes interessados, seja através de conteúdos, da música ou dos animadores. A Rádio é feita por e para pessoas. E isto não pode ser desvirtuado.
Paula Cordeiro
(Coordenadora de Unidade em Ciências da Comunicação do ISCSP e Coordenadora Científica do R@dio em Congresso)
É uma aposta contínua da marca, que tem bons resultados, também porque tentamos fazer diferente. Deixamos que além do simples spot, se consiga que o anúncio se torne conteúdo, porque diz respeito às pessoas, ao seu dia a dia, ao imaginário de cada um.
Rita Torres Baptista
(Directora de Marketing do Banco Espírito Santo)
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Haverá mercado?
A de Emídio Rangel e a da Vodafone:
O que eles dizem (64)
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Rádio anos 80
Um ouvinte de Rádio muito atento (das Caldas da Rainha) chegou à «Rádio Crítica» quando se preparava para escrever sobre programas da boa memória dos anos 80, especialmente na Rádio Comercial.
O texto "Doce Mania de Rádio" que publiquei aqui em 2006 é o artigo mais procurado de todos neste blogue. E não é por acaso. Há muita orfandade em largas camadas da população consumidora de Rádio em Portugal. E quando a oferta actual não é por demais estimulante accionam-se os mecanismos do revivalismo, da saudade, da nostalgia dos bons velhos tempos. Procura-se o que de bom já houve e já se ouviu.
O que eles dizem (63)
Com a liberalização das rádios, no final dos anos 1980, e, depois, com a privatização, o meio renovou-se. Joaquim Vieira destaca o papel da Rádio Comercial e do nome de João David Nunes, então seu director: «Aí houve uma renovação muito grande da linguagem radiofónica. E, depois, o aparecimento de projectos fortes privados, como a TSF, também veio trazer um papel inovador da rádio».
In: «PÚBLICO»
19 de Janeiro 2011
sábado, 5 de fevereiro de 2011
Rádio Nostalgia
Com este tema, os Police aproximaram-se muito da linha de fronteira que poucos anos mais tarde se chamaria de Indie. Aproximaram-se, mas o refrão resgatou-os para o mainstream, onde habitavam em largos territórios plenos de sucesso e rendimentos comerciais. Mas estiveram perto, muito perto mesmo. E tudo uma canção poderia ter mudado. Uma canção que não passa na Rádio. Dos Police (do álbum «Ghost in the Machine») actualmente passam outras, mas nunca esta:
The Police – “Invisible Sun” (1981)
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
No planeta Terra há 30 anos
O primeiro single dos Duran Duran foi editado no dia 2 de Fevereiro de 1981.
Duran Duran – "Planet Earth" (1981)
P.S: O tema dos Duran Duran que mais passa na Rádio portuguesa não é este, mas sim "Girls on Film".
O que eles dizem (62)
Planeta media A promessa inquietante
De quando data a crise da imprensa? Dos anos 40-50, quando a rádio passou a ser um media de informação? Dos anos 60-70, quando a televisão se tornou o media dominante? Dos anos 70-80, quando a desmonopolização do audiovisual provocou uma proliferação de rádios e televisões? Dos anos 90-2000, quando a Internet começou a propor uma inigualável abundância de fontes de informação e de documentação, e uma quase inédita interactividade e possibilidade de criação do seu próprio media?
J.M. Nobre Correia
In: «Diário de Notícias»
29 de Janeiro 2011
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